Marina tenta se valer de uma superioridade no número de eleitoras para fazer promessas que não pode nem pretende cumprir
[Marina
insiste em uma inviável equiparação salarial entre homem e mulher, Bolsonaro
reafirma entendimento que o governo não tem como interferir no tema, já que a
diferença ocorre no setor privado. Marina insiste argumentando que a
Constituição determina que nenhuma mulher pode ser discriminada.
- alguém
precisa lembrar à candidata que Constituição não paga salários e muito do que determina é inexequível por falta de condições econômicas; e,
- qualquer
tentativa de impor igualdade salarial traz prejuízos para as empresas e
empregados, seja por motivar demissão (especialmente das mulheres, que perdem a pretendida equiparação salarial e até mesmo o emprego com salário
menor) e por levar muitas empresas à falência.
Bolsonaro
lembrou que a candidata Marina é “uma evangélica que defende aborto e
maconha”.]
Confronto entre Marina e Bolsonaro marca debate
entre presidenciáveis na TV
Líderes das pesquisas sem Lula têm o
primeiro enfrentamento da campanha
Num
debate em que candidatos evitavam fazer acusações pessoais e no qual o emprego
predominou como tema, um enfrentamento entre Jair Bolsonaro (PSL) e Marina
Silva (Rede) foi o principal momento no encontro de presidenciáveis, ontem
à noite, na RedeTV!. Foi a primeira vez na campanha que os dois, líderes nas
pesquisas de intenção de votos nos cenários sem Lula (PT), tiveram um embate
direto.
No final
do quarto bloco, Bolsonaro escolheu Marina para perguntar se ela concordava
com a ideia, defendida por ele, de liberar o armamento para a população. Marina respondeu que não, mas voltou
ao tema da equiparação salarial entre homem e mulher. Pouco antes, Bolsonaro havia dito que o governo não tem como interferir
no tema se a diferença ocorre no setor privado, e que não há muito a fazer pois
a legislação já prevê equiparação.
Marina
afirmou que o adversário não sabe “o que significa uma mulher ganhar um
salário menor, ter a mesma competência e ser a primeira a ser demitida”,
acusando o candidato do PSL de “não se preocupar” com a questão.
— Quando
se é presidente, tem que fazer cumprir o artigo 5º da Constituição, que diz que
nenhuma mulher deve ser discriminada, e não fazer vista grossa. [o artigo 5º é uma das excrescências do texto
constitucional vigente e a causa é exatamente conceder muitos direitos -
aumentando os custos das empresas e até mesmo do próprio governo, sem indicar
fontes para suportar tais aumentos - não impor nenhum dever e
estabelecer exigências sem cabimento e sem condições de cumprimento.]
Bolsonaro
contra-atacou chamando a candidata da Rede de “uma evangélica que
defende aborto e maconha”.
— Você não
sabe o que é uma mulher ter um filho jogado no mundo das drogas. Eu defendo a
mulher, inclusive a castração química para estupradores. Você não pode me
interromper.
Em
seguida, Marina encerrou com a declaração mais incisiva: — Você acha que
pode resolver tudo no grito, na violência. Nós somos mães, educamos nosso
filhos. Você fica ensinando para os jovens que têm de resolver as coisas na
base do grito, Bolsonaro. Outro dia, você pegou a mãozinha de uma criança e
ensinou a atirar. Você sabe o que a Bíblia diz sobre ensinar uma criança? A
Bíblia diz que se deve ensinar à criança o caminho que deve andar. É esse
ensinamento que você quer dar ao povo brasileiro? — questionou Marina, que
ouviu aplausos da plateia e foi cumprimentada por Guilherme Boulos, candidato
do PSOL. — Obrigado, Marina, por botar o Bolsonaro em seu devido lugar. [Bolsonaro vacilou, deveria ter lembrado a Marina que o 5º
Mandamento determina NÃO MATAR e as criminosas aborteiras que ela apoia matam
seres humanos inocentes e indefesos;
Maria
vai mais longe na sua condição de 'evangélica, chegando até mesmo ao sacrilégio
de pretender que um plebiscito revogue o Quinto Mandamento = é isso que
ela pretende quando diz apoiar o aborto desde que um plebiscito aprove.
Perguntamos: desde quando uma lei humana, pode revogar os MANDAMENTOS?
Não
sou evangélico mas sei que as igrejas evangélicas realizam cultos, tem escolas
dominicais e Marina precisa voltar a frequentar, talvez se lembre que os
DECRETOS DE DEUS prevalecem sobre a vontade humana.]
CIRO
E ALCKMIN
Na maior
parte do tempo, o emprego foi o principal ponto de discussão entre os
presidenciáveis. O incremento da construção civil foi citada como um ponto
de partida para a criação de novos postos de trabalho.
Em um
embate entre Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB), o
pedetista citou a proposta de renegociar a dívida das 63 milhões de pessoas
inscritas no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) como um dos “motores
da economia”, enquanto o tucano defendeu novamente a reforma tributária,
com criação de um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) que substituiria outros
cinco tributos. [detalhe: Lula f ... o Brasil e
os brasileiros estimulando o crédito, levando milhões de brasileiros ao
endividamento, sem propiciar condições para aumento de salário - o que impediu
que os devedores honrassem os compromissos.
Ciro
quer exatamente o mesmo só que de outra forma - limpa o nome de todo o mundo,
induz os novos limpos' a contraírem novas dívidas sem que o salário aumente a
capacidade de pagamento dos devedores.]
O
candidato do PDT tentou associar o tucano ao governo Michel Temer, citando o apoio do PSDB à
aprovação do teto de gastos públicos. Alckmin, por sua
vez, tentou colar Ciro aos governos do PT: — As contas públicas
estouraram todas no tempo do PT. O resultado são 13 milhões de desempregados e
total descontrole das contas públicas. (...) A PEC do teto foi uma vacina
contra o PT e seus aliados.
Questionado
por Henrique Meirelles (MDB) sobre seu plano para enfrentar o desemprego,
Bolsonaro deu uma resposta vaga. O candidato do PSL disse que no governo
Lula, quando Meirelles era presidente do Banco Central, o BNDES emprestava “para amigos do rei”,
defendeu a desburocratização para a abertura de empresas e “desregulamentar
muita coisa no Brasil” .
Já Alvaro
Dias (Podemos) ligou os escândalos recentes de corrupção ao aumento do
desemprego, porque, segundo ele, a crise “expulsou investimentos”. Sem explicar como
atingiria a meta, prometeu criar 10 milhões
de empregos e gerar um crescimento médio de 5% do Produto Interno Bruto
(PIB) ao ano.
Bolsonaro
deu um passo além na sua proposta de aumentar a presença militar nas
escolas: — Vamos
fazer a militarização das escolas. Trazer diretores vindos do meio militar,
botar a garotada para aprender algo além de ideologia de gênero. Hoje, o
professor está mais preocupado em não apanhar do que em ensinar. [a ideologia de gênero tem que ser execrada, proibida, em
todas as escolas com menores de idade - por representar uma das coisas mais
abjetas que a mente podre de alguns seres humanos foi capaz de criar.]
Na
dobradinha que mais se repetiu no debate, Ciro e Alckmin abordaram outra
questão econômica: a política de juros. O pedetista fez questão de mostrar
a divergência em relação ao modelo praticado nos governos do PT e do PSDB e
criticou a queda no número de indústrias no país.
—
Proponho política de comércio exterior sem favorecimento. Faz sentido importar
gasolina sendo um dos maiores produtores de petróleo?
O tucano
defendeu a redução de gastos do governo como uma medida para forçar a queda dos
juros e,
sobre o setor de óleo e gás, defendeu a atração de investimentos externos:
— A
Petrobras não tem dinheiro para tudo. Precisa trazer investimento privado. Vou
quebrar o monopólio do refino na prática e trazer investimento para o Brasil — afirmou Alckmin, que criticou o “corporativismo”
da greve dos caminhoneiros.
SEM
PÚLPITO PARA LULA
O único
que citou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
para dizer que ele não pode ser candidato, foi Alvaro Dias (Pode):
—
Não é preso político, é político preso. É uma afronta, um violência à
legalidade. É a vergonha nacional essa encenação de uma candidatura. Ou
respeitamos o estado democrático de direito ou desistimos da democracia
A
RedeTV ! pretendia deixar uma cadeira vazia, reservada para Lula. O petista
foi convidado para participar do debate porque o PT registrou sua candidatura
no Tribunal Superior Eleitoral.
Bolsonaro,
no entanto, pediu a retirada do púlpito reservado para Lula. O candidato do PSL
procurou a direção da RedeTV! cerca de 40 minutos antes de o debate começar. Houve
uma consulta aos demais candidatos. Todos votaram contra, com exceção de Guilherme Boulos (PSOL).