Os 7 crimes de Dilma
A PF, o MP e a Justiça Eleitoral já reúnem elementos para enquadrar a presidente em pelo menos sete crimes
Na terça-feira 22, a presidente Dilma Rousseff proferiu o seu mais inflamado discurso desde o início da crise política. O pronunciamento apoiou-se no pretenso argumento de que até agora ela não cometeu crime algum e que, por isso, estaria sendo vítima de um golpe contra a democracia. “Não cometi nenhum crime previsto na Constituição e nas leis para justificar a interrupção do meu mandato. Neste caso, não cabem meias palavras: o que está em curso é um golpe contra a democracia”, afirmou Dilma.
A
retórica repetida como ladainha em procissão é típica de mandatários em
apuros, quando não há muito mais o que fazer senão aguardar o fim que
se avizinha. Em seus últimos dias como presidente, em 1992, Fernando
Collor recorreu ao mesmo expediente. “Custe o que custar, eu serei o
primeiro a estar na defesa e no embate da nossa Constituição. As
manobras interessam aos que formam o sindicato do golpe”, disse Collor
em agosto daquele ano. Ironicamente, quem estava do outro lado da
trincheira, defendendo a legitimidade das ações para apear Collor do
poder, era o PT.
Naquele momento de efervescência do País, muito semelhante ao
vivenciado pelos brasileiros nos últimos dias, os petistas estavam
amparados pela lei. “Não tem nenhum paralelo entre golpe e impeachment. O
impeachment é uma solução constitucional”, disse em junho de 1992 o
então deputado do PT, José Dirceu, em entrevista ao Roda Viva. De lá
para cá, a Constituição, ao menos em sua essência, não mudou. Quem mudou
foi o PT. Os dois pronunciamentos, de Dilma e Collor, embutem um
sofisma destinado a ludibriar a população.
A fala de Dilma, em especial, ignora as fartas evidências dos
crimes atribuídos a ela e que dão legitimidade não só ao processo de
impeachment em análise na Câmara como a outras iniciativas contra ela no
Poder Judiciário, incluindo a investigação em tramitação no TSE para
apurar irregularidades na contabilidade da campanha à reeleição.
Para a
Polícia Federal, Ministério Público e Justiça Eleitoral há fortes
indícios de que Dilma tenha cometido ao menos sete crimes só neste
mandato: o de responsabilidade, improbidade administrativa, extorsão,
falsidade ideológica, desobediência, o de responsabilidade fiscal e
eleitoral.
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