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domingo, 31 de dezembro de 2023

Intolerância religiosa - A perseguição extrema de cristãos na Nigéria, um grito silenciado por liberdade religiosa

Vozes - Gazeta do Povo

Crônicas de um Estado laico

Decoração de Natal na cidade nigeriana de Ibadan, uma semana antes dos ataques islâmicos contra cristãos no Natal.

Decoração de Natal na cidade nigeriana de Ibadan, uma semana antes dos ataques islâmicos contra cristãos no Natal.| Foto: Samuel Alabi/EFE/EPA

Há uma crença equivocada segundo a qual apenas minorias podem ser alvo de perseguição, uma lógica que desconsidera a perseguição religiosa, especialmente contra cristãos, um povo pacífico por sua própria teologia. Além da perseguição educada que atinge os cristãos, como o cancelamento e a mordaça, tão presentes atualmente no Brasil e denunciadas nesta coluna, ocorrem também lamentáveis episódios de perseguição extrema em diversas partes do mundo, destacando-se o caso da Nigéria.

A perseguição religiosa extrema na Nigéria tem crescido ano após ano, enquanto entidades internacionais permanecem indiferentes e o mainstream faz questão de esconder tudo. 
Com uma população de pouco mais de 200 milhões – semelhante, portanto, à do Brasil – dos quais 100,5 milhões são cristãos, a Nigéria subiu da nona para a sexta posição na lista dos 50 países onde os cristãos enfrentam maior perseguição nos últimos dois anos, de acordo com os dados fornecidos pelo Portas Abertas.
No mais recente capítulo dessa tragédia, ocorrido durante as celebrações natalinas entre os dias 23 e 25 de dezembro, grupos islâmicos atacaram pelo menos 20 aldeias cristãs no estado de Plateau. 
Enquanto o mundo celebrava o nascimento de Jesus Cristo, nossos irmãos nigerianos foram brutalmente massacrados por causa de sua fé. Segundo relatório da ONG nigeriana Intersociety, mais de 40 mil cristãos foram mortos nos últimos anos por causa de sua fé, enquanto 18,5 mil cristãos desapareceram permanentemente. 
Além disso, 17,5 mil igrejas foram atacadas e 2 mil escolas cristãs foram destruídas. 
Nesse contexto, 6 milhões de cristãos foram forçados a fugir do país, e 4 milhões são deslocados internos.


    A perseguição religiosa extrema de islâmicos contra cristãos na Nigéria tem crescido ano após ano, enquanto entidades internacionais permanecem indiferentes e o mainstream faz questão de esconder tudo

Na situação ocorrida neste Natal, os relatos de cristãos residentes na Nigéria revelam que os ataques resultaram na morte de 160 pessoas e deixaram mais de 300 feridos, muitos dos quais foram encaminhados para tratamento em hospitais. 
Entre as vítimas, predominam mulheres, crianças e idosos, grupos vulneráveis que enfrentam maiores dificuldades para escapar desses ataques brutais. 
A organização Portas Abertas aponta que a perseguição extrema enfrentada pelos cristãos na Nigéria está relacionada a uma agenda organizada de islamização forçada, que tem se intensificado ao longo dos anos. Desde a adoção da sharia, em 1999, essa islamização, utilizando meios tanto violentos quanto não violentos, agravou-se, com ataques de grupos militantes islâmicos aumentando desde 2015. 
Boko Haram e ISWAP são alguns dos grupos liderando essas ações violentas, resultando em mortes, danos físicos, sequestros e violência sexual, impactando principalmente os cristãos. 
Nos estados onde a sharia foi implementada, os cristãos enfrentam discriminação e exclusão, enquanto os convertidos enfrentam rejeição familiar e pressões para abandonar o cristianismo, muitas vezes acompanhadas de violência física.
 
O contexto à luz dos direitos humanos universais
Neste contexto, é imperativo recordar os princípios fundamentais da Declaração Universal dos Direitos Humanos. 
A perseguição religiosa, tanto extremada quanto educada, viola diretamente o artigo 18, que proclama o direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião.  
No mesmo artigo, o Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos garante o direito de ter, manter e mudar de crença, bem como de exercê-la, enquanto o artigo 12 da Convenção Interamericana de Direitos Humanos traz a mesma garantia.

Em nossa obra Liberdade Religiosa: 
- fundamentos teóricos para proteção e exercício da crença, defendemos que a liberdade religiosa ordena e estrutura o próprio sistema político em que se encontra: 
1. garantindo o pluralismo de ideias emanado de um ecossistema variado de crenças, fundamento de qualquer democracia plural e inclusiva; 
2. é um princípio de organização social e de configuração política, porque contém uma ideia de Estado oriunda da cosmovisão e dos sistemas de valores das confissões religiosas; 
3. potencializa o exercício e o gozo dos direitos civis e políticos. A pessoa religiosa que possui os âmbitos de sua crença e o exercício protegidos exerce os direitos civis e políticos com a tranquilidade de que aquilo que é mais sagrado não será tolhido nem violado pelo Estado; e 
4. é a pedra nodal do sistema de liberdades, visto que, se o ser humano tem negado pelo Estado seu direito mais íntimo de crer e de exercer sua crença, todas as outras liberdades serão prejudicadas, seja diretamente pelo Estado, seja pela aniquilação da autonomia da vontade da pessoa religiosa de exercê-los.

Assim, a defesa da liberdade religiosa é um dos pilares fundamentais para quem pretende proteger a dignidade e os direitos humanos. A liberdade religiosa é a base para a construção de sociedades pluralistas e inclusivas, onde a diversidade de crenças não é apenas tolerada, mas valorizada como um componente enriquecedor do tecido social.

Situações como a vivenciada pelos nigerianos devem ser enfrentadas pelas Nações Unidas e por todas as entidades que atuam com direitos humanos, e devem ser denunciadas pela mídia internacional – aliás, alguém viu alguma matéria de jornalões do eixo Rio-São Paulo sobre os ataques? 
Reportagens sobre a necessidade de um olhar eficaz das Nações Unidas sobre a Faixa de Gaza são constantes, enquanto denúncias em face da política de apartheid contra os cristãos na Nigéria e em outros países dominados pelo Islã, assim como as perseguições que ocorrem em regimes totalitários como Coreia do Norte e China, passam incólumes.

A União Nacional das Igrejas e Pastores Evangélicos e o Instituto Brasileiro de Direito e Religião (IBDR) emitiram importante nota denunciando esse lamentável fato ocorrido na Nigéria, conclamando todos à oração pelos cristãos que vivem em situações de perseguição extremada e “para que a comunidade internacional, bem como o governo brasileiro, tenha uma posição firme contra a perseguição religiosa ocorrida na Nigéria e em qualquer outro país do mundo, adotando medidas eficazes para rechaçar qualquer discriminação e perseguição aos cristãos e pessoas de qualquer religião que querem apenas viver suas vidas em paz, seguindo suas doutrinas religiosas e adorando a Deus”.

Diante dessa realidade, é urgente que a comunidade internacional se una em solidariedade e aja para proteger a liberdade religiosa, promovendo um mundo onde a crença de cada um seja respeitada e celebrada como um elemento vital da riqueza cultural da humanidade. 
Os autores dessa coluna reforçam seu compromisso em denunciar essas atrocidades, clamar por justiça e promover a liberdade religiosa como um direito humano fundamental. 
Que a luz da solidariedade ilumine o caminho daqueles que enfrentam a escuridão da perseguição, e que a esperança prevaleça sobre a intolerância, construindo um futuro em que todos possam viver e adorar livremente, sem temer pela própria fé.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

Thiago Rafael Vieira,
colunista  Gazeta do Povo - VOZES


sábado, 25 de setembro de 2021

Afeganistão: Talibã vai retomar as amputações e execuções de condenados

Os Estados Unidos reagiram com indignação às declarações do mulá Turabi

Antes de 2001, os afegãos condenados por assassinato eram executados por um único tiro disparado contra a cabeçacabia a um familiar da vítima apertar o gatilho. As execuções costumavam ocorrer em praça pública ou em estádios lotados — um espetáculo dantesco para incutir o medo na população e funcionar como exemplo. 
Aqueles suspeitos de roubo tinham uma das mãos amputadas. 
Quem respondia por assaltos em rodovias acabava com um pé e uma mão extraídos do corpo. 
As cenas, dignas da Idade Média, tornarão a ser comuns no Afeganistão comandado pelo Talibã. O mulá Nooruddin Turabi, ministro das Prisões e um dos fundadores da milícia fundamentalista islâmica, admitiu à agência Associated Press que as amputações e as execuções serão retomadas.

“Cortar as mãos é muito necessário para a segurança”, declarou à agência Associated Press o mulá Nooruddin Turabi, ministro das Prisões e um dos fundadores da milícia fundamentalista islâmica. Ele explicou que o regime formulará uma política específica sobre como as execuções serão realizadas. Turabi rejeita qualquer ingerência externa no sistema judicial imposto pelo Talibã. “Ninguém nos dirá o que nossas leis deveriam ser. Nós seguiremos o islã e faremos nossas leis com base no Corão.”

Zabihullah Mujahid, porta-voz do Talibã, disse ao Correio, por meio do aplicativo Viber, que o governo do Emirado Islâmico do Afeganistão decidirá sobre esse tema posteriormente. “No entanto, em nosso país, todas as leis obrigatoriamente estarão de acordo com a sharia (lei islâmica). As preocupações internacionais também serão levadas em conta”, assegurou. [entendemos que sentenças, desde que proferidas com base na legislação vigente (sem interpretações/adaptações criativas) devem ser cumpridas - assuntos internos de uma nação soberana devem ser resolvidos internamente.
A Indonésia -  escolhida como exemplo por ter executado brasileiros condenados por tráfico de drogas - tem obtido êxito no combate àquela prática criminosa.
Outro ponto  que deveria ser cogitado pelas autoridades brasileiras seria o aumento das penas por receptação de produtos roubados e consumo de drogas - na prática porte/consumo de drogas deixaram de ser punidos e a receptação de produtos roubados tem pena ínfima. 
Muitos 'candidatos' a se tornarem usuários de drogas, cientes que serão punidos  com o mesmo rigor aplicado ao traficante, vão pensar cuidadosamente no assunto e, da mesma forma agirão os interessados em obter lucros comprando produtos roubados.]

Os Estados Unidos reagiram com indignação às declarações do mulá Turabi. “(As amputações e execuções) Constituiriam claros e indecentes abusos dos direitos humanos. (…) Permanecemos firmes com a comunidade internacional para responsabilizar os perpetradores desses abusos”, afirmou Ned Price, porta-voz do Departamento de Estado norte-americano. [lembramos que apesar da 'humanidade' transmitida pelo norte-americano, as penas de morte e/ou  prisão perpétua, são aplicadas na maior parte dos estados que formam os EUA.]

Diretor executivo da Human Rights Watch (HRW), Kenneth Roth afirmou ao Correio que, apesar de se apresentar como um “novo e melhorado” grupo, “o velho brutal Talibã continua emergindo”. “Desde que ascenderam ao poder, eles negaram às meninas acesso ao ensino médio e impuseram severas restrições à presença delas nas universidades e ao código de vestimentas”, observou. Segundo Roth, o Afeganistão tem sido palco de execuções sumárias, desaparecimentos e detenções arbitrárias de pessoas associadas ao antigo governo. “O Talibã também prendeu e espancou jornalistas por cobrirem protestos. Muitos deles agora se autocensuram”, lamentou.

Roth instou o Conselho de Direitos Humanos da ONU a deter as atrocidades cometidas pelo Talibã e a estabelecer um mecanismo de monitoramento de coletas das evidências de abusos. “A União Europeia também propõe criar uma relatoria especial para supervisionar o Afeganistão.”

Mundo - Correio Braziliense


segunda-feira, 14 de maio de 2018

Exército de Israel pratica seu esporte predileto: atirar com armas modernas contra civis palestinos desarmados



Confrontos em protestos entre Gaza e Israel deixam 41 palestinos mortos

Palestinos se manifestam contra 70 anos de Israel e inauguração da embaixada americana em Jerusalém


Palestino carrega manifestante ferido em protesto na fronteira de Gaza - IBRAHEEM ABU MUSTAFA / REUTERS



Pelo menos 41 palestinos foram mortos nesta segunda-feira por soldados israelenses em confrontos próximos à cerca fronteiriça que separa Israel da Faixa de Gaza, informou o Ministério da Saúde palestino nesta segunda-feira. A violência começou em meio a protestos árabes contra os 70 anos da fundação do Estado de Israel que, este ano, coincide com a transferência da embaixada americana de Tel Aviv para Jerusalém, cuja cerimônia de inauguração acontece nesta segunda-feira. A Autoridade Nacional Palestina acusou Israel de "cometer um massacre em Gaza", enquanto a União Europeia pediu moderação.


Milhares de palestinos se concentraram em pontos próximos à divisa com Israel. Os soldados israelenses dispararam tiros de fuzil contra os manifestantes quando eles se aproximaram da cerca fronteiriça. Entre os mortos, há um adolescente de 14 anos.





O Comitê da ONU para a Eliminação da Discriminação Racial pediu nesta segunda-feira a Israel que "suspenda imediatamente o uso desproporcional da força contra manifestantes palestinos" e que garanta que os feridos tenham acesso a atendimento médico. Já Federica Mogherini, chefe da diplomacia da UE, pediu a "máxima moderação" após as mortes em Gaza.

Os atos de protesto são normalmente organizados às sextas-feiras, mas devem atingir seu ápice em 15 de maio — data conhecida pelos palestinos como Nakba ou "Catástrofe", que marca o deslocamento de centenas de milhares de árabes no conflito desencadeado com a criação de Israel em 14 de maio de 1948. O movimento islâmico Hamas, que controla a Faixa da Gaza, alertou que apoia qualquer tentativa dos manifestantes de romper as barreiras fronteiriças.

O Exército israelense anunciou no sábado que vai duplicar suas unidades de combate em torno da Faixa de Gaza e da Cisjordânia ocupada por Israel para reforçar a segurança diante possibilidade de protestos palestinos.  O presidente americano, Donald Trump, que anunciou a transferência da embaixada no ano passado, não estará presente na inauguração. Sua filha Ivanka e seu genro e assessor Jared Kushner já estão em Jerusalém para representá-lo. A decisão de Trump, que despertou fúria no mundo árabe, rompeu um antigo consenso internacional de que status de Jerusalém seria determinado por um acordo de paz entre Israel e os palestinos.

POSIÇÕES CONTRÁRIAS
No Twitter, o presidente americano anunciou a transmissão ao vivo da inauguração, comemorando o ato: "Um grande dia para Israel!".
O premier israelense Benjamin Netanyahu se disse emocionado com as várias comemorações no mesmo dia:
Que dia comovente para o povo de Israel e o Estado de Israel.

Jason Greenblatt, enviado de Trump ao Oriente Médio, disse no Twitter que "tomar o devido passo de mudar nossa embaixada não é uma saída de nosso forte compromisso em facilitar um acordo de paz duradouro. Ao contrário, é uma condição necessária para isso".
No entanto, o primeiro-ministro palestino Rami Hamdallah disse que o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel por parte de Trump é uma "violação flagrande da lei internacional".


[Clique aqui e conheça mais sobre a 'manobra suja' feita por um brasileiro quando presidiu parte da Assembleia Geral da ONU, que permitiu a criação de Israel, usando território pertencente ao Povo Palestino e invadido por Israel. ]



JIHAD CONTRA OS EUA
O líder da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri, convocou no domingo a Jihad contra os Estados Unidos, ao afirmar que a instalação da embaixada do país em Jerusalém é a prova de que as negociações e o "apaziguamento" não ajudaram os palestinos.  Em um vídeo de cinco minutos com o título titulado "Tel Aviv também é um território dos muçulmanos", o médico egípcio que assumiu a liderança da Al-Qaeda após a morte de seu fundador, Osama bin Laden, em 2011, chama a Autoridade Palestina de "vendedores da Palestina" e convoca seus adeptos a pegar em armas.
— (Donald Trump foi claro e explícito e revelou a verdadeira face da Cruzada moderna (...) O apaziguamento não funciona com ele, e sim a resistência (...) pela via da Jihad — afirmou Al-Zawahiri de acordo com uma transcrição do grupo SITE, que monitora os sites de internet islamitas.

Para o líder da al-Qaeda, os países islâmicos fracassaram em atuar a favor dos muçulmanos ao integrar a ONU, instituição que reconhece Israel, e ao aceitarem as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas ao invés da Sharia (lei islâmica).  Os líderes da Autoridade Nacional Palestina se recusam em conversar com os representantes do governo americano desde o anúncio da transferência da embaixada, sequer com o genro do presidente, Jared Kushner, que havia sido designado para estimular o processo de paz.

O Globo