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domingo, 30 de julho de 2023

Tebet escolhe suas batalhas - Elio Gaspari

Folha de S.Paulo - O Globo 

 Lula e o comissariado não precisavam atropelar Tebet como fizeram [no momento em que a 'ministra' aceitou ser definida pelo presidente apedeuta como a 'estepe', demonstrou com 'eloquência' que aceita qualquer coisa para estar ministra.]

O economista Marcio Pochmann foi escolhido para a presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística numa cavalgada típica do comissariado petista. 
O IBGE está na jurisdição do Ministério do Planejamento, de Simone Tebet, e, de certa forma, sob o guarda-chuva da Fazenda, de Fernando Haddad. Na quarta-feira, o titular da Comunicação, Paulo Pimenta, anunciou:“Marcio Pochmann será o novo presidente do IBGE e não tem nenhum ruído quanto a isso.”

Ilusão de palaciano. Horas antes, a ministra Tebet havia dito à repórter Miriam Leitão que não conhecia Pochmann e que a escolha do novo presidente do IBGE seria tratada na hora certa. Tebet e, de certa forma, Fernando Haddad foram atropelados pelo comissariado petista. Pimenta fez o anúncio a mando de Lula. Pochmann é um veterano militante da constelação de economistas do PT, tentou um voo como candidato à prefeitura de Campinas e perdeu.

O ruído que Pimenta garantiu não existir, aconteceu, mas difere dos demais. Simone Tebet tem as boas maneiras de seu pai, Ramez, que presidiu o Senado. Como ela mesma disse, escolhe suas batalhas. Quem a viu na CPI da Covid, sabe como as trava.

Lula e o comissariado não precisavam atropelar Simone Tebet como fizeram. Até as pedras de Brasília sabiam que o nome de Pochmann estava no tabuleiro e não há sinal de que a ministra do Planejamento batalhasse para barrá-lo. Isso aconteceu por dois aspectos da onipotência petista. A subjetiva leva-os a pensar que podem tudo. Já a onipotência objetiva leva-os a mostrar que podem fazer de tudo, pois ninguém os contrariará.

Na mesma entrevista em que revelou não conhecer Pochmann, a ministra Tebet lembrou que Lula foi eleito por “milésimos”, graças a uma frente política. (Lula derrotou Bolsonaro por uma diferença de 1,8 ponto percentual.) Mais: “Sabemos que o embate de 2026 começa em 2024”. Tradução possível: Simone Tebet travará suas batalhas em 2024.

Uma coisa seria travar batalhas em torno de temas relevantes. Bem outra será ver batalhas provocadas por atitudes onipotentes embrulhadas em grosserias. Essa receita já explodiu em 2016.

(...)

A morte de Alexandre Cabeça
Um conhecedor do direito e do avesso da vida do Rio estranha que com a reabertura do caso do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, ninguém tenha falado da execução de Carlos Alexandre Pereira Maria, dias depois.

Alexandre Cabeça, como era conhecido, colaborava com o então vereador Marcello Siciliano.

Ele foi morto por dois homens que vinham numa motocicleta. Segundo uma testemunha, antes de atirar, um deles teria dito: “Chega para lá que a gente tem que calar a boca dele”.

Acusado de ter envolvimento na morte de Marielle, Siciliano insistiu em dizer que nada tinha a ver com o caso. À época, havia abundância de pistas falsas. Ele submergiu e voltou para a vitrine em maio, metido com o oficial da reserva Ailton Barros, que tratava com o tenente-coronel Mauro Cid no episódio de falsificação de certificados de vacinas. Ailton Barros disse numa conversa grampeada:

“Eu sei dessa história da Marielle toda, irmão, sei quem mandou. Sei a porra toda. Entendeu? (Siciliano) Está de bucha nessa parada aí.”

Tem gente sabendo demais quando fala e de menos quando é chamada a se explicar.

Barroso no STF
Em setembro, o ministro Luís Roberto Barroso assumirá a presidência do Supremo Tribunal Federal com agenda cheia.

No Conselho Nacional de Justiça ele quer buscar uma forma de dar racionalidade e rapidez aos litígios que envolvem a Previdência Social. Segundo a Advocacia-Geral da União, são ajuizadas dez mil ações por dia contra os entes federais.

Noutra ponta, ele quer abrir a discussão sobre os vencimentos dos juízes federais. 
Como essa categoria não tem os penduricalhos que mimam os tribunais estaduais, a carreira está sendo drenada. 
Nem tanto pela quantidade, mas pela qualidade dos interessados.[CONFIRA:  
Não vão reduzir os vencimentos dos juízes estaduais = retirar penduricalhos = a solução é dar penduricalhos para os federais, ou seja, vai sobrar para quem paga a conta = os brasileiros que pagam impostos.] 
(...)

Eizo Nomura escapou da bomba
No dia de hoje, há 78 anos, o japonês Eizo Nomura estava trabalhando no prédio da prefeitura de Hiroshima que cuidava do racionamento de combustível. A coisa ia mal no Japão, e o imperador tratava da transferência de seus tesouros sagrados para um lugar seguro.

Numa ilha do Pacífico, a bomba foi equipada com seus últimos mecanismos.

Domingo que vem completam-se 78 anos da manhã em que Nomura chegou ao serviço e o coronel Paul Tibbets avisou aos tripulantes de seu bombardeiro: “Nós estamos carregando a primeira bomba atômica do mundo”.

Às 8h16m ela explodiu no ar, a 600 metros de altura. Seu epicentro estava a 170 metros do prédio em que Nomura trabalhava, com outras 37 pessoas. Como o edifício era de concreto, oito livraram-se do flash que queimou milhares de pessoas. Apesar disso, ele foi o único que sobreviveu, sem sequelas. Morreu em 1982, aos 84 anos.

Nomura teve várias sortes. Estava num prédio de concreto, quando a maioria das casas da cidade eram de madeira, saiu num sentido que o afastou da radiação e, pelo que contava em 1975, acima de tudo porque foi para longe da cidade.

Folha de S. Paulo E Jornal O Globo - Elio Gaspari, colunista

 

 


segunda-feira, 15 de agosto de 2022

Tebet quer 'revogaço' das medidas ambientais de Bolsonaro - Lauro Jardim

O Globo

No programa de governo que entregará hoje ao TSE, Simone Tebet propõe revogar, em série, medidas ambientais do governo de Jair Bolsonaro que tenham incentivado o desmatamento, direta ou indiretamente.

O plano é mais uma tentativa da senadora de se descolar de críticas recebidas de ambientalistas e indigenistas, dadas as próprias ligações com o agronegócio e o alinhamento à bancada ruralista.[lembramos a ilustre candidata - ainda patinando nas pesquisas  entre 0,5% e 1% = portanto, candidatura com forte tendência a virar fumaça, que programa de governo é o que o candidato, se eleito, planeja realizar. Assim, um programa de governo além de não ser o meio eficaz para revogar medidas do Presidente da República, está sendo entregue ao TSE - instituição pública que cuida de eleições, nada a ver com revogação de medidas do Poder Executivo.]  

Tebet também visa a adoção de uma "lista suja" pelo governo: quer fichar CPFs e CNPJs que estejam devastando florestas, invadindo terras, praticando mineração ilegal e emitindo irregularmente gases do efeito estufa.

 

Lauro Jardim, colunista - O Globo