Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Duas imagens de homens estão gravadas na minha mente desde dezembro.
Na primeira, rapazes corajosos prestes a se sentar para fazer um exame universitário no Afeganistão se levantam, pegam seus exames e saem da sala. Eles estavam protestando contra a obscena proibição imposta pelo Talibã de que mulheres frequentem a universidade.
Foi um ato de solidariedade comovente, uma corajosa manifestação de consciência moral em uma nação em que você pode ser severamente punido por fazer isso. Os homens prejudicaram sua formação para se posicionar contra a horrível misoginia de seu governo.
Na segunda imagem, uma fileira de homens de Holyrood, o Parlamento escocês, aplaude, enquanto o projeto de lei de identificação de gênero de Nicola Sturgeon é aprovado. Os homens não se parecem em nada com nossos heróis afegãos modestamente vestidos. Suas vestes são excêntricas. Eles têm cabelos compridos e estranhamente coloridos. E nem se consideram homens — eles afirmam ser mulheres.
E seu ato era o mais distante possível de um gesto de solidariedade.
Eles comemoravam a aprovação de um projeto de lei que vai tornar ridiculamente fácil para um homem ser reconhecido como mulher do ponto de vista legal.
Onde os valorosos afegãos estavam lutando pelos direitos das mulheres de adentrarem a esfera da educação, os sorridentes ativistas trans em Holyrood estavam lutando pelo direito de homens adentrarem espaços reservados a mulheres. O primeiro grupo quer que os direitos das mulheres se expandam; o segundo, que eles diminuam.
Que tipo de sociedade vira as costas para o massacre de centenas de mulheres iranianas pelo crime de quererem mostrar o cabelo em público só para se concentrar em dar a homens o direito de mostrar o pênis em espaços exclusivamente femininos?
Nada pode capturar melhor a degeneração moral do Ocidente moderno do que o contraste entre esses dois eventos no mês passado.
É simplesmente vil que, enquanto mulheres eram expulsas das universidades no Afeganistão e reduzidas a cidadãos de segunda classe da maneira mais brutal, a questão que ocupava a mente dos supostamente virtuosos no Reino Unido fossem os direitos de homens afirmarem ser mulheres.
Valorosos homens afegãos arriscam o pescoço pelo direito das mulheres de aprenderem ao lado deles.
No Ocidente, homens cheios de virtudes, que declaram seus pronomes e são veganos, não colocam nada em risco pelo direito de um homem se despir ao lado de uma mulher.
Há uma sensação de “os últimos dias de Roma”. Apenas uma sociedade que se tornou profundamente descolada da razão e da racionalidade poderia dedicar tanta energia ao egocentrismo da ideologia de gênero. Apenas uma sociedade que se tornou totalmente míope pode falar tanto sobre “mulheres com pênis” enquanto mulheres de fato— sem pênis —no Afeganistão e no Irã estão sendo espancadas e assassinadas por exigirem direitos básicos.
Que tipo de sociedade vira as costas para o massacre de centenas de mulheres iranianas pelo crime de quererem mostrar o cabelo em público só para se concentrar em dar a homens o direito de mostrar o pênis em espaços exclusivamente femininos?
Precisamos entender por que a vingança do Talibã contra as mulheres não repercutiu no Ocidente. Em dezembro, mulheres afegãs foram banidas das universidades e de trabalhar em ONGs. Sim, houve cobertura da mídia dessas atrocidades misóginas. Sim, houve condenação.
Mas esses atos de tirania não agitaram a consciência dos progressistas ocidentais tanto quanto questões como os direitos trans ou a mudança climática.
Em dezembro, a bolha descolada do Reino Unido se enfureceu muito mais contra as feministas radicais que se opuseram ao projeto de lei de Sturgeon do que com os desmandos sexistas do Afeganistão e do Irã.
A traição dos progressistas nos diz muito sobre os nossos tempos. Em primeiro lugar, há o fato de que não podemos mais definir o que é uma mulher.
Como você pode oferecer solidariedade às mulheres se você não sabe o que elas são?
Essas pessoas vão marchar com cartazes e dizer “Solidariedade para as pessoas no Irã que menstruam” ou “Defendam os direitos de quem tem útero no Afeganistão”? A demolição da linguagem tem consequências. Nesse caso, a consequência é roubar das pessoas a capacidade de entender a natureza da opressão específica do sexo em lugares como o Afeganistão e o Irã. Mentes confundidas pelo dogma de gênero perdem a habilidade de pensar com clareza sobre o sexo.
De fato, o culto trans é tão moralmente desequilibrado que ele acaba fazendo, de maneira mais sutil, o que o Talibã faz: apagar as mulheres. Não, ativistas trans não são iguais aos tiranos do Talibã.
As mulheres no Reino Unido não sofrem nada parecido com a humilhante falta de liberdade que as mulheres no Afeganistão enfrentam.
Ninguém se beneficia de minimizar os horrores do controle do Talibã fazendo uma comparação não apropriada com as bobagens que acontecem por aqui.
No entanto, uma estranha vontade de apagar as mulheres da vida pública toma conta tanto dos ocidentais woke quanto dos islamistas orientais.
O Talibã o faz com roupas pretas e leis brutais.
Os neomisóginos do Ocidente o fazem por meio da manipulação da linguagem, de modo que até o uso da palavra “mulher” se tornou problemático. É preciso dizer “mulheres cis”. Ou “menstruadoras”. O Talibã apaga as mulheres para que os homens religiosos não se sintam ofendidos.
Os descolados apagam a linguagem da condição da mulher para que homens que acham que são mulheres não se sintam ofendidos.
E temos a calamidade do relativismo. A relutância do Ocidente em fazer julgamentos morais sem dúvida contribuiu com o relativo silêncio sobre o Afeganistão e o Irã. As pessoas se perguntam loucamente se as nossas sociedades de fato são melhores que as deles. Mona Eltahawy condena “mulheres brancas que celebram as mulheres iranianas”, pedindo-lhes para pensar nos “zelotes brancos e cristãos” em suas próprias nações. Isso faz eco aos comentários de Barack Obama em 2015 sobre o Ocidente não estar em condição de criticar a violência religiosa do Estado Islâmico: “Vamos descer do pedestal… Vamos lembrar que, durante as Cruzadas e a Inquisição, as pessoas cometiam atos terríveis em nome de Cristo”. O autodesprezo do Ocidente dificulta a solidariedade em relação aos povos oprimidos.
O luxuoso antiocidentalismo dos ativistas privilegiados significa que eles nunca precisam levantar a voz pelas pessoas que enfrentam a opressão no presente. É uma covardia moral disfarçada de consciência histórica.
Os neomisóginos do Ocidente o fazem por meio da manipulação da linguagem, de modo que até o uso da palavra “mulher” se tornou problemático. É preciso dizer “mulheres cis”. Ou “menstruadoras”
O relativismo moral fica totalmente evidente em expressões como “islamofobia” e “hijabfobia” (ou seja, hostilidade em relação ao hijab). Aqui, o ato de emitir um julgamento moral é não apenas desencorajado, ele é patologizado. Critique o islamismo ou o véu, e você será taxado de fóbico — doente, descontrolado.
Como os jovens criados com regras tão rígidas contra críticas ao Islã podem condenar as autoridades do Afeganistão e do Irã?
É quase impossível se manifestar contra a misoginia do Talibã ou a imposição do véu no Irã sem desobedecer a pelo menos uma regra sobre questionar o Islã.
Não podemos nos surpreender que as sociedades ocidentais inundadas com novas formas de lei de blasfêmia que proíbem qualquer reprovação ao islamismo tenham tão pouco a dizer quando governos islamistas se comportam de forma lamentável.
Não, não precisamos de uma intervenção ocidental no Afeganistão. Já chega disso.
Mas poderíamos ter mais solidariedade prática, verbal às mulheres de lá, e às mulheres no Irã, que estão enfrentando níveis intoleráveis de repressão preconceituosa.
Sem dúvida devíamos nos perguntar como nos tornamos tão moralmente desorientados que não sabemos mais dizer o que é uma mulher, por que existem problemas no Irã, no que uma sociedade livre e igualitária como a nossa é melhor que uma sociedade reprimida e desigual como a do Irã ou a do Afeganistão. Ficou claro: nossa confusão moral é, cada vez mais, uma força destrutiva.
Brendan O’Neill é repórter-chefe de política da Spiked e apresentador do podcast da Spiked, The Brendan O’Neill Show. Ele está no Instagram: @burntoakboy
"Eles vinham e pegavam qualquer menina contra a sua vontade; se
ela se recusasse, eles a assassinavam sumariamente".
Meninas
yazidi eram "vendidas" por míseros maços de cigarro.
Uma nova entrevista
televisionada, conduzida em árabe, concedida
por uma menina yazidi que foi mantida em cativeiro sexual nas mãos do Estado
Islâmico, foi difundida em 22 de março de 2016. Ela apareceu no programa "Conversa com a (Juventude)
Shabaab", apresentado por Ja'far Abdul.
A adolescente, identificada pelo
pseudônimo de Birvan, foi escravizada
aos 15 anos de idade sofrendo no cativeiro durante meses até conseguir fugir.
Agora ela está com 17 anos. Com base em sua entrevista de 40 minutos segue abaixo a sua história: Os yazidis estavam fugindo do
seu vilarejo devastado pela guerra, perto de Tel Affar, Iraque, quando foram interceptados na estrada por quatro agentes do
ISIS. Os homens juraram que se os yazidis cooperassem com eles e
respondessem a algumas perguntas nada de mal lhes aconteceria e que poderiam
voltar em paz para suas casas. Ao ser questionada sobre quantos yazidis
habitavam o vilarejo, Birvan respondeu que se lembrava de apenas 95 homens e
suas famílias e, "muitas, muitas
mulheres e crianças".
Mais
do que depressa, apareceram mais 17 veículos do ISIS"repletos
de homens". Os homens se tornaram agressivos, ordenaram que os yazidis
se apresentassem, separaram-nos, homens de um lado, mulheres do outro, e os
levaram embora — incluindo o pai, irmãos
e tios de Birvan.As mulheres e crianças foram levadas
a determinados edifícios e trancafiadas.
Os combatentes do ISIS
disseram que estavam meramente deslocando os homens para outro local. No
entanto, assim que eles sumiram, Birvan ouviu inúmeros disparos de armas de
fogo: "jamais esquecerei o som
daqueles disparos", disse Birvan. Depois ela
encontrou o corpo de seu pai; ela nunca mais viu seus irmãos e tios e estava
convencida que foram todos massacrados.
As mulheres foram então
transferidas para diferentes localidades, ficando alguns dias em cada uma
delas. Birvan conseguiu ficar perto de sua mãe. Os
membros do ISIS intimidavam constantemente as mulheres, atiravam para cima com
suas armas e gritavam "Allah
Akbar" ("Deus é
grande")."Todas nós",disse
Birvan, "ficávamos aninhadas,
segurávamos umas às outras, aterrorizadas".
Os membros do ISIS, segundo
Birvan, diziam às mulheres que se
"tentassem fugir seriam mortas ou massacradas....Minha mãe sempre me segurava com firmeza, aterrorizada, temia que
depois que eles levaram toda a sua família — marido, filhos e irmãos — também
me levariam".
E
o dito dia chegou. Birvan
contou que ela e sua mãe seguravam uma à outra com muita força e choravam
enquanto membros do ISIS as separavam à força e levavam sua mãe, juntamente com
todas as outras mulheres de meia idade e mais velhas para uma outra localidade: O
momento mais duro para mim, que eu consigo lembrar, foi quando minha mãe e eu
segurávamos nossas mãos entrelaçadas e fomos separadas violentamente. Esta foi a coisa mais difícil — não
só para mim, mas para todas as crianças e adolescentes. ... Eles matavam qualquer uma que resistisse em ir com eles, eles
simplesmente abriam fogo.
Em seguida, todos os meninos acima de seis anos de idade foram levados a
campos militares, provavelmente para serem convertidos ao Islã e
treinados para serem combatentes do ISIS. O grupo de Birvan — meninas e mulheres com idades entre 9 e 22
anos — foi levado a outra localidade em Mossul: Eu me lembro de um homem que aparentava ter pelo menos 40 anos
aparecer e levar uma menina de 10 anos de idade. Ao se recusar a ir com ele,
ele a espancou cruelmente, usando pedras e teria atirado nela caso ela não
fosse com ele. Tudo contra a vontade dela.
Ali Birvan viu que
havia mais 5.000 meninas yazidi escravizadas. "Eles vinham
e pegavam qualquer menina contra a sua vontade; se ela se recusasse, eles a
assassinavam sumariamente".
"Eles
normalmente vinham e compravam as meninas que não tinham preço estabelecido,
melhor dizendo, eles costumavam dizer às meninas yazidi, vocês são sabiya(espólios de
guerra, escravas sexuais), vocês
são kuffar(incrédulas), vocês
estão aí para serem vendidas a qualquer preço", querendo dizer que não
havia um valor de referência, o que explica porque as meninas yazidi eram
"vendidas" por míseros
maços de cigarro.
"Qualquer
um que passasse pelo nosso quarto e gostasse de nós, bastava dizer: vamos". Quando chegou a vez dela e o
homem disse "vamos" conta
ela: "eu me recusei e resisti e ele
me espancou com extrema selvageria".Ele a
comprou, obrigou-a a ir a casa dele, que anteriormente pertencia aos yazidis, e
para continuar viva ela tinha que satisfazê-lo.
Ao ser questionada a respeito
dele, ela disse: "ele era realmente
nojento, de verdade mesmo, quero dizer, se você o visse, veria que não há
diferença entre ele e um monstro. Na realidade os animais têm mais compaixão em
seus corações do que esses (ISIS)".
Quando Ja'far Abdul
pediu para que ela desse mais detalhes sobre suas experiências do dia a dia, Birvan ficou visivelmente
constrangida. Ela simplesmente repetia intermitentemente a palavra "estupro". Em determinado ponto ela disse: "havia
48 membros do ISIS naquela casa e nós éramos duas meninas — duas meninas yazidi" — como se ela quisesse dizer "use
sua imaginação".
Ela
contou como eles certa vez levaram sua amiga para um quarto ao lado:"não
dá nem para começar a fazer ideia do que estava acontecendo lá dentro"!Ela ouviu sua amiga gritar o nome dela e dizer: "por favor me ajude, salve-me"!
O
único pensamento recorrente dela era:o que de errado essas crianças — ou eu —
fizemos para merecer isso? ... Perdi meu pai e meus irmãos e depois até minha
mãe foi tirada de mim... Nós éramos apenas crianças. Qualquer menina acima de 9
anos de idade era levada –– estuprada".
Birvan
disse que tentou quatro vezes cometer suicídio.Certa vez ela
engoliu 150 pílulas que se encontravam na casa; que pílulas eram aquelas ela
nunca soube. Ela se envenenou com
uma substância tóxica mas não morreu. Abdul perguntou se alguém a levou a
um hospital. Ela respondeu: "que
hospital?! Eles me espancaram ainda mais"!
Ela também tentou beber
gasolina e cortar os pulsos. "A vida
era um pesadelo", ela disse. Ela disse que as mulheres yazidi eram
obrigadas a usar burcas quando saiam daquele lugar, principalmente para
esconder quem elas eram. Eles também
obrigavam as meninas a se vestirem com pouca roupa."Tudo", ela disse,
"era fácil para eles".
Quando perguntada se havia
uma rotina diária, ela respondeu: "todos
os dias eu morria 100 vezes. Não uma vez apenas. Eu morria a cada hora, a cada
hora.... De espancamentos, de miséria, de tortura". Birvan finalmente
conseguiu fugir — "somente porque
minha determinação era tamanha que eu não ligava mais se fosse pega. Fugir ou
morrer era melhor do que continuar naquele lugar".
Outras mulheres yazidi e não muçulmanas que estão sob o jugo do ISIS
não conseguiram fugir; elas têm a esperança de que nós as salvemos.