O inquérito do fim do mundo é, desde o nascedouro uma ilegalidade, uma aberração, já que transforma o investigador, papel padrão da polícia, em promotor, juiz e tribunal de última instância = tribunal de exceção;
O outro confunde manifestar opinião, ainda que por palavras, o que não é crime, com veicular notícias, boatos. O cidadão dizer em uma reunião secreta, tornada pública por decisão de um ministro do STF, que quer prender ministros não é incitação a desordem, não quer dizer que deseja o fim do Supremo - apenas representa um pensamento que aquele cidadão tem, um desejo que acalenta e cuja verbalização não traz nenhum perigo para as instituições, menos ainda para a democracia, já que os que o escutam nada irão fazer para que o desejo expresso se transforme em realidade ou incendeie as ruas.
Falando como povo: a razão de tanta agitação, da caça aos que legitimamente apoiam o presidente Bolsonaro, é que os ministros do Supremo e outros que integram ou apoiam a 'turma do mecanismo', começam a ver que nos tempos atuais, das redes sociais, notícias instantâneas, integrar uma Corte Suprema e se portar como se fosse um 'ser supremo', onisciente, onipresente com atributos que só o único SER SUPREMO, DEUS, possui, não é mais possível.
Mesmo que envidem todos os esforços, HUMANAMENTE possíveis, para calar os alvos dos dois inquéritos não obterão resultados favoráveis. O REI ESTÁ NU e o povo já sabe.
O que mais os atormenta é que apesar de todas as estrepolias de que acusam o presidente Bolsonaro, e mesmo de atitudes inadequadas - mas que não são criminosas - nada encontraram, nem encontrarão, que possa ser considerado crime, nada há contra JAIR BOLSONARO.]
Se vierem à luz evidências de que o bolsonarismo praticou ilegalidades na internet e nas ruas, complicam-se os apoiadores do presidente e, no limite, o próprio Bolsonaro. O presidente está convencido que o objetivo dos inquéritos, que possuem vasos comunicantes, é o de produzir material a ser usado contra ele no Tribunal Superior Eleitoral, onde correm pedidos de cassação da chapa Bolsonaro-Mourão.
As batidas de busca e apreensão realizadas pela Polícia
Federal nesta terça-feira referem-se ao inquérito sobre manifestações
alegadamente antidemocráticas. Mas vários dos endereços varejados pela polícia
pertencem a personagens que já tinham recebido a visita dos rapazes da PF dias
atrás por conta do outro inquérito, que trata de notícias falsas. Houve também
a quebra de sigilo bancário de parlamentares bolsonaristas. O que já havia
ocorrido com empresários. Nos dois casos, tenta-se traçar o caminho do
dinheiro. Aos poucos, as investigações passam por uma fusão informal.
Blog do Josias - Josias de Souza, jornalista - UOL