1.
E agora, mídia chapa branca?
Os leitores certamente leram os debochados textos com que alguns colunistas procuraram identificar os defensores do impeachment não apenas com o presidente da Câmara, mas com o caráter do presidente da Câmara. Sim, não lhes falta coragem para tanto. A estratégia era a seguinte: "Você defende o impeachment? Então você é um safado como o Cunha".
Os leitores certamente leram os debochados textos com que alguns colunistas procuraram identificar os defensores do impeachment não apenas com o presidente da Câmara, mas com o caráter do presidente da Câmara. Sim, não lhes falta coragem para tanto. A estratégia era a seguinte: "Você defende o impeachment? Então você é um safado como o Cunha".
O petismo e o dinheiro do governo
promovem estratégias assim. Tentam apagar da memória das pessoas o
fato de que a presidente tem apoio de
apenas 7% dos brasileiros. Fazem de conta que o impeachment
é "coisa do Cunha" e não uma exigência do povo brasileiro.
Saltam por cima dos R$ 49 bilhões saqueados da
Petrobras, e fingem calafrios
éticos com os R$ 4 milhões do Cunha (um décimo de milésimo do montante roubado da Petrobras).
É claro
que Cunha não pode continuar como presidente da Câmara, nem como deputado. Pé
no traseiro e porta da rua a ele e a todos como ele. No entanto, e foi isso que
sujou ainda mais a barra da mídia chapa branca, a oposição pediu a cabeça do Cunha. E o PT, imediatamente, passou a
protegê-lo!
Agora, os artistas da dissimulação, da falácia e
do sofisma, obrigados a engolir tudo que escreveram, e a dirigir a si
mesmos todos os mal que de outros disseram, entram num silêncio que dói nos
meus ouvidos.
2.
Para Dilma, impostos alavancam a economia. Pinóquio concorda.
A presidente da república, durante a reunião do G-20, na Turquia, afirmou que a criação da CPMF seria um estímulo à economia e não um tributo para elevar as despesas. "Não é para gastar mais; é para crescer mais" esclareceu. Pinóquio concorda. "E o grilo falante, não diz coisa alguma?" perguntará o leitor. Ora, meu caro, o grilo morreu, vai para mais de 12 anos.
A presidente da república, durante a reunião do G-20, na Turquia, afirmou que a criação da CPMF seria um estímulo à economia e não um tributo para elevar as despesas. "Não é para gastar mais; é para crescer mais" esclareceu. Pinóquio concorda. "E o grilo falante, não diz coisa alguma?" perguntará o leitor. Ora, meu caro, o grilo morreu, vai para mais de 12 anos.
Ao ler a
notícia lembrei-me daquela confusão envolvendo o currículo da presidente durante sua
primeira campanha eleitoral. Ao fim
das contas, ela não tinha, como
economista, as titulações que lhe eram atribuídas, como mestre e doutora porque não concluíra, nos dois cursos,
as teses necessárias para apresentação, defesa
e, posterior, adjudicação dos respectivos títulos.
Ouvir-se
de uma economista que um novo imposto vai produzir desenvolvimento é disparate
que não se diz nem mesmo diante de crianças sem produzir risadinhas. Se fosse
boa essa estratégia "desenvolvimentista",
que suprimirá da sociedade recursos no montante de R$
38 bilhões, melhor ainda seria
elevar bastante a alíquota, para obter muito mais desenvolvimento.
O que o governo
pretende com a CPMF é buscar, no bolso e na capacidade de consumo dos cidadãos, o dinheiro que jogou fora em demagogias para eleger-se em 2014. A CPMF é dinheiro para tapar buraco, cobrir despesas já
feitas, diminuir o déficit. Os pacientes que se danem. E os impacientes,
também.
3.
A matriz do anticristianismo
O anticristianismo ocidental tem matriz conhecida: materialismo histórico, inerente ao marxismo cultural e a seus fins políticos. Ele é parceiro estratégico, quanto aos objetivos, do islamismo. Ambos querem demolir a cultura ocidental. Ela é o freio para o relativismo (que avança), para a destruição da instituição familiar (tarefa que está bem encaminhada) e para a crescente intromissão do Estado na esfera da vida privada. Essa tarefa destruidora serve, por um lado, ao totalitarismo; por outro, à sharia.
O anticristianismo ocidental tem matriz conhecida: materialismo histórico, inerente ao marxismo cultural e a seus fins políticos. Ele é parceiro estratégico, quanto aos objetivos, do islamismo. Ambos querem demolir a cultura ocidental. Ela é o freio para o relativismo (que avança), para a destruição da instituição familiar (tarefa que está bem encaminhada) e para a crescente intromissão do Estado na esfera da vida privada. Essa tarefa destruidora serve, por um lado, ao totalitarismo; por outro, à sharia.
Se
duvida, observe as posições dos partidos de esquerda em relação ao terrorismo
islâmico e aos valores do Ocidente. Saltará aos olhos o que afirmei acima. Procure a chama do mal e lá estarão os mesmos, sempre
soprando oxigênio. Então, o anacronismo que se manifestou em alguns dos
comentários aos meus artigos sobre os episódios de Paris, não veio à baila como
argumento, mas como mera retórica com vistas a um fim bem diferente do que se
expressa nas palavras.
O cristianismo não é só cultura.
É religião. Mas
ainda que fosse apenas cultura, seria a mais benéfica forma de resistência aos
males do materialismo, do hedonismo, do egoísmo individual e coletivo, e dos
totalitarismos.
Por: Percival Puggina - http://www.puggina.org/