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quarta-feira, 8 de junho de 2016

Tá todo mundo louco, oba. - Maranhão em julho assume a presidência da República; vamos torcer que Temer, que gosta de desfazer, desfaça a viagem




O pessoal de Dilma garante que ela vira o resultado do impeachment e volta à Presidência  (foi afastada durante o processo e, se absolvida, reassume). 

Os dilmistas querem convencer senadores mais flexíveis de que dá para ganhar, e muito, virando o voto. O pessoal contra Dilma diz que o resultado não está garantido, e que se seus senadores trocarem votos por pixulecos podem topar com Dilma de volta. Os dois lados defendendo a mesma tese, baseada no jogo de cintura, caráter (e bolso) de seus próprios aliados. Está todo mundo louco.


Há quem defenda a volta de Dilma, que prometeria renunciar e convocar imediatamente eleições diretas. Isso exigiria reformar a Constituição de uma hora para outra, sem tempo para isso; confiar em promessa de políticos e na palavra de Dilma. Então, tá - tá todo mundo louco.

A hora é boa para loucuras. Cerveró acusou Dilma de sacaneá-lo e disse o nome de quem levou mais de meio bilhão de reais em pixulecos petrolíferos. Pelo que disse, sobrou algum para Lula e Dilma; e apontou o papel de Dilma na compra da Refinaria de Pasadena, com seus 700 milhões de dólares a mais. Roubo vá lá; mas passar Cerveró para trás? Tolerar traição é bem mais caro.

Tá todo mundo louco, oba!

Munição de reserva
Na terça que vem, Renan deve depor na Polícia Federal. A repercussão do depoimento só depende dele: sabe muito, mas pode passar por cima do que não for de seu interesse. E a coisa toda está pegando fogo: o empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, confirmou que o apartamento do Guarujá que não é de Lula é de Lula, sim, e com isso abre novos caminhos de investigação.

Marcelo Odebrecht vai ter um trabalhão para delatar alguma novidade.

Trio parada dura
O procurador-geral Rodrigo Janot pediu ao Supremo a prisão de Renan, Jucá e Cunha; e a prisão domiciliar, com tornozeleiras eletrônicas, de Sarney. Político importante preso é mais raro que empreiteiro na cadeia (e até isso já temos). Acima de Cunha, Renan e Jucá, mais Sarney, só mesmo Lula e Dilma - atenção: isto é uma reflexão, não uma sugestão.

A propósito, que dirão agora os petistas, que acusavam as operações da Polícia de atingir só o PT? Os quatro citados por Janot eram aliados, sim, do Governo petista, mas já faz tempo que mudaram de lado.

Temer sim, Temer não
A criação de 14 mil cargos federais e um bom aumento ao funcionalismo foram aprovados pelo presidente Michel Temer. Parece que já estavam calculados no déficit, então tudo bem, deixa a bola rolar. Só que alguns economistas respeitados, vários deles próximos a Temer, começaram a fazer contas. Os recursos podiam estar englobados no déficit, mas tinham de ser gastos. E a área econômica foi a única do Governo, até hoje, a merecer elogios gerais. Temer mudou rápido de posição: aumento só para juízes, que mandam prender e soltar, e com quem vale a pena manter boas relações. Quem esperava maiores benefícios espera mais um pouco.

Temer pode não fazer, mas desfazer é com ele.

Uma senhora chamada Luis
Ou, chamando-a pelo nome completo, Luislinda Dias de Vallois - filha de Iansã, rastafári, ex-Miss Mulata Bahia, negra, desembargadora, 71 anos, "divorciada e ousada", é agora secretária de Igualdade Social do Governo Temer.

Aprendeu muito sobre o mundo aos nove anos, quando seus pais não puderam comprar o material de desenho de plástico pedido pelo professor. Seu material era de madeira, que seus pais puderam comprar. O professor foi duro: "Então, você não devia estar estudando, e sim cozinhando feijoada para os brancos". Hoje ela ocupa o cargo com que o professor jamais sonhou.

O homem que falava a verdade

Gentil, acessível - ótima fonte de informação sobre o poder. Hélio Garcia, 85 anos, duas vezes governador de Minas, morreu no domingo, elogiado por aliados e adversários. Não foi acusado de desvios nem de abuso de autoridade. E ajudou a montar a Frente mineira, que uniu o Estado em torno de Tancredo Neves. Era bom frasista. Em seu segundo mandato, pouco foi ao Palácio.

Explicava: "A cada medida que deixo de assinar, o Estado economiza muito".

Problema prático
Michel Temer viaja em julho a Montevidéu, para reunião do Mercosul. Quem fica em seu lugar: Renan, presidente do Senado (e possível presidiário) ou o substituto legal, Waldir Maranhão, presidente da Câmara? Legalmente, o nome certo é o de Maranhão.

Mas será o reconhecimento internacional de que no Brasil
"tá todo mundo louco, oba!"

Chumbo Gordo -
www.chumbogordo.com.br
carlos@brickmann.com.br
Twitter: @CarlosBrickmann

Fonte: Coluna Carlos Brickmann


terça-feira, 10 de maio de 2016

Espuma. Não passou disso



367 deputados votaram pelo impeachment. Um - Waldir Maranhão - decidiu derrotá-los sozinho 

Enquanto o país pegava fogo com a decisão de Waldir Maranhão de anular a votação do impeachment na Câmara dos Deputados, quem acessou o Blog do Noblat no Twitter pôde ler as seguintes notas postadas entre meio-dia e 14h de ontem:
* Espuma! Desconfio de que não passará de espuma a decisão estapafúrdia de Waldir Maranhão de anular a sessão do impeachment na Câmara.

* Isso, sim, é um golpe. Ou uma tentativa de golpe. Não parece?

* A decisão de Waldir dá a medida do desespero de Dilma, com quem ele combinou a anulação do impeachment.

*  367 deputados votaram pelo impeachment. Um - Waldir Maranhão - decidiu derrotá-los sozinho.

* Tudo pode acontecer, inclusive nada.

*  Waldir Maranhão está tendo seus cinco minutos de glória. Depois, terá de se ocupar com os processos que responde na Justiça.

*  A decisão de Waldir Maranhão serve aos que defendem o discurso de que impeachment é golpe. Apenas isso.

*  Renan Calheiros "venderá caro" sua decisão de aceitar ou rejeitar o ato de Waldir Maranhão. Quem pagará mais - Dilma ou Temer?

*  Existe uma coisa chamada "obstrução da Justiça". E, agora, outra chamada "obstrução da vontade da maioria dos deputados”.

*  Sem as redes sociais, os fatos demoravam mais a acontecer, a virar notícia e a provocar consequências.

* Dilma voltou a repetir para seus auxiliares: vale tudo, qualquer coisa para evitar que ela seja obrigada a se afastar do cargo.

Blog do Noblat

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Renan vai rejeitar decisão de anular impeachment dada por interino da Câmara



Leitura do parecer do relator está prevista para hoje
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse a senadores que rejeitará o pedido do presidente interino da Câmara, deputado Waldir Maranhão, que anulou a aprovação do impeachment pela Câmara e pediu que o Senado devolvesse o processo. Renan ficou sabendo da decisão da Câmara ao desembarcar em Brasília e ficou "estupefato", segundo senadores que se reuniram com ele. Renan se reuniu com o segundo vice-presidente do Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), e com o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE).

Renan virá ao Senado para anunciar sua decisão, em plenário, a partir das 16h. A decisão de Maranhão foi classificada de "patetada e esdrúxula" pelos senador Jucá. Presidente do PMDB, Jucá não quis informar a decisão de Renan, mas defendeu que o Senado mantenha o processo de impeachment, alegando que ele é "correto juridicamente e equilibrado politicamente".  - O presidente Renan virá dizer sua posição. Mas eu defendo que o processo continue. Foi uma decisão esdrúxula. Não é por causa de uma patetada e uma decisão esdrúxula que vamos mudar o nosso rito. Foram três patetas, vamos saber quem são até o final do dia quem são - disse Jucá. 

O Senado Federal abriu sua sessão desta segunda-feira sem nenhuma decisão tomada. A interpretação dos líderes que estão reunidos neste momento com Renan Calheiros (PMDB-AL) já era a de que seria mantido o cronograma da votação do processo do impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Caso isso se concretize, a leitura do relatório da decisão da comissão especial, que aprovou o afastamento de Dilma na última sexta-feira, ocorrerá na tarde desta segunda-feira. Assim, começa o prazo de 48 horas para votação na quarta-feira no plenário do Senado, conforme previsto inicialmente.

Reunido com vários senadores em sua residência oficial, entre eles o líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO), Renan defendeu, antes da reunião, que a decisão de Maranhão não tem valor. Os defensores do impeachment defendem que Renan ignore o presidente interino da Câmara, não devolva o processo à Câmara e, em vez disso, dê prosseguimento a ele.  — Segue absolutamente normal. Não há nenhuma razão jurídica para não seguir. Eu quero tranquilizar o Brasil, Essa decisão tumultuou a economia brasileira, o processo político. Não foi bom para o Brasil. Temos que ter responsabilidade, a calma e, sobretudo, a serenidade para não criar nenhum fato novo para complicar a vida brasileira. Não tem nenhuma eficácia. Hoje (o processo de impeachment) pertence ao Senado Federal — avaliou o presidente da comissão do impeachment no Senado, Raimundo Lira (PMDB-PB).
— A tendência é Renan chegar às 16h e manter a leitura do relatório, mesmo que haja contestação do outro lado. Isso foi um desatino. Desafiaram o Senado Federal. Eu perguntei ao Renan: em todas as suas presidências, você presenciou um ato de hostilidade tamanha ao Senado? Ele respondeu: não. Isso é ousadia de quem está por trás do Waldir Maranhão — disse o presidente do DEM, senador José Agripino Maia (DEM-RN).

O vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC), que é contrário ao impeachment, passou alguns minutos na residência oficial de Renan. Ele deixou o local rumo ao Senado, para abrir sessão ordinária nesta tarde, mas sem adiantar oficialmente o que ocorrerá com o processo do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Ele apenas avisou que, por enquanto, não vai ler no plenário a decisão da comissão especial que admitiu o afastamento da presidente Dilma Rousseff.  — Vou abrir a sessão e vamos discutir. Não vamos ler nada. Essa é uma questão muito grave, que todos nós vamos opinar. Na minha opinião, ou devolve para a Câmara, ou no mínimo cabe uma consulta ao Supremo. Com certeza essa questão vai ser judicializada — disse Jorge Viana, que não quis adiantar se o PT ou o governo vai entrar com recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender o processo se Renan não o devolver para a Câmara.

Viana destacou que o pedido de impeachment foi aceito pelo presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Na última quinta-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e determinou a suspensão do mandato de Cunha e, consequentemente, seu afastamento da presidência da Casa. Por 11 votos a 0, os ministros concluíram que Cunha usou o cargo em proveito próprio, seja para pressionar empresários para receber propina, seja para atrasar o andamento do processo que pede sua cassação no Conselho de Ética da Câmara.  — Do meu ponto de vista esse processo está viciado e a prova é o afastamento de Eduardo Cunha por 11 a 0 no Supremo. Está cada vez mais caracterizado que esse processo de impeachment é uma fraude — disse Viana.

— A decisão de Waldir Maranhão não tem valor algum. É apenas um momento de desespero do governo e cinco minutos de fama para o interino. A decisão do plenário é soberana e ele sabe disso. Entrou no jogo apenas para atender seus patrões — disse Caiado antes de participar da reunião.

Senadores favoráveis a Dilma, como Paulo Rocha (PT-PA), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Fátima Bezerra (PT-RN), Lindbergh Farias (PT-RJ), José Pimentel (PT-CE) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), também foram à residência de Renan. Segundo Caiado, Renan está ouvindo todo mundo separadamente e, às 16h, vai anunciar sua decisão, mas acha que há uma sinalização clara de que o cronograma será mantido.

Ao sair da reunião com Calheiros, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) confirmou que a tendência do presidente do Senado é fazer a leitura do relatório no plenário e continuar com o processo de impeachment.  - Não teve nenhuma reunião formal de líderes. Vários senadores, em momentos diferentes dialogaram com o presidente Renan. Tudo indica que a decisão do presidente será fazer a leitura do relatório da comissão especial. A tendência da posição dele é nesse sentido. Houve um apelo feito principalmente pelos líderes e senadores do PT e do PCdoB, mas o presidente está convencido de que o ato do presidente da Câmara foi ilegal, intempestivo e que, salvo se tiver uma decisão do Supremo Tribunal Federal não há de se falar na suspeição da leitura - declarou Rodrigues.

REUNIÃO COMEÇA SEM DECISÃO
A reunião foi aberta pelo primeiro vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC), que esteve com Renan. Ele abriu a sessão para debates. Estava prevista para 16 h a leitura do parecer do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), aprovado na sexta-feira pela comissão do Senado. A senadora Ana Amélia (PP-RS) questionou logo no início da sessão se a leitura estava mantida. — Como o Senado reagirá a essa manifestação intempestiva da Câmara? — questionou Ana Amélia.

Viana disse não ter informação se isso será mantido ou não, diante da decisão de Maranhão: — Nesse momento, o presidente Renan está consultando o regimento e todo o aparato que rege o processo de impeachment, para tomar uma decisão sobre esse posicionamento do presidente da Câmara interino. A princípio está marcado para 16 horas da tarde a leitura. Não estou afirmando que irá acontecer ou não. Teremos uma manifestação ainda hoje do presidente Renan.

O tema monopoliza os debates do início da sessão. Parlamentares favoráveis ao impeachment atacam a decisão de Maranhão. — Essa é uma decisão que mais se parece com golpe. Nos últimos dias se debateu muito sobre golpe, mas o verdadeiro golpe é este, contra a instituição parlamentar — disse o líder do PV, Álvaro Dias (PR).

Fonte: O Globo