"Quem vota é um software", diz Bia Kicis sobre urna eletrônica
Ao CB.Poder, deputada defende a instalação de uma impressora, ao lado da urna eletrônica, para o eleitor confirmar o voto em 2022
A senhora e o presidente da República foram eleitos por meio da urna eletrônica. Como garantir que a eleição não foi fraudada?
Eu não gostaria de entrar na questão da fraude. Prefiro tratar da
questão da transparência eleitoral, porque fraude pode haver em qualquer
sistema, seja voto no papelzinho, seja voto pela urna eletrônica, no
celular, no computador, sempre vai haver fraude. O fraudador sai na
frente e depois, seja a polícia. O sistema bancário tem um bilhão de
prejuízos, no entanto, eles vivem reformulando o sistema. É a seguradora
que banca os prejuízos. Nós, eleitores, não temos nenhum seguro no caso
de fraude nas urnas.
Mas a urna é auditável em várias etapas.
Em
várias etapas não significa em todas as etapas. Ela tem que ser
completamente transparente. Nós temos que, em primeiro lugar, afastar
algumas mentiras que falam a respeito da PEC 135 e do que a gente está
buscando. Com essa reforma, nós não queremos de jeito nenhum abandonar a
urna eletrônica. Somos favoráveis à urna eletrônica. Ninguém aqui quer a
volta daquele velho método das cédulas de papel — até porque também
gerava muita fraude.
Como assim? Eu não entendo. No mundo inteiro, a urna de primeira geração é rechaçada.
Como recebeu a notícia da operação da PF contra Ricardo Salles?
Recebi
com muita surpresa. Até porque a doutora Thaméa Danelon, uma
procuradora muito respeitada, disse que foi a primeira vez na história
que ela viu uma operação ser feita sem conhecimento do Ministério
Público. Isso é grave.A Constituição está sendo rasgada todos os dias.
Mas foi um pedido da PF. A PF não é uma instituição confiável?
A PF pode pedir, mas o Ministério Público acompanha. Nesse caso, não houve acompanhamento.
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