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terça-feira, 24 de janeiro de 2023

Lula vai usar o BNDES para financiar obras em países da esquerda - Alexandre Garcia

Vozes - Gazeta do Povo

Presidente Lula está na Argentina, e não vai se encontrar com Maduro porque Maduro decidiu não ir para evitar a possibilidade de um vexame de ser preso no aeroporto. 
Isso porque a oposição argentina botou a boca no mundo, avisou o departamento americano de combate às drogas. 
O Maduro está sendo procurado pelo DEA, que deve ter acordo com a Argentina, então Maduro decidiu não ir. 
E a oposição está brigando lá também porque não quer que a Argentina receba o ditador cubano, Miguel Díaz-Canel.
Hoje é dia da reunião da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e Lula aproveitou para oferecer o BNDES para todo mundo, para ajudar os outros a crescer, como se nós não precisássemos, como se estivesse sobrando aqui.  
Quem sabe, podiam fazer uma doação lá para os Yanomamis. 
O BNDES, para quem não sabe, é Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, mas agora vai ser, de novo, Banco Internacional de Desenvolvimento Econômico, que faz metrô em Caracas, porto em Havana, aeroporto em Moçambique, hidrelétrica no Equador, na Nicarágua, enfim, nos países “amigos”.

A moeda única de Lula

Lula também está entusiasmado com a ideia da moeda única com a Argentina. Imaginem, vão misturar o peso argentino, com quase 100% de inflação, e o real brasileiro, com menos de 6% de inflação. 
Tem de tirar a media, aí ficamos com 53% de inflação.
E como se já não bastassem as outras declarações de Lula por aí, ele disse que os ministros da Fazenda têm de ter sabedoria suficiente para poder fazer essa “união” entre as duas moedas.  
Gente, olha o trabalhão que deu fazer o euro, em países europeus, com muito mais história do que a nossa. [só que na Europa eles não tinham o 'demiurgo' de Garanhuns - o Brasil tem.]  
Nós somos Novo Mundo, é a partir de 1500, enquanto os europeus são desde sempre, do tempo das cavernas. Mesmo assim, eles tiveram muitos problemas, a Inglaterra, por exemplo, que entrou e saiu. Depois da reunião da Celac, Lula ainda passa em Montevidéu, onde tem uma reunião com o presidente do Uruguai.

  Lira aumenta em 137% o valor do complemento do auxílio-moradia às vésperas das eleições na Câmara
    O pacote fiscal do governo Lula e a fome por mais impostos

Prisão preventiva
A Procuradoria Geral da República pediu para aliviar a prisão preventiva dos que estão presos, preventivamente, depois da destruição da sede dos Três Poderes no dia 8 de janeiro. As penas previstas são inferiores a quatro anos, e por isso não caberia prisão preventiva. Já foram denunciados 98 pessoas e, claro, como vocês já sabem, não tem terrorismo nisso. Quem chama de terrorista o que não é terrorista, está sujeito a uma boa indenização por danos morais por calúnia.

Agora mesmo, lá em Monterrey, uma belíssima baia na Califórnia, um chinês entrou armado na festa do ano novo lunar chinês e matou dez pessoas, talvez mais, porque houve feridos gravemente, e está sendo tratado como suspeito. Aqui não, aqui ninguém é suspeito, já é terrorista, uma coisa pesada, negócio meio estranho, não foi esse o jornalismo que me ensinaram na PUC há mais de cinquenta anos.

Os omissos
E os denunciados, entre os quais tem 44 que foram presos em flagrante, principalmente no Congresso Nacional, são acusados de serem autores, financiadores e também gente que está sendo acusada de omissão.        Eu continuo achando que tem mais omissão aí, porque a PM é responsável pela segurança no logradouro público.  
A PM é subordinada ao governador. O governador, o secretário de Segurança e o comandante da PM estão nesse inquérito. 
Mas a segurança interna das sedes do poder são de responsabilidade de cada um dos poderes e não do Distrito Federal. Acho que precisam considerar essa história.

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Chineses oferecem Polo Pesqueiro no Sul do Brasil. Oportunidade Comercial ou Armadilha Geopolítica?

DefesaNet

A oferta de investir U$ 30 Mi em Polo Pesqueiro Integrado na cidade portuária de Rio Grande traz uma potencial de conflito geopolítico regional e internacional.

O que a princípio é mais uma oportunidade de negócios tem sutilezas que ultrapassam o campo comercial.  A proposta da empresa chinesa Ample Develop Brazil Ltda, representando conglomerado financeiro e industrial da China, foi publicada com exclusividade em nota, no site do jornalista Políbio Braga, na sexta-feira (18DEZ2020).(www.polibiobraga.com.br)

Trata-se do “Projeto de Pesca Integrada” que foi projetado para ser desenvolvido na cidade portuária de Rio Grande (RS). O projeto, no esboço apresentado para o governo do estado do Rio Grande do Sul e da cidade de Rio Grande.

Em um breve comunicado, no dia 17 de Dezembro, a empresa divulgou:

“Ample Develop Brazil LTDA apresenta interesse em investir 30 milhões de Dólares no Rio Grande do Sul.

O primeiro contato da empresa no Brasil, para tratar sobre investimentos no Rio Grande do Sul, foi com a Secretária de Relações Internacionais, ex-Senadora, Ana Amélia Lemos. A Secretária, encaminhou a Empresa para dar seguimento as tratativas já no estado.

O Secretário do Meio Ambiente e Infraestrutura do estado do Rio Grande do Sul, Arthur Lemos, juntamente com a Presidente da FEPAM, Marjorie Kauffmann e o Secretário Adjunto da Agricultura (RS), Luís Fernando, recepcionaram o Presidente da Ample Brazil, Sr Yunhung Arthur Lung e os diretores da empresa, que apresentaram carta de interesse de investimento e esboço do projeto em questão. A Ample Brazil, quer investir na Indústria da pesca no Estado, gerando centenas de empregos diretos e indiretos, com objetivo de atender o mercado interno e externo.

O grupo realizou reunião com Prefeito eleito de Rio Grande, Fábio Branco (PSDB), que com agilidade fez contato com Executivo responsável pela inserção da Ample Brazil no estado, Fernando Lopes e colocou o Município à disposição para empresa se instalar. A reunião aconteceu nesta quinta-feira (17DEZ2020) e foi muito promissora, relatou, Fernando Lopes.”

O que é o   “Projeto de Pesca Integrada” apresentado pela empresa chinesa? Conforme o esboço do projeto apresentado pela AMPLE ao governo do Estado do Rio Grande do Sul e a Prefeitura de Rio grande trata-se:

Esboço do Projeto:

1. Construir uma frota de pesca de arrasto marinho.
(Em consideração para comparar com Uruguai, Argentina e mesmo Guiana ou Suriname não deve ser inferior a 400 (quatrocentos) barcos de pesca).

2. inicialmente, investir um peixe de congelamento rápido individual (IQF) de 500 toneladas (quinhentas) de capacidade diária planta de processamento.
(A planta de processamento adicional dependerá da captura e construção por fases).

3. Investir em um porto de pesca com instalações de base de pesca para a necessidade essencial da logística de pesca.
(O porto de pesca precisa estar ao lado de águas profundas com uma área não inferior a 100 hectares). 

COBERTURA ESPECIAL - TOAS - Geopolítica

22 de Dezembro, 2020 - 11:00 ( Brasília )

Exclusivo – Chineses oferecem Polo Pesqueiro no Sul do Brasil. Oportunidade Comercial ou Armadilha Geopolítica?

A oferta de investir U$ 30 Mi em Polo Pesqueiro Integrado na cidade portuária de Rio Grande traz uma potencial de conflito geopolítico regional e internacional.

Exclusivo – Chineses oferecem Polo Pesqueiro no Sul do Brasil. Oportunidade Comercial ou Armadilha Geopolítica?


Matéria Exclusiva DefesaNet e
www.Polibiobraga.com.br

 
O que a princípio é mais uma oportunidade de negócios tem sutilezas que ultrapassam o campo comercial.  A proposta da empresa chinesa Ample Develop Brazil Ltda, representando conglomerado financeiro e industrial da China, foi publicada com exclusividade em nota, no site do jornalista Políbio Braga, na sexta-feira (18DEZ2020).(www.polibiobraga.com.br)

Trata-se do “Projeto de Pesca Integrada” que foi projetado para ser desenvolvido na cidade portuária de Rio Grande (RS). O projeto, no esboço apresentado para o governo do estado do Rio Grande do Sul e da cidade de Rio Grande.

Em um breve comunicado, no dia 17 de Dezembro, a empresa divulgou:

 

“Ample Develop Brazil LTDA apresenta interesse em investir 30 milhões de Dólares no Rio Grande do Sul.

O primeiro contato da empresa no Brasil, para tratar sobre investimentos no Rio Grande do Sul, foi com a Secretária de Relações Internacionais, ex-Senadora, Ana Amélia Lemos. A Secretária, encaminhou a Empresa para dar seguimento as tratativas já no estado.

O Secretário do Meio Ambiente e Infraestrutura do estado do Rio Grande do Sul, Arthur Lemos, juntamente com a Presidente da FEPAM, Marjorie Kauffmann e o Secretário Adjunto da Agricultura (RS), Luís Fernando, recepcionaram o Presidente da Ample Brazil, Sr Yunhung Arthur Lung e os diretores da empresa, que apresentaram carta de interesse de investimento e esboço do projeto em questão. A Ample Brazil, quer investir na Indústria da pesca no Estado, gerando centenas de empregos diretos e indiretos, com objetivo de atender o mercado interno e externo.

O grupo realizou reunião com Prefeito eleito de Rio Grande, Fábio Branco (PSDB), que com agilidade fez contato com Executivo responsável pela inserção da Ample Brazil no estado, Fernando Lopes e colocou o Município à disposição para empresa se instalar. A reunião aconteceu nesta quinta-feira (17DEZ2020) e foi muito promissora, relatou, Fernando Lopes.”

Reunião com a equipe do governo do Estado do Rio Grande do Sul




Reunião com o Prefeito eleito Fábio Branco, da cidade de Rio Grande, em 17DEZ2020 (RS)

O que é o   “Projeto de Pesca Integrada” apresentado pela empresa chinesa? Conforme o esboço do projeto apresentado pela AMPLE ao governo do Estado do Rio Grande do Sul e a Prefeitura de Rio grande trata-se:

Esboço do Projeto:
 

1. Construir uma frota de pesca de arrasto marinho.
(Em consideração para comparar com Uruguai, Argentina e mesmo Guiana ou Suriname não deve ser inferior a 400 (quatrocentos) barcos de pesca).

2. inicialmente, investir um peixe de congelamento rápido individual (IQF) de 500 toneladas (quinhentas) de capacidade diária planta de processamento.
(A planta de processamento adicional dependerá da captura e construção por fases).


3. Investir em um porto de pesca com instalações de base de pesca para a necessidade essencial da logística de pesca.
(O porto de pesca precisa estar ao lado de águas profundas com uma área não inferior a 100 hectares).

 
Cópia do trecho do documento


 
O Imbróglio Geopolítico

A delegação da AMPLE foi recebida pelas autoridades estaduais e municipais como um investidor que procura e oferece oportunidade de investimento e cooperação comercial. Porém, o assunto tem uma enorme carga de atiçar ainda mais uma tensa situação, que há alguns anos tem ocorrido de forma silenciosa no Atlântico Sul.

A ação das frotas pesqueiras da China no Atlântico Sul. Mesmo alinhada politicamente com a China a Argentina tem agido com decisão, dentro das possibilidades de meios navais que dispõe, contra a pesca predatório das frotas pesqueiras chinesas.
  
Mais recente foi a ação, em 04MAIO2020, com a interceptação de um pesqueiro chinês, nota da Armada Argentina:

“A Marinha Argentina, sob o comando do Ministério da Defesa, informa que, nas primeiras horas de segunda-feira (04MAIO2020), o patrulha oceânica ARA P51 "Bouchard" detectou e capturou um barco pesqueiro chinês, que estava operando ilegalmente, na Zona Econômica Exclusiva da Argentina (ZEE).” Leia a íntegra ARGENTINA - Navio patrulha oceânico ARA “Bouchard” capturou barco de pesca chinês por pesca ilegal na ZEE Link)



Equipes de abordagem do ARA P51 Bouchard em direção ao pesqueiro chinês "HONG PU 16" Foto Armada Argentina (clique para acessar a matéria)

A Argentina também tem exercido pressão sobre o Uruguai, para que impeça o porto de Montevidéu ser usado de base para as operações das frotas pesqueiras chinesas. Embora, estas raramente aportem em Montevidéu, usam o porto para apoio logístico e uma tarefa macabra de descarregar corpos de  marinheiros falecidos a bordo para envio à China.

MATÉRIA COMPLETA - DefesaNet - site do jornalista Políbio Braga

Transcrito parcialmente do DefesaNet


domingo, 6 de dezembro de 2020

Júnior conhece a caixa-preta da saúde - Elio Gaspari

 Folha de S. Paulo - O Globo

Ministro Luís Roberto Barroso poderá homologar a papelada da colaboração do empresário José Seripieri Júnior, da Qualicorp, feita à Procuradoria-Geral da República (PGR)

Nesta semana, o ministro Luís Roberto Barroso poderá homologar a papelada da colaboração do empresário José Seripieri Júnior, da Qualicorp, feita à Procuradoria-Geral da República (PGR). Há mais de uma semana, a repórter Bela Megale revelou que Júnior, como ele é conhecido, concordou em pagar R$ 200 milhões à Viúva pelas transações em que se meteu, alimentando caixas de políticos. Em julho, ele passou três dias na cadeia, e sua colaboração foi antecedida pela de um sócio.

Chegando a valer cerca de R$ 4 bilhões, a Qualicorp tornou-se uma campeã organizando planos coletivos de saúde. Como uma jabuticaba, ela nunca foi uma operadora, mas Júnior tornou-se um bilionário trabalhando num mercado onde se misturam capilés para políticos que colocam jabutis nas leis e azeitam-se promiscuidades com as agências reguladoras.

Finalmente, o Ministério Público acercou-se desse mercado. A Lava-Jato chegou perto, mas distraiu-se. Deltan Dallagnol, ex-coordenador da força-tarefa, recebeu pelo menos R$ 580 mil fazendo palestras para plateias da Unimed. Ele explicou que repassava os valores a entidades filantrópicas.

Quando a colaboração de Júnior for conhecida, será possível avaliar a sua profundidade. A operação Lava-Jato começou com muito menos, pois nela o fio da meada foi puxado a partir de um posto de gasolina que lavava dinheiro. A memória da Qualicorp, ou de qualquer grande operadora, guarda muito mais que isso. Os procuradores de Curitiba puxaram os fios e deu no que deu. A PGR está com o novelo na mão. Sabe-se que negociou uma multa milionária, mas a questão está também em outro lugar: na máquina desse mercado.

Pode-se dar de barato que a colaboração de Júnior levará para a mesa alguns políticos, provavelmente figurinhas fáceis de outros escândalos, alguns confessos, ou notoriamente mentirosos. Pelo cheiro da brilhantina, cairá na roda um doutor que queria cobrar os serviços do SUS.

O valor da colaboração de Júnior poderá ser avaliada se ela tratar do funcionamento da porta giratória pela qual maganos saem do mercado e vão para as agências reguladoras, ou fazem o caminho inverso, sempre enriquecendo. Noutra vertente, pode-se vir a saber como se enfiou um jabuti numa Medida Provisória de 2015. Ele reduzia o valor unitário das multas aplicadas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar quando o volume passasse de certos limites. Em bom português: quem delinquir muito pagaria menos que quem delinquiu pouco. Dilma Rousseff vetou o jabuti. Trata-se de perguntar, ouvir, anotar o nome do magano e chamá-lo a depor. Se for o caso, remetê-lo à carceragem.

Seripieri Júnior fez todo o caminho do mercado, conheceu suas vísceras e no ano passado começou a montar uma empresa fechada. Nela, ao contrário das operadoras que cobrem despesas com centenas de médicos, laboratórios ou hospitais, as operadoras fechadas têm suas listas e, sobretudo, seus hospitais. Graças a isso, controlam seus custos e acabam cobrando menos.

A PGR está diante da oportunidade de abrir a caixa-preta dos planos de saúde. Basta expandir a operação abrindo um capítulo em que se fazem perguntas estranhas ao ritual, porém essenciais para o propósito da investigação. Assim foi com a Lava-Jato e assim foi com a investigação da Receita Federal e do FBI americano, que detonou as roubalheiras da cartolagem internacional do futebol.

A ideia segundo a qual se combate a corrupção com multas milionárias é pobre. Acaba criando uma espécie de pedágio, caro, porém imunizante. A turma dos planos de saúde, acossada pela perda de clientes e pela reação aos reajustes selvagens, já tentou dois saltos triplos. Num, no escurinho de Brasília, queriam mudar a lei que regula seu mercado. A elas, tudo, aos consumidores, nada. Noutro, querem privatizar serviços do SUS. Isso durante uma pandemia na qual tentaram negar cobertura para os testes de coronavírus.

Madame Natasha e o general
Madame Natasha não perde entrevistas do general Eduardo  Pazuello e admira os momentos em que ele fica calado. Outro dia, falando a parlamentares, o ministro da Saúde incomodou a senhora quando disse coisas assim: “Se o processo eleitoral nas cidades, com todas as aglomerações e eventos, não causa nenhum tipo de aumento da contaminação, então não falem mais em afastamento social.”
“Precisamos compreender de uma vez por todas que nós só aplicaremos vacinas no Brasil registradas na Anvisa.”

Com décadas de serviço nos quartéis, o general Pazuello aprendeu a falar como comandante. Como ministro da Saúde, deveria aprender que não manda nas suas audiências. Dizer a quem quer que seja que não deve mais falar em afastamento social é uma indelicadeza, se não for uma bobagem. Quando ele diz que “precisamos compreender de uma vez por todas” que o governo só patrocinará vacinas aprovadas pela Anvisa, diz uma platitude. O problema é outro: cadê a vacina federal? [preferimos perguntar: cadê uma vacina? vale de qualquer país.] 
 
Natasha recomenda gentilmente ao general entender que seu desempenho terá uma avaliação cronológica. A vacina chegará a diversos países em janeiro, inclusive à Inglaterra e ao México, cujos governos foram negacionistas. Pazuello não sabe precisar o mês do início da vacinação no Brasil e acha razoável que metade da população de Pindorama só consiga ser imunizada no segundo semestre do ano que vem. Em São Paulo, a vacinação vai começar em janeiro, a menos que Pazuello e Bolsonaro queiram atrapalhar, metendo-se numa ridícula Revolta da Vacina 2.0.

Quando Natasha era uma mocinha e os generais se metiam onde não deviam, ela teve que ir a Montevidéu para ver o filme “Último Tango em Paris”. (Achou-o muito chato.)
Natasha morre de medo de ter que viajar ao exterior para ser vacinada.
 
Coisas de Pindorama
Um marciano passou pelo Brasil em 1821 e gostou das gazetas que defendiam a independência da Colônia. Voltou em 1823 e soube que ela fora proclamada, com o filho do rei de Portugal coroado imperador.

Imortal, o marciano foi ao comícios das Diretas de 1984 e encantou-se. Voltou em 1985 e soube que a campanha havia resultado na eleição indireta de Tancredo Neves, mas quem estava na Presidência era José Sarney, presidente do partido do governo em 1982.

O marciano resolveu nunca mais voltar ao Brasil. Ele vive em Washington e soube que o doutor Sergio Moro é novo sócio-diretor da firma em cujo portfólio de clientes está a Odebrecht com seu processo de recuperação judicial. 
 
Kerry e os agrotrogloditas
A nomeação do ex-senador John Kerry para a posição de czar na política de meio ambiente do governo de Joe Biden deve acender um sinal de alerta no Planalto.

Ex-secretário de Estado, Kerry não conhece agrotrogloditas, mas tem boas relações com alguns ambientalistas brasileiros.Seria útil que os çábios do bolsonarismo parassem de pressionar empresas multinacionais que pararam de comprar soja plantada em áreas de conflito ambiental. As filiais comunicam essas pressões às suas matrizes. [Curioso é que Bolsonaro ao manter boas relações com Trump - tendo sempre presente que nações não possuem amigos e sim interesses, vale o mesmo para seus governantes - acusavam do nosso presidente adotar uma postura de submissão do Brasil. 
Agora já aceitam que os chamados ambientalistas fiquem de 'quatro' para Kerry.
As filiais das empresas americanas agem corretamente quando passam informações, ainda que desfavoráveis, as suas matrizes; já os inimigos do Brasil = os traidores brasileiros que traem o Brasil para ter boas relações com Kerry =  agem como 'judas' e sempre terão nosso desprezo e fiquem que são também desprezados pelos  norte-americanos.
De qualquer modo as empresas dos EUA façam o melhor para eles e deixem que os brasileiros façam o melhor para o Brasil.]

O Globo - Elio Gaspari, jornalista


terça-feira, 8 de outubro de 2019

Máquina de guerra - Eliane Cantanhêde

O Estado de S.Paulo

Após estrago no meio ambiente, metralhadora ideológica mira a cultura

Quando surgiu a notícia de que o Ministério da Cidadania havia demitido 19 funcionários do Centro de Artes Cênicas da Funarte, a primeira reação foi de aplauso. Afinal, o governo afastava o diretor Roberto Alvim, que, entre outras barbaridades, ofendeu Fernanda Montenegro como “mentirosa” e “sórdida”. Ledo engano. Era bom demais para ser verdade. Logo ficou claro o contrário: foram demitidos os coordenadores, gerentes e subgerentes, menos... o chefe Alvim! Ou seja, o governo “limpou a área” para Alvim fazer o que bem entender. [está certa a afirmação de que o governo limpou a área, visto que os demitidos compunham um parte da corja lulopetista, da esquerda, que tenta manter a política petista da Ancine prestigiar a contracultura,aquela que valoriza a pornografia, [o que inclui, sem limitar, artistas voltado a produções 'culturais' que atentam contra valores básicos da FAMÍLIA.]

Esse é apenas mais um capítulo da nova guerra ideológica do governo Jair Bolsonaro, com o mundo todo já espantado com sua visão e suas declarações sobre meio ambiente – aliás, o tema central do Sínodo que ocorre neste momento no Vaticano, sob a liderança do papa Francisco. É enorme o estrago à imagem do Brasil no exterior, por desmatamento, queimadas e, agora, a gravíssima mancha de óleo [até os animais que estão morrendo sabem que a mancha de óleo não surgiu por acaso e nem é fruto da irresponsabilidade do comandante de algum navio e sim um ato de sabotagem, na tentativa, felizmente inútil, de comprometer o governo Bolsonaro com política de agressão a vida marinha.] nas praias de todo o Nordeste, mas principalmente pela nova política para o setor. Ainda enfrentando essa frente, o governo já aprofunda os ataques, investidas e ingerências na área da cultura, onde habitam velhos fantasmas do bolsonarismo, embolados no tal “marxismo cultural”.

A expressão, sempre presente nos escritos e nas falas do chanceler Ernesto Araújo, é também frequente no mundo e nas fantasias do diretor Roberto Alvim, que também vê inimigos esquerdistas e perigosos por toda a parte, prontos a implodir a “cultura judaico-cristã do Ocidente”. Alvim, que quer transformar o Teatro Glauce Rocha em “teatro evangélico”, seja lá o que isso seja, também já vinha conclamando “profissionais conservadores” a integrarem uma “máquina de guerra cultural” na Funarte. Ai, que medo! Imaginem só o que vai virar o Centro de Artes Cênicas. Um amontoado de críticos à nossa produção cultural, nossos diretores, nossos atores.

A Funarte, porém, é só mais um dos alvos do Planalto e do Ministério da Cidadania, que engoliu o da Cultura já na posse. A artilharia contra a cultura se expande por todas as áreas do governo, até a financeira. No mesmo dia do anúncio das demissões na Funarte, veio a notícia de que a produção cultural da Caixa Econômica Federal agora é sujeita ao crivo ideológico da presidência do órgão e da Secom do Planalto. Isso remete ao veto de Bolsonaro a uma peça publicitária do Banco do Brasil dedicada ao público jovem, porque incluía a diversidade racial e sexual. Ou ao ataque que ele fez à Ancine, condenando seus “filmes pornográficos” e defendendo que deveriam enfocar os “heróis nacionais” – leia-se, os heróis do próprio Bolsonaro, como o coronel Brilhante Ustra, fartamente apontado como torturador?[sugestão anotada - está entre os dez primeiros heróis nacionais.]

Do outro lado, Chico Buarque, excelente escritor e ícone da música de várias gerações, além de não ser “herói”, é tratado como inimigo: a embaixada brasileira em Montevidéu acaba de suspender um documentário sobre o Chico. O Chico! É inacreditável, mas pode acreditar. A reação já começa, com manifestações de apoio e a devida reverência à diva Fernanda Montenegro e com decisões judiciais como a de ontem, da juíza Laura Bastos de Carvalho, da 11.ª Vara do Rio, que suspendeu por liminar uma portaria do Ministério da Cidadania sobre projetos da Ancine para TVs públicas. [trata-se de liminar que pode ser cassada;
caso a decisão judicial seja mantida, nada impede que outras medidas sejam tomadas para impedir o uso de dinheiro público para promover obras inadequadas - mantendo sempre o devido respeito ao Poder Judiciário, sem abrir mão do direito de contestar legalmente suas decisões.]

A juíza atendeu a um pedido do Ministério Público, que apontou na portaria, além de prejuízo ao erário, “inequívoca discriminação por orientação sexual e identidade de gênero”. O STF, diga-se, acaba de criminalizar a homofobia. Demissões, perseguições e censura, além de asfixia financeira da cultura... Isso, sim, é muito “sórdido”.
 
Eliane Cantanhêde, jornalista - O Estado de S. Paulo 
 
 

segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Dona Solange não morreu - O Globo

A VOLTA DA CENSURA

Solange Hernandes foi a censora mais temida da ditadura militar.  [BONS TEMPOS, BONS TEMPOS, aqueles do Rogério Nunes, advogado e da policial federal Solange Hernandes, que comandaram a DCDP - Divisão de Censura de Diversões Públicas. Naqueles tempos sabíamos que as diversões de nossos filhos eram cuidadosamente classificadas.

Talvez houvesse algum exagero, mas, exagero por exagero pior o de hoje, o dos 'artistas' intelectuais, produtores culturais, criadores e outras coisas mais que, com raras exceções, estão sempre produzindo obras  que buscam destruir VALORES que são caros as pessoas de BEM, incluindo a FAMÍLIA,a INOCÊNCIA de nossas crianças, a instituição do CASAMENTO e ainda tem a ousadia de querer que o Governo = contribuintes = nós = nosso dinheiro,  banque a destruição da nossa PÁTRIA AMADA.]  decidia o que podia e o que não podia ser exibido no teatro, no cinema e na televisão. A tesoura estatal podava toda obra que, aos olhos dela, atentasse contra a moral e os bons costumes. Críticas ao regime, nem pensar: eram cortadas na raiz.

Fiscais da Prefeitura do Rio vão à Bienal do Livro para censurar gibi com beijo gay


Na Nova Era, o governo [o Brasil precisa] quer voltar a dar a última palavra na produção cultural. A censura, extinta pela Constituição de 1988, ressurge nas formas de veto ideológico e asfixia econômica.  Um dos primeiros atos do bolsonarismo foi a extinção do Ministério da Cultura. De lá para cá, acumulam-se tentativas de interferência nas artes.

O presidente já anunciou que deseja impor um “filtro” à produção cinematográfica. “Se não puder ter filtro, nós extinguiremos a Ancine”, ameaçou. Ele acusou o órgão de financiar “filmes pornográficos” e defendeu que o cinema brasileiro passe a exaltar “heróis brasileiros”. “Nem na ditadura isso ocorreu”, reagiu o diretor Bruno Barreto, que rodou “Dona Flor e Seus Dois Maridos” em pleno governo Geisel.[comparando as cenas - vamos deixar os diálogos - mostradas no filme Dona Flor (para maiores de 18 anos) com cenas mostradas na novela das 7, ou mesmo na das 18, Dona Flor era inocente.
Quem banca a diversão tem o direito de estabelecer limites. Quem não aceitar, não se diverte.]
 
Em agosto, a Ancine suspendeu um edital que havia selecionado séries sobre sexualidade e diversidade de gênero. Com o veto, quatro produções perderam o direito a captar recursos no mercado. “Conseguimos abortar essa missão”, festejou o presidente, em live para seus seguidores. Em outra frente, o governo implodiu a Lei Rouanet, principal mecanismo de financiamento do setor. O teto para a captação de recursos despencou de R$ 60 milhões para R$ 1 milhão. O Planalto não apresentou nenhum estudo econômico que justificasse o corte.

A tesoura chegou até ao Itamaraty. A embaixada em Montevidéu vetou a exibição de um documentário sobre Chico Buarque. O chanceler Ernesto Araújo disse que a obra não era de “interesse” do governo. [qual o interesse em se saber sobre Chico Buarque? perder tempo e dinheiro.]A censura federal faz escola. Em Porto Alegre, a Câmara Municipal cancelou uma exposição com charges críticas a Bolsonaro. No Recife, a Caixa Cultural tirou de cena uma peça contra o autoritarismo. No Rio, o prefeito Marcelo Crivella enviou fiscais à Bienal do Livro para apreender um gibi com beijo gay.

A blitz do bispo ainda não tinha ocorrido quando Fernanda Montenegro posou para a revista “Quatro Cinco Um” fantasiada de bruxa, prestes a ser queimada numa fogueira de livros. O desconhecido Roberto Alvim, diretor de artes cênicas da Funarte, reagiu com fúria. Chamou de “sórdida” e “mentirosa” a maior atriz brasileira, que faz 90 anos na semana que vem.
Antes de assumir o cargo, Alvim convocou “artistas conservadores” a criarem uma “máquina de guerra cultural” para combater quem pensa diferente. Essa mentalidade macarthista está por trás do sistema de censura prévia instituído na Caixa Econômica Federal. A “Folha de S.Paulo” revelou que funcionários do banco passaram a vasculhar posições políticas e postagens em redes sociais antes de definir patrocínios.

Na nova cruzada autoritária, o diretor da Funarte e seus pares parecem buscar a notoriedade de Dona Solange, que virou personagem de músicas de Leo Jaime e Rita Lee. A chefe da DCDP não está mais por aqui, mas seus discípulos chegaram ao poder.

Bernardo M. Franco, colunista de política em O Globo

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Precisamos falar sobre os livros

Crise das livrarias pode virar um problema sistêmico e atingir um produto que tem um valor intangível

Há um problema rondando o Brasil, enquanto o país está totalmente dominado por suas muitas emergências e um novo governo está se formando: o risco de uma crise sistêmica na indústria do livro. As duas maiores livrarias estão em recuperação judicial e devem R$ 360 milhões às editoras. Juntas, são 40% do varejo do setor, e a crise estreitou o canal de venda. Restam as redes menores, mas hoje há 600 livrarias a menos do que antes da recessão. Esse setor tem impacto para além da economia e chega ao intangível da vida do país.  — Imagine o fechamento da loja do Conjunto Nacional da Paulista? Seria uma tragédia não apenas econômica —afirma Marcos da Veiga Pereira, do Sindicato Nacional das Editoras de Livros (SNEL), citando a megastore ícone da Livraria Cultura.

Como em todas as crises, não há uma razão só, nem soluções simples. A lista das causas que derrubam o setor é longa. Na Saraiva e na Cultura, houve erros de gestão. Livro tem um giro baixo, e o setor trabalha com pouco capital. O país viveu nos últimos quatro anos a pior recessão da sua história, as vendas despencaram e só agora começam a subir. A tecnologia e a mudança de hábitos impõem mudanças do modelo de negócios. A venda online é uma realidade e tende a crescer, mas os editores afirmam que descontos agressivos acabaram dando prejuízo a todos.  — A venda online não tem margem e parte do princípio da captura do cliente. Para Saraiva e Cultura, que têm participação grande nessas vendas, isso foi minando o negócio. A própria Submarino, que antes da Amazon entrar era a grande vilã dessa história, saiu do negócio da venda de livros — diz Marcos Pereira.

O SNEL fez a proposta de fixar um limite máximo para o desconto no preço do livro, por um tempo. Isso significa intervenção na era do mercado livre. Eles sabem que é polêmica, mas argumentam que descontos predatórios podem matar o negócio. O consumidor que se beneficiou da queda do preço quer livro ainda mais barato.  O número de livrarias caiu porque o Brasil inteiro sentiu um impacto da recessão, acha Bernardo Gurbanov, presidente da Associação Nacional de Livrarias, mas o mercado se renova.
Houve uma queda forte do número de lojas, mas, ao mesmo tempo que algumas fecharam, temos novas livrarias abrindo, a maioria delas por profissionais que começam com proposta nova, às vezes com uma loja única, mas que trazem fôlego renovado — diz Gurbanov.

Ele também define como “absurda” a guerra de preços que levou alguns livreiros a comprar por internet, evitando a editora. “Guerra fratricida”. Ele diz que a livraria é mais do que uma loja:
— Tem que ser um centro cultural, de curadoria, de livros expostos, eventos que podem ser desde lançamentos de livros a debates. Uma volta às origens.
Gurbanov informa que há redes crescendo de forma cuidadosa e cita a mineira Leitura. Contudo, na proximidade do Natal, as duas redes que são 40% do mercado e têm as maiores lojas estão desabastecidas.
Fábio Astrauskas, sócio e diretor da Siegen, especialista em recuperação judicial, diz que isso não é o fim da linha para as duas redes.
— Recuperação judicial tem o objetivo contrário, é para evitar a quebra da empresa, é para recuperar — diz ele.

Os caminhos são poucos. Astrauskas acha que, ao fim, Cultura e Saraiva terão novo dono. Só não sabe se um ou dois.  No filme sul-americano Severina, do diretor brasileiro Felipe Hirsch, a história se passa na Montevidéu dos tempos atuais, mas o clima é atemporal e a conjuntura política é apenas insinuada. Numa livraria reúnem-se apaixonados por livros para debates e leituras conjuntas. O filme fala da força imaterial do livro. Até que ponto é irreal e romântico imaginar isso num mundo que se torna digital de forma avassaladora? A venda online e os novos hábitos reduzem o número de lojas no mundo. Tudo está em mudança, mas o livro ainda é predominantemente físico. Em qualquer formato, é mais do que mercadoria.
Luiz Schwartz, da Companhia das Letras, lançou dias atrás a sua “Carta de Amor aos Livros” com uma sugestão simples, que não resolve a crise, mas pode ser uma alegria: dar livro como presente neste fim de ano. Enquanto o setor encontra suas saídas, é bom pensar nos livros e seu valor intangível. Sem eles, fechados em bolhas digitais alimentadas por algorítimos, somos presas frágeis no tempo distópico que vivemos.

Blog da Miriam Leitão -  O Globo



quinta-feira, 23 de junho de 2016

Gleisi Hoffmann não comenta prisão de marido pela PF



A assessoria de imprensa de Gleisi Hoffmann (PT-PR) afirmou que a senadora não vai se pronunciar, por enquanto, sobre a decretação da prisão preventiva do seu marido, o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo, ocorrida nesta quinta-feira, 23. Gleisi retornou ontem à noite de Montevidéu para Brasília, depois de participar de encontro do Parlasul. 

Considerada uma das principais integrantes da tropa de choque da presidente afastada Dilma Rousseff na Comissão do Impeachment do Senado, a assessoria de Gleisi afirmou que ainda não sabe se ela virá à Casa nesta quinta-feira ou se viajará para São Paulo. A sessão do colegiado começou sem a presença da senadora. 

Mais cedo, a Polícia Federal (PF) cumpriu mandato de busca e apreensão na casa de Gleisi e de Bernardo, em Curitiba. Advogado de Gleisi, Guilherme Gonçalves também foi alvo da operação que prendeu o ex-ministro. Atuante na área eleitoral nas campanhas da petista, o advogado não foi preso ainda, pois estaria fora do País. 

O marido de Gleisi foi acusado na delação premiada do ex-senador Delcídio Amaral de privilegiar a empresa Consist Software Limitada. Paulo Bernardo foi preso na Operação Custo Brasil, desdobramento da Operação Pixuleco II, uma das fases da Lava Jato.

Fonte: Isto É