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quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Propaganda com 'Lula presidente' é investigada em cinco estados

Campanha com Lula já é investigada em pelo menos cinco estados

Petista aparece como candidato a presidente em santinhos

Petista, barrado pelo TSE com base na Lei da Ficha Limpa e substituído por Haddad, aparece em 'santinhos' e outras peças de campanha como nome do PT à Presidência 
O uso irregular de material de campanha divulgando a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, anulada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi alvo de queixas em pelo menos cinco estados. As denúncias — feitas por eleitores, coligações adversárias ou o Ministério Público Eleitoral (MPE) — foram registradas na Bahia, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Lula foi considerado inelegível pelo TSE, por seis votos a um, na madrugada do dia 1º de setembro, e está preso desde abril deste ano em Curitiba. Ele foi condenado a 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O tribunal já decidiu que, “em qualquer meio ou peça de propaganda eleitoral,” é proibido apresentar Lula como candidato ou apoiá-lo nessa condição.  Na propaganda política de televisão, já foi proibido pela Justiça o uso da imagem de Lula como candidato para não confundir o eleitor sobre sua candidatura. 

O caso mais avançado é o de Santa Catarina, denunciado pelo MPE na última segunda-feira. O órgão relatou ter recebido “inúmeras denúncias”, registradas em oito procedimentos, sobre “material de propaganda eleitoral vinculando candidaturas regionais ao ex-presidente Lula como candidato a presidente da República”, enviado inclusive como correspondência. A Justiça Eleitoral catarinense autorizou mandados de busca e apreensão em cinco centros de distribuição dos Correios, um diretório estadual do PT e os comitês de campanha de dois candidatos. O partido recorreu ao TSE. O processo aguarda uma decisão definitiva do ministro Admar Gonzaga, que pode ser proferida a qualquer momento.

No Piauí, um vídeo denunciando a distribuição de santinhos da deputada estadual Flora Izabel (PT) tendo Lula como candidato viralizou nas redes sociais. A Procuradoria Regional Eleitoral do Piauí pediu a abertura de um inquérito pela Polícia Federal (PF) para apurar possíveis irregularidades. Em um vídeo, Flora negou ter cometido irregularidades: “Esse santinho foi confeccionado antes da impugnação da candidatura do companheiro Lula. Nele tem sua tiragem, comprovando o que estou falando”, argumentou.

As autoridades também confirmaram o recebimento de denúncias na Bahia e no Rio Grande do Sul. No estado nordestino, duas representações foram apresentadas pela coligação liderada pelo DEM, do prefeito de Salvador, ACM Neto.  Nesta segunda, O GLOBO mostrou que a PF e a Procuradoria Regional Eleitoral do Rio de Janeiro abriram inquéritos para investigar a distribuição no estado de material de campanha que sustenta a candidatura de Lula. 

DEM E PSL DENUNCIAM
O nome dos candidatos não foi revelado. Esta semana, o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) protocolou uma representação no TSE denunciando a distribuição de impressos com o nome de Lula no Rio e em São Paulo. Ele pediu a expedição de mandados de busca e apreensão em todos os comitês da campanha de Haddad. A Procuradoria-Geral Eleitoral se manifestou contrariamente, mas defendeu a aplicação de multa à campanha petista, que “vem demonstrando recalcitrância (teimosia) quanto ao cumprimento das decisões”. 

Em nota, o comitê de Fernando Haddad se exime de responsabilidade pelos materiais distribuídos nos estados com referências ao ex-presidente Lula: “A campanha cumpre a legislação. Quando houve a substituição do candidato Lula por Fernando Haddad, a direção da campanha notificou oficialmente todos os diretórios regionais para adequar o material de divulgação. Não vamos comentar ações e investigações sobre as quais não fomos notificados”.
 

O Globo

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Bolsonaro admite que será candidato a presidente em 2018

Bolsonaro nega insultos a deputado ex-BBB e se diz alvo de perseguição política

Ele disse que deputados o rotulam de mau caráter e reiterou ser candidato em 2018

 - O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que responde a processo por quebra de decoro no Conselho de Ética, disse nesta quarta-feira que é alvo de perseguição política e que os mais de trinta processos a que já respondeu na Casa o rotularam como "mau caráter".

As declarações foram feitas durante sessão do Conselho que analisa o caso do deputado ex-BBB (PSOL-RJ), que cuspiu em Bolsonaro na sessão do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 17 de abril deste ano. O ex-BBB  alega que apenas reagiu aos insultos do parlamentar, que teria lhe chamado de "queima rosca", "bichinha" e "veadinho", entre outros xingamentos homofóbicos. — Duvido que apareça qualquer fita dizendo que me dirigi ao deputado falando algo além de 'tchau, querida'. É uma praxe atacar Jair Bolsonaro, afinal, estou no caderno de teses do PT. Está na cara que é perseguição política. Já respondi a uns 30 processos aqui, o suficiente para me rotular como mau caráter. Mas aquela tribuna da Câmara é meu tanque de guerra, minha arma são as palavras, minha bomba atômica é a verdade, e vocês não gostam disso — disse.

O deputado do PSC reforçou ainda que será candidato a presidente em 2018, "gostem ou não gostem", e disse que renunciará ao mandato caso alguém prove que ele insultou o deputado psolista.  Eu sou candidato em 2018, gostem ou não gostem. Cassem o meu mandato, mas não fiquem me caluniando. Não menti e não o ofendi em absolutamente nada. Eu peço a renúncia do meu mandato caso apareça que eu chamei ele disso ou daquilo que estão falando por aí.

Bolsonaro responde a processo por ter elogiado o coronel torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra, um dos mais cruéis torturadores do regime militar. Ele é acusado de crime de apologia à tortura. No segundo dia de Conselho para ouvir testemunhas sobre o caso envolvendo o ex-BBB e Bolsonaro, o deputado Luiz Sérgio (PT-RJ) afirmou ter ouvido Bolsonaro xingar o deputado do PSOL de "bichinha", "queima rosca" e "franguinha", entre outros insultos. Ele afirmou que o ponto mais importante é que os deputados aprendam a respeitar o diferente:
— Muito tardiamente temos um representante declarado e assumido da comunidade LGBT, mas amanhã podemos ter um travesti que se eleja. Como vai ser a relação com ele? Acho que acima de tudo o que estamos debatendo são procedimentos de como vamos conviver com o diferente aqui — disse o petista, afirmando ter sido um "cuspe trocado":  — Ele cospe no deputado Jair Bolsonaro e é cuspido pelo filho, o deputado Eduardo Bolsonaro. É um cuspe trocado. [convém lembrar que caso o deputado Eduardo Bolsonaro tenha cuspido o ex-BBB, seu pai, o deputado Jair Bolsonaro, não pode ser responsabilizado pelos atos do seu filho, que aliás goza da atenuante de ter agido sob violenta emoção ao ver seu pai sendo alvo de cusparadas, só lhe restando intervir revidando a ofensa.]
 
Já o ex-secretário estadual de Assistência Social e Direitos Humanos do Rio, deputado Ezequiel Teixeira (PTN-RJ) — exonerado do governo Luiz Fernando Pezão (PMDB) ao afirmar que acredita na cura gay e comparar a homossexualidade a doenças como Aids e câncer —, criticou o que chamou de "tentativa de vitimização" do deputado ex-BBB.Só acho que ele (o ex-BBB) não deve se esconder embaixo de um homossexualismo ou outra coisa para se vitimizar — afirmou o pastor, deputado de primeiro mandato.

CLIMA QUENTE NA CÂMARA
O clima esquentou na sessão quando o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), ao fazer uma pergunta para Bolsonaro, rememorou polêmicas envolvendo o deputado do PSC, como quando disse que Maria do Rosário (PT-RS) "não merecia ser estuprada". Braga afirmou que Bolsonaro mente quando diz que não insultou o deputado ex-BBB  e que, em outras comissões, já viu Bolsonaro provocando o deputado do PSOL com insultos homofóbicos, sempre fora do microfone. — O deputado não precisa ficar nervoso por ter feito aqui uma colocação de uma mentira. Eu presenciei por inúmeras vezes o deputado Jair Bolsonaro em comissões, atrás do deputado ex-BBB, falando todo tipo de xingamento fora dos microfones, exatamente para fazer com que provas contra si não existissem. O senhor está 'men-tin-do', as palavras proferidas pelo senhor aqui são mentirosas — disse Glauber Braga.


Irritado, Bolsonaro atacou o parlamentar do PSOL, dizendo que ele "não tem caráter":
— Não vais me tirar do sério. Ser acusado de qualquer coisa tendo em vista o seu caráter é motivo de orgulho para mim. Faça esse biquinho quando estiver com o deputado ex-BBB, ele vai gostar muito dessa carinha debochou, novamente fazendo insinuações de cunho homofóbico.
— A mentira levou ao nervosismo — retrucou Braga.

Fonte: O Globo

 [Nota dos editores do Blog Prontidão Total: é política deste Blog não conceder holofotes para indivíduos cujo único objeto na carreira política é a auto promoção, não tendo competência para apresentar nenhum projeto que justifique sua presença no Parlamento.
Assim, para poupar nossos "dois leitores" não mencionamos o nome de tais pessoas.
Por isso o parlamentar do PSOL que cuspiu no deputado JAIR BOLSONARO, futuro presidente da República, não tem seu nome mencionado neste Blog e sim a menção a ter sido um BBB.]