Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador Teresa Cruvinel. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Teresa Cruvinel. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Ninguém se livra dos partidos assim



Bolsonaro não chamou institucionalmente os partidos para conversar 



Os partidos políticos perderam a conexão com o eleitor e estão desmoralizados, enfraquecidos, impopulares. O que menos se viu na recente campanha foram as siglas, varridas da propaganda na TV, exibidas em letras minúsculas onde havia exigência legal. Do ponto de vista de imagem, portanto, Jair Bolsonaro eleito pelo inexpressivo PSL, sua nona filiação partidária – faz bem em governar sem eles, ou ao menos em tentar passar a ideia de que não depende dos partidos. Só que dificilmente vai conseguir.

Nas primeiras semanas como presidente eleito, Bolsonaro ignorou solenemente instâncias e representantes dos partidos que formam o establishment político, inclusive os de centro-direita, que têm afinidade com ele e estão loucos para entrar no governo. O DEM, por exemplo, fez dois ministros Onyx Lorenzoni e Tereza Cristina sem que seu presidente, ACM Neto, ou qualquer outro integrante da direção, fosse ouvido ou cheirado.

Com a força e a arrogância dos recém-eleitos com milhões de votos, Bolsonaro não chamou institucionalmente os partidos para conversar e segue formando o governo à revelia deles. O máximo da concessão foi a conversa sobre a pauta da Câmara com Rodrigo Maia, que quer se reeleger presidente da Casa mas não recebeu qualquer sinal de apoio na empreitada – como seria razoável a um governo que precisa ter maioria para reformas complicadas como a da Previdência.

O presidente eleito acha que pode chegar a essa maioria por um atalho, as bancadas temáticas, como as BBBda Bíblia, do Boi e da Bala – que apoiaram sua candidatura e agregam mais de duzentos deputados. Tereza Cristina, por exemplo, é do DEM mas chega ao governo via bancada ruralista, a do Boi. Magno Malta e outros evangélicos, por sua vez, cuidam do pessoal da Bíblia. E a turma da Bala é da copa e da cozinha da família Bolsonaro.  A pergunta que não quer calar hoje é se essa nova modalidade de presidencialismo vai funcionar. É possível que, nas primeiras votaçõesque podem incluir a Previdência, se o governo tiver bom senso – o Congresso dê ao presidente o crédito que os eleitos recebem nos primeiros tempos. Nesse início, os parlamentares não dão murro na ponta da faca da opinião pública.

Mas é enorme o risco de dar errado. Articuladores experientes lembram que os partidos são os principais instrumentos da articulação parlamentar, a base sobre a qual se organizam as decisões legislativas, seja na pauta do colégio de líderes, nas reuniões de bancada, nas indicações para relatorias de projetos e comissões. O poder, nos parlamentos, passa pelos partidos.  É louvável querer acabar com o toma lá dá cá, mas substituí-los por bancadas temáticas ou grupos de interesse não é garantia de que as barganhas não vão continuar ocorrendo – só que com outros intermediários.

Não é nada desprezível a capacidade dos políticos tradicionais de se reorganizar diante de ameaças assim, forjando alianças inusitadas e dando nó em pingo d’água.  Um belo dia, o presidente, que achava estar com a bola toda, acorda e se vê nas mãos deles. Um conselho útil para Bolsonaro hoje seria ficar de olho nos movimentos de Renan Calheiros e Rodrigo Maia. Ou, quem sabe, chamá-los para um acordo.

Acima de tudo, se o presidente da República quer acabar de verdade com o toma lá dá cá, que o faça pelo caminho certo: mande logo um projeto ao Congresso com mudanças imprescindíveis e necessárias no sistema eleitoral e partidário para reconectar eleitores e eleitos. E use a força recebida nas urnas para lutar por sua aprovação.

Helena Chagas é jornalista 

 

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Petistas aboletados na TV Brasil já provocam gritaria contra saneamento da empresa



Nova direção começa a moralizar a TV Traço, que já custou R$ 6 bilhões em 9 anos, e a companheirada já está berrando na imprensa
Ora, mas que graça. A TV Brasil, controlada pela EBC (Empresa Brasileira de Comunicação), havia se tornado a “gaiola das loucas” da esquerda. No jornalismo político, só eram contratados profissionais alinhados com o petismo. Com alguma frequência, isso não bastava: os ditos-cujos também tinham de insultar, em suas páginas pessoais ou em veículos privados a serviço do partido, políticos de oposição, jornalistas não alinhados com os companheiros e ministros do Supremo considerados pouco submissos.

Dava-se de barato que a EBC era um reduto do petismo e de seus aliados. E fim de conversa. Quantas vezes vocês viram esse debate chegar à grande imprensa? Nenhuma! Pois é… A EBC está sob nova direção. Ricardo Melo foi demitido. Em seu lugar, foi contratado Laerte Rimoli, que está sendo anunciado como um aliado de Eduardo Cunha. Isso é simplesmente uma bobagem e uma mentira. Ele foi convidado no ano passado para chefiar a diretoria de Comunicação da Câmara, mas não tem vínculo especial com o deputado afastado. Na campanha eleitoral de 2014, por exemplo, integrou a equipe de comunicação do candidato tucano à Presidência, Aécio Neves. Também pertenceu à equipe do governo FHC.

Associá-lo a Cunha é um serviço de desinformação. Adiante. Desde que assumiu, Rimoli suspendeu os programas das seguintes personalidades, todas elas alinhadas com o governo afastado e prosélitos da causa petista, lulista e dilmista: Paulo Moreira Leite, Tereza Cruvinel e Sidney Rezende, este com programa na Rádio Nacional. Vamos lá. Estou apoiando caça às bruxas na EBC? Não! Sou contra, aí sim, é que uma estatal, paga com dinheiro público, sirva a um partido politico e a uma causa ideológica. Infelizmente, é o que se fazia por lá.

Por que a gritaria? A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) era uma convidada do programa “Espaço Público”, que era comandado por Moreira Leite. Como a atração, que não atraía ninguém, não existe mais, ela foi desconvidada. E fez o que Vanessa mais sabe fazer: falar alto para ver se consegue ter razão.

Atenção!
Não, meus caros, eu não quero que a TV Brasil seja um veículo a serviço do governo Michel Temer ou sei lá de quem. Sabem quanto essa emissora já custou aos cofres públicos em nove anos? R$ 6 bilhões. Hoje em dia, consome coisa da ordem de R$ 1 bilhão por ano. Sabem quanto dá de audiência? Traço!!! Ninguém vê.

E tenho cá minhas dúvidas se alguém a veria ainda que não houvesse um só petista por lá, embora eles sejam especialmente chatos. As pessoas não têm paciência para comunicação oficial ou que desconfiam ser oficial.

Infelizmente, não creio que Temer tenha este propósito: no seu lugar, eu faria um rigoroso levantamento de quanto se consome de dinheiro, qual é a audiência que dá a TV Brasil, demonstraria que a empresa só serve para assaltar, na prática, o bolso dos brasileiros e fecharia aquele troço. O dinheiro torrado com os amiguinhos do PT seria transformado em unidades do Minha Casa Minha Vida.


Como funciona?
Só para contar como a coisa funciona. Esses jornalistas contratados a peso de ouro pela TV Pública seu dinheiro, leitor! — não ajudavam a popularizar o governo petista na emissora porque ninguém via a TV Brasil. O busílis é outro.

Eles costumam ter outras atividades fora dali, como páginas pessoais na Internet em que defendem as causas petistas e atacam seus adversários. Entenderam? Na prática, o dinheiro público financiava esses empreendimentos. Rimoli, que não é homem de Cunha, fez muito bem em pôr fim à farra. E Temer faria muito bem se pusesse fim é à TV Brasil.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo