Análise Política
Em todos os países nós quais a vacinação ultrapassou certa taxa
crítica, em torno de 60% com as duas doses (no caso das vacinas que
pedem duas) ou com a dose definitiva (quando pedem apenas uma) a
mortalidade por Covid-19 mergulhou, ou ao menos iniciou o mergulho. Aqui
na América do Sul o melhor exemplo é o Uruguai.
Mas mesmo onde se
chegou a esses índices de vacinação e as mortes apenas começaram a
declinar fortemente, os casos apresentam queda. É a situação do Chile. E
nos lugares da Europa que vivem um aumento de casos, por novas
variantes ou pela contágio na população não vacinada, ou pelas duas
coisas, o aumento dos infectados não tem sido acompanhado da elevação no
mesmo grau, nem próximo, dos óbitos.
A conclusão? Divergências
pode haver sobre vários aspectos do combate à doença causada pelo novo
coronavírus, mas uma coisa já se sabe com certeza. A prova da vida real,
a partir da vacinação em massa pelo planeta, mostra que as vacinas
funcionam. Todas elas. Inclusive as que são alvo de preconceitos
político-ideológicos.
Por isso, vacinar em massa e o mais rápido
possível, com a vacina que estiver disponível, é a única atitude
aceitável quando se avaliam as ações de qualquer governo.
Alon Feuerwerker, jornalista e analista político