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quinta-feira, 22 de setembro de 2022

A mentira mais grosseira de Lula nesta eleição - Gazeta do Povo

J R. Guzzo

O ex-presidente Lula, já há muitos anos, vive num estado permanente de mentira; é duvidoso, à essa altura, que consiga dizer a verdade, mesmo fazendo força. Na campanha eleitoral tudo ficou pior. 
Ele precisa falar mais – e, aí, o resultado inevitável é que passa a mentir mais. 
É uma falsificação automática, compulsiva e arrogante de todos os fatos, mesmo os mais evidentes. 
Deixou, para ele, de ser apenas uma maneira desonesta de se ver a realidade; virou uma doença. 
Há tempo, até a eleição, para Lula fazer um último esforço de superação e romper limites ainda desconhecidos em matéria de mentira. 
Mas é difícil, francamente, que consiga igualar seu acesso mais recente de impostura em estado bruto – uma entrevista na qual disse que “o PT está cansado de pedir desculpas”.
Foto: EFE
É, possivelmente, a mentira mais grosseira de todas as que disse neste seu esforço para voltar a presidência da República. “Cansado?” Como assim, “cansado”? Quando foi que o PT ou ele mesmo pediram alguma desculpa a alguém pela calamidade moral que foi o seu governo? 
Nunca, em tempo algum. Acontece exatamente o contrário: Lula chefiou o governo mais corrupto dos 522 anos de história do Brasil, foi para a cadeia por roubar, e até hoje não pediu um fiapo sequer de desculpa por nada do que fez.  
É, aliás, um dos aspectos mais grosseiros de sua má conduta, e motivo de cobrança o tempo todo – sua recusa em reconhecer erros de qualquer natureza, pedir perdão e demonstrar um mínimo de humildade. 
Ao contrário, quanto mais fica provada a ladroagem desesperada da sua passagem pela presidência, mais agressivo ele se torna – convenceu a si mesmo, e quer convencer os outros, que é o Brasil que deve desculpas a ele.

É uma falsificação automática, compulsiva e arrogante de todos os fatos, mesmo os mais evidentes. Deixou, para ele, de ser apenas uma maneira desonesta de se ver a realidade; virou uma doença

Lula, em seu progressivo surto de   negacionismo, está cansado, isso sim, de ser chamado de ladrão. Mas o que é que se pode fazer quanto a isso? [sendo tal cansaço a razão principal do seu pavor de povo, um líder popular que foge de gente, as pessoas; quase sempre seus comícios são reuniões em locais fechados, entrada controlada e, quando muito, com a presença de algumas dezenas de participantes - em sua maioria devotos. E mesmo assim, é comum pessoas que participam de tais reuniões - em sua maioria, idiotas - são roubadas, furtadas.]  

Quem diz que ele é ladrão, oficialmente, é a justiça brasileira, que o condenou pelos crimes de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro, em três instâncias sucessivas e por nove magistrados diferentes. 
Não é mais possível, agora, apagar esse fato, nem os vinte meses que ficou num xadrez de Curitiba nem as confissões de culpa, por corrupção, nos processos da Lava Jato, nem a devolução de fortunas em dinheiro roubado
Quem, neste mundo, devolve dinheiro que não roubou? Não há como responder a isso.
 
Lula pode ter ganhado de presente, numa decisão alucinada do Supremo, a anulação das quatro ações penais movidas contra ele
Pode fazer com que os seus agentes no TSE proíbam a divulgação das imagens do Sete de Setembro, quando multidões foram às ruas manifestar apoio ao concorrente proibiram, até mesmo, a divulgação nas redes sociais, como se o Twitter ou o Youtube fossem candidatos à presidência da República, e estivessem mostrando as imagens em seu espaço no horário eleitoral. 
Pode proibir que as pessoas vejam o adversário nos funerais da Rainha Elizabeth II e na tribuna da ONU. 
Pode querer ganhar as eleições no tapetão da alta justiça de Brasília, ou fazendo dobradinha com o Papa.  
O que ele não pode é resolver um problema que não tem solução, desde o primeiro dia da campanha eleitoral: o carimbo eterno de “corrupto” que está pregado na sua testa. 
O que pode fazer é ficar fugindo dos debates na televisão e querendo enganar o público com novos embustes, como essa história das “desculpas”. É o que sobrou.

J. R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - Revista Oeste


terça-feira, 25 de setembro de 2018

Eles devem desculpas



Esta é, por enquanto, a eleição das minorias. Isso porque, até agora, pesquisas como a do Ibope ontem mostram os principais candidatos oscilando em torno do patamar de 25% da preferência. Nenhum deles pode se achar seguro de que vai obter mais de 50% dos votos válidos no domingo 7 de outubro.

Projeções sobre eventual avanço de Jair Bolsonaro na maioria dos estados nordestinos, antigos redutos do PT que somam 26,6% dos votos do país, animam reuniões de empresários em São Paulo, pontuadas por desembolsos crescentes. A torcida para a eleição acabar logo no primeiro turno é apenas desejo manifesto do antipetismo, sobretudo entre líderes do agronegócio.

Falta combinar com o eleitorado, que ainda mantém elevados os índices de rejeição a Bolsonaro (46%) e ao “advogado de Lula” (30%), como Fernando Haddad se apresenta.
Os candidatos, sem exceção, deveriam aproveitar esse intervalo de imprevisibilidade a 12 dias do primeiro turno para apresentar um pedido de desculpas aos brasileiros. Eles devem isso, porque são protagonistas de um histórico fracasso.

Encerram um ciclo de três décadas, iniciado no funeral da ditadura, empenhados numa campanha de volta ao passado da Guerra Fria. Disputam uma eleição com mochila recheada de falsificações da história, e um catálogo de ilusões baratas.  Omitem o futuro corrosivo na esquina de 2019. Não souberam, ou quiseram, reinventar o modo de fazer política — apelo recorrente nas ruas e nas urnas desde 2013.

O que está aí é um espetáculo de realismo mágico, onde todos perdem no final. Vitória nessas circunstâncias dificilmente levará a uma sólida coalizão governamental. O eleito não terá bancada expressiva no Congresso e deverá amargar dificuldades crescentes com um Judiciário ativista e um Legislativo mais fragmentado. É a eleição da exclusão. Atrás da cabine de votação oculta-se um Estado em colapso, consumindo 40% de tudo que os brasileiros produzem.