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quarta-feira, 14 de julho de 2021

Depoimento de Braga Netto será nova prova de fogo entre os militares e Congresso - O Globo

Forças Armadas

Se a convocação do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, for confirmada pela CPI da Covid, novos atritos podem surgir entre o Congresso Nacional e as Forças Armadas. É essa a avaliação feita por membros da cúpula militar à coluna, depois que o relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), defendeu a convocação do general.

Para integrantes do alto comando das Forças Armadas, tudo vai depender de como Braga Netto será “tratado” pelos senadores e se “associações genéricas” serão feitas entre as Forças e denúncias de corrupção. Caso isso aconteça, o alto comando militar pretende reagir da mesma forma como fez na semana passada. [após o Aziz, que ainda preside a Covidão, ser enquadrado pelos militares é pouco provável que os inimigos do Brasil, homiziados na CPI e representados pelo trio que comanda a CPI, trio cujos integrantes - Aziz, Calheiros e Rodrigues - se consideram 'donos'  da CPI = 'circo parlamentar de inquérito' = ousem ofender um oficial-general.

"Constituição Federal:

Capítulo II   
Das Forças Armadas

 Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.

    § 3º Os membros das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-se-lhes, além das que vierem a ser fixadas em lei, as seguintes disposições:

        I -  as patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes, são conferidas pelo Presidente da República e asseguradas em plenitude aos oficiais da ativa, da reserva ou reformados, sendo-lhes privativos os títulos e postos militares e, juntamente com os demais membros, o uso dos uniformes das Forças Armadas;"

Membros das Forças Armadas voltaram a dizer que não são contra investigações de seus quadros, mas afirmam que o tema não pode ser abordado como se envolvesse a instituição como um todo. O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), deixou claro que na sua fala da semana passada sobre corrupção não se referiu a todos os membros das Forças. [esclarecimento prestado pelo senador Aziz, após ter sido admoestado em Nota Oficial do ministro da Defesa e dos comandantes das Forças singulares.]

Na sessão de terça-feira, Renan Calheiros disse que o depoimento de Braga Netto é “fundamental” para os trabalhos da CPI. O relator citou a nota do Ministério da Defesa que mirou Omar Aziz e que dizia que "as Forças Armadas não aceitarão qualquer ataque leviano às instituições que defendem a democracia e a liberdade do povo brasileiro". [obviamente  que a declaração do relator Calheiros inclui, sem limitar, os ataques levianos praticados por membros do Congresso Nacional e que tenham como alvo as próprias FF AA - tenha isso em conta ilustre relator.]

O senador Rogério Carvalho (PT-SE) [esse petista está querendo achar  uma encrenca e corre o risco de encontrar..... quem procura acha...... deixa  claro ter a pretensão de realizar uma devassa na vida do general Braga Netto.] apoiou a convocação do ministro e destacou a necessidade de a comissão acessar todas as comunicações de Braga Netto com a pasta da Saúde, no período em que foi chefe da Casa Civil. Os parlamentares querem saber qual foi sua atuação diante das negociações suspeitas com vacinas, como a Covaxin. Os requerimentos de convocação do general só serão votados no mês que vem, após o recesso.

Ontem, o ministro da Defesa foi convidado pela Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara para explicar nota das Forças Armadas tornada pública contra Aziz. Ele deve [sic] comparecer no dia 10 de agosto. [essa Comissão está entrando em tema que não lhe diz respeito - ou pretende defender o senador Aziz = tarefa que o Senado Federal, que tem entre seus integrantes o ainda presidente da Covidão,  não julgou merecer atenção especial.]

Bela Megale, colunista - O Globo 

 

 

 

sábado, 19 de junho de 2021

Multa aplicada por governo Doria pode colocar nome de Bolsonaro no Serasa - Bela Megale

O Globo

Se não pagar a multa de R$ 552,71 por participar, sem máscara, de uma motociata em São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro tem grandes chances de ter seu nome incluído no Serasa, SPC e outros sistemas que identificam inadimplência. O presidente, que foi autuado pelo governo do Estado no sábado passado, pode recorrer pelo prazo de até dez 10 dias depois de ser notificado. Essa notificação foi enviada ao Palácio do Planalto na última segunda-feira.

[Necessidade de produzir notícias, força a que detalhes insignificantes  sejam maximizados.

A multa é insignificante e se o presidente Bolsonaro liberar a criação de uma vaquinha virtual para arrecadar fundos para pagar a penalidade, com certeza vai arrecadar, no mínimo,  mais de R$ 1.000.000,00, recursos que obviamente seriam destinados ao atendimento de famílias carentes,  portanto, seria doado a uma instituição idônea - tendo o presidente a obrigação de demonstrar de forma inequívoca a correta destinação da grana..

Segundo a Folha, altamente confiável - especialmente, quando a notícia é favorável ao presidente Bolsonaro -  a motociata reuniu mais de 12.000 motos. Confira: " - Ato com Bolsonaro reúne 12 mil motos em SP, aponta estimativa da Secretaria da  Segurança Pública
Evento com motociclista
s percorreu pontos da Grande SP; acessos à rodovia dos Bandeirantes fecharam por 4 horas - Um ato político com presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reuniu milhares de motociclistas em São Paulo neste sábado (12). A motociata durou cerca de quatro horas, reuniu cerca de 12 mil motos, segundo o governo paulista, travou o trânsito em diferentes pontos da capital e levou ao fechamento completo dos dois sentidos da rodovia dos Bandeirantes até região de Jundiaí. ... " Continue lendo...

Bolsonaro em motociata em São Paulo

Se Bolsonaro não questionar a autuação e não pagá-la, pode ter seu CPI [sic] será inscrito na dívida ativa do Estado, e, um mês depois, pode ficar com o nome sujo, contando no Serasa e demais sistemas. Trata-se de uma consequência comum a qualquer cidadão que seja autuado em São Paulo. As pessoas que não quitam a dívida ativa junto ao Estado são alvos de um protesto movido pela Procuradoria. Com isso, o nome dos endividados é encaminhado diretamente para o Serasa e outros sistemas. Os nomes de Bolsonaro, de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, e do ministro Tarcísio de Freitas podem ter esse destino, caso eles ignorem a autuação do governo Doria. 

Bela Megale, colunista - O Globo


sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

TSE extingue ação eleitoral contra Bolsonaro e quando Gilmar Mendes pretende pautar o julgamento de Flávio Bolsonaro - Bela Megale

O Globo

TSE extingue ação eleitoral contra Bolsonaro

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Luís Roberto Barroso extinguiu um processo contra Jair Bolsonaro nesta quarta-feira (3). A ação foi movida pelos partidos PT, PCdoB e Pros em 2018 que acusaram Bolsonaro, então candidato, a fazer propaganda eleitoral fora do período permitido. 

O foco da representação foi um vídeo que circulava na internet com Bolsonaro no palco da Festa do Peão de Barretos. Na ocasião, ele foi apresentado pelo locutor como “a melhor opção política para o Brasil”. A coligação de partidos acusou o estão candidato de promover showmício e solicitou a retirada do material de circulação. 

“O processo deve ser extinto sem o julgamento do mérito. No caso, a representação tem por único objeto a retirada da propaganda considerada irregular, inexistindo pedido de imposição de multa. Diante disso, o transcurso das eleições torna sem utilidade o pedido, estando caracterizada a perda superveniente do objeto. Ademais, não é mais possível o ajuizamento de representação com a finalidade”, escreveu Barroso. [A Justiça Eleitoral deveria a cada vez que partidecos sem votos, sem programa, sem noção, apresentassem ações vazias - buscando obstruir o trabalho da Justiça - penalizá-los com pesada multa - a ser cobrada e paga.] A Procuradoria-Geral Eleitoral já tinha se manifestado pela improcedência da ação.

Caso Queiroz

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes promete um primeiro semestre animado na corte. Segundo interlocutores do magistrado, ele pretende liberar para votação, nos próximos cinco meses, casos rumorosos, como o que discute o foro especial do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-SP). Outro julgamento que deve entrar na agenda é a suspeição do ex-ministro Sergio Moro.

Com a falta de expectativa para que os trabalhos presenciais sejam retomados, Gilmar pretende levar a julgamento, até junho, o recurso do Ministério Público do Rio contra o foro especial concedido para Flávio no caso Queiroz.  No mês passado, o ministro atendeu a um pedido da defesa de Flávio e suspendeu o julgamento do foro pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). O magistrado determinou que o TJ não deve discutir a questão até que esse tema seja julgado pelo Supremo. Nesta semana, o Ministério Público do Rio recorreu da decisão.

Outro caso que Gilmar Mendes deve liberar para julgamento no primeiro semestre é a suspeição de Sergio Moro no processo do triplex do Guarujá. A avaliação de Gilmar é que o caso é delicado e precisa ser tratado em sessão presencial. Ele, no entanto, já admite que o tema deve ser analisado num julgamento online da Segunda Turma. A análise da suspeição de Moro está parada desde dezembro de 2018, por um pedido de vista do ministro.

Bela Megale, jornalista - O Globo


domingo, 6 de dezembro de 2020

Júnior conhece a caixa-preta da saúde - Elio Gaspari

 Folha de S. Paulo - O Globo

Ministro Luís Roberto Barroso poderá homologar a papelada da colaboração do empresário José Seripieri Júnior, da Qualicorp, feita à Procuradoria-Geral da República (PGR)

Nesta semana, o ministro Luís Roberto Barroso poderá homologar a papelada da colaboração do empresário José Seripieri Júnior, da Qualicorp, feita à Procuradoria-Geral da República (PGR). Há mais de uma semana, a repórter Bela Megale revelou que Júnior, como ele é conhecido, concordou em pagar R$ 200 milhões à Viúva pelas transações em que se meteu, alimentando caixas de políticos. Em julho, ele passou três dias na cadeia, e sua colaboração foi antecedida pela de um sócio.

Chegando a valer cerca de R$ 4 bilhões, a Qualicorp tornou-se uma campeã organizando planos coletivos de saúde. Como uma jabuticaba, ela nunca foi uma operadora, mas Júnior tornou-se um bilionário trabalhando num mercado onde se misturam capilés para políticos que colocam jabutis nas leis e azeitam-se promiscuidades com as agências reguladoras.

Finalmente, o Ministério Público acercou-se desse mercado. A Lava-Jato chegou perto, mas distraiu-se. Deltan Dallagnol, ex-coordenador da força-tarefa, recebeu pelo menos R$ 580 mil fazendo palestras para plateias da Unimed. Ele explicou que repassava os valores a entidades filantrópicas.

Quando a colaboração de Júnior for conhecida, será possível avaliar a sua profundidade. A operação Lava-Jato começou com muito menos, pois nela o fio da meada foi puxado a partir de um posto de gasolina que lavava dinheiro. A memória da Qualicorp, ou de qualquer grande operadora, guarda muito mais que isso. Os procuradores de Curitiba puxaram os fios e deu no que deu. A PGR está com o novelo na mão. Sabe-se que negociou uma multa milionária, mas a questão está também em outro lugar: na máquina desse mercado.

Pode-se dar de barato que a colaboração de Júnior levará para a mesa alguns políticos, provavelmente figurinhas fáceis de outros escândalos, alguns confessos, ou notoriamente mentirosos. Pelo cheiro da brilhantina, cairá na roda um doutor que queria cobrar os serviços do SUS.

O valor da colaboração de Júnior poderá ser avaliada se ela tratar do funcionamento da porta giratória pela qual maganos saem do mercado e vão para as agências reguladoras, ou fazem o caminho inverso, sempre enriquecendo. Noutra vertente, pode-se vir a saber como se enfiou um jabuti numa Medida Provisória de 2015. Ele reduzia o valor unitário das multas aplicadas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar quando o volume passasse de certos limites. Em bom português: quem delinquir muito pagaria menos que quem delinquiu pouco. Dilma Rousseff vetou o jabuti. Trata-se de perguntar, ouvir, anotar o nome do magano e chamá-lo a depor. Se for o caso, remetê-lo à carceragem.

Seripieri Júnior fez todo o caminho do mercado, conheceu suas vísceras e no ano passado começou a montar uma empresa fechada. Nela, ao contrário das operadoras que cobrem despesas com centenas de médicos, laboratórios ou hospitais, as operadoras fechadas têm suas listas e, sobretudo, seus hospitais. Graças a isso, controlam seus custos e acabam cobrando menos.

A PGR está diante da oportunidade de abrir a caixa-preta dos planos de saúde. Basta expandir a operação abrindo um capítulo em que se fazem perguntas estranhas ao ritual, porém essenciais para o propósito da investigação. Assim foi com a Lava-Jato e assim foi com a investigação da Receita Federal e do FBI americano, que detonou as roubalheiras da cartolagem internacional do futebol.

A ideia segundo a qual se combate a corrupção com multas milionárias é pobre. Acaba criando uma espécie de pedágio, caro, porém imunizante. A turma dos planos de saúde, acossada pela perda de clientes e pela reação aos reajustes selvagens, já tentou dois saltos triplos. Num, no escurinho de Brasília, queriam mudar a lei que regula seu mercado. A elas, tudo, aos consumidores, nada. Noutro, querem privatizar serviços do SUS. Isso durante uma pandemia na qual tentaram negar cobertura para os testes de coronavírus.

Madame Natasha e o general
Madame Natasha não perde entrevistas do general Eduardo  Pazuello e admira os momentos em que ele fica calado. Outro dia, falando a parlamentares, o ministro da Saúde incomodou a senhora quando disse coisas assim: “Se o processo eleitoral nas cidades, com todas as aglomerações e eventos, não causa nenhum tipo de aumento da contaminação, então não falem mais em afastamento social.”
“Precisamos compreender de uma vez por todas que nós só aplicaremos vacinas no Brasil registradas na Anvisa.”

Com décadas de serviço nos quartéis, o general Pazuello aprendeu a falar como comandante. Como ministro da Saúde, deveria aprender que não manda nas suas audiências. Dizer a quem quer que seja que não deve mais falar em afastamento social é uma indelicadeza, se não for uma bobagem. Quando ele diz que “precisamos compreender de uma vez por todas” que o governo só patrocinará vacinas aprovadas pela Anvisa, diz uma platitude. O problema é outro: cadê a vacina federal? [preferimos perguntar: cadê uma vacina? vale de qualquer país.] 
 
Natasha recomenda gentilmente ao general entender que seu desempenho terá uma avaliação cronológica. A vacina chegará a diversos países em janeiro, inclusive à Inglaterra e ao México, cujos governos foram negacionistas. Pazuello não sabe precisar o mês do início da vacinação no Brasil e acha razoável que metade da população de Pindorama só consiga ser imunizada no segundo semestre do ano que vem. Em São Paulo, a vacinação vai começar em janeiro, a menos que Pazuello e Bolsonaro queiram atrapalhar, metendo-se numa ridícula Revolta da Vacina 2.0.

Quando Natasha era uma mocinha e os generais se metiam onde não deviam, ela teve que ir a Montevidéu para ver o filme “Último Tango em Paris”. (Achou-o muito chato.)
Natasha morre de medo de ter que viajar ao exterior para ser vacinada.
 
Coisas de Pindorama
Um marciano passou pelo Brasil em 1821 e gostou das gazetas que defendiam a independência da Colônia. Voltou em 1823 e soube que ela fora proclamada, com o filho do rei de Portugal coroado imperador.

Imortal, o marciano foi ao comícios das Diretas de 1984 e encantou-se. Voltou em 1985 e soube que a campanha havia resultado na eleição indireta de Tancredo Neves, mas quem estava na Presidência era José Sarney, presidente do partido do governo em 1982.

O marciano resolveu nunca mais voltar ao Brasil. Ele vive em Washington e soube que o doutor Sergio Moro é novo sócio-diretor da firma em cujo portfólio de clientes está a Odebrecht com seu processo de recuperação judicial. 
 
Kerry e os agrotrogloditas
A nomeação do ex-senador John Kerry para a posição de czar na política de meio ambiente do governo de Joe Biden deve acender um sinal de alerta no Planalto.

Ex-secretário de Estado, Kerry não conhece agrotrogloditas, mas tem boas relações com alguns ambientalistas brasileiros.Seria útil que os çábios do bolsonarismo parassem de pressionar empresas multinacionais que pararam de comprar soja plantada em áreas de conflito ambiental. As filiais comunicam essas pressões às suas matrizes. [Curioso é que Bolsonaro ao manter boas relações com Trump - tendo sempre presente que nações não possuem amigos e sim interesses, vale o mesmo para seus governantes - acusavam do nosso presidente adotar uma postura de submissão do Brasil. 
Agora já aceitam que os chamados ambientalistas fiquem de 'quatro' para Kerry.
As filiais das empresas americanas agem corretamente quando passam informações, ainda que desfavoráveis, as suas matrizes; já os inimigos do Brasil = os traidores brasileiros que traem o Brasil para ter boas relações com Kerry =  agem como 'judas' e sempre terão nosso desprezo e fiquem que são também desprezados pelos  norte-americanos.
De qualquer modo as empresas dos EUA façam o melhor para eles e deixem que os brasileiros façam o melhor para o Brasil.]

O Globo - Elio Gaspari, jornalista


segunda-feira, 30 de novembro de 2020

A irritação de Bolsonaro com o cercadinho de Mourão

Bela Megale

Vice-presidente teria irritado Bolsonaro com suas declarações sobre a Coronavac e o resultado da eleição presidencial nos EUA

As recentes declarações do vice-presidente Hamilton Mourão que contradizem opiniões de Jair Bolsonaro, em especial em relação à pandemia e às eleições nos Estados Unidos, agravaram a crise entre os dois. Segundo a coluna de Bela Megale, do jornal O Globo, hoje a dupla “mal se fala”.

A jornalista relata ainda que auxiliares do presidente afirmam que Mourão criou o seu próprio “cercadinho” ao fazer declarações independentes à imprensa sobre os assuntos do dia. Há ainda a certeza de que a aliança entre ambos não vai se repetir em 2022.

[o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, nesses quase dois anos do governo Bolsonaro sempre se destacou pelo comedimento em seus comentários, assumindo uma postura de 'a serenidade, a firmeza, no meio da tempestade'.

Infelizmente, nos tempos mais recentes tem cedido às tentações de conceder entrevistas de corredor e apesar de ser sempre  pertinente e ético em suas declarações deixa margem para que certas interpretações circulam. Exemplo: levar que suas manifestações resultem em versões dizendo  que o vice-presidente desautorizou o presidente, o que é um absurdo = não há subordinação hierárquica entre os cargos mas o vice-presidente não pode desautorizar o presidente da República, já  que estando  no exercício da presidência suas manifestações são as de vice-presidente no exercício da presidência da República e não estando no exercício do cargo,  do qual é vice,  suas manifestações sempre serão as de um vice-presidente.]

Entre as declarações que mais incomodaram o mandatário está a fala de Mourão sobre a compra da Coronavac pelo governo federal. O vice-presidente desautorizou [sic] Bolsonaro ao dizer que a declaração dele sobre não comprar o imunizante é “briga política com o Doria”.

A contragosto de Bolsonaro, Mourão também reconheceu a vitória de Joe Biden como presidente dos Estados Unidos. Em entrevista, ele se referiu ao democrata como presidente. O governo federal, no entanto, tem evitado comentar sobre resultado das eleições norte-americanas em razão da postura negacionista do republicano Donald Trump, aliado de Bolsonaro.

Outra declaração de Mourão que também gerou crise no governo foi em relação ao assassinato de João Alberto, um homem negro, por seguranças brancos do Carrefour. O vice-presidente disse não ver racismo no caso, porque, de acordo com ele, não há racismo no Brasil. [o general Mourão está certíssimo em sua manifestação afirmando a não existência de racismo no Brasil (talvez inconveniente, por abrir espaço para que versões de um conflito entre o general Mourão e o presidente Bolsonaro surjam e até prosperem) e o que nos dá tal certeza é que NADA, NENHUM suporte existiu ou existe para que o desentendimento entre a vítima e os seguranças do Carrefour seja tipificado como racismo.

O que permite que desavisados e incautos considerem tal versão verdadeira, é que envolve um homem negro e dois seguranças brancos. Os que querem trazer para o Brasil um a versão 'brasileira' de uma situação ocorrida nos Estados Unidos - que gerou grande agitação inicial mas já começa a ceder- esquecem que houve no incidente de Porto Alegre o envolvimento de uma mulher, integrante da segurança do hipermercado = uma mulher negra.]

Bela Megale, jornalista - O Globo - Transcrito do Fórum

 
[cabe perguntar: quem é Bruno Covas para enviar recados para o presidente da República?
    O maior destaque do prefeito reeleito (o que confirma uma certa propensão dos paulistas em escolher errado os seus governantes) no mandato em curso foi combater a covid-19 criando engarrafamentos (a pretexto de dificultar o trânsito e assim obrigar as pessoas a ficarem em casa) e encomendar milhares e milhares de urnas funerárias para as vítimas da pandemia.Ambas as medidas fracassaram.]

 

sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Maia autoriza escolta em todo o país para David Miranda, marido de Glenn Greenwald - Blog Bela Megale

O Globo

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), concedeu ao deputado federal David Miranda (PSOL-RJ) o direito à escolta da Polícia Legislativa em todo território nacional.  O pedido foi feito pelo PSOL a Maia depois que o governador Wilson Witzel negou a solicitação da Câmara para que o Estado do Rio fornecesse escolta a Miranda quando ele estivesse em solo fluminense.

[USO INDEVIDO DE DINHEIRO PÚBLICO; Vamos por partes:

- Certa a decisão do governador Wilson Witzel. A responsabilidade pela segurança dos deputados federais é responsabilidade da 'polícia legislativa' da Câmara dos Deputados.

- Segurança que a principio deveria se restringir à Brasília - só que entra aquela famosa desculpa de 'viagens ao estado que representa para contato com as bases' (justificativa usada também para dar passagens aéreas aos deputados) - sendo razoável que o parlamentar conte com segurança durante sua estada no ente federativo que o elegeu.

- Mas, segurança para familiares do parlamentar que residem no estado de origem do mesmo? já é  forçar a barra. 

Tal segurança inclui, sem limitar, o jornalista Glenn 'verdevaldo' - tanto em sua residência (reside no Rio)  quanto em seus deslocamentos para  trabalho.

Óbvio que se o parlamentar tiver parentes em outros pontos do Rio, também terão direito à segurança.

- Abuso maior:  o direito concedido por Maia, usando o nosso suado dinheiro, se estende a todo o território nacional, assim se o 'verdevaldo' decidir viajar para o Nordeste, a escolta irá junto, se aparecer um primo do primo do deputado fluminense no, digamos, Amazonas, terá direito a escolta.]




A autorização do presidente da Câmara foi dada há pouco mais de duas semanas.
David Miranda é marido do jornalista e dono do site “The Intercept”, Glenn Greenwald. O deputado federal pediu escolta à Casa após receber ameaças contra ele e sua família, que vive no Rio. Até então, o parlamentar só contava com segurança quando estava em Brasília.

Bela Megale, jornalista - Coluna em O Globo

 

quinta-feira, 3 de outubro de 2019

No cargo, novo PGR contraria posições de Bolsonaro - Míriam Leitão

O Globo

O novo procurador-geral da República tem contrariado posições do presidente Jair Bolsonaro. Augusto Aras, que tomou posse esta semana, disse em entrevista à “GloboNews” que o direito brasileiro “impõe a todo agente público o dever de comunicar a autoridade competente eventuais ilícitos”. Essa é uma posição que contraria integralmente o que pensa o presidente da República.

O senador Flavio Bolsonaro recorreu ao Supremo para reclamar do compartilhamento de dados da movimentação financeira dele. Essa é a posição da defesa dele. A repórter Bela Megale apurou que o presidente passou recentemente um fim de semana em reuniões com o advogado do filho. O órgão de onde saíram as informações sobre Flavio saíram, o Coaf, foi extinto por Bolsonaro. A unidade de inteligência financeira foi recriada no BC.

Todos os órgãos de controle entendem como Aras. Uma evidência de crime tem que ser comunicada. No caso das informações financeiras, existe a regra do sigilo bancário. Mas o Supremo vem demorando para decidir o que pode ou não ser compartilhado. No STF, o procurador-chefe vai ter a oportunidade de defender sua posição.

Aras foi indicado pelo governo para o cargo. Naquela fase de “campanha”, ele defendeu posições conservadoras mais próximas da pauta do presidente. Aras assinou um documento de juristas evangélicos que falava em cura gay e que restringia o conceito de família a uma união heterossexual. [quanto a cura gay é um assunto controverso e temos que dar o benefício da dúvida ao atual procurador-geral;
quanto a restrição do conceito de família, o procurador geral, Augusto Aras, não pode, nem deve, ser criticado por seguir o conceito constante do artigo 226, da Constituição Federal que estabelece ser a família a união estável entre HOMEM e MULHER.] Na sabatina no Senado, foi confrontado e disse que assinou sem ler. Ao lançar sua candidatura, Aras dizia que era a favor de mineração em terras indígenas. Agora, fala em defesa das minorias, posição diferente daquela defendida por Bolsonaro, que fala em defender as maiorias.  

A PGR não pode mesmo ser um espelho do governo. Aras chegou a dizer que ajudaria a destravar as obras e a economia. O Ministério Público tem que zelar pelo papel constitucional dele, e não se envolver na condição da política econômica. Bolsonaro dizia que sua relação com Aras foi “amor a primeira a vista”. A dúvida é como será a relação a partir de agora.


Blog da Míriam Leitão - Coluna em O Globo - Economia


quarta-feira, 17 de julho de 2019

Bela Megale - A interlocutores, Bolsonaro diz que ameaças a filho pesaram em indicação para Embaixada - O Globo



Bela Megale

Os motivos que levaram o presidente Jair Bolsonaro a indicar o filho para a Embaixada dos Estados Unidos vão além da “fluência em inglês e espanhol” e da habilidade de “fritar hamburguer” de Eduardo. Pelo menos, é isso que o presidente relatou em conversas recentes com ministros. 

Bolsonaro disse que está preocupado com ameaças que o deputado federal estaria recebendo no último mês, depois que assumiu a presidência do PSL, em São Paulo. Falou também que ficaria mais tranquilo com ele fora do país.  

Integrantes do PSL confirmaram à coluna que algumas ameaças foram enviadas a dirigentes que assumiram a diretório paulista com Eduardo, mas que nenhum Boletim de Ocorrência (BO) sobre o fato chegou a ser registrado. Disseram ainda que o deputado federal tem a opção de deixar a liderança do partido e que não seria necessário que mudasse de país.

Ontem, Bolsonaro disse que estava definida a indicação de Eduardo para o posto de Embaixador. Também afirmou que estaria "doando um filho" para a missão de aproximar o Brasil dos EUA.

Bela Megale - Coluna em O Globo