Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Vice aproveita a viagem de Lula e assume a presidência das pequenas causas
Alckmin dá parabéns a caratecas com frase de Karatê Kid | Foto: Reprodução
“Brasileiro
só valoriza campeão”, constatou Nelson Piquet. “Aqui, o vice é o
primeiro dos últimos.” Verdade.
Por não estabelecer um novo recorde
mundial a cada prova de salto triplo, o grande João do Pulo passou a ser
chamado de “João de um Pulo”.
Esse bizarro traço da alma nacional se
estende a todas as modalidades esportivas, mas não para por aí.
A regra
vale, por exemplo, para concursos de beleza: uma representante do Brasil
só virava capa de revista com a faixa de Miss Universo enfeitando o
corpo perfeito.
Por que seria diferente nos torneios da política? No
sistema eleitoral em vigor, o vice-presidente não recebe um único voto.
Vota-se no candidato a número 1 do país. O reserva vem junto.
Sei
de muitos eleitores que ajudaram a eleger um chefe de governo apesar do
seu companheiro de chapa. Não sei de um só vivente que tenha escolhido
algum presidente por gostar do seu reserva.
Milhões de brasileiros,
aliás, nem se dão ao trabalho de decorar o nome completo do vice antes
de apertarem as teclas da urna eletrônica.
Esse desdém pode resultar em
encrencas de bom tamanho.
Em 1984, por exemplo, o Brasil foi dormir com
Tancredo Neves e acordou com José Sarney. Pior: Sarney permaneceu no
poder por intermináveis cinco anos. Foi o túnel no fim da luz, resumiu
Millôr Fernandes.
Pode-se
argumentar que, nesse caso, só participaram da eleição os integrantes
do Colégio Eleitoral.
Mas a história da República ensina que o povo não
precisa de intermediários para formar duplas destinadas a reiterar que o
que está ruim sempre pode ficar péssimo. Foi assim em 1960, quando se
votava separadamente nos candidatos a vice e a presidente.
Eleito pela
UDN, Jânio Quadros renunciou ao cargo sete meses depois da posse. Foi
substituído por João Goulart, do PTB.
A sequência de crises desembocou
na tomada do poder pelos militares em 1964. Só em 1989, com a volta das
eleições diretas, os brasileiros voltaram a escolher o presidente — e a
errar ou acertar sem a colaboração de tutores fardados.
Enquanto
o presidente titular dá um jeito nos problemas do mundo,[e envergonha o Brasil] o interino
acelera o expediente numa espécie de juizado de pequenas causas
vinculadas ao Poder Executivo
A passagem precoce da faixa
presidencial é marca de nascença: desde a Proclamação da República, oito
vices completaram o mandato do eleito.
A fila é puxada por Floriano
Peixoto, substituto do primeiro chefe de governo republicano, Deodoro da
Fonseca.
Não entra nessa conta Manuel Vitorino, que ocupou por quatro
meses o cargo de Prudente de Morais (1894-1898), licenciado por motivos
de saúde.
Nesse curto período, o impetuoso político baiano trocou o
Ministério, ordenou mais um ataque militar a Canudos e comprou o Palácio
do Catete para ali instalar a nova sede do governo.
No momento,
o número 2 do país é Geraldo Alckmin, empenhado 25 horas por dia em
provar que, embora pareça mentira, o tucano que acusava Lula de ter
saqueado o Brasil hoje é o mais fiel dos seus devotos.
Para tanto, faz
coisas de que até Deus duvida — Deus e os orixás, como informou esta
coluna ao descobrir que Alckmin andava imitando o mais célebre político
do Brasil republicano.
Há alguns meses, contei que Getúlio Vargas era a
mais ilustre e mais lacônica das entidades que baixavam no terreiro de
umbanda de Taquaritinga. Para avisar que acabara de incorporar o
presidente suicida, o pai de santo repetia a abertura dos discursos
feitos por Vargas nos festejos do 1º de Maio no Estádio São Januário:
“Trabalhadores do Brasilllllllll!” (O “L” final, pronunciado com sotaque
dos pampas, exige que a língua encoste no palato). E só: declamada a
saudação, Getúlio caía fora do terreiro.
Pois
desde abril de 2022 desconfio que o mesmíssimo Getúlioque frequentava
minha cidade baixou em Geraldo Alckmin. “Viva Lula!”, berrou num comício
da companheirada o ex-carola que trocou o PSDB pelo socialismo à
brasileira e resolveu acompanhar como candidato a vice o regresso do
velho desafeto à cena dos muitíssimos crimes. “Viva os trabalhadores do
Brasilllllll!”, foi em frente. O “L” com fortíssimo sotaque mostrou que Alckmin não se limitou a mudar de partido,
de chefe, de religião, de discurso e de caráter. Para chegar à
Vice-Presidência, o paulista de Pindamonhangaba topou até tornar-se
gaúcho de São Borja. Não é pouca coisa.
Mas
foi só o começo, soube-se nesta semana. Com Lula em Nova York, Alckmin
tentou mais uma vez provar que o Brasil sai ganhando: enquanto o
presidente titular dá um jeito nos problemas do mundo, o interino
acelera o expediente numa espécie de juizado de pequenas causas
vinculadas ao Poder Executivo.
Livre da trabalheira doméstica, Lula
preparou-se para o papel de quem quer ajudar o belicoso Zelensky a
ganhar a guerra entregando outro pedaço da Ucrânia ao pacifista Putin.
Poupado de complicações internacionais, Alckmin preparou-se
adequadamente para cuidar de setores cuja relevância só é compreendida
por quem não perde a missa das dez.
Graças a tais virtudes, o
atento interino fez bonito no vídeo que registrou, neste 17 de setembro,
o encerramento de um campeonato de caratê que reuniu em São Paulo 3 mil
atletas. “O ginásio ficou pequeno pra tantos caratecas, que treinam com
muita disciplina e enchem de orgulho o nosso esporte”, comoveu-se
Alckmin. Depois de cumprimentar os pais, os familiares, os dirigentes e a
plateia, decidiu impressionar quem tem intimidade com o universo
carateca. “Lembre-se sempre do ensinamento do mestre Miyagi, em Karatê
Kid”, recitou. “A vida pode te derrubar, mas você decide a hora de
levantar.”
Dado
o recado, fechou a mão direita, encostou-a na mão esquerda espalmada e
curvou-se com a desenvoltura de quem, depois de erguido pela carreira
política, resolveu sobreviver de cócoras. Sete anos mais novo que Lula, é
compreensível que o ex-tucano aposte em fatores biológicos. Mas convém
desconfiar do PT: o partido da estrela vermelha não costuma engolir
conversões tardias e odeia subordinar-se a aliados recentes. Se o cargo
ficar vago, o vice ouvirá antes da festa de posse o recorrente grito de
guerra: “FORA, ALCKMIN!”.[grito de guerra inútil:quando Alckmin assumir para concluir o mandato do presidente mascate, lhe restará um período de mais de 30 meses para consolidar o seu governo. Fez isso com Covas e funcionou.]
Em
entrevista exclusiva ao Estadão, governador de Minas fala que, pela
primeira vez, Estados do Sul e Sudeste vão agir em bloco não só para
evitar perdas econômicas; ideia é lançar um candidato de direita do
grupo para a sucessão presidencial e tomada de poder político
Passa pouco das cinco horas da tarde, quando o governador Romeu Zema (Novo)
chega à confeitaria onde marcamos esta entrevista no bairro do
Ibirapuera, em São Paulo.
Os assessores que o acompanham usam paletó e
gravata. Ele veste uma camisa azul clara com um distintivo da bandeira
de Minas Gerais.
Brinca, contando que sempre trabalhou na iniciativa privada e usava
uniforme.
Quando se elegeu, pela primeira vez em 2018, criou esse modelo
para ele. Diz que se sentia um estranho no mundo da política, mas que,
com o tempo, foi se adaptando e aprendendo. “Parece que na política, no
Brasil, infelizmente existe uma renovação de fazer o mesmo – que não foi
o meu caso”, ressalva.
Ele
revela que ao assumir o primeiro mandato acreditava que bons projetos e
realizações resultariam em apoio dos parlamentares na Assembleia
Legislativa. Mas que não era bem assim. “Ele (o parlamentar)
quer é ter o protagonismo dele. Ele quer que eu tome café com ele, que
eu visite a cidade dele, que eu viaje com ele, que ele apareça do meu
lado na televisão”.
Nesta conversa de mais de uma hora com o Estadão,
Zema come um croissant de queijo e toma um café expresso. Define-se
como um político liberal e de direita. Mas diz que o Brasil precisa
manter programas como o Bolsa Família.
Afirma que se por apoiar políticas compensatórias, ele não puder ser de
direita, então será de centro-direita.
Mas acha que o governo do
ex-presidente Jair Bolsonaro ficou devendo aos liberais. “Na área econômica, pode ter sido bom. Mas pouco avançou em desestatização e em economia verde”.
O
grande legado de Bolsonaro, para ele, foi o de ter organizado a
direita. Ele crê que a figura do ex-presidente foi de fundamental
importância nesse sentido. Daria nota 8 ao governo do ex-presidente, mas
5 para a comunicação de suas ações. Ainda assim, pondera que não é “bem
essa direita” que os eleitores buscam e atribui a isso o fato de “terem
despontado nomes mais produtivos politicamente” como o dos governadores
de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), e até do Rio Grande Sul, o tucano Eduardo Leite.
“Tudo vai passar por um processo da direita tentar se unir e encontrar
um nome que tenha apoio. Mas se for para lançar dois, três nomes (em
2026), aí é para dar de mão beijada a reeleição ao adversário”, prevê.
Nascido
em Araxá, na região do triângulo mineiro, Zema, 58 anos, só em alguns
momentos, como quando diz que “na política você tem que saber agredir
cirurgicamente”, usa um discurso que faz jus à geração e à tradição do
Estado que deu ao Brasil políticos do naipe de Tancredo Neves e
Magalhães Pinto, entre muitos outros. Na maior parte do tempo, ele é
direto e sem meias palavras, como quando fala da oposição.
“Enxergo
a esquerda como um adversário que na comunicação, na propaganda dá
trabalho, mas no resultado? Pode esquecer porque eles nunca vão
conseguir o melhor resultado em termos de crescimento da economia, de
desenvolvimento”. Segundo o governador, a esquerda tem um discurso
apelativo e o usa em detrimento de entregar melhorias para a sociedade.
“Mas é um discurso sedutor, é meio que o canto da sereia: nós somos
social, nós somos verdes. Eu bato palmas e aplaudo a esquerda porque
eles conseguem fazer uma lavagem mental, mas na prática não tem nada”,
critica.
Embora
ainda falte muito para a eleição de 2026,Zema diz que só pensa na
hipótese de ser candidato se achar que “poderá fazer alguma coisa”. Se
não prefere apoiar outro nome. De qualquer forma ele antevê uma eleição
polarizada, em um pais dividido e crê que o apoio de Bolsonaro,
inelegível por oito anos, será fundamental.
Por
isso, os governadores do Sul, Sudeste – maciçamente de oposição – já se
preparam e se organizaram no Consórcio Sul-Sudeste (Cossud). A entidade
agora é presidida pelo governador Ratinho Junior e, pela primeira vez,
formalmente constituída promete dar trabalho ao governo federal e atuar
em bloco no Congresso sempre que possível. “Temos 256 deputados – metade
da Câmara –
70% da economia e 56% da população do País. Não é pouco, nê? Já
decidimos que, além do protagonismo econômico que temos nós queremos -
que é o que nunca tivemos - que é protagonismo político”, avisa.
Entrevista
Como está o relacionamento do senhor com os demais governadores do Sul, Sudeste? Vocês se conversam tem um grupo no zap?..... Temos o Grupo do Cossud. Na verdade, ele já existia, mas nós formalizamos o Consórcio Sul, Sudeste, que reúne os 7 Estados das duas regiões. A cada 90 dias, nós nos encontramos para trabalharmos de forma conjunta. A última reunião foi em Belo Horizonte. Tem muita coisa que um Estado faz melhor que o outro. Também já decidimos que além do protagonismo econômico que temos, porque representamos 70% da economia brasileira, nós queremos – que é o que nunca tivemos – protagonismo político. Outras regiões do Brasil, com Estados muito menores em termos de economia e população se unem e conseguem votar e aprovar uma série de projetos em Brasília.
E nós, que representamos 56% dos brasileiros, mas que
sempre ficamos cada um por si, olhando só o seu quintal, perdemos. Ficou claro
nessa reforma tributária que já começamos a mostrar nosso peso. Eles queriam
colocar um conselho federativo com um voto por Estado. Nós falamos, não senhor.
Nós queremos proporcional à população. Por que sete Estados em 27, iríamos
aprovar o quê?Nada. O Norte e Nordeste é que mandariam. Aí, nós falamos que
não. Pode ter o Conselho, mas proporcional. Se temos 56% da população, nós
queremos ter peso equivalente.
Quando começou o Cossud? Começou no meu primeiro ano de governo. Já tivemos reuniões em todos
os Estados, mas nunca havia sido formalizado. É que, como (João) Doria
sempre foi um candidato potencial à Presidência, essa candidatura dele,
atrapalhava o grupo. Os outros governadores ficavam com um pé atrás.
Agora, não. Esse grupo é coeso. A reunião de BH foi a oitava, a melhor
de todas. Mas foi a primeira dentro desse contexto de formalização. Não é
mais um grupo informal, tem CNPJ e vamos ter um escritório de
representação em Brasília. E, pela primeira vez, um dia antes da reforma
tributária ser votada nós convidamos todos os 256 deputados federais
(metade da Câmara dos Deputados) do Sul e do Sudeste. Os do Norte e
Nordeste estão muito na nossa frente. Qual é a agenda prioritária para o Cossud?
A reforma tributária e a
representatividade no Senado. Sempre vamos estar em desvantagem – 27,
num total de 81. Temos feito o mesmo trabalho com o senadores de nossos
Estados e o que nós queremos é que o Brasil pare de avançar no sentido
que avançou nos últimos anos – que é necessário, mas tem um limite – de
só julgar que o Sul e o Sudeste são ricos e só eles têm que contribuir
sem poder receber nada. A reforma tributária, fizemos outro
questionamento. Está sendo criando um fundo para o Nordeste,
Centro-Oeste e Norte. Agora, e o Sul e o Sudeste não têm pobreza? Aqui
todo mundo vive bem, ninguém tem desemprego, não tem comunidade...Tem,
sim. Nós também precisamos de ações sociais. Então Sul e Sudeste vão
continuar com a arrecadação muito maior do que recebem de volta? Isso
não pode ser intensificado, ano a ano, década a década. Se não você vai
cair naquela história, do produtor rural que começa só a dar um
tratamento bom para as vaquinhas que produzem pouco e deixa de lado as
que estão produzindo muito. Daqui a pouco as que produzem muito vão
começar a reclamar o mesmo tratamento. É preciso tratar a todos da mesma
forma. As decisões têm que escutar ambos os lados e o Cossud vai fazer
esse papel porque ninguém pode ignorar o peso de expressivo de 256
deputados na Câmara.
............
E Bolsonaro inelegível, ajuda ou atrapalha em 2026? Ele ajuda. Sem dúvida. É lógico que algumas posições dele, afugenta eleitores como foi a de desdenhar a pandemia. Acaba agredindo. O apoio dele vai ser importantíssimo para o candidato que surgir em 26. Ele, mais do que ninguém atrai milhões de brasileiros.
Márcio França juntou Haddad e Alckmin no mesmo jazigo onde também vai descansar
Candidato ao governo de São Paulo Fernando Haddad (PT), Márcio França e Geraldo Alckmin | Foto: André Ribeiro/Futura Press/Estadão Conteúdo
Vereador e duas vezes prefeito de São Vicente, deputado federal, vice-governador de São Paulo, governador interino por mais de um ano, morubixaba do PSB paulista,Márcio França teve em setembro de 2021 uma ideia que lhe pareceu luminosa: transformar o tucano amuado Geraldo Alckmin, a quem substituíra no comando do mais poderoso Estado da federação, em companheiro de chapa de Lula.
Para tanto, deveria começar pela remoção dos ressentimentos recíprocos, adubados por trocas de insultos e acusações que começaram na eleição de 2006, cresceram nos anos seguintes e chegaram ao clímax na temporada eleitoral de 2018.
Os velhos desafetos reagiram com animação à proposta de Márcio. Praticamente aposentado, isolado no PSDB pela afoiteza do ingrato afilhado João Doria, Alckmin teve de conter o entusiasmo diante da chance de vingar-se do verdugo que apadrinhara.
Ele aprendeu que fatores biológicos podem encurtar o caminho que leva ao paraíso do poder.
Em 2001, por exemplo, o câncer que matou Mário Covas acabou instalando no cargo o obscuro deputado federal que o PSDB escolhera para completar a chapa como vice-governador.
A dobradinha com alguém sete anos mais velho pode desbastar uma trilha que desemboca na Presidência da República.
Lula também gostou do que ouviu. Desde 1994, quando assumiram o governo de São Paulo, os tucanos espancam o PT nas urnas a cada quatro anos. A tarefa sempre foi facilitada pelas figuras — todas perturbadoras, algumas apavorantes — escolhidas para representar a estrela vermelha.
O cortejo transformou em certeza a suspeita dividida por milhões de eleitores: em São Paulo, o PT não lança candidatos; lança ameaças. Os paulistas achavam que qualquer outro seria menos perigoso que gente como Lula, Eduardo Suplicy, Aloizio Mercadante, José Dirceu, José Genoíno, Luiz Marinho e outros perigos fantasiados de homens públicos.
Com a ajuda do companheiro Alckmin, acreditou o chefão, seria bem menos complicado chegar ao Palácio dos Bandeirantes, e logo começaram os encontros furtivos.
Consumado o noivado, Márcio convenceu o carola de carteirinha, capaz de rezar a segunda metade do Credo de trás para a frente, de que deveria filiar-se ao Partido Socialista Brasileiro.
Alckmin sentiu-se de tal forma em casa que, poucos dias depois, já se desmanchava em mesuras a cada encontro com um homem que, três anos antes, acusava de querer voltar à Presidência por sonhar com o regresso à cena do crime.
“A partir de agora, ele é o companheiro Alckmin”, decretou Lula durante outra missa negra da seita. O mais recente amigo de infância retribuiu com afagos ousados. Numa noitada, cobriu a cabeça destelhada com um boné do MST. Noutra, caprichou na cantoria da Internacional Socialista. Logo seria visto puxando palavras de ordem em louvor do companheiro que vivia chamando de “ladrão”. “É uma mudança impressionante”, constatou um amigo que convive há décadas com Alckmin. “Ele diz que só agora conheceu o Lula de verdade.”
Márcio esperou a hora certa para reivindicar o dote devido ao seu talento casamenteiro: queria ser senador. E detalhou a barganha.
Para anabolizar a candidatura a governador do petista Fernando Haddad, o PSB não teria candidato próprio em São Paulo.
Em contrapartida, o PT desistiria de lançar algum candidato ao Senado filiado à sigla, para que Márcio fosse o único pretendente à vaga.
Como Lula topou de imediato a troca de favores, Márcio dobrou a aposta:exigiu que sua mulher, a educadora Lúcia França, figurasse como vice na chapa encabeçada por Haddad. Emplacou mais essa.
Está provado que o patrimônio eleitoral de Geraldo Alckmin, se é que algum dia chegou a existir, evaporou-se de vez
Tudo acertado, o idealizador do acerto atravessou a campanha com a pose de quem, numa vida passada no Império Romano, foi senador vitalício. Neste 1° de outubro, foi dormir embalado pelos números da derradeira pesquisa Datafolha.
Com 45% dos votos válidos, Márcio França liderava a disputa muitas léguas à frente de Marcos Pontes, ex-ministro do governo Bolsonaro, emperrado em 31%.
Acordou no domingo ansioso por correr para o abraço. Descobriu pouco depois do início da apuração que deveria ter lido e assimilado a frase de Tancredo Neves: “A esperteza, quando é muita, fica grande e come o dono”. Terminada a contagem dos votos, descobriu que lojinhas de porcentagens iludem fregueses de todos os tipos, e são especialmente cruéis com oportunistas deslumbrados.
As urnas reduziram para pouco mais de 36% os 45% que lhe haviam embalado o sono — e fizeram Pontes saltar de 31% para quase 50%. Nocauteado, o articulador de botequim terá de levantar sem demora para tentar reduzir as dimensões da segunda derrota reservada a Fernando Haddad e Lúcia França, outra dupla eleita pelo Datafolha e castigada pelo mundo real. Na véspera do dia da votação, os fabricantes de índices homenagearam a chapa com 39% dos votos válidos.
Sobraram 31% para Tarcísio de Freitas, candidato de Jair Bolsonaro, e 20% para o governador Rodrigo Garcia, candidato à reeleição pelo PSDB. De novo, os eleitores de São Paulo puniram a fantasia estatística. Tarcísio venceu com mais de 42% dos votos válidos. Haddad baixou para 35% e manteve o PT longe do governo paulista.
Com 18,5%, Rodrigo Garcia encerrou a longa hegemonia do PSDB.
Lula afirmou na noite de domingo que vai vencer Bolsonaro porque “o segundo turno é apenas uma prorrogação”.Se é assim, tem de admitir que houve, visto de perto, um empate.
A declaração também proíbe Haddad de argumentar que a próxima etapa será o recomeço do jogo.
Como o candidato a presidente pelo PT também foi vencido em território paulista, está provado que o patrimônio eleitoral de Geraldo Alckmin, se é que algum dia chegou a existir, evaporou-se de vez.
Os estragos provocados pela colisão com a maior e mais sólida fortaleza conservadora do Brasil liberam o ex-prefeito de Pindamonhangaba e o ex-prefeito de São Vicente para o cultivo da bonita amizade simulada durante a campanha do primeiro turno. Nasceram um para o outro.
Se porventura osbrasileiros fizessem uma retrospectiva do seu passado político em
relação às suas escolhas para presidente da república, governador,senador, deputado
federai e estadual, prefeito e vereador, evidentemente não se poderia ver com algum entusiasmo os resultados das
eleições que se avizinham para outubro
de 2022,nem importando quem seja o vencedor. O passado “não deixa”. Não dá essa
“esperança”.
Com efeito, para que não se vá muito longe, as eleições e
posses de Juscelino Kubitschek,que
governou de 31.01.1956 a 31.01.1961; de Jânio Quadros/João Goulart, de31.01.1961
a 01.04.1964 ; de Fernando Collor de Mello/Itamar Franco, de 15.03.1990 a
01.01.1995 ; de Fernando Henrique Cardoso,de 01.01. 1995 a 01.01.2003 (reeleito); de Lula da Silva,de
2003 a 2010 (reeleito); de Dilma Rousseff/José Temer,de 2010 a 2018 ; e de Jair
Bolsonaro,com mandato em pleno andamento, desde
janeiro de 2019, indicam com absoluta segurança que a democracia em prática no
Brasil, até esse momento, NÃO DEU CERTO. Por isso o que se praticou todo esse
tempo foi na verdade “oclocracia”,que é o oposto da democracia,com vícios
apresentados tanto pelos eleitores,quanto pelos seus candidatos,não condizentes
com uma verdadeira democracia.
Juscelino construiu Brasília irresponsavelmente, levando
pedras, tijolos,ferro e cimento de avião,desperdício pago pelo povo até hoje ;
em Jânio Quadros, que sucedeu Juscelino, deuuma “bobeira” tal que ele acabou renunciando e dando lugar ao “vice”,
Jango Goulart, que “entupiu” o seu governo de comunistas
Apeado do poder ,o Presidente Jango Goulart, pelo movimento cívico-militar
de 31 de março de 1964,instalou-se a partir daí no pais o Regime Militar ,que
durou até 1985.,seguindo-se a eleição indireta de Tancredo Neves, que morreu
antes de tomar posse, dando lugar ao seu “vice”,José Sarney,que governou de
21.04.1985 até 15 de março de 1990,”dizem” que numa “manobra” do então seu
Ministroda Guerra, Gal.Leônidas Pires
Gonçalves,contestada por muitos.
Após ampla mobilização política com as “DIRETAS JÁ”,acabou eleito Fernando Collor de Mello,que governou
de 15.03.1990 até 29.12.1992,sendo substituído,em virtude do seu impeachment
,pelo “vice” Itamar Franco,que governou de 29.12.1992 até 01.01.l995.
E nos Estados e Municípios geralmente a realidade política
não foi muito diferente. A “tragédia” federal repetiu-se nas duas outras
esferas federativas. Verdadeiras quadrilhas de delinquentes assaltaram inúmeras
câmaras de vereadores em todo o país,”raspando” o erário ,tantoquanto muitos dos seus colegas “colegas” dasesferas estaduais e federal.
Esse cruel veredicto da democracia brasileira causa
vergonha à minoria de patriotas conscientes e de boa índole política, que não enxergam
melhores opções nas eleições que não
seja uma nominata que não tem nada
melhor que“lixo”,apresentada pelo partidos políticos,primeiros responsáveis por
esse estado de coisas,pelo caós político que se instala no país sempre que tem
eleições diretas ou indiretas.
De 1964 a 1985 o Brasilfoi governado por gente absolutamente alheia aos partidos
políticos, constituindo-se,”coincidentemente”(?), no período em que o Brasil
teve os melhores governos. E isso aconteceu por um só motivo: os partidos
políticos deixaram de ser osprotagonistas da política brasileira, tendo
sido substituídos pela“disciplina e honradez” tradicionalmente cultivadas no
dia-a-dia da caserna.
Somando-se as obras de infraestutura pública e benefícios
sociais conquistados pelos brasileiros durante o chamado ”Regime Militar”,sem
dúvida essas obras superam em muito o
que foi feito antes e depois de 1985, até hoje. Desde então, por exemplo,as obras de infraestrutura de
usinas hidrelétricas praticamente “congelaram”. As cinco maiores usinas em
operação no Brasil são daquela época, de 1964 a 1985. Não haviam partidos
políticos para “atrapalhar”e embaraçar as obras públicas.
Mas infelizmente não se enxerga quaisquer perspectivas de
efetivas mudanças depois das eleições de outubro de 2022. A tendência é continuar
acontecendo “o mais do mesmo”,nem
importando quais os eleitos. Mas pressupondo-se que “o povo tem o governo que merece”,nas
palavras do filósofo francês Joseph-Marie De Maistre,conjugado com dizeres do
pensador brasileiro NelsonRodrigues,de
que “a maior desgraça da democracia é que ela traz à tona a força numérica dos
idiotas,que são a maioria da humanidade”,e que “os idiotas vão tomar conta do
mundo,não pela capacidade,mas pela quantidade,eles são muitos”,há que se estar
muito atento para os resultados eleitorais de outubro de 2022,dando-se todo o empenho
para desmanchar ou no mínimo amenizar as trágicas consequências dessas novas
eleiçõesque batem à portas dos
brasileiros.
Mas as “cartas” estão dadas para as eleições de outubro de
2022. A “fatalidade” está a caminho. Mas não podemos nos abster de votar. Se
deixarmos de votar, esses “pontos” irão somar à pior escória dos candidatos. E
temos um só candidato concorrendo contra todos os outrosque se uniram para “bater” nele!!!
Nessa eleição de outubro de 2022,portanto,o “jeito” [o melhor para o Brasil] será optar nas urnas pela reeleição do atual Presidente Jair
Bolsonaro, onderesidirá a única chance
de haver uma reviravolta para no mínimo melhorar um pouco a politica. Os
“outros” governaram até hoje e só fracassaram ,alguns“rapinando” o erário em 10 trilhões de reais.