Alexandre Garcia
Desembargadora, na verdade, não foi punida, foi premiada: não precisa mais trabalhar e continua ganhando a mesma coisa. Foto: Bigstock
Pena "rigorosa" para desembargadora
Outro
dia eu encontrei num restaurante, em Brasília, um juiz, ministro de
tribunal superior, almoçando. E ele tentou se justificar, dizendo que
fora injustiçado. Acusado de vender sentença, foi punido com
aposentadoria. Estava lá gastando o dinheiro da aposentadoria num bom
restaurante.
Conto isso porque o Conselho Nacional de Justiça
(CNJ) puniu com a pena máxima a desembargadora de Mato Grosso do Sul,
Tânia de Freitas Borges, que tirou o filho da cadeia por conta própria,
num evidente caso de abuso de poder.
O filho tinha sido preso com
130 quilos de maconha e 200 cartuchos de fuzil.
E ela, como mãe, foi
lá, tirou o rapaz da cadeia e botou numa clínica por conta própria.
Ela
então foi punida com a pena máxima pelo CNJ: aposentadoria com
vencimento integral. Ora, na verdade, ela foi premiada. Não precisa mais
trabalhar e vai continuar ganhando a mesma coisa.
Quem não ajuda não deve atrapalhar
Uma
diretora da Eletrobras interpelou o presidente da República com uma
carta enviada ao Ministério de Minas e Energia, perguntando se Bolsonaro
confirma que disse que ia “botar o dedo” no setor elétrico. O
presidente respondeu pegando a medida provisória que acelera a
privatização da Eletrobras, e levando pessoalmente ao Congresso.
Entregando para o presidente da Câmara e o presidente do Senado. Foi
assim que ele respondeu.
E está cheio de gente dentro da
estrutura estatal que acha que pode governar no lugar de presidente.
Juiz de primeira instância, diretora da Eletrobras... [E, nenhum deles, teve ou tem votos para tanto.
Alguns, especialmente os mais bem colocados onde sempre os sem votos, mas com QI de quem indique conseguem se arrumar, se se candidatos fossem, talvez não tivessem os votos dos familiares mais próximos: algo como esposa e filhos.]
E quem está
interferindo também é o pessoal do Supremo. Partidos pequenos que usam o
STF para isso. [definindo melhor:partidos sem votos, sem projeto, sem noção e muitos serão triturados pela cláusula de barreira.] É uma coisa incrível, mas o presidente está respeitando
todos eles e agindo conforme determina a lei.
Eu vou repetir que
democracia é liberdade, é obediência às leis. As instituições, com
exceção do legislativo, não fazem leis. Quem recebeu os nossos votos
para fazer isso são os deputados federais e os senadores porque todo
poder emana do povo.
Em VOZES, Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo