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sábado, 28 de janeiro de 2017

A segunda queda de Eike Batista

A saga de Eike Batista, o empreendedor que sonhou em ser o homem mais rico do mundo fazendo negócios escusos em parceria com o ex-governador Sérgio Cabral 

>> Trecho da reportagem de capa de ÉPOCA desta semana

Até quatro anos atrás, quando começou a desmoronar o império financeiro de Eike Batista, o empresário era visto como um caso raro de bilionário generoso no Brasil. Com aparente desprendimento, destinava parte de sua fortuna a causas ecológicas, hospitais e atrações culturais. Assim, ganhou fama de benevolente e passou a receber uma avalanche de pedidos das mais diversas ordens. Eike, mineiro de Governador Valadares, era particularmente mão-aberta em relação ao Rio de Janeiro, lugar que escolheu para morar. No total, desembolsou quase R$ 60 milhões na campanha para a cidade sediar a Olimpíada, no programa de despoluição da Lagoa Rodrigo de Freitas e no projeto das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). A fama de empreendedor bem-sucedido de Eike já havia caído. 

Agora, o pedido de sua prisão, feito na quinta-feira, dia 26, pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, fez com que caísse também a máscara de benfeitor desapegado. Como mostra a Operação Eficiência, um dos desdobramentos da Lava Jato cuja etapa anterior levou à prisão o ex-governador Sérgio Cabral e alguns de seus colaboradores, por trás do altruísmo de Eike havia um pesado jogo de interesses e ilicitudes. Ele adulava o Poder Executivo para obter vantagens – e vice-versa. Eike é um dos nove nomes cuja prisão preventiva foi determinada pelo juiz Bretas.


Na verdade, a relação estreita entre o empresário e o ex-governador do Rio era um espúrio toma lá, dá cá. No depoimento dado ao Ministério Público Federal (MPF) pelos irmãos doleiros Renato e Marcelo Chebar, que tiveram Cabral como cliente, Eike está envolvido nos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Na delação premiada dos irmãos Chebar, sai de cena o empreendedor dinâmico e emerge o operador de propina. Segundo Renato, há sete anos ele foi procurado por Carlos Miranda, homem de confiança do ex-governador, e pelo ex-secretário Wilson Carlos – ambos presos pela Lava Jato – para viabilizar o pagamento de US$ 16,5 milhões (R$ 52 milhões) de Eike para Cabral. Os delatores relatam com detalhes a manobra engendrada para a lavagem do dinheiro. Numa reunião na sede da EBX, holding do magnata, Flávio Godinho, àquela altura executivo da empresa de Eike e hoje vice-presidente de futebol do Flamengo, sugeriu que fosse feito um contrato de fachada para intermediação da compra de uma mina de ouro entre uma empresa de Eike e outra pertencente ao delator. Concluída a operação, o dinheiro pousou numa conta de Cabral no exterior.

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Leia também: >> Procuradoria acusa Eike de pagar propina a “agentes públicos”, no plural


 

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Dilma na expectativa: Janot deve denunciar Cunha até amanhã. Perguntas: E Edinho Silva? E Dilma?



Rodrigo Janot deve denunciar, entre hoje e amanhã, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ele é investigado em inquérito, com autorização do STF, por suspeita de recebimento de propina no aluguel de navios-sonda. O Ministério Público Federal o acusa também de ter movimentado conta na Suíça.

A acusação partiu do doleiro Alberto Youssef, segundo quem o deputado teria recebido propina do empresário e lobista Julio Camargo. Este, no entanto, em delação premiada, inicialmente negou o pagamento e, depois, num depoimento na primeira instância, fora, então, do âmbito da delação, mudou a versão e disse ter pagado, sim, a propina.

A Folha informa que um investigador afirmou ao jornal que, em princípio, Cunha seria denunciado por “corrupção”. Bem, existem duas modalidades desse crime:
Corrupção passiva – Artigo 317 –  “Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem”.
Corrupção ativa – Artigo 333 – “Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício.”

A única possível, no caso de Cunha, é a passiva. Assim, será preciso demonstrar que o deputado efetivamente tinha condições de interferir no aluguel dos tais navios-sonda e que ou solicitou ou recebeu vantagens em razão do cargo que ocupava. À época, ele era apenas deputado, não presidente da Câmara.

A denúncia contra Cunha é o terceiro evento mais aguardado pelo Planalto. O segundo é a aceitação pelo Supremo. E o terceiro, claro, a eventual cassação de seu mandato se for condenado. Mas, tudo indica, isso Dilma não verá na Presidência, ainda que ocorra.

Que se apure tudo de cabo a rabo. E que Cunha e outros todos investigados paguem se culpados. Mas que há algo de ruim num roteiro em que o maior escândalo de corrupção da história do Brasil — e acho que deve ser o maior do mundo — tenha um deputado do PMDB como principal figura política implicada, ah, isso é fato. Especialmente porque à época em que teria cometido o delito de que o acusam, tinha ainda pouco poder.

Um sujeito que visse a coisa de fora e fosse fazer uma hierarquia dos homens públicos envolvidos na bandalheira, poderia concluir que Cunha era o chefe do petrolão. Era? Ah, sim: até agora, o petrolão não tocou em ninguém do Executivo. Pergunta besta: quando é que haverá uma denúncia, ou ao menos um pedido de abertura de inquérito, para Edinho Silva e Dilma Rousseff? [QDO Janot sair da PGR e sua teoria de confundir processo com investigação  q só favorece a Dilma – for sepultada no pré-sal.]

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo