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quarta-feira, 22 de junho de 2016

Supremo aceita denúncia contra deputado por incitar o estupro - É claro que defendo que Bolsonaro seja punido por frase sobre estupro e “merecimento”



Por 4 a 1, turma do STF decidiu que ele tem de ser processado, sim, por ter dito que só não estupraria uma deputada porque ela não merecia

[importante: o STF aceitou a denúncia o que não significa julgamento do mérito nem indica que o parlamentar será condenado.]

Vamos lá, excitar as falanges da boçalidade e do ódio. O Supremo Tribunal Federal aceitou nesta terça-feira, por 4 a 1, uma denúncia contra o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e o transformou em réu por incitação ao crime de estupro. A ação foi motivada pelo episódio em que Bolsonaro disse, no plenário da Câmara, em 2014, que só não estupraria a colega Maria do Rosário (PT-RS) porque ela “não merecia”.

O caso foi debatido pela primeira turma do STF, que recebeu a denúncia. Agora, Bolsonaro responderá uma ação penal por apologia ao crime e, se for condenado, pode ser punido com pena de 3 a 6 meses de prisão mais multa. Ele foi denunciado pela Procuradoria Geral da República.

O ministro Luiz Fux, relator do caso, afirmou que a mensagem passada pela afirmação de Bolsonaro não só menospreza e inferioriza o papel da mulher como prega que mulheres estão na posição de merecimento ou não de estupro. O ministro Marco Aurélio Mello foi o único a defender a rejeição da ação. Ele justificou que o deputado estava protegido pela imunidade parlamentar e que teria agido por um arroubo de retórica.

A fala do parlamentar não deixa dúvida: sustenta que algumas mulheres merecem ser estupradas, sim: só as que apresentam méritos!

Vamos lá. Aqui, como sabem os leitores, se diz tudo, sem medo de aborrecer. O Supremo transformou o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) em réu por incitação ao crime de estupro. A denúncia foi oferecida pela Procuradoria-Geral da República e aceita pela primeira turma do Supremo por 4 a 1. Só Marco Aurélio votou contra. Manifestaram-se a favor da ação Luiz Fux (relator), Roberto Barroso, Rosa Weber e Edson Fachin. Se eu estivesse na turma, teria seguido a maioria. Vale dizer: acho que o Supremo está certo em mandar dar continuidade ao processo. Vamos nos lembrar.

No dia 9 de dezembro de 2014, Bolsonaro protestava contra algumas conclusões que eu também considerava absurdas da chamada Comissão da Verdade”, que havia se transformado numa patuscada revanchista. Quando discursava, a deputada Maria do Rosário (PT-RS), uma das parlamentares que tenho entre as mais desagradáveis da Câmara, levantou-se para sair. E o deputado disparou: “Não saia, não, Maria do Rosário, fique aí! Há poucos dias, você me chamou de estuprador no Salão Verde, e eu falei que eu não estuprava você porque você não merece. Fique aqui para ouvir”.

O que penso a respeito, escrevi à época. Os textos estão aqui. É claro que se trata de uma fala inaceitável e que, entendo, não está protegida pela imunidade parlamentar. Infelizmente para o deputado, as palavras fazem sentido. E SE TRATA, SIM, DE UMA INCITAÇÃO, AINDA QUE VELADA, AO ESTUPRO. E É FÁCIL ENTENDER POR QUÊ.

Bolsonaro considera Maria do Rosário desprezível, certo? Tão desprezível, diz ele, que não mereceria nem mesmo ser estuprada. Logo, para este senhor, sofrer um estupro é um merecimento de quem exibe as devidas qualidades para tanto. Quais, senhor parlamentar? Quando é que uma mulher “MERECE” ser estuprada?

É uma fala asquerosa, pela qual, que eu saiba, ele nem mesmo se desculpou. Tem de ser processado, sim! Quando menos para que, ao se defender, esclareça o que quis dizer quando associou estupro a algo meritocrático. [sabemos, em que pese o visual da deputada desestimular qualquer ato que lembre sexo, que a intenção de Bolsonaro foi apenas a de rebaixar uma antiga adversária.
Por sua personalidade,  Bolsonaro está entre os que repelem qualquer ato de estupro e surgindo a oportunidade usará de todos os meios disponíveis para impedir um estupro e até mesmo eliminar o delinquente.]

Questão antiga
A questão é antiga. Quando Bolsonaro disse “há poucos dias, você me chamou de estuprador”, estava sendo impreciso. Isso tinha acontecido em 2003, HAVIA JÁ, PORTANTO, 11 ANOS. Vejam o vídeo:

“Não estupro porque você não merece”, diz Bolsonaro

Em 2003, foi Maria do Rosário quem primeiro ofendeu o adversáriocomo ela costuma fazer, diga-se. A petista interrompeu uma entrevista que Bolsonaro concedia à Rede TV!, em que defendia a maioridade penal aos 16 anos, e o chamou de “estuprador”.
É evidente que se trata de uma boçalidade e de um crime. Ocorre que a resposta de Bolsonaro, naquele 2003, foi também boçal (e ele viria a repetir a frase 11 anos depois):Eu jamais iria estuprar você porque você não merece. Ela o ameaçou com uma bofetada: — Olhe eu que lhe dou uma bofetada!
— Dá, que eu lhe dou outra.

E, na sequência do bate-boca, o deputado acabou por xingar Maria do Rosário de “vagabunda”. Então tá! Ela pode chamar um colega de “estuprador”? Não! Ele pode afirmar que o estupro é matéria de “merecimento” — e, o que é mais estarrecedor, nota-se que ele trata essa violência como uma distinção positiva? É claro que não! Está tudo errado.

Um disparate de ambos! Digamos que eu considere a dupla, para usar uma expressão de uma jornalista amiga, “impróprios para o consumo humano”. Mas, vá lá, no calor da hora, Maria do Rosário optou pela canalhice e o chamou de “estuprador”; ele deu uma resposta igualmente canalha.

O que justifica, no entanto, que 11 anos depois, Bolsonaro repita a mesma agressão, do nada? Ah, vai ter de dizer ao tribunal se acha que estupro é matéria de merecimento. Se disser que sim, então tem de ser punido, não é? E de perder o mandato. Se disser que não, tem a chance, quem sabe?, de se desculpar. Afinal, a ofensa que ele pratica é coletiva.

Bem entendido, a agressão não está em dizer que Maria do Rosário não merece ser estuprada, mas em sugerir, então, que muitas mulheres, que Maria do Rosário não são, merecem. Eis uma evidência que os, digamos, “bolsonaretes” não conseguem negar, não importa a que falácia se apeguem ou a que argumento apelem, saído da pena do “çábio” construtor de falácias.

Para encerrar
Há dias entrei num debate renhido aqui e em toda parte sobre a chamada “cultura do estupro”. É claro que se trata de uma farsa inventada pelas esquerdas supostamente modernizadas. Queriam só fazer um pouco de política. Por que os mesmos setores não se mobilizaram em defesa da garota que foi violentada por quatro menores no Piauí? Não se ouviu um pio.

Inexiste cultura do estupro no país. Isso é só coisa de militância destrambelhada. O fato de eu ter essa opinião não deve se confundir com a defesa da impunidade para pessoas que dizem as boçalidades que diz Bolsonaro. A mulher que concordar com o deputado tem de concordar que, sob certas circunstâncias, qualquer mulher “merece” ser estuprada, inclusive ela própria. O homem que concordar com Bolsonaro terá de concordar que, sob certas circunstâncias, sua própria parceira, filha ou mãe merecem ser estupradas. 

Mais do que isso: terá de concordar que, sob condições tais e quais, qualquer homem pode dar o que a tal mulher “merece” — sendo, pois, um estuprador em potencial.

Bolsonaro não tem saída. Poderia se desculpar para ver se consegue limpar a sua barra. Mas ele e seus seguidores são valentões demais pra isso. Espero que a Justiça faça a sua parte e puna Bolsonaro.

Fonte: Blog do Reinaldo de Azevedo

 [nota do Blog PRONTIDÃO TOTAL: reiteramos nossa posição radicalmente contrária ao estupro e favorável a que os que praticam tão hediondo crime sejam punidos com a pena mínima de castração química por dez anos; e, em caso de reincidência, sejam punidos com a castração física mediante esmagamento físico dos testículos e sem anestesia.
Defendemos que Bolsonaro ao declarar que Maria do Rosário não merecia ser estuprada não teve a intenção de defender que só as mulheres bonitas devem ser estupradas e sim apenas retribuir a ofensa feita pela parlamentar gaúcha que o chamou de estuprado.
A rivalidade entre os dois é antiga e forte, sendo em tais situações comum a que uma das partes aja de forma descontrolada e sem avaliar o impacto de suas palavras.
Mas, devemos também considerar a favor do Bolsonaro que  ao declarar, em um arroubo retórico, que ‘mulheres feias, padrão Maria do Rosário”, são inestrupáveis,  o parlamentar  reduziu em muito o número de mulheres que correm risco de estupro.]

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Cultura do Estupro

"Todo o homem é um estuprador em potencial; vivemos a cultura do estupro". 

As duas idéias voltam com força diante dos casos de violência sexual contra as mulheres. Elas, além de falsas, retiram do indivíduo a responsabilidade pelos seus atos ao inseri-lo dentro de uma força coletiva invisível e irresistível. No final das contas, o ser individual não é necessariamente culpado pelos seus atos. Ele passa, de agressor, a vítima de um determinismo coletivista que lhe é imposto desde o dia em que nasceu. Para que a situação possa mudar, é necessário que seja feita uma modificação profunda na sociedade. Justifica-se, assim, a sanha esquerdista da coletivização.

Se no post anterior falamos da idiotice de se dizer que todo homem é um estuprador em potencial, agora cabe derrubar a tese igualmente débil acerca da existência da cultura do estupro. Vinda dos EUA, ela nos faz crer que, ao homem, tudo é permitido e que estuprar faz parte de sua cultura que é passada de geração para geração. Nada mais falso
 
O mundo ocidental, sustentado pelos pilares civilizatórios judaico-cristão, jamais tolerou a violência, especialmente aquelas praticadas contra seus membros mais vulneráveis, ou seja, mulheres, idosos e crianças. O fundamento religioso que regra a conduta moral ocidental não só abomina como condena tais violações. Falar na existência de uma cultura de estupro é, no mínimo, desonestidade intelectual.
 
Para alguns (as) idiotas, o grande responsável pela ocorrência desse crime em especial é o machismo. Aqui, vale um parênteses: o machismo nada mais é do que uma invenção do movimento feminista tanto quanto o capitalismo é uma invenção marxista. A prevalência do homem como líder e guia das famílias advém principalmente de suas características biológicas que os tornam fisicamente mais fortes e resistentes. Não adianta reclamar, espernear e protestar: contra fatos não há argumentos.
 
Partindo deste princípios, algumas pessoas de caráter duvidoso alegam que, por deter a superioridade física, o home torna-se um estuprador latente e, por consequência, funda uma sociedade baseada em uma cultura do estupro. Besteira. Pelo contrário. O Ocidente como um todo repudia o estupro, principalmente o homem. A coisa é tão grave que mesmo os criminosos mais cruéis não toleram a presença destes seres a seu lado: fazem a justiça dentro da cadeia, transformando o violentador em violentado.
 
Para o homem, a visão de uma mulher sendo sexualmente violentada trás à sua mente a lembrança de sua mãe, esposa, namorada, irmã, etc. E este homem acaba sendo possuído por um ódio capaz de ir ao fim do mundo na busca do estuprador para fazer a justiça que muitas vezes a própria sociedade deixa de fazer. Não há uma cultura do estupro, mas do não-estupro. 
 
Porém, graças às feministas e outros movimentos relativistas, a coisa vem mudando de figura. Através de um processo contínuo de engenharia social, crenças são invertidas e a percepção de moralidade, valores e justiça passa a ser corrompida e distorcida. Assim, cria-se uma contra cultura que irá destruir o que levamos gerações para conquistar.
 
O exemplo mais claro desta modificação é a chamada cultura do funk, ou da favela. Com letras carregadas de sexo explícito e bailes repletos da mais baixa promiscuidade, a mulher perde o seu valor como ser a ser protegido e passa a ser um bem a ser possuído. E isto é precisamente o contrário do que diz o "machismo". Basta lembrarmos que, em uma mulher, não se bate sequer com uma pétala de rosa. Esta é a máxima do machismo no qual fui educado, por exemplo.
 
Essa cultura da favela (ou da periferia), é alçada à condição de normalidade e é colocada em pé de igualdade com os valores cristãos e familiares que herdamos. Pior. É vista como sendo a evolução natural das coisas. É promovida, disseminada e incentivada por jornais, revistas e programas de televisão que, não contentes em promover o funk, colocam crianças a fazer a coreografia das "músicas" que tratam precisamente de sua própria sexualização precoce, inconsequente e sem limites. Soma-se a isso a utilização de drogas e está pronto o fermento que irá produzir a nova cultura que tanto os intelectuais desejam: sexo inconsequente, meninas objetos e crime que compensa.
 
Se há uma cultura do estupro, ei-la! A decadência dos valores tradicionais está diretamente ligada com o aumento dos casos de violência. Professores em sala de aula fazendo oficinas e atividades que a fomentam também são diretamente responsáveis pela objetificação da mulher, assim como o feminismo. O que se tem chamado de "cultura do estupro" nada mais é do que uma acusação falsa feita por pessoas que distorcem fatos, corrompem mentes e corpos e promovem a verdadeira cultura do estupro, glamourizada e incentivada, a cada vez que ligamos a televisão, o rádio ou abrimos as páginas dos jornais e das revistas. 
 
É um caso clássico do "acuse-os do que você é".
 
Fonte: Blog do Lenilton Morato

A tal da letra ‘a’

Alguém viu nas manifestações contra a 'cultura do estupro' cartazes pedindo segurança além dos que diziam 'fora Temer'?

Valentina de Botas

Lidiane Alves Brasil (jovem presa numa cela masculina no Pará); Patricia Acioli (juíza emboscada e assassinada com 21 tiros, no Rio); Sinara Polycarpo Figueiredo (analista demitida do Santander a pedido de Lula pelo prognóstico realista do desastre que sobreviria com a reeleição de Dilma); Danielly Rodrigues (vítima fatal do estupro coletivo de quatro moças no Piauí). Essas mulheres não integraram os governos funestos de Dilma Rousseff, nem nominal, claro, nem simbolicamente.

Só pelo caminho da demagogia na atuação entre preguiçosa e delinquente de auxiliares implausíveis em qualquer governo que, digno, não se orientaria pelo sexismo – que precisa ser entendido não só como desfavorecer, mas também favorecer alguém pelo critério do sexo. Sinara se distingue do grupo por ter sido punida por Lula, como ele puniu Francenildo Pereira, demonstrando que o jeca só diferencia homens e mulheres no escritório da presidência da república nos tempos concupiscentes de Rosemary Noronha. Diferenças suspensas quando assediou o menino do MEP, que resistiu ao charme que o caudilho não tem. [o jeca quando esteve preso tentou estuprar o menino do MEP - quando a história da tentativa de estupro começou a circular o jeca estava no apogeu do prestígio, mas, mesmo assim não teve coragem de processar nenhum dos blogs que publicou matéria sobre - inclusive este.
Lula além de chefe da maior organização criminosa das Américas, quiçá do mundo, tem o péssimo hábito de "faltou mulher vai homem mesmo", desde que ele seja o 'ativo' - por isso a tal de 'ideologia de gênero' tem o apoio integral da corja lulopetista.]

As demais mulheres não se constituíram em preocupação que merecesse algum tipo de política pública; não motivaram uma nota do governo inventor do populismo de gênero; não arrancaram uma palavra da presidente que se pronunciou até a respeito da mandioca e valoriza tanto a letra “a” do detestável “presidenta”. Aquelas mulheres também não despertaram o interesse dos fanáticos defensores de Dilma Rousseff que submetem todas as complexidades do mundo à escuridão ideológica, numa compreensão desidratada ao restringi-las à sentença única e multiutilitária: é tudo cultural.

Calados por 13 anos, berram na militância oportunista contra certa cultura do estupro que iguala a um ato brutal a saborosa e eterna cantada, numa atitude opressora e castradora em nome de uma causa que, de resto, é sempre a gema de todas as opressões. Eis um modo de não resolver coisa nenhuma, além do frêmito publicamente secreto de mostrar os seios na multidão como um ato pretensamente libertário num mundo em que algum recato ou alguma pudicícia tornam-se a verdadeira revolução.

Ocupam-se da jovem estuprada no Rio porque o crime aconteceu sob o governo de Temer, então suspendem a indivisibilidade do indivíduo para fragmentá-lo na ideologia que satisfaz a si mesma no cio insaciável de enfraquecer o inimigo que não é o estuprador, o assassino, o ladrão, o sequestrador reais, pois essa militância não sabe lidar com as realidades que revelam a mixuruquice dela.

O inimigo é o dissidente dessa irracionalidade configurado também em qualquer homem porque percebido como um potencial estuprador. Só consigo compreender o gozo perverso dessa fantasia se ela for pensada como potência realizada no imaginário em contraste com a impotência frente ao agressor real. Contudo, é evidente que assim nem se combate o machismo renitente na nossa sociedade, nem o cotidiano de violência.

De todo modo, contra o inimigo potencial, vale mostrar os peitos na multidão, mas não vale pedir cadeia para os criminosos. Ou alguém viu nas manifestações contra a tal cultura do estupro cartazes pedindo segurança além dos que diziam “fora Temer”? Enquanto se deleitam nessa miragem, a população – sobretudo a parcela mais pobre – padece sob a violência e a criminalidade reais. A reportagem de VEJA a respeito da jovem carioca que sofreu o estupro coletivo mostra a paisagem catastrófica da segurança pública que é indissociável da administração inepta e indiferente do PT quanto às políticas públicas de segurança que deveriam contemplar um plano de ação juntamente com os estados e o patrulhamento decente das fronteiras para coibir a entrada de armas e drogas.

Na construção do pesadelo, o Rio de Janeiro se destaca desde a gestão desastrosa de Leonel Brizola também quanto à criminalidade, inspirada num esquerdismo sempre leniente com a bandidagem, vista como expressão de incerta brasilidade, de uma malandragem libertária e outras miragens bacanas-tipo-descoladas, numa antropologia tropicaloide fronteiriça com a idiotia. A garota carioca tinha 3 anos quando o PT chegou ao poder e, por 13 anos, ele se empenhou, pela omissão fanática, em aumentar as probabilidades do horror descrito na revista sob a vigência da lei dos criminosos, a ausência do Estado, a impotência das famílias, os jovens fazendo escolhas erradas num contexto socioeconômico que lhes esfrega na cara um punhado delas.

Em meio à desolação, Dilma e a confraria que ela inspira só enxergam a dita cultura do estupro e só depois do afastamento da presidente para, de modo repulsivamente hipócrita e manipulador, atrelar aquela brutalidade a um recém-inaugurado governo só de homens. É a tal da letra “a”. Essa contribuição dos romanos ao mundo, alfa na versão grega, aleph como abertura do alfabeto hebraico com que Borges nomeou seu magnífico conto em que o particular e o universal se condensam para abrigar todo o conhecimento, a letra “a” nos deu presidenta – a condensação acanalhada da nossa tragédia.

Fonte: Coluna do Augusto Nunes