Luz vermelha para a Lava Jato
A bancada
de ministros do Supremo Tribunal Federal que se diz empenhada em “devolver o
país à normalidade” estoca munição para em hora oportuna voltar a disparar
contra a Operação Lava Jato. Por hora oportuna, entenda-se: a qualquer momento
ou tão logo acabe o recesso de meio do ano da Justiça.
Dias
Toffoli (Breno Fortes/CB/D.A Press/VEJA/VEJA)
Se Michel
Temer viajar ao exterior antes de meados de agosto, quem o substituirá no cargo
será a ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo. Nesse caso, o ministro
Dias Toffoli a substituirá na presidência do tribunal. Se quiser, nada o
impedirá de dar um jeito e de mandar soltar Lula. [cabe a Temer não viajar - visto que se viajar a ministra terá que substituí-lo (devido ao fato que Rodrigo Maia e Eunicio estarão impedidos) abrindo espaço para que Toffoli assuma o STF e 'de oficio', sem necessidade sequer da defesa de Lula pedir, liberte o condenado.]
A partir
de setembro, e por dois anos, o presidente do Supremo será Toffoli. Cármen
Lúcia ocupará a vaga dele na Segundo Turma do tribunal, responsável pelos
julgamentos da Lava Jato. Mas a vaga poderá caber ao Marco Aurélio Mello por
ser ministro mais antigo do que Cármen Lúcia.
Basta
para isso que ele requeira sua transferência da Primeira para a Segunda Turma.
Assim, a bancada interessada em pôr freio à Lava Jato continuaria majoritária
na Segunda Turma. Marco Aurélio ainda não decidiu se permanecerá onde está ou
se mudará de turma. Está pensando.