Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
ONG vê que cassação de Dallagnol afeta a segurança jurídica eleitoral e abre precedente para decisões futuras. - Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
O presidente da Câmara dos Deputados, com a concordância expressa do que eles chamam de “Mesa”, tornou-se cúmplice de uma vingança indecente.
A cassação do mandato do deputado Deltan Dallagnol é isso, e unicamente isso: a vingança pessoal do presidente da República contra o promotor que o acusou no processo em que foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, e por conta do qual passou vinte meses num xadrez da Polícia Federal.
No Brasil de hoje, é assim que as coisas funcionam.
Quem resolve eleição, aqui, não é o eleitorado – é uma aberração chamada TSE, algo que não existe em nenhuma democracia séria do mundo, e esse TSE trabalha como uma facção política a serviço do governo Lula.
Aplicam leis que eles mesmos inventam – eles ou o Supremo Tribunal Federal, de onde recebem as suas ordens.
Decidem o que os candidatos podem falar durante a campanha, e o que não podem. Fazem censura. Aplicam punições. Contam os votos –e dizem quem foi eleito. Deram-se o direito, também, de cassar mandatos.
Lula não se contentou em ficar livre da condenação por roubalheira. Além de ficar impune, também quis ir à forra. Exigiu a cabeça do deputado e foi atendido.
O TSE não cassou apenas o mandato do deputado Dallagnol. Declarou nula, para todos os efeitos práticos, a vontade do povo do Paraná; os 344.000 cidadãos que votaram nele nas últimas eleições acabam de ser informados que os seus votos não valem nada. Dallagnol foi o deputado federal mais votado do Paraná, mas e daí?
Em seu lugar, por decisão do Supremo, ficou um candidato que teve 12.000 votos – é essa a atual democracia brasileira.
O TSE, como disse um dos seus integrantes na festa de diplomação de Lula como presidente, está aí para receber e cumprir missões – acaba de executar mais uma.
Lula não se contentou em ficar livre da condenação por roubalheira, a maior jamais ocorrida na história do Brasil.
Além de ficar impune, também quis ir à forra.
Exigiu a cabeça do deputado e foi atendido; inventaram lá uma história de “anulação do registro”,a primeira que lhes passou pela cabeça, mandaram a lei para o espaço e mostraram, mais uma vez, o quanto vale o voto popular no Brasil do consórcio Lula-STF e da corrupção legalizada nos tribunais de justiça.
A Constituição estabelece que os mandatos dos deputados só podem ser cassados pela Câmara;
não há nenhuma outra maneira de entender a questão, ou qualquer dúvida racional a respeito disso.
Mas a Constituição só vale quando o Supremo acha que ela vale, e nesse caso eles decidiram que não vale. Já tinham feito a mesma coisa, ou pior. A Constituição também diz que nenhum deputado pode ser preso a menos em flagrante delito, e por crime inafiançável;
o STF manteve preso por nove meses o deputado federal Daniel Silveira, sem respeitar nenhuma das duas condições, e o mesmo presidente da Câmara aceitou sem dar um pio.
Quem fez uma vez pode fazer duas, ou três, ou quantas quiser. Podem fazer de novo; o presidente da Câmara e a sua “Mesa” vão engolir do mesmo jeito.
Qual Parlamento do mundo aceitaria um insulto desses?
Qual Ministério Público ficaria em silêncio diante da represália flagrante contra um promotor que cumpriu o seu dever de fazer a acusação num processo penal?
Deputados
tiram projeto da gaveta para sinalizar ao governo e ao Supremo que a
vontade da bancada ruralista sobre o tema da demarcação de áreas
indígenas foi respeitada pela maioria dos deputados
A
Câmara dos Deputados mandou recado duplo na noite desta terça-feira,
30.Aprovou o projeto que define um marco temporal para demarcação de
reservas indígenas a contragosto do governo Lula.
Ao mesmo tempo, avisou
ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o Parlamento deixou explícita sua
vontade sobre o tema.
A
Corte Constitucional tem na sua lista de processos a votaração que
pede a revogação do marco temporal como limitador dos processos de
demarcação de áreas indígenas.
Ou seja, não pode ser a permanência de
tribos em terras até a promulgação da Constituição como balizador de
definir se indígenas têm ou não direito de ficar com uma área.
Essa era a
reivindicação de movimentos sociais,não foi essa a posição da Câmara.
Como
o tema demarcação de reserva não é do agrado da bancada ruralista, o
plenário da Casa optou por se aliar ao setor e ignorar gritos e palavras
de ordem dos chamados povos originários.
O tema controverso estava à
espera do julgamento do STF porque o Legislativo deixava na gaveta o
projeto de 2007 que tratava do assunto. A gaveta foi aberta e a maioria
dos deputados disse a que veio.
Ainda
que o projeto não ande no Senado, está demarcado o espaço da vontade
dos deputados. Ficam os ministros do STF avisados. O próprio presidente
da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) deixou isso claro: “O Congresso precisa
demonstrar ao Supremo que está tratando a matéria com responsabilidade”,
disse. “Não temos nada contra os povos originários, mas estamos falando
de 0,2% da população brasileira em cima de 14% do território”.
Mas
a posição adotada pelos deputados é também mais um aviso ao presidente
Luiz Inácio Lula da Silva. Sem base congressual firme e consolidada, o
Executivo não conseguiu impor a agenda dos movimentos sociais, do PT e
outros partidos aliados à maioria conservadora da Câmara.
Com
movimentos contraditórios, a gestão petista ora diz querer dialogar,
ora sinaliza que mina seu próprio gesto.
É o que manifestam, pelo menos,
setores do mundo rural. Depois de ouvir repetidas vezes que Lula quer
se aproximar do agro, a bancada ruralista ainda não engoliu que o
petista vá à China, maior comprador dos produtos do campo brasileiro,
com João Pedro Stédile, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra.
Lula sempre teve o MST como aliado, mas no momento em que diz pregar a
paz pareceu ao agro estar mais queimando as pontes do que as erguendo. E
a resposta veio sob a forma do projeto do marco temporal.
Plenário da Câmara aprovou o regime de urgência
para projeto sobre demarcação de terras indígenas.| Foto: Cleia Viana/Câmara
dos Deputados
Os deputados aprovaram ontem, e é muito importante
essa aprovação, de urgência, para um projeto de lei que pretende se antecipar
ao Supremo, pois o Supremo pode mexer numa data que está na Constituição.
Trata-se de uma discussão sobre terra indígena.
O Supremo vai examinar um caso
de Santa Catarina, em que as pessoas que estão nessa terra já avisaram que
morrem, mas não saem de lá. É uma área que é reivindicada por indígenas.
O artigo 231 da Constituição diz que são indígenas
as terras que tradicionalmente ocupam - ocupam é presente do indicativo.
Significa ocupam no dia 5 de outubro de 1988, que é o dia em que a Constituição
entrou em vigor, que foi promulgada.
E o Supremo pode mudar o tempo desse
verbo, né?
O Supremo pode tudo, pode botar "que vierem a ocupar depois",
ou "que tenham ocupado antes".[só no Brasil, em que a INsegurança Jurídica domina, uma norma redigida de forma tão clara, enseja a interferência da Suprema Corte.]
Então, para evitaresse"que tenham ocupado
antes",há um projeto de lei, agora de urgência, para chegar na frente do
Supremo, projeto de lei de 2007. Só agora que despertaram. Esse projeto de lei
destaca que não vale se os indígenas deixaram de ocupar, e voltarem a ocupar
depois da promulgação da Constituição.
Está valendo é no dia, a menos que sejam
terras que estivessem ou estavam em litígio naquele dia, na justiça.
Aí, o
litígio é outra coisa, tem que deslindar o litígio. É isso o que diz. Então
significa votação imediata, provavelmente na semana que vem já vão votar isso e
evitar uma decisão do Supremo que todo mundo acha que pode inventar outro verbo
para o artigo 231 da Constituição.
CPMI comprometida
Decepção, pelo menos pra mim, foi a escolha do
presidente e da relatora da CPMI do 8 de janeiro.
A senadora Eliziane Gama, que
outro dia mostrou uma foto abraçada com Flavio Dino. A relatora e o presidente
estiveram no mesmo partido, o PPS, que foi o nome que deram para substituir o
Partido Comunista Brasileiro.
O Partido Comunista ficou meio que com vergonha
do nome e mudou para PPS. A Eliziane hoje é do PSD, do Maranhão.
E o presidente
é o Arthur Maia, que é do União Brasil, da Bahia, mas foi do PPS. Interessante
que ele saiu do PPS, de um extremo, para outro extremo, para o DEM. Mas também
já passou pela Solidariedade, pelo PSDB, pelo MDB.
Muito cheio de convicções
doutrinárias pelo jeito, né? Ele é advogado.
E ogoverno evitou que estivesse nessa comissão o
Renan Calheiros, o Azis, pra não parecer que era de novo aquela CPI do circo,
mas pelo jeito vai ser, sabe por que?
A relatora, depois de escolhida, disse o
seguinte: "foi uma tentativa de golpe o que aconteceu em 8 de janeiro, que
não se concretizou".
Ou seja, ela já deu a conclusão, acabou. Nasceu e
morreu. Acabou, a relatora já tem a conclusão.
Quando a CPI iria investigar quem foi que quebrou,
se foi uma coisa comandada por outro lado, quais foram as causas, por que as
pessoas fizeram isso, quem são os personagens de tudo realmente.
É aquela
velhinha que estava lá cozinhando no acampamento, que está presa hoje ou está
com tornozeleira?
Por que que o general estava lá?
Por que o coronel fez isso
ou aquilo, por que as portas se abriram?
Tudo isso a gente pensava que ia ser investigado, mas a relatora já
tirou conclusão, então é triste.
Carro barato?
E por fim, só pra registrar, o governo está
anunciando que carro de menos de R$ 120 mil pode ter abatimento nos impostos
federais e ficar mais barato e dá para comprar até direto da montadora.
Quer
dizer, deixar a concessionária na mão, no meio do caminho.
O pessoal da Fenabrave estava lá, dos
distribuidores de automóveis, e da ANFAVEA também estava lá com Lula, antes que
o vice Alckmin, como ministro da Indústria e Comércio, fizesse esse anúncio
para aliviar as montadoras e baratear o preço dos carros. Vamos ver o que vai
acontecer.
Os deputados brasileiros têm diante de si neste momento uma escolha perfeitamente clara:ou jogam o país na treva da censura ou mostram que ainda são capazes de defender a liberdade que resta aos cidadãos,e que se vê agredida cada vez mais pelo consórcio formado entre o governo Lula, o Supremo Tribunal Federal e as forças que os apoiam.
Podem aprovar a entrega, aos que mandam hoje no Estado, de um sistema para reprimir a livre expressão de ideias – ou dizer “não” à censura legal e hipócrita que querem impor à sociedade. É disso, e só disso, que se trata.
A lei a ser votada na Câmara não se destina a promover a “responsabilidade” e a “transparência” na internet,como diz a propaganda do PT.
Ela dá ao governo a autoridade legal de decidir o que o brasileiro pode ou não pode dizer nas redes sociais – o resto da discussão é fraude, pura e simples.
O fato, no mundo das realidades objetivas, é que a esquerda brasileira jamais está do lado da liberdade.
O Sistema Lula diz que o censura criada pela lei será aplicada pela “sociedade”, não pelo governo; não é censura, portanto.É obviamente falso – na prática, é a máquina estatal que vai tomar as decisões. É ela que vai decidir o que é verdade ou mentira no Brasil – e proibir não apenas as fake news, como dizem, mas tudo aquilo que considerar “desinformação”. Que diabo quer dizer isso, “desinformação”?
No palavrório da lei, é o que estiver “fora do contexto”, ou for “enganoso” ou passar por “manipulação” – quer dizer, na vida real, tudo o que os censores resolverem vetar.
A verdade oficial do governo Lula, por exemplo, estabelece que Dilma Rousseff sofreu um “golpe”, e não um processo legal de impeachment. Com a nova lei, os “representantes da sociedade” podem punir como culpado de “desinformação” quem falar “impeachment” em vez de “golpe”. Que tal?
O governo diz que não vai ser bem assim, é claro, e que a censura será executa com o máximo de honestidade, isenção e critério. Mas vai ser exatamente assim, e daí para baixo. [o que chamam de desinformação, se implantado, tem um alcance bem mais amplo, sinistro e contra a liberdade. SAIBA MAIS, lendo: 'tratado internacional ...'.]
A lei vai ser votada dentro das piores práticas do Congresso Nacional – por trapaças variadas, o projeto irá a plenário sem ter passado por estudo ou debate em nenhuma comissão. É insano.
A nova lei do ensino médio que o governo Lula acaba de anular, para ficar num caso só, levou mais de vinte anos de discussão para ser aprovada; mas um projeto que atinge diretamente a liberdade de expressão, determinada pela Constituição Federal , vai ser votado na correria.
O fato, no mundo das realidades objetivas, é que a esquerda brasileira jamais está do lado da liberdade. Alguém é capaz de se lembrar, por exemplo, a última vez que Lula falou em favor da liberdade?
Já falou sobre tudo, desde que em seu governo haveria “picanha para os pobres”, até que a Ucrânia é responsável pela invasão do seu próprio território,mas de liberdade nada.
É mais uma demonstração do que estão pretendendo com a lei da censura.
Ex-deputado e ex-ministro relembra invasão da esquerda à Câmara em 2006
Em 2006, um grupo invadiu a Câmara dos Deputados, em Brasília, e deixou
rastro de destruição e vandalismo - Foto: Reprodução
Era 6 de junho de 2006.Um grupo de sem-terra, liderado por Bruno Maranhão, um dos fundadores do PT e amigo de Luiz Inácio Lula da Silva, invadiu a Câmara dos Deputados, em Brasília, e deixou um rastro de destruição.
Portões de vidros foram quebrados, terminais de autoatendimento danificados, computadores e câmeras de vídeo do circuito interno deteriorados.
Numa cena que chocou o país, um carro, que seria sorteado pela Associação dos Funcionários da Câmara entre servidores, foi arruinado — um prejuízo de R$ 150 mil.
Pelo menos 35 pessoas ficaram feridas, a maioria delas servidores públicos.
O deputado Aldo Rebelo era o presidente da Casa e, naquele dia, estava numa agenda com o presidente da Câmara do Paraguai, para tratar das relações bilaterais entre os países. Foi quando recebeu um telefonema do deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE) avisando que algo muito grave ocorria na Câmara.
Quase 17 anos depois,diante do vandalismo ocorrido nos prédios públicos no domingo, 8, em Brasília, o presidente Lula disse que a esquerda nunca praticou esse tipo de baderna.
Chamou, inclusive, com a ajuda da velha imprensa, os atos de violência de terrorismo. Mas a História narra que não é bem assim. Aldo Rebelo conversou com a reportagem de Oeste nesta semana para relembrar o dia em que a esquerda atacou a democracia.“Pedi para o segurança providenciar o carro para o meu deslocamento, e ele disse que a decisão deles era que eu não podia ir para a Câmara, porque não havia segurança. A situação estava muito difícil, porque a Câmara tinha sido invadida por um grupo de militantes sem-terra”, diz Aldo Rebelo. “Um segurança já estava ferido gravemente, atingido por um paralelepípedo na cabeça, já havia muita depredação, e não era seguro eu me deslocar. Eu disse: ‘Não, eu vou, e vou agora’”.
No caminho, o segurança sugeriu que Rebelo entrasse por uma via alternativa, para evitar a entrada tradicional, que estava ocupada pelos baderneiros. O grupo de Bruno Maranhão — morto em 2014 — fazia reivindicações sobre a reforma agrária.
“Eu disse: ‘Não, vamos entrar por onde entramos, e cheguei’. Os ocupantes estavam todos no Salão Verde. Passei por eles, fui até a sala da presidência, chegaram lá vários deputados: um grupo mais conservador querendo que eu convocasse o Exército e a polícia para tirar os manifestantes, eu descartei a hipótese; e os grupos de esquerda querendo que eu formasse uma mesa para discutir as reivindicações dos invasores”
Prisão O líder dos vândalos, Bruno Maranhão, foi levado até Aldo Rebelo, que lhe deu voz de prisão. “Eu disse: ‘Você teve toda a chance de discutir isso quando quisesse, porque a Câmara é aberta, você me conhece. Você queria fazer aqui um ato de desmoralização da Câmara, de promoção do seu movimento, não vai ter mesa. Você está preso’.”
Maranhão ficou detido numa sala, sob custódia de Rebelo, até a chegada da polícia.“Claro que eu não podia chamar nem a polícia, nem o Exército para dentro da Câmara, mas também não podia fazer mesa de negociação com essas pessoas, quando tinha servidor em estado grave na UTI e todo patrimônio depredado”, explica.
Em seguida, Aldo foi ao plenário, fez um relato do que estava acontecendo e deu voz de prisão aos cerca de 600 manifestantes. “Pedi que os presos, sob minha custódia, fossem recolhidos pela Secretaria de Segurança do Distrito Federal. O secretário disse que não tinha condições de efetuar as prisões, porque para cada preso tinha de ter, pelo menos, três soldados, e ele não tinha como mobilizar esse efetivo.”
Aldo retrucou, dizendo que o local era responsabilidade da Secretaria, e que ele ajudaria com o atendimento médico e a alimentação. Por fim, os militantes foram levados para o Ginásio de Esporte Nilson Nelson — idosos e mães com filhos foram todos liberados, e os demais foram autuados. Depois, pediu que o Ministério Público entrasse com ação de indenização da Câmara.
“Eles quebraram tudo o que tinha lá, uma estátua do busto do Mário Covas, eles quebraram a marretadas. O busto foi para um lado, e a cabeça para o outro.”
Manifestações de 2013 O ano de 2013 foi marcado por inúmeras mobilizações em todo o país. Milhares de pessoas foram às ruas, com diversas bandeiras. Desde críticas, o aumento das tarifas do transporte público, a falta de investimentos em serviços públicos, até posições contrárias aos gastos com megaeventos esportivos. Naquele ano, ocorria a Copa das Confederações, uma preparação para a Copa do Mundo, que seria realizada no país em 2014. O grito “Não vai ter Copa” rodou o mundo.
Uma série de manifestações nas seis cidades-sede da Copa (das Confederações)reuniu 900 mil pessoas, de acordo com balanço da Secretaria Extraordinária de Segurança de Grandes Eventos. Aldo Rebelo era o então ministro do Esporte do governo de Dilma Rousseff. Ele conta que os movimentos eram híbridos.
“Tinham os chamados manifestantes da oposição ao governo, mas também tinham os manifestantes organizados pelo PT. Houve queima de pneus, geralmente, em manifestação se usam pneus velhos, mas eles compraram novos, e foi muito fácil de localizar os compradores. A polícia descobriu que eram funcionários do Palácio do Planalto e que tinham ajudado a organizar essas manifestações, conhecidos de gente do primeiro escalão do governo, do PT”, declara Aldo
Rebelo afirma que havia um grupo de esquerda, liderado pelo Psol, disputando o espaço que era ocupado pelo PT. “Se o PT fracassasse, a direita ganhava o lugar do PT no governo, e o Psol ganhava o lugar do PT no que seria a oposição. E, como eu conhecia esse povo, sabia que eles tinham nascido no começo do governo Lula para fazer posição, para substituir.”
Num dos jogos em Belo Horizonte, 60 mil pessoas protestaram pelas principais ruas e seguiram em direção ao estádio do Mineirão. Naquele dia, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, acompanhava a partida. Ainda que a polícia tenha contido os manifestantes, Blatter ficou preocupado com a segurança no país e mandou cancelar da Copa das Confederações, recolher as delegações e deixar o Brasil.
“Se ele cancelasse a Copa das Confederações, que é um evento-teste, em que você prepara a área de segurança, mobilidade, aeroportos, hotelaria para o evento no ano seguinte, que é a Copa, e já havia rumores de que os Estados Unidos estavam interessados em acolher a Copa, caso ela fosse cancelada no Brasil, nessa mesma noite eu liguei para a presidente Dilma e falei: ‘Nossa Copa subiu no telhado’.”
No dia seguinte, Dilma fez um pronunciamento, dando garantias de segurança para a realização da Copa, e Blatter desistiu da ideia de suspender o evento. Apesar da derrota do Brasil, de 7 a 1, para a Alemanha, a organização da Copa foi elogiada, inclusive pela Fifa.
Aldo teve um papel importante para a concretização da Copa do Mundo de 2014. “O meu esforço era de garantir a segurança; imagina você receber Angela Merkel, a primeira-ministra da Alemanha. O Putin (Vladimir Putin), o presidente russo, veio ao Brasil; o príncipe Harry, representando a Família Real, ficou aqui o tempo todo, enquanto a Inglaterra permaneceu.”
Ele cita a visita de Joe Biden, à época vice-presidente dos Estados Unidos, para assistir a um jogo da seleção norte-americana. “Reservaram um restaurante à beira-mar para 200 pessoas, para todos os jogadores com seus familiares, com o vice-presidente e jornalistas. Você imagina a exposição ao risco, à noite, no Rio Grande do Norte. Tivemos de providenciar com a Marinha, para bloquear a área perto do restaurante, para evitar qualquer tipo de risco.”
O ex-ministro relembra que, nos protestos de 2013, houve episódios violência e depredação.
“Esse movimento chegou a matar um cinegrafista no Rio de Janeiro. Eu vi outra imagem no Rio, também, um PM ardendo em chamas, jogaram um rojão, você via o escudo e a figura do policial militar. A invasão do Itamaraty, em Brasília, a invasão da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, com a danificação de obras de arte, de quadros, relíquias da arte brasileira, tentativa de invasão aqui da Prefeitura de São Paulo”
Aldo perguntou a Antonio Anastasia, então governador de Minas Gerais, no dia da tentativa de invasão ao estádio, quem estava coordenando os atos. “Quem organizou esse povo, como que chegaram aqui? Ele disse: ‘A CUT’. Eu digo: ‘Mas o movimento da Copa é do PT’. Ele rebateu: ‘Eu sei… (risos)’.”
Tratamento da mídia O tratamento dado pela mídia tradicional foi diferente nas manifestações de 2013 e em 2023. Há dez anos, as manifestações receberam, abertamente, apoio da imprensa. “A Globo interrompia, inclusive, as novelas para transmitir diretamente aquelas manifestações, como se fosse uma coisa aceitável, legítima, e era o tratamento também dado internacionalmente.”
Agora é o contrário, a maioria dos jornalistas da imprensa tradicional repudia os atos. “Agora eu acho que a mídia, tanto a nacional quanto internacional, tem outro interesse. Está muito mais próxima do atual governo. Eu acho que é por essa razão que esses manifestantes de Brasília ofereceram pretexto muito conveniente para essa narrativa”, Aldo se refere, sobretudo, ao uso de palavras como terrorismo, golpismo e extremismo.
Ex-comunista Aldo Rebelo é um nacionalista assumido, defensor de um dos maiores patrimônios do Brasil, a Amazônia. Depois de 40 anos, deixou o PCdoB, por discordar de novos rumos que o partido estava tomando em relação a comportamentos e costumes. “Resolvi me afastar, sem brigas, sem confusão, buscar outro caminho e permanecer com as minhas opiniões. Sempre defendi a democracia e os interesses dos mais pobres.”
A união é a saída para a soberania do país. E, no momento, o Brasil está numa encruzilhada. “Olha, nós estamos aí vendo esses acontecimentos lamentáveis. Claro, você pode pensar em quem promoveu esses acontecimentos, você pode pensar no atual governo e você pode pensar em tudo isso, mas vamos pensar um momento no Brasil.”
“Nessa encruzilhada, você tem um caminho que é esse de domingo, do confronto, do enfrentamento, da violência. Esse é fácil, não precisa de muito trabalho para seguir. O outro caminho é mais difícil, é o caminho de unir e pacificar o país”, conclui.
A Frente Parlamentar Evangélica não gostou de ver o presidente eleito
dizendo que poderia responsabilizar pastores por mortes na pandemia.
Uma nota assinada pelo coordenador da FPE, deputado Sóstenes Cavalcante
(PL-RJ), os parlamentares consideraram a fala de Lula “um claro intuito
de perseguir preconceituosamente a comunidade evangélica, visto que não
se referiu a nenhuma outra organização religiosa, sindical ou a qualquer
outro segmento da sociedade que defende a ampla liberdade de escolha de
seus integrantes”, diz o texto.
A nota inclusive conclama os evangélicos a refletir sobre os
fundamentos e princípios que nortearão a República, “caso Lula assuma e
permaneça” na Presidência. Se já está difícil o futuro governo conseguir
uma maioria folgada que aprove uma PEC, como a da transição com tudo o
que o governo deseja, imagine agora, depois dessa reação da bancada. [entendam que Lula é ateu - finge ser cristão apenas para enganar os bobos = se necessário, ele também se declara satanista.
A VERDADE VERDADEIRA, o FATO é que um dos principais integrantes de um futuro governo do presidente eleito é o ex-terrorista, ex-guerrilheiro José Genoíno = tal individuo foi deputado constituinte, pelo PT é óbvio, e FOI O ÚNICO QUE VOTOU PELA EXCLUSÃO do PREÂMBULO da CONSTITUIÇÃO FEDERAL da expressão"...sob a proteção de Deus,...". Conforme resta claro, nós, CRISTÃOS seremos tratados com especial atenção em um eventual governo Lula, atualmente presidente eleito.]
A avaliação geral é a de que Lula tem que descer do palanque a passar
a falar como presidente eleito, buscando agregar e não cobrar ou
ameaçar segmentos. Até aqui, enquanto a PEC é discutida no Senado, o
clima na Câmara periga azedar antes mesmo de o texto começar a tramitar.
Vestidos de verde e amarelo, muitos carregavam bandeiras do Brasil e
também cartazes contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF)
[Eles não fizeram falta e certamente a suas presenças não seriam bem-vindas.]
Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO
O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), afirmou nesta
quarta-feira, 7 de setembro, que a liberdade e o futuro do país estão em
jogo. A declaração foi feita pouco antes do início do desfile cívico
militar na Esplanada dos Ministérios.
“Então, o povo brasileiro hoje está indo às ruas para festejar 200
anos de independência e uma eternidade de liberdade. O que está em jogo é
a nossa liberdade e o nosso futuro. A população sabe que ela é aquela
que dá o norte para as nossas decisões”, disse ele, em declaração feita à
TV Brasil.
Milhares de apoiadores do Presidente da República acompanharam o
Desfile Cívico Militar na Esplanada.
Vestidos de verde e amarelo,
muitos carregavam bandeiras do Brasil e também cartazes contra os
ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Nos últimos dias, Bolsonaro conclamou seus apoiadores para que
participassem das homenagens ao Bicentenário da Independência do Brasil,
comemorado neste dia 7. Pouco antes de sair para o desfile, ele voltou a
reforçar o pedido para que os brasileiros saíssem de verde e amarelo
durante o 7 de setembro. “Todos do Brasil, compareçam às ruas. Ainda dá tempo, de verde e
amarelo, a cor da nossa bandeira, para festejar a terra onde vivemos,
uma terra prometida, que é um grande paraíso”, disse o presidente.
Ainda que não tenha sido uma ação orquestrada, a posição das três
autoridades em não participar das atividades está relacionada ao receio
de poderem ser ligados a um eventual apoio a Bolsonaro, segundo fontes
ouvidas por Oeste. Bolsonaro tem usado as comemorações do Bicentenário da Independência do Brasil para convocar apoiadores.
Por meio de uma rede social, o presidente do Senado pediu que as manifestações pelo 7 de Setembro sejam pacíficas.
“As comemorações deste 7 de Setembro, que marcam os 200 anos da
Independência do Brasil, precisam ser pacíficas, respeitosas e celebrar o
amor à pátria, à democracia e o Estado de Direito”.
Parlamentar também foi eleito vice-presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado
Condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a oito anos e
nove meses de prisão em regime fechado, o deputado Daniel Silveira
(PTB-RJ) foi escolhido nesta quarta-feira como membro titular de cinco
comissões da Câmara,entre elas a de Constituição e Justiça (CCJ). A
indicação, que cabe ao partido, foi criticada por parlamentares da
oposição, que trataram a presença do deputado no principal colegiado da
Casa como "escárnio" e uma "afronta" à Corte.
Além
da vaga na CCJ, Silveira foi indicado para outras quatro comissões:
Cultura, Educação, Esporte e Segurança Pública e Combate ao Crime
Organizado. No último caso, ele ainda foi eleito vice-presidente. A
votação foi secreta entre os integrantes do grupo.
Na
sessão de instalação da Comissão de Segurança, o deputado defendeu
colocar em pauta no colegiado questões relacionadas ao que chamou de
'ativismo judicial'.— Os agentes de segurança pública são muito perseguidos, são presos arbitrariamente, preventivamente, ficam muito tempo.
E acrescentou: —
Eu acabei estando como hóspede do Batalhão Especial da PM do Estado do
Rio de Janeiro de forma arbitrária também, através de um ativismo
judicial, e lá eu pude sentar com alguns amigos que foram presos, vi
vários processos, todos desbordando os erros formais.
Enquanto
esteve preso, Silveira foi transferido em fevereiro do ano passado para o
Batalhão Especial Prisional da PM do Rio, em Niterói, na Região
Metropolitana. Ele deixou a prisão cerca de um mês depois, quando seguiu
para o regime domiciliar.
Nos últimos dias, o deputado tem desrespeitado determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, e circulado pela Câmara sem tornozeleira eletrônica. A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) do Distrito Federal identificou que o equipamento está descarregado desde o domingo de Páscoa, no dia 17 de abril.— Nem era para eu ter usado ela (tornozeleira). Estou sem ela — respondeu, ao ser questionado por jornalistas, na terça-feira.
O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) criticou a indicação de Silveira que, segundo ele, representa uma "afronta" ao STF. "O
delinquente deveria estar na cadeia e com mandato suspenso, mas é
alçado a uma posição estratégica. Na CCJ amplia oportunidades de burlar
punições aos seus crimes", escreveu Valente em suas redes sociais.
Para a deputada Tabata Amaral (PSB-SP), que também faz parte do colegiado, a escolha de Silveira para a CCJ é um "escárnio". "Estamos
instalando a CCJ e eis que, na minha frente, vejo Daniel Silveira. É ou
não é um escárnio? Um deputado condenado por ameaçar a democracia como
titular da comissão de CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA. Nosso Congresso e nossa
política merecem muito mais!!", postou ela.[a deputada e deputado psolista certamente não poderão conviver com Daniel Silveira a partir de janeiro 2023 - ele vai ser candidato, e eleito, ao Senado Federal.]
Perda do mandato A decisão do STF, que também determinou a cassação do mandato de Silveira, causou desconforto entre alguns parlamentares. Ontem, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse que apenas o Congresso tem o poder dedecidir sobre a perda de um mandato parlamentar.—
O entendimento da assessoria jurídica da Câmara é que o STF tem
competência para julgar, o presidente (Bolsonaro) tem competência de
fazer a graça ou indulto e o Congresso é que tem que decidir sobre
mandato parlamentar — disse Lira, em conversa com jornalistas.Política - O Globo