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domingo, 30 de maio de 2021

MATANÇA? bandidos reagem à justa ação policial, iniciam o conflito, ficam em desvantagem, são abatidos e chamam de matança.

Bernardo M. Franco

Queriam que os policiais morressem?

MASSACRE [sic] NO JACAREZINHO - Sigilo para a matança

Operação da Polícia Civil na comunidade do Jacarezinho, no Rio de Janeiro
Ao classificar os papéis como “reservados”, o subsecretário Rodrigo Oliveira afirmou que sua divulgação não é “pertinente” porque poderia revelar “dados sensíveis”. No dia da matança, ele acusou o Judiciário de praticar “ativismo”. Acrescentou que os defensores de direitos humanos teriam “sangue nas mãos”.  O delegado fez uma inversão de papéis típica da retórica bolsonarista. A polícia mata, mas a culpa pelas mortes não é de quem puxa o gatilho. A ordem é acusar advogados, defensores públicos e pesquisadores que criticam a violência fardada. [uma pergunta ao ilustre colunista: quem efetuou o primeiro disparo e que vitimou o policial civil André? 
TODOS SABEM, que foram os bandidos; 
tanto que nem os pró bandidos ousam dizer o contrário. Para vocês, o que talvez até provoque orgasmos a alguns insanos, é ver um policial morto, ensanguentado, covardemente assassinado por bandidos.
No Brasil o bandido tem direito a sair para o trabalho e o de não ser molestado com perguntas incômodas da policia; 
se encarcerado, tem o direito de prioridade na vacina sobre as pessoas de bem = afinal, um bandido não vacinado, se sente desestimulado a tentar fuga = pode em liberdade ser contaminado - já pensou que injustiça???
tem o direito de logo após ser preso, comparecer a uma audiência de custódia e lá acusar os que o prenderam de violência e o que mais quiser e terá credibilidade. Audiência que  tem sido - entre outros inconvenientes, uma das maiores causas de feminicídios = o individuo espanca a mulher, desobedece medida protetiva ou pratica outros malfeitos, é preso, vai para a tal 'audiência de custódia', é liberado, volta e mata a mulher que o denunciou.]

FELIZMENTE, os policiais começam a exercer o direito de após o trabalho VOLTAR PARA CASA.]

O ataque ao Judiciário está em sintonia com a ocultação dos registros do massacre. São dois lances de uma queda de braço que opõe a polícia fluminense ao Supremo Tribunal Federal. Em junho de 2020, o ministro Edson Fachin decidiu que as operações em favelas só poderiam ocorrer em “hipóteses absolutamente excepcionais”, com justificativa ao Ministério Público. A liminar foi confirmada pelo plenário da Corte, mas não mudou as práticas da polícia por muito tempo.

Nos últimos meses, a decisão passou a ser ignorada e a violência voltou a escalar. A operação no Jacarezinho foi batizada de “Exceptis”, numa provocação explícita ao tribunal. [a certeza exposta na conclusão, acima destacada, recomenda ler: 'excesso de certezas' - O Globo] “A polícia adotou uma atitude de desafio à autoridade do Supremo”, avalia o professor Daniel Sarmento, autor da ação do PSB que resultou na decisão de Fachin. Na quinta-feira, ele pediu à Corte que derrube o sigilo sobre os relatórios da polícia. “A Lei de Acesso à Informação afirma que não pode haver sigilo em casos de violação de direitos humanos. As investigações desses episódios têm se revelado muito ineficazes. A imprensa e a sociedade civil precisam de meios para ficar de olho”, afirma.  “Existe um claro conflito de interesse quando a Polícia Civil, que investiga se os próprios agentes violaram a lei, decide decretar sigilo de informações sobre a operação”, apontou a ONG Human Rights Watch.[essa ONG tão preocupada com a possibilidade de que direitos humanos de bandidos sejam desrespeitados, deveria gastar suas energias e recursos cuidando dos direitos humanos dos palestinos abatidos por Israel; os direitos dos bandidos do Brasil - os conhecidos direitos dos manos -  deixem  por conta do Brasil = é assunto interno nosso.]

A afronta ao Supremo pode ter sido a menor das ilegalidades no Jacarezinho. Segundo a Defensoria Pública e a Comissão de Direitos Humanos da OAB, há fortes indícios de execuções extrajudiciais, abusos contra presos e destruição de provas. [os dois órgãos citados são conhecidos pelo péssimo hábito de valorizar indícios = quando tal conduta é conveniente para defender bandidos e acusar a polícia.

Já para prender um bandido, ainda que em flagrante,  provas são transformadas em rumores e tudo vale para manter o bandido livre. Esquecem que o inquérito está sendo acompanhado pelo Ministério Público e que a mídia, ainda que a contragosto teve que admitir o uso de  vídeo com  imagens de uma ação policial realizada no RS para TENTAR tumultuar a perfeita operação  da Polícia Civil do Rio.]

Em nota técnica enviada ao Supremo, advogados da Rede Liberdade listam ao menos oito irregularidades na operação. O documento também aponta falhas do MP no controle externo da atividade policial. “A cada dia que passa, verificamos mais fragilidades em tudo o que a polícia alegou”, diz o advogado Felipe Freitas, um dos autores da nota. “O que aconteceu no Jacarezinho não foi uma operação policial. Foi uma chacina praticada por agentes do Estado”, conclui.

Bernardo Mello Franco, colunista - O Globo

 

sexta-feira, 5 de julho de 2019

Greenwald é ou não um investigado?

Não fala claro quem, como a PF, investe na ambiguidade e na confusão 

Glenn Greenwald, do site The Intercept Brasil, está ou não sob investigação? E, se está, é preciso saber a razão. É impossível obter do aparelho do Estado que cuida do assunto uma resposta objetiva. Sergio Moro, ministro da Justiça, foi indagado a respeito na audiência de que participou na Câmara. Disse que a questão deveria ser encaminhada à Polícia Federal. E foi o que fiz.

A reportagem do programa "O É da Coisa", que ancoro na BandNews FM, encaminhou, a meu pedido, à assessoria da PF estas duas perguntas:                        “1) O jornalista Glenn Greenwald é oficialmente investigado?;                                       2) a Polícia Federal pediu o auxílio do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) nessa investigação?”E recebeu a seguinte resposta: “A Polícia Federal não confirma tal solicitação e não se manifesta sobre eventuais investigações em andamento”. [resposta adequada, visto ser incoerente que qualquer autoridade policial forneça informações sobre eventuais investigações em curso e muitas vezes informar se existe uma investigação é uma forma de atrapalhar os trabalhos policiais, por permitir que o possível investigado adote medidas para fugir à ação policial.
Afinal, parte da imprensa que estraçalhar o ministro Sérgio Moro por boatos alimentado  através de conversas roubadas de celulares do ministro e de procuradores, que além de serem produto de crime não tem sua autenticidade comprovada. ]

Prossegue a PF: “Segundo nota encaminhada pelo Coaf e divulgada pela imprensa, ‘o Coaf não comenta casos específicos em função do sigilo fiscal e bancário a que está submetido. Além disso, não é função do Coaf realizar investigações; o que faz é encaminhar às autoridades competentes de investigação —geralmente Ministério Público e/ou Polícia Federal— informações sobre movimentações financeiras atípicas. O Coaf também esclarece que não tem conhecimento de nenhum pedido por parte da Polícia Federal’”. [ao que se sabe ocorreu um vazamento do COAF sobre movimentação bancária  atípica de um ex-assessor de um filho do presidente Bolsonaro.
O vazamento ocorreu exatamente quando o COAF estava subordinado à pasta da Justiça.]

Gosto de linguagem, gosto de palavras, e estudá-las é até a minha primeira inclinação. Não ignoro os vocábulos crus da truculência, que me causam repúdio até físico, mas lhes reconheço um esboço ao menos de virtude: a clareza.  Vejam o caso do presidente Jair Bolsonaro e filharada: sinceros, convenham, eles são... O “Mito” não foi eleito porque “manso de espírito”. Sua Bíblia nunca reconheceu o “Evangelho Segundo São Mateus”.  Mateus é coisa de gente que fraqueja, de mulherzinha, de boiola. Ele partiu logo para uma releitura do “Evangelho Segundo São João”, com a tal “verdade que vos libertará”, com destaque para os versículos “.40”, “9mm”, “.45” e “calibre 12 de cano serrado”, numa espetacular fusão “hétera” e sangrenta com o “Livro do Apocalipse”.

Mas e a resposta da Polícia Federal? “Não confirmar” é coisa distinta de negar. Observem que, ao responder sobre eventual solicitação feita ao Coaf para investigar a movimentação financeira de Greenwald, a PF apela a uma nota divulgada pelo próprio conselho.  E, por óbvio, tudo poderia ser mais simples e claro. Sugiro: “A Polícia Federal não investiga jornalistas no exercício regular de sua profissão e não fez nenhum pedido ao Coaf sobre a vida financeira de Glenn Greenwald, destacando que tal demanda seria ilegal”.

Ora, não fala claro quem investe na ambiguidade e na confusão. Se, numa democracia de direito, o órgão do Estado encarregado de investigar crimes federais é incapaz de negar que esteja a fraudar os artigos 5º e 220 da Constituição Federal, que garantem a liberdade de expressão, então há algo de errado em curso.  Conheço cada palmo do confronto com o petismo quando algumas de suas correntes buscavam se insinuar nas dobras da legalidade para impor uma agenda que eu julgava incompatível com a ordem democrática. [a possível investigação do jornalista tem amparo legal, não por ele estar divulgando material obtido de forma criminosa e sem autenticidade garantida, mas, pela possibilidade - notem, estamos falando de possibilidade, não estamos insinuando nem acusando -  dele ser o autor ou de alguma forma estar envolvido na obtenção das conversas.]
Nunca indaguei se o governo de turno era eficaz ou ineficaz, popular ou impopular, se havia ou não uma agenda, afinal, mais importante do que essa conversa mole a que só alguns jornalistas dão importância: essa tal democracia.  E posso lhes assegurar que, milícias virtuais à parte, é bem mais difícil criticar uma gestão que lidera um crescimento de 7,5% —a exemplo do que se viu em 2010, último ano do governo Lula— que em outra que começa o ano com uma perspectiva de 2,5% e pode encerrá-lo perto do zero, na lona. Com ou sem crescimento, com ou sem reforma, com ou sem acordo Mercosul-União Europeia, o eixo da agenda civilizatória é o resgate da sanidade do Estado de Direito.

Não me rendi antes aos pés de barro da “igualdade e da justiça social”, com 7,5% de crescimento, e não me renderei ao bezerro de ouro da caça aos corruptos, com 0,5%, habilmente manipulada por ladrões do devido processo legal.

Pergunto: 
1) O jornalista Glenn Greenwald é oficialmente investigado?;
 2) a Polícia Federal pediu o auxílio do Coaf nessa investigação?

Exijo uma resposta compatível com a ordem democrática. 
[a ordem democrática, em qualquer país do mundo, garante às autoridades policiais o direito de não divulgar informações que possam atrapalhar eventuais investigações em curto - é público e notório que os crimes cometidos para obtenção das supostas conversas estão  sendo investigados o que impõe o sigilo sobre qualquer pergunta, ainda que indireta, sobre o assunto.]

PS:
Quanto à carta com autoria atribuída a Léo Pinheiro, dizer o quê? Vejo as pegadas da Lava Jato e agregados até na conjugação do verbo “haver”, a maior vítima desses tempos depois do devido processo legal.

 

domingo, 11 de novembro de 2018

Efeitos da violência de Estado

Relatório sobre o cotidiano das favelas durante a intervenção federal mostra, de forma inequívoca, a agressividade indiscriminada da ação policial dentro das comunidades do Rio

[este tipo de denúncia tem que ser analisado com extremo cuidado e conhecendo as condições reais da favela;

o geral é que todos os moradores das favelas - que não são bandidos) apoiem o trabalho policial.

Acontece que esse apoio tem que ser feito de forma reservada, cada família apoiando a ação policialsem o vizinho saber - há sempre o risco que o vizinho tenha ligações com o tráfico ou familiares trabalhando para o tráfico -  e os bandidos por sua vez exigem que um morador ao ser abordado por jornalistas sempre deponha contra a polícia - atribuindo horrores ao policial.

As entrevistas são realizadas no meio da rua, todo mundo vendo e ouvindo,  nada é feito de forma reservada, o que permite que ao lado dos jornalistas e dos moradores que estão sendo entrevistados, tenha 'olheiros' e 'ouvintes' ligados ao tráfico.

Isso faz com que os moradores sempre deponham contra a polícia.]

O Rio de Janeiro está em estado de guerra. Sob intervenção federal e com sua segurança controlada pelas Forças Armadas, suas comunidades mais pobres estão sofrendo com abusos de poder e com uma nova rotina de violência, que vai além do combate ao crime. O pior lado da intervenção veio à tona nos últimos dias com a divulgação do relatório parcial Circuito de Favelas por Direitos, elaborado pela Ouvidoria Externa da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro. O documento ao qual ISTOÉ teve acesso mostra uma série de abusos de autoridade contra os moradores de favelas cariocas, além da flagrante agressão aos direitos humanos por parte da autoridade de intervenção federal.

MATÉRIA COMPLETA, clique aqui

sábado, 16 de dezembro de 2017

Brutalidade criminal

É tão triste quanto espantoso o número de policiais mortos no cumprimento do seu dever, em confrontos com o crime, para proteção da sociedade e manter ainda tremeluzente a chama da supremacia da lei. Sucedem-se os fatos, passam-se os dias, e cai sobre cada óbito o soturno silêncio da banalização. Nenhum porta-voz da esquerda local vai aos microfones condenar a brutalidade criminal, solidarizar-se com familiares dos mortos. Nenhum cronista bate dedos o teclado do computador para expressar sua compaixão pelos agentes da lei. Nenhum sociólogo de plantão, nenhuma ONG promotora de direitos humanos diz algo a respeito. No entanto, com quanta frequência se lê sobre a “brutalidade das ações policiais”!

Não passa pela cabeça de quem quer que seja – surpresa minha! indagar quais os materialmente mais desfavorecidos nesses confrontos. Os policiais ou os bandidos? Quem tem mais dinheiro no bolso? Quem porta a arma mais sofisticada? Quem é mais “oprimido”? Quem está do lado da sociedade e quem está contra ela?

A brutalidade criminal ocorre todo dia, toda hora, com requintes de crueldade, não respeitando criança, menor, mulher, pobre, rico, juiz de direito ou policial. No entanto, quando um destes últimos, no arriscado exercício de seu dever, sob fogo dos bandidos, dispara sua arma, matando ou ferindo algum deles, logo sai para a rua o bloco dos pacifistas seletivos, pronto para condenar a “truculência” dos agentes da lei. E eu já não me surpreendo mais com isso. Portanto, chega de brutalidade criminal! Policial também é gente e tem direitos humanos!

Que fique claro. Toda pessoa é detentora de direitos inalienáveis. O criminoso decai de alguns direitos civis, mas não perde sua condição humana e não deve ser objeto de maus tratos. Mas é inaceitável demasia atribuir-lhe, no choque com as forças da lei, prerrogativas e zelos que a estas se recusa. Tal mentalidade entrega ao crime parcelas cada vez maiores de nossas cidades. Olhe à volta, leitor, e saiba: tem gente por aí que, sob motivações ideológicas, acha tudo muito conveniente e joga o jogo da tolerância para com o crime e da intolerância para com a ação policial. Use seu voto para afastá-los do poder.


http://puggina.org

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Anistia Internacional manipula números - classifica invasores de terras como defensores dos direitos humanos - e infla mortes em relatório

Brasil é país das Américas que mais mata defensores de direitos humanos

Segundo relatório da Anistia Internacional, até agosto deste ano, cinquenta e oito ativistas foram assassinados. [esse pessoal da 'anistia' e ONGs assemelhadas tem uma propensão imensa em defender direitos humanos de bandidos e de tudo que não presta. A polícias e as pessoas de BEM são sempre condenadas por tais ONGs.]

O Brasil é o país das Américas onde mais se matam defensores dos direitos humanos, segundo um relatório da Anistia Internacional. O relatório da Anistia Internacional chama atenção para o aumento dos assassinatos de defensores de direitos humanos nos últimos três anos. Até agosto deste ano, cinquenta e oito ativistas foram assassinados.   Em 2014, cento e trinta e seis ativistas foram mortos no mundo todo. Em 2015, o número subiu pra cento e cinquenta e seis. E no ano passado, aumentou em 80%, chegando a duzentos e oitenta um assassinatos. [ser classificado como ativista e realmente defensor dos direitos humanos é necessário que defenda realmente os direitos humanos;
o trabalho da Anistia Internacional  classifica  a morte de posseiros = invasores de terra = como defensores dos direitos humanos, o que não corresponde à realidade.
O individuo que invade uma propriedade urbana ou rural comete um crime e tem que ser punido pela Justiça;
O relatório considera a morte de invasores de terras, que reagem a uma legítima ação policial de reintegração de posse, como morte de defensores de direitos humanos;
aliás, os chamados defensores de direitos humanos no Brasil, são em sua quase totalidade defensores dos direitos humanos de bandidos;
Os terroristas do MST = movimento social terrorista - são criminosos e tem que ser tratados como tal;
os terroristas do MTST - movimento social dos terroristas sem teto - são bandidos e tem que ser tratados como tal.
Se a AI considerar apenas os que realmente defendem DIREITOS HUMANOS de HUMANOS DIREITOS, o número de ativistas mortos será bem menor.]

Entre as vítimas estão defensores do meio ambiente e do direito à terra, advogados e líderes comunitários que defendiam o direito das mulheres e de grupos LGBT, [nenhum dos grupos acima destacados pode ser classificado como defensor dos direitos humanos;
que tem a ver defender direitos de gay com defesa de direitos humanos? 
defender meio ambiente no caso é um eufemismo para identificar os invasores de terras;
líder comunitário são, em sua maioria, chefes de grupos de invasores de terras;
Os únicos que podem ser classificados como defensores dos direitos humanos são os que defendem os direitos das mulheres e os que combatiam a exploração sexual.]   ou que combatiam a exploração sexual. O relatório também considerou a morte de 48 jornalistas, em 2016, que atuavam em áreas de conflito ou dominadas pelo crime organizado.

Nas Américas, 75% das mortes no ano passado ocorreram no Brasil, apontado pelo estudo como o país mais perigoso para defensores de direitos humanos na região. Em 2016, sessenta e seis ativistas foram assassinados. De janeiro a agosto deste ano, o número chegou a 58. No Brasil, lideranças indígenas e trabalhadores rurais são as principais vítimas. O relatório lembrou o assassinato de um casal de extrativistas, em 2011, em um assentamento no sudeste do Pará. E a execução de dez posseiros, em maio deste ano, durante uma operação da polícia no sul do estado. [os posseiros eram invasores de uma propriedade e a polícia cumprindo ordem judicial estava promovendo a reintegração de posse;
houve reação dos invasores à ação policial, o que obrigou os policiais a usarem a força, no estrito cumprimento do DEVER LEGAL.] O documento também citou a morte de um agente de saúde indígena em um confronto em uma fazenda em Mato Grosso do Sul, no ano passado.

A Anistia Internacional também ouviu parentes e amigos dos defensores assassinados e concluiu que muitas mortes poderiam ter sido evitadas. É que os relatos apontam que ativistas chegaram a pedir proteção às autoridades, mas na maioria dos casos a solicitação não foi atendida.  “É justamente o fato de que o estado, as autoridades,  fecham os olhos para esses ataques anteriores e não-letais para essas ameaças que coloca esse defensor de direitos humanos mais em risco e isso culmina com os homicídios", diz Renata Neder, coordenadora de pesquisa e políticas da Anistia Internacional no Brasil.

Segundo a Anistia, a sensação de impunidade também estimula o aumento da violência contra os defensores. "Está passando uma mensagem de que tudo bem ameaçar o defensor, que tudo bem atacá-lo ou matá-lo porque isso não vai ser responsabilizado”, completa Renata.    Em nota, o Ministério dos Direitos Humanos afirmou que reconhece a importância do trabalho dos defensores de direitos humanos e que tem atuado no acompanhamento dos casos de defensores em situação de ameaça e de risco no Brasil[os defensores que realmente defendem os DIREITOS HUMANOS - não pode ser incluído invasores de terras e afins - merecem apoio e proteção;
já os que usam a defesa dos DIREITOS HUMANOS para defenderem grupos que atuam cometendo crimes, merecem ser presos.] 

Em relação ao relatório da Anistia Internacional, o ministério informou que o pedido de inclusão desses defensores não foi enviado ao programa de proteção. No caso da morte do casal de extrativistas no Pará, três envolvidos no crime foram condenados.  Sobre a chacina de Pau D'arco, a Secretaria de Segurança Pública do Pará informou que treze Policiais Militares e dois Policiais Civis foram indiciados e estão presos. [quando o caso das mortes dos posseiros for a julgamento será provado que os policiais estão inocentes e serão absolvidos.

Virou norma no Brasil - seja no Rio de Janeiro ou no interior do Pará - o individuo reage à ação policial, é morto, e imediatamente surgem defensores dos 'direitos humanos' para defender os que reagiram e acusar os policiais.]

Em relação a morte do indígena Guarani Kaiová, o Ministério Público Federal denunciou cinco produtores rurais e dois indígenas por suposto envolvimento no conflito. Os fazendeiros ficaram presos até novembro deste ano - quando foram libertados pela justiça. [a libertação dos fazendeiros, por decisão judicial,  e o envolvimento de dois indígenas não deixa dúvidas que o índio Kaiová não tem espaço no rol dos legítimos defensores dos direitos humanos.]


Jornal Hoje
 

 

quinta-feira, 30 de junho de 2016

Decisão da Justiça do Rio dificulta a prisão de bandidos – prender bandido agora só com hora marcada



Juíza proíbe operações policiais noturnas no Complexo da Maré

Ela intimou Beltrame e comandantes a prestarem esclarecimentos sobre ações na região
Uma decisão liminar da Justiça do Rio põe em xeque a política de segurança do estado. Ao tomar conhecimento de uma operação da Polícia Militar na madrugada desta quinta-feira no Complexo da Maré, na Zona Norte, a juíza Angélica dos Santos Costa determinou a suspensão das operações policiais noturnas na região e intimou o secretário de Segurança José Mariano Beltrame o comandante-geral da corporação, coronel Edison Duarte dos Santos Júnior; e os comandantes dos batalhões de Operações Especiais (Bope) e de Choque (BPChoq) para que esclareçam o descumprimento da Constituição Federal que proíbe a busca domiciliar durante a noite, em seu artigo 5º. Na sentença a juíza critica a política de segurança do estado: “A população local não pode ficar refém de operações sem planejamento e açodadas, muito menos a polícia justificá-las sob o frágil argumento de capturar bandidos. Essa não é a polícia que a sociedade necessita e deseja. É absurdo que o Rio de Janeiro diante da violência dos últimos anos, esteja vivendo momentos de desordem e total insegurança pública sem o mínimo retrocesso dos índices de criminalidade. No que tange ao pleito de suspensão de buscas domiciliares e cumprimento de mandados de prisão nesta madrugada, friso que não é possível a busca domiciliar durante a noite na forma do art. 5º, XI da CRFB.”

 [além da ideia estúpida inserida na política das UPPs de não prender bandidos – ações de ocupação com hora marcada e aviso prévio do dia e horário para os bandidos saírem do local – (política sempre criticada por esse Blog PRONTIDÃO TOTAL) agora as autoridades policiais do Rio são impedidas pela Justiça de realizar ações de surpresa. Juíza determina que operações policiais não devem ser realizadas durante a noite nas áreas de favelas; apesar da Constituição autorizar o  ingresso em residências no horário noturno, desde que esteja ocorrendo crimes – e crimes é uma constante nas regiões de favelas.]

Na sentença a juíza criticou ainda a política de segurança do governo do Rio.  “É inadmissível que a polícia em pleno século XXI não encontre o caminho de enfrentar a criminalidade sem expor o cidadão de bem. Muito se fala que durante as Olimpíadas o Rio de Janeiro ficará seguro, todavia, a sociedade necessita de segurança pública antes, durante e depois do referido evento. Não há dúvidas da necessidade de realização de operações policiais que visem ao cumprimento de mandados de prisão e/ou busca e apreensão, em especial após o resgate do vulgo Fat Family de dentro de um hospital público por comparsas que não só desafiaram a atual falta de segurança pública naquele nosocômio como por todas as ruas por onde transitaram livremente e fortemente armados. 

Por outro lado, os órgãos de segurança pública devem adotar as devidas providências para preservar vidas e o direito de ir e vir das pessoas, buscando através de serviços de inteligência e planejamento minimizar os riscos a uma população tão sofrida e assustada pelos casos de violência”. 

A série de operações da polícia para tentar encontrar criminosos envolvidos na morte de policiais militares deixou, nesta quarta-feira, cerca de 150 alunos e profissionais de uma ONG, no Complexo da Maré, encurralados nas salas de aula por aproximadamente três horas, devido à uma intensa troca de tiros. Na comunidade, uma mulher identificada como Carmem Lúcia Santos foi atingida durante o confronto. Atendida no Hospital Geral de Bonsucesso, ela foi transferida para o Hospital municipal Miguel Couto, na Gávea. De acordo com a unidade, o estado de saúde da vítima é estável.

A operação nas comunidades, de acordo com a Polícia Militar, também teve como objetivo localizar os suspeitos pela morte da médica Gisele Palhares Gouvêa. O crime ocorreu na noite do último sábado.  Policiais do Bope, do serviço reservado do Comando de Operações Especiais (COE) e do Batalhão de Polícia de Choque (BpChoq) entraram na favela Nova Holanda com carros blindados, durante a tarde, e logo começou um intenso confronto com traficantes. Até a noite, as equipes permaneciam na região, mas sem informações sobre prisões.

Segundo moradores, a troca de tiros durou mais de duas horas. Muitos deles alertavam a população a evitar circular pela região. Os acessos às comunidades, na Avenida Brasil, ficaram lotados de pessoas que tentavam chegar até suas casas, mas precisavam esperar a situação se normalizar.

Na Associação Redes de Desenvolvimento da Maré, alunos e profissionais da ONG se jogaram no chão, assustados, para tentar se proteger. O horário de saída, que deveria ser às 17h30m, se estendeu até as 20h30m, quando eles começaram a deixar o local: — Vários carros blindados entraram na comunidade quando estávamos em aula e ficaram estacionados na frente da instituição. Estamos sitiados, porque começou uma confusão que já dura há duas horas. Ninguém entra, nem sai — contou a diretora da Redes da Maré, Eliana Sousa Silva, que pretende entrar na Justiça contra a ação policialPrecisamos barrar esse tipo de abordagem sem nenhum respeito ao cotidiano.

No último balanço divulgado pela Polícia Militar, os agentes haviam apreendido na Nova Holanda cerca de quatro quilos de maconha, 403 papelotes de cocaína, uma pistola com carregadores e cartuchos e 21 frascos da droga cheirinho da loló. A 21ª DP (Bonsucesso) registrou a ocorrência.

As ações para tentar localizar os criminosos também aconteceram em comunidades das zonas Norte, Sul, Oeste e Centro do Rio. Além da apreensão de grande quantidade de drogas e armas nessas regiões, dezoito suspeitos, ao total, foram encaminhados à delegacia.

Fonte: O Globo


segunda-feira, 23 de março de 2015

Entre a família de um policial chorar e a de um bandido, que chore a do bandido

A cada 34h, policiais de folga matam um em SP

Policiais civis e militares de folga mataram 255 pessoas no Estado de São Paulo em 2014 - uma a cada 34 horas. O dado, somado ao total de casos com policiais em serviço, aponta que 963 pessoas foram mortas por agentes de segurança no ano passado. Do total de homicídios, um em cada cinco foi registrado em decorrência de ação policial.

Desde 1992, ano do massacre de 111 presos no Carandiru, a polícia não matava tanto - naquele ano, foram 1.428 mortos. O dado completo - com as mortes de folga praticadas por PMs -, embora seja publicado no Diário Oficial do Estado, é omitido das estatísticas de criminalidade oficiais da Secretaria da Segurança Pública (SSP). Os dados, mantidos no site da pasta, mostram apenas os casos decorrentes de ações de policiais civis em folga: 21 ocorrências.

O total de mortes cometidas por agentes fora do horário de trabalho cresceu 17% na comparação com 2013, que registrou 218 ocorrências - as mortes em serviço aumentaram 107%. [os bandidos estão assaltando mais e, felizmente, dão azar, ao escolherem suas vítimas não sabem que são policiais de folga, mas, armados - direito inerente ao policial - e que reagem e sempre do confronto um bandido a menos;

só que também nesses assaltos é comum morrerem policiais, mas, a imprensa não tem interesse em divulgar que policiais também são mortos por bandidos.]

Por meio da Lei de Acesso à Informação, o jornal O Estado de S. Paulo obteve dados de 783 ocorrências relacionadas à atividade policial. São os casos registrados originalmente como "morte decorrente de investigação policial". Parte delas, entretanto, foi convertida para homicídio - praticado pelo agente de folga.


Registros
Entre esses casos está o retratado no Boletim de Ocorrência 4.208/14, do 24º Distrito Policial (Ponte Rasa), na zona leste. O fato aconteceu na Estrada Itaquera-Guaianases, em 28 de abril do ano passado. Um policial disse que ia ser roubado em um semáforo e reagiu, matando o suposto assaltante. [certamente a vítima agia de forma suspeita, forçando o policial a uma reação em defesa de sua própria vida; é comum, estarmos parados em semáforos e pessoas se aproximarem em atitude que força a dedução de que vão nos assaltar.]

O próprio registro, entretanto, mostra que o suspeito estava desarmado e os policias plantaram uma arma na cena do crime para justificar o homicídio. "Uma pessoa passou uma arma que estava em sua cintura aos outros dois, os quais passaram a aproximar-se do corpo do indivíduo desconhecido (o assaltante). Na sequência o soldado, o qual havia recebido a arma ao chegar próximo do corpo se abaixou e a sujou de sangue", diz o boletim.

Os policiais civis questionaram qual seria o motivo desse gesto. O PM autor dos disparos teria respondido "que era para que a ocorrência ficasse mais redonda, ou seja, sem rebarbas que poderiam causar-lhe problemas futuros", segundo o BO.

Parte dos registros obtidos pela reportagem relata casos de policiais presentes em estabelecimentos comerciais que estavam sendo assaltados, como lan houses, padarias e postos de gasolina. Mas há também ações de agentes de folga diante de assaltos a seus familiares. [traduzindo: se o policial está presente em uma lan house ou algum outro estabelecimento comercial que está sendo assaltado, ele deve reagir; mas, sendo a vítima do assalto um familiar do policial, não deve haver reação.E´isto mesmo???]

Um desses casos aconteceu, segundo o registro, em 6 de maio, na Rua Padre Virgílio Campello, em Itaim Paulista, zona leste. A mulher de um policial havia descido do carro do casal para abrir o portão de seu condomínio quando três homens, que estariam armados, abordaram-na.

O PM "desembarcou do veículo, se identificou como policial e lhes deu voz de prisão, ocasião em que resistiram à prisão e efetuaram disparos em sua direção, e que, por isso, passou a repeli-los, atingindo dois deles", diz o boletim. Um dos suspeitos morreu. O terceiro fugiu. [onde o policial errou? deveria concordar em ser assaltado junto com sua esposa e deixar que os bandidos descobrissem que era policial e o executassem?]


Controle
Para a socióloga Samira Bueno, diretora executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, "não conseguimos romper com práticas institucionalizadas". "Quando o policial chega na rua, o que ele escuta é ‘esquece tudo que você ouviu na academia, aqui é a vida real’. Um segmento da polícia ainda entende o enfrentamento como uma forma de controle do crime." Essa postura explicaria em parte o aumento do número de morte em decorrência da ação policial. [exatamente socióloga Samira: na academia tudo é muito correto, perfeito; nas ruas, no dia a dia, na real, se o policial vacilar, morre.

Em quase 100% das ocorrências envolvendo policiais de folga a iniciativa sempre parte do bandido; ele é que decide o momento de iniciar a ação criminosa, felizmente, muitas vezes o policial consegue compensar o atraso e o bandido é abatido.]

Segundo ela, esse uso da força letal é uma ideia equivocada. "O senso comum acredita que essa é a forma de controlar. Mas os indicadores de criminalidade mostram que o enfrentamento não reduz o crime. No ano passado, por exemplo, a letalidade aumentou muito: houve uma pequena redução em homicídios, mas nos demais indicadores o aumento foi expressivo", diz. De fato, o total de roubos registrados pela polícia cresceu 20,6% no Estado em 2014 em comparação com 2013.


Respostas
A SSP não explicou por que os dados sobre a morte em decorrência da ação policial estão publicados de forma incompleta no site. "São consideradas mortes em decorrência de intervenção policial aquelas em que um membro da PM ou da Polícia Civil reage legitimamente a uma agressão levando um suspeito a óbito", diz a SSP, em nota. "Não entram nas estatísticas de morte em decorrência de intervenção policial os casos em que policiais cometem homicídios comuns. Também não são considerados os casos em que policiais reagem a assaltos ou outros crimes sem antes se identificar."

As informações são do jornal o Estado de São Paulo