Querem salvar o planeta para
salvar o homem, mas defendem matar seus descendentes, os seres humanos
mais indefesos, aqueles que ainda nem nasceram, estão na barriga da mãe e
não têm voz para se defender sozinhos. Esta é a
pauta absurda que dezenas de “ambientalistas” querem levar para
discussão na próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças
Climáticas (COP26), que será realizada em novembro em Glasgow, na
Escócia. Estão propondo que parte dos fundos de combate a mudanças
climáticas seja destinada para programas de aborto.
ONGs pró-aborto infiltradas no ambientalismoMatéria publicada na Gaz
eta do Povo
na última quinta (2), traz o alerta para o absurdo que pode vir a tomar
conta de algumas discussões da maior reunião de ambientalistas este
ano, a COP26, daqui a dois meses, em
Glasgow, na Escócia. ONGs vão
sugerir que fundos de combate a mudanças climáticas sejam usados para
financiar programas de aborto.O primeiro absurdo aí é
misturar defesa do meio ambiente, e portanto da vida, com morte. É
consenso que florestas, rios, mares e a atmosfera devam ser preservados
para que esteja garantida a própria sobrevivência das espécies e,
portanto, a vida no planeta. Misturar isso com defesa de morte
programada ou, para ser bem direta, assassinato de seres humanos, não é
apenas desonesto, mas uma flagrante incoerência, para dizer o mínimo.
Tirar
dinheiro que pode ajudar na preservação da vida para promover morte é
algo inaceitável. É um crime duplo, já que reduz a possibilidade de
preservar o planeta e a vida na Terra para bancar a morte de seres
humanos. A reportagem
lembra que essa reunião vai acontecer depois da divulgação do último
relatório da ONU sobre o clima, que lançou um “alerta vermelho para a
humanidade”, nas palavras do próprio secretário-geral da ONU, Antônio Gutierrez.
Era de se esperar que os ambientalistas
estivessem empenhados em achar soluções para desativar esse alerta e já
chegassem à reunião, em novembro, com propostas palpáveis, que
convencessem governos a arregaçar as mangas e começar o serviço que já
deveriam estar fazendo há muito tempo. Garantir
redução nas emissões de carbono, na poluição e maior combate a
desmatamento, queimadas e matança de animais deveria ser a razão única
de uma reunião mundial em prol do meio ambiente. Mas eis que aparecem
com a “brilhante” ideia de usar dinheiro de combate ao que chamam de
mudanças climáticas para financiamento do aborto.
Defesa da vidaTenho artigos e vídeos publicados em defesa da vida, desmontando argumentos
batidos do feminismo radical -
como “lugar de fala” e “meu corpo minhas
regras” -, como se tudo fosse uma questão de autonomia da mulher, quando
na verdade há dois corpos em questão e um deles ainda em formação, sem
voz para se defender.
Sempre me pergunto por que não
dão “lugar de fala” a quem se dispõe a fazer o papel de advogado dos
bebês ou aos pais, que têm 50% de responsabilidade na concepção e do DNA
dessas vidas em formação. E por que, propositalmente, ignoram que a
mulher tem a opção de se proteger para não engravidar, em vez de deixar
para decidir depois que já engravidou. A única resposta que me ocorre é
má fé.
Neste artigo não quero me aprofundar na argumentação em defesa da vida, mas recomendo a leitura, na página das Convicções da Gazeta do Povo, de artigo exclusivo sobre o tema, explicando por que este jornal defende a vida desde a concepção. E sugiro fortemente que você assista, caso ainda não tenha visto, a entrevista
que gravei semanas atrás com Hanna Zanin, ativista da Rede Nacional em
Defesa da Vida e da Família. É uma jovem de 32 anos, mãe de quatro
filhos, que luta contra o genocídio promovido pela indústria do aborto.
COP26 e o “ambientalismo” abortistaO propósito deste artigo é dar mais visibilidade a um tema que figurou entre as notícias da semana aqui da Gazeta esta semana e pode ter
passado despercebido a muitos leitores, em meio a tantos títulos mais
chamativos com os absurdos da política e da tirania do Judiciário
brasileiro.
A mim pareceu de extrema preocupação a
proposta absurda de algumas ONGs para a pauta da COP26. Ao mesmo tempo,
acho relevante escancarar a hipocrisia de parte desses supostos
ambientalistas para
termos mais noção de que não há só santos nessas
reuniões do clima ou mesmo na defesa do meio ambiente.Há,
pelo contrário, muito interesse comercial e más intenções. E, do lado
de cá, muita gente embarcando na onda errada ao sair defendendo
determinadas pautas sem estudar o assunto e sem se informar direito para
saber onde está pisando. Seguem dois parágrafos da reportagem.
"No
final do mês de agosto, mais de 60 organizações promotoras do aborto
enviaram uma carta ao Governo do Reino Unido em que pedem para incluir o
financiamento para "contracepção" em seu orçamento de 11 bilhões de
libras (quase 79 bilhões de reais na cotação atual) para o clima."
"Noticiada
pelo jornal britânico The Guardian, a carta foi endereçada a Alok
Sharma, presidente da COP26, e solicitou que as regras de elegibilidade
de financiamento sejam alteradas para permitir que projetos relacionados
a remoção de barreiras à saúde reprodutiva (eufemismo amplamente usado
para designar o aborto) possam receber os fundos destinados ao clima."
Repare
na malícia, na estratégia suja dessas ONGs. Escrevem uma carta para o
presidente da COP26, a reunião de Glasgow, na Escócia, já pedindo
alteração nas regras para financiamento de ONGs que se dizem defensoras
do meio ambiente, permitindo a inclusão de entidades pró-aborto. E
aí fingem que querem parte do dinheiro para “contracepção”, como se
fosse para comprar pílulas e camisinhas, mas já na frase seguinte se
entregam, porque o termo “saúde reprodutiva” é sempre usado por
abortistas na tentativa de disfarçar seu apoio ao crime de matar bebês
no ventre das mães.
Insisto
que mesmo que fosse para evitar gravidez indesejada, o que é que isso
tem a ver com defesa do meio ambiente? Tem cabimento ONGs abortistas se
infiltrarem na discussão sobre mudanças climáticas e defesa do planeta e
ainda quererem roubar parte do dinheiro destinado à fiscalização de
ataques a áreas protegidas ou a programas de despoluição de rios e
oceanos?
Espero, sinceramente, que esse tipo de
pedido seja ignorado pela organização da COP26 e que as ONGs que
verdadeiramente se preocupam com a vida na Terra se manifestem contra
isso e não permitam o desvio de verbas destinadas à defesa do planeta
para quem promove morte.