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sexta-feira, 24 de novembro de 2017

INsegurança Pública no DF e Entorno aumenta a cada dia

Assaltos a ônibus levam o terror a rodovias do Distrito Federal

As BRs-060, 070 e 040 são as mais visadas por assaltantes 
[a CRIMINALIDADE no DF só aumenta - algumas reduções apresentadas pelo governo Rollemberg como troféus, não mostram a realidade.
O que acontece é que com as Delegacias da Polícia Civil do DF funcionando só em horário comercial - das  8 às 12horas e das 14 às 18h - fica dificil para o cidadão registrar o Boletim de Ocorrência,  o famoso BO, além da grande perda de tempo, despesas com locomoção, as chances de dar algum resultado são de menos de 1%.

O  irônico é que para tirar a segunda via da Cédula de Identidade é necessário fornecer o número do inquérito policial (o formulário que a vítima tem que preencher exige esta informação - o cidadão é assaltado (por ineficiência da Segurança Pública no DF) tem que registrar o BO - caso contrário é obrigado a pagar uma taxa para tirar a segunda via - e provar que a PCDF instaurou inquérito - convenhamos que instaurar o inquérito policial é obrigação da PC, não cabendo ao cidadão apresentar provas se a Polícia do DF cumpre suas obrigações ou não.

A matéria não aborda os assaltos em ônibus urbanos dentro do DF - são mais numerosos e raramente os bandidos são presos - isso só ocorre quando são azarados e durante o assalto aparece uma viatura da Policia Militar do DF e efetua a prisão.
Outras vezes os bandidos se dão mal devido a presença dentro do coletivo de policiais militares que reagem - presença não por estarem em serviço e sim na condição de passageiros.
Policia Civil raramente precisa usar transporte coletivo.]


As viagens interestaduais pelas estradas que cortam o Distrito Federal são marcadas pelo medo. A falta de fiscalização em alguns trechos facilita a ação de assaltantes, com tempo para fazer reféns. Na abordagem criminosa espalham o pânico entre passageiros e motoristas com disparos, ameaças de morte e arrastões. Levantamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) mostra que as BRs-060, 070 e 040 aparecem entre as mais visadas pelos bandidos. A primeira registrou a maior parte dos assaltos a ônibus interestaduais em 2016 e de janeiro a agosto deste ano.


 Os criminosos escolhem, quase sempre, a madrugada e os trechos mais distantes de policiamento para os ataques armados. Violentos, eles tentam parar o ônibus com uma sequência de disparos. Em algumas situações, usam armamento longo e, para fugir, contam com o apoio de comparsas que dão cobertura em um veículo de passeio. Nos oito primeiros meses do ano, a ANTT registrou 85 desses roubos no DF e em Goiás — a média é de 10 casos por mês. Do total, 46 ocorreram na capital federal e 39, em Goiás. Em todo o ano passado, houve 101 casos: 58 nos limites brasilienses e 43 em pistas goianas.

Mas, segundo o titular da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) da Polícia Civil do DF, Fernando César Costa, oito ocorrências foram registradas mais perto do Distrito Federal de janeiro a setembro, em destinos com 40km a 100km de Brasília. Segundo ele, geralmente, os criminosos atacam em grupo. O investigador destaca que os ônibus interestaduais se tornam presas fáceis, pois os assaltantes têm acesso aos horários das viagens. “Como a malha viária do DF é pequena e os ônibus não são de Brasília, a coleta pericial se torna mais difícil. Ainda assim, quando o ônibus é daqui, quanto mais ágil for o registro, maiores são as chances de uma investigação preliminar rápida”, explica.


Em 2013, a DRF, em conjunto com a PRF, fez uma operação que resultou na prisão de 20 pessoas. Cumpriu, ainda, 26 mandados de busca e apreensão. “Em assaltos a ônibus, eles levam tudo. As viagens interestaduais são visadas, porque algumas rotas levam ao Paraguai, e os autores desconfiam que as pessoas estão com mercadoria ou dinheiro”, detalha o investigador.

Risco
Quem se torna vítima dos criminosos não esquece os momentos de horror. Motorista interestadual há uma década, Cristiano Silva Kassen, 38 anos, lembra as quatro horas que ele e os passageiros ficaram sob poder de cinco bandidos. Em 8 de outubro, ele saiu de Brasília com destino a Brejolândia, na Bahia, distante 704km do DF. Próximo a Alvorada do Norte (GO), a 250km de Brasília, um carro em alta velocidade se aproximou. Cristiano logo suspeitou de assalto. “Eles ultrapassaram pela faixa da esquerda e começaram a atirar. Escutei de seis a sete tiros. Uma bala atingiu o para-brisa e outra pegou na parte de baixo (do ônibus). Só abaixei a cabeça e parei. Três encapuzados entraram e outros dois ficaram no carro”, conta.

Armado, um dos homens ficou ao lado do motorista. Durante todo o tempo, o condutor sofreu ameaças de morte. Levou coronhadas no pescoço e na cabeça. Outros dois subiram e seguiram para onde estavam os 40 passageiros. “O que ficou ao meu lado me mandou seguir o Gol. Foram dois quilômetros até a gente chegar a uma estrada de terra cercada por um matagal. Lá, eles mandaram descer as malas e escolheram o que tinha de melhor”, relembra.

Depois de fazerem um arrastão, os criminosos exigiram que o motorista voltasse para a rodovia. Em seguida, fugiram. O próximo posto de fiscalização da PRF ficava a 30km de distância. Foi lá que Cristiano parou para pedir ajuda. “O que eles fazem é uma tortura psicológica imensa. É uma situação em que a gente fica constrangido. Saímos para trabalhar e não sabemos como vamos voltar”, desabafa. “Desde então, não tenho mais paz. A gente fica com medo e repensa toda a nossa vida, porque é um risco. É uma marca que ficará para sempre”, lamenta.

Baleado
Sete dias depois do assalto ao ônibus de Cristiano, uma tentativa de roubo a um coletivo que fazia a linha São Paulo—Brasília quase terminou em tragédia. Por volta das 5h30, bandidos atiraram contra outro veículo. O caso ocorreu próximo a Luziânia, a 53km de Brasília. Os criminosos perseguiram o ônibus por cerca de 15km. Depois disso, desistiram da abordagem, mas uma das balas acertou o engenheiro civil Adriano Antonio Leal da Cunha, 45, no ombro esquerdo. A vítima embarcou no veículo em Araguari, no Triângulo Mineiro. Ele voltava ao DF, onde mora durante a semana, depois de passar o feriado de 12 de outubro com a família, mas nunca pensou que seria vítima de um disparo. Adria
no contou de 8 a 10 tiros.


Como ele estava em uma das poltronas da frente, lembra-se do barulho da porta de vidro estilhaçando, mas, na hora, pensou que fosse um acidente. “Começamos a escutar muitos tiros. Todo mundo deitou no corredor. As pessoas gritavam. Foi um pânico geral”, conta. Depois de fugir dos criminosos, o motorista parou em Luziânia para registrar ocorrência. Adriano foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da região e, depois, transferido para o Hospital de Base. A bala ainda está alojada no corpo, e ele precisará fazer acompanhamento médico.

Chefe da PRF no DF, a agente Tatiane Kawamura explica que a corporação faz um mapeamento dos pontos críticos para atuar nesses locais. Ela esclarece que o período de assaltos a ônibus varia, mas, geralmente, os criminosos são os mesmos. “Fazemos ronda, mas, como existe um trecho grande, a gente faz o que pode. O importante é o motorista entrar em contato com a PRF pelo telefone 191 ou com a unidade operacional o mais rápido possível, além de ficar atento às características dos veículos. Na maior parte das vezes, os suspeitos são violentos para fazer o ônibus parar”, explica.

 Correio Braziliense



segunda-feira, 30 de março de 2015

Lutadora pitbull se envolve em confusão com taxista e consegue virar notícia

Bethe Pitbull se envolve em confusão com taxista no Rio de Janeiro e é registrada em BO 

Próxima desafiante de Ronda Rousey em duelo marcado para o UFC 190, em 1º de agosto, no Rio de Janeiro, Bethe Pitbull Correia se envolveu em uma confusão com taxista no Rio de Janeiro. Ela foi flagrada por câmeras de um hotel no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste, no domingo, dia 22, brigando com um motorista. A lutadora estava acompanhada do técnico Edelson dos Santos e da irmã, Suzana Neves.



Bethe Pitbull foi registrada em Boletim de Ocorrência como uma das autoras da agressão a um taxista no RJ
A notícia foi publicada pelo jornal Extra e informou que o taxista, Cleonardo de Freitas, foi solicitado para o local. Mas o Pitbull e os acompanhantes desistiram da corrida. De acordo com o Boletim de Ocorrência registrado na 42ª DP, o motorista disse que Edelson se recusou a pagar os R$ 5,85 da chamada, que representaria a bandeirada. Bethe, por outro lado, alegou ter sido ameaçada pelo taxista. 


O BO cita Pitbull como uma das autoras da lesão corporal leve no motorista. Edelson e Cleonardo foram registrados como autores e vítimas ao mesmo tempo. As câmeras mostram a briga entre os dois, mas Bethe aparece dando um chute no motorista, sendo contida pela irmã, que acaba dando socos no homem. 




 VÍDEO: BETHE PITBULL


Bethe Pitbull revelou que vem recebendo ameaças de morte nas redes sociais. Segundo ele, em uma das mensagens enviadas, um perfil com o nome de Bruno Assunção a chama de covarde e posta fotos de duas armas. Até o momento, a lutadora não foi classificada como agressora.  


Fonte: Extra

segunda-feira, 23 de março de 2015

Entre a família de um policial chorar e a de um bandido, que chore a do bandido

A cada 34h, policiais de folga matam um em SP

Policiais civis e militares de folga mataram 255 pessoas no Estado de São Paulo em 2014 - uma a cada 34 horas. O dado, somado ao total de casos com policiais em serviço, aponta que 963 pessoas foram mortas por agentes de segurança no ano passado. Do total de homicídios, um em cada cinco foi registrado em decorrência de ação policial.

Desde 1992, ano do massacre de 111 presos no Carandiru, a polícia não matava tanto - naquele ano, foram 1.428 mortos. O dado completo - com as mortes de folga praticadas por PMs -, embora seja publicado no Diário Oficial do Estado, é omitido das estatísticas de criminalidade oficiais da Secretaria da Segurança Pública (SSP). Os dados, mantidos no site da pasta, mostram apenas os casos decorrentes de ações de policiais civis em folga: 21 ocorrências.

O total de mortes cometidas por agentes fora do horário de trabalho cresceu 17% na comparação com 2013, que registrou 218 ocorrências - as mortes em serviço aumentaram 107%. [os bandidos estão assaltando mais e, felizmente, dão azar, ao escolherem suas vítimas não sabem que são policiais de folga, mas, armados - direito inerente ao policial - e que reagem e sempre do confronto um bandido a menos;

só que também nesses assaltos é comum morrerem policiais, mas, a imprensa não tem interesse em divulgar que policiais também são mortos por bandidos.]

Por meio da Lei de Acesso à Informação, o jornal O Estado de S. Paulo obteve dados de 783 ocorrências relacionadas à atividade policial. São os casos registrados originalmente como "morte decorrente de investigação policial". Parte delas, entretanto, foi convertida para homicídio - praticado pelo agente de folga.


Registros
Entre esses casos está o retratado no Boletim de Ocorrência 4.208/14, do 24º Distrito Policial (Ponte Rasa), na zona leste. O fato aconteceu na Estrada Itaquera-Guaianases, em 28 de abril do ano passado. Um policial disse que ia ser roubado em um semáforo e reagiu, matando o suposto assaltante. [certamente a vítima agia de forma suspeita, forçando o policial a uma reação em defesa de sua própria vida; é comum, estarmos parados em semáforos e pessoas se aproximarem em atitude que força a dedução de que vão nos assaltar.]

O próprio registro, entretanto, mostra que o suspeito estava desarmado e os policias plantaram uma arma na cena do crime para justificar o homicídio. "Uma pessoa passou uma arma que estava em sua cintura aos outros dois, os quais passaram a aproximar-se do corpo do indivíduo desconhecido (o assaltante). Na sequência o soldado, o qual havia recebido a arma ao chegar próximo do corpo se abaixou e a sujou de sangue", diz o boletim.

Os policiais civis questionaram qual seria o motivo desse gesto. O PM autor dos disparos teria respondido "que era para que a ocorrência ficasse mais redonda, ou seja, sem rebarbas que poderiam causar-lhe problemas futuros", segundo o BO.

Parte dos registros obtidos pela reportagem relata casos de policiais presentes em estabelecimentos comerciais que estavam sendo assaltados, como lan houses, padarias e postos de gasolina. Mas há também ações de agentes de folga diante de assaltos a seus familiares. [traduzindo: se o policial está presente em uma lan house ou algum outro estabelecimento comercial que está sendo assaltado, ele deve reagir; mas, sendo a vítima do assalto um familiar do policial, não deve haver reação.E´isto mesmo???]

Um desses casos aconteceu, segundo o registro, em 6 de maio, na Rua Padre Virgílio Campello, em Itaim Paulista, zona leste. A mulher de um policial havia descido do carro do casal para abrir o portão de seu condomínio quando três homens, que estariam armados, abordaram-na.

O PM "desembarcou do veículo, se identificou como policial e lhes deu voz de prisão, ocasião em que resistiram à prisão e efetuaram disparos em sua direção, e que, por isso, passou a repeli-los, atingindo dois deles", diz o boletim. Um dos suspeitos morreu. O terceiro fugiu. [onde o policial errou? deveria concordar em ser assaltado junto com sua esposa e deixar que os bandidos descobrissem que era policial e o executassem?]


Controle
Para a socióloga Samira Bueno, diretora executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, "não conseguimos romper com práticas institucionalizadas". "Quando o policial chega na rua, o que ele escuta é ‘esquece tudo que você ouviu na academia, aqui é a vida real’. Um segmento da polícia ainda entende o enfrentamento como uma forma de controle do crime." Essa postura explicaria em parte o aumento do número de morte em decorrência da ação policial. [exatamente socióloga Samira: na academia tudo é muito correto, perfeito; nas ruas, no dia a dia, na real, se o policial vacilar, morre.

Em quase 100% das ocorrências envolvendo policiais de folga a iniciativa sempre parte do bandido; ele é que decide o momento de iniciar a ação criminosa, felizmente, muitas vezes o policial consegue compensar o atraso e o bandido é abatido.]

Segundo ela, esse uso da força letal é uma ideia equivocada. "O senso comum acredita que essa é a forma de controlar. Mas os indicadores de criminalidade mostram que o enfrentamento não reduz o crime. No ano passado, por exemplo, a letalidade aumentou muito: houve uma pequena redução em homicídios, mas nos demais indicadores o aumento foi expressivo", diz. De fato, o total de roubos registrados pela polícia cresceu 20,6% no Estado em 2014 em comparação com 2013.


Respostas
A SSP não explicou por que os dados sobre a morte em decorrência da ação policial estão publicados de forma incompleta no site. "São consideradas mortes em decorrência de intervenção policial aquelas em que um membro da PM ou da Polícia Civil reage legitimamente a uma agressão levando um suspeito a óbito", diz a SSP, em nota. "Não entram nas estatísticas de morte em decorrência de intervenção policial os casos em que policiais cometem homicídios comuns. Também não são considerados os casos em que policiais reagem a assaltos ou outros crimes sem antes se identificar."

As informações são do jornal o Estado de São Paulo