O Globo
Se não pagar a multa de R$ 552,71 por participar, sem máscara, de uma
motociata em São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro tem grandes chances
de ter seu nome incluído no Serasa, SPC e outros sistemas que
identificam inadimplência. O presidente, que foi autuado pelo governo do
Estado no sábado passado, pode recorrer pelo prazo de até dez 10 dias
depois de ser notificado. Essa notificação foi enviada ao Palácio do
Planalto na última segunda-feira.
[Necessidade de produzir notícias, força a que detalhes insignificantes sejam maximizados.
A multa é insignificante e se o presidente Bolsonaro liberar a criação de uma vaquinha virtual para arrecadar fundos para pagar a penalidade, com certeza vai arrecadar, no mínimo, mais de R$ 1.000.000,00, recursos que obviamente seriam destinados ao atendimento de famílias carentes, portanto, seria doado a uma instituição idônea - tendo o presidente a obrigação de demonstrar de forma inequívoca a correta destinação da grana..
Segundo a Folha, altamente confiável - especialmente, quando a notícia é favorável ao presidente Bolsonaro - a motociata reuniu mais de 12.000 motos. Confira: " - Ato com Bolsonaro reúne 12 mil motos em SP, aponta estimativa da Secretaria da Segurança Pública
Evento com motociclistas percorreu pontos da Grande SP; acessos à rodovia dos Bandeirantes fecharam por 4 horas - Um ato político com presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reuniu
milhares de motociclistas em São Paulo neste sábado (12). A motociata
durou cerca de quatro horas, reuniu cerca de 12 mil motos, segundo o
governo paulista, travou o trânsito em diferentes pontos da capital e
levou ao fechamento completo dos dois sentidos da rodovia dos
Bandeirantes até região de Jundiaí. ... " Continue lendo...
Se Bolsonaro não questionar a autuação e não pagá-la, pode ter seu CPI [sic] será inscrito na dívida ativa do Estado, e, um mês depois, pode ficar com o nome sujo, contando no Serasa e demais sistemas. Trata-se de uma consequência comum a qualquer cidadão que seja autuado em São Paulo. As pessoas que não quitam a dívida ativa junto ao Estado são alvos de um protesto movido pela Procuradoria. Com isso, o nome dos endividados é encaminhado diretamente para o Serasa e outros sistemas. Os nomes de Bolsonaro, de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, e do ministro Tarcísio de Freitas podem ter esse destino, caso eles ignorem a autuação do governo Doria.
Bela Megale, colunista - O Globo