Sinto
estarmos muito próximos do ponto de ruptura. Sem um FATO determinante de
mudança do rumo atual, a casa -- quer dizer, a ordem pública -- pode
ruir, porque os seus esteios -- as instituições -- estão desmoralizadas
pelas próprias autoridades que as representam, em grande parte corruptas
e infratoras de mandamentos básicos da Constituição. Ainda há tempo
para que esse fato seja gerado por iniciativa dos poderes constituídos
de forma a restabelecer entre eles a harmonia e resgatar a prioridade
devida ao interesse público.
Há quem
pense que a desobediência civil ou o povo nas ruas ou as duas coisas
poderiam ser a resposta alternativa à anomia em que o país parece
mergulhar, um estado social caótico, de moral abalada, em que impera o
desregramento e a corrupção. Mas, uma
vez rompida a ordem vigente, o comando tende a ser assumido (ou
“tomado”) pela facção mais bem organizada, capaz de conduzir ou
MANIPULAR o movimento popular e levá-lo ao objetivo da própria facção.
Lembro dos exemplos de três marcantes revoluções:
na Rússia, foram os
bolchevistas minoritários que instalaram o comunismo;
na França, o caos
levou ao terror;
nos EEUU, lideranças sábias fundaram a democracia mais
bem sucedida dos tempos modernos.
Neste
momento, quem seriam as organizações brasileiras capazes de assumir a
liderança pós-ruptura? Partidos políticos? Entidades empresariais?
Igrejas? De minha parte, só vejo duas:
1) a esquerda neo comunista e
globalizante, que aparelhou as máquinas governamentais, minou as
instituições constitucionais, infiltrou-se nas centrais sindicais, nas
universidades e na mídia, quase toda; ou
2) as Forças Armadas, sob o
comando do Exército Brasileiro, assumidas como fiéis aos princípios
republicanos, segundo a tradição brasileira. [pacífico que a esquerda não assumirá - já tentaram em 35, perderam, em 64, perderam e perderão mais uma vez e quantas tentarem = agora, terão a certeza, que os erros de 35 e 64 não se repetirão.]
Então, de
coração apertado, anseio por resquícios de bom-senso e patriotismo
porventura existentes em Brasília que levem a algum tipo de solução de
compromisso democrático. Ou teríamos, como únicas alternativas, repetir
64 ou amargar trágicos "remakes" bolchevistas ou robespierreanos?
Dagoberto Lima Godoy - Cidadão brasileiro.