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quinta-feira, 30 de junho de 2016

Gasto da bancada do DF no Congresso Nacional aumenta 31% em um ano



No primeiro semestre de 2016, houve deputado federal que torrou com aluguel de carros quase R$ 47 mil - o suficiente para comprar um veículo 0 km com motor 1.6. Despesas dos três senadores brasilienses chegaram a R$ 132,2 mil

Enquanto o país enfrenta uma realidade de corte de despesas e ajuste fiscal, os representantes do Distrito Federal no Congresso aumentaram os gastos com cota parlamentar. No primeiro semestre de 2016, os oito deputados federais da bancada do DF torraram mais de R$ 1,1 milhão, valor 31% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado. Passagens aéreas, combustível, aluguel de carros de luxo e impressão de panfletos estão entre as principais despesas.

O deputado Alberto Fraga (DEM) lidera o ranking dos parlamentares que mais gastaram com a verba indenizatória este ano. De janeiro a junho, ele apresentou notas fiscais para justificar uma despesa total de R$ 189,3 mil. Em seguida, aparece Laerte Bessa (PR), que gastou R$ 185,7 mil no mesmo período, seguido pelo tucano Izalci, que registrou despesas de R$ 173,1 mil. Augusto Carvalho (SD) usou R$ 157,3 mil de recursos da cota e Rôney Nemer (PMDB), um total de R$ 140 mil. Os três parlamentares do DF que menos gastaram foram Ronaldo Fonseca (Pros) — R$ 112,6 mil —, Rogério Rosso (PSD) — R$ 102 mil — e Érika Kokay (PT) — R$ 80,1 mil.

Consultorias
Os oito parlamentares também tiveram despesas altas com a contratação de consultorias, pesquisas e trabalhos técnicos. Eles gastaram, juntos, R$ 285,2 mil com essa finalidade. As regras para uso da cota parlamentar estabelecidas pela Câmara dos Deputados autorizam o repasse de recursos para a contratação de serviço de apoio ao exercício parlamentar, como a consultoria de advogados e especialistas em outras áreas. Os gastos com consultoria da bancada do DF ficaram em R$ 285,2 mil no primeiro semestre. Izalci, do  PSDB, ficou em primeiro: desembolsou R$ 104,2 mil, e a maioria desses recursos foi destinada ao escritório Barbosa Carneiro Advogados Associados. Augusto Carvalho gastou R$ 82,5 mil com consultoria — recursos integralmente repassados ao escritório Todde Advogados e Consultores Associados.

A reportagem procurou os dois parlamentares do DF que mais gastaram recursos da cota. Em nota, o deputado Alberto Fraga argumentou que, durante as votações do impeachment, “ele realizou várias mobilizações e produziu uma quantidade maior de material para ajudar nas ações”. O parlamentar alegou que apresentou mais de 60 projetos de lei em 2016, e usou o dinheiro para prestar contas e divulgar as ações aos eleitores. Por meio da assessoria, o deputado Laerte Bessa informou que “é um parlamentar atuante no Distrito Federal e que os gastos referentes ao primeiro semestre foram para prestar contas aos eleitores de sua atividade”. Ele frisou que a quantia está dentro do limite legal permitido.

Fonte: Correio Braziliense

terça-feira, 22 de setembro de 2015

A nova obsessão da presidente: os votos que pode conseguir para barrar o seu impeachment

Dilma deveria se preocupar mais em governar – e, se possível, bem. 

O governo está parado. E quando se movimenta costuma ser um desastre 

É um mau sinal quando um presidente da República começa a fazer e a refazer contas interessado em saber se tem votos suficientes para salvar-se de um eventual pedido de impeachment.

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Dilma procede assim há quase dois meses. E depois de tanto tempo, reconhece que lhe faltam votos na Câmara dos Deputados para garantir o cumprimento do resto do seu mandato. São 513 os deputados federais. Com os votos de 172 deles, o impeachment seria barrado na Câmara. Nas contas de Dilma, no momento ela teria menos de 140.

Com cada dirigente de partido chamado para conversar sobre a reforma do governo, Dilma pergunta se ele garante os votos de sua bancada na Câmara contra o impeachment.

Quanto amadorismo! Ter 172 votos ou nenhum dá no mesmo. A parada não será decidida unicamente pela vontade dos deputados – e mais tarde dos senadores, se for o caso.  Impeachment só prospera com a pressão das ruas. E se a pressão for grande, na hora certa haverá número suficiente de votos para derrubar o presidente.

Continua valendo o que ensinou Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), presidente da Câmara, quando ali foi votado o pedido para processar o então presidente Fernando Collor:
- O que o povo quer, esta casa acaba querendo.

Collor tinha muito dinheiro para comprar votos de deputados e escapar da cassação. Sobrou dinheiro. Faltou quem quisesse vender o voto. Acredite.  Dilma deveria se preocupar mais em governar – e, se possível, bem. O governo está parado. E quando se movimenta costuma ser um desastre.

Fonte: Blog do Noblat