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sexta-feira, 7 de outubro de 2022

Bolsonaro escala ex-ministros: segundo turno acirra disputa no Nordeste

Candidatos ao Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) travaram um duro embate, com acusações mútuas, numa disputa pelo eleitorado dos estados do Nordeste. Com estratégias distintas para alcançar o mesmo objetivo, as duas campanhas preparam investidas nos próximos dias para ganhar terreno na região, dominada pela esquerda nas últimas décadas. Enquanto os petistas vão aproveitar o Dia do Nordestino, comemorado amanhã, para tentar colar em Bolsonaro o selo de preconceituoso, o postulante à reeleição convocou aliados a manterem seus comitês abertos e a militância mobilizada para compensar a ausência de palanques naquelas unidades da federação.

O assunto tomou conta do debate depois que o presidente da República relacionou o bom desempenho de Lula na eleição ao analfabetismo do Nordeste, aproximadamente quatro vezes maior do que as taxas do Sul e Sudeste do país. Durante transmissão ao vivo nas redes sociais, anteontem à noite, Bolsonaro afirmou que “outros dados econômicos também são inferiores” porque tais estados “há 20 anos estão sendo governados pelo PT”. [o presidente Bolsonaro falou apenas e tão somente a verdade - aqui cabe um  'verdade dos fatos'; é uma situação que se arrasta desde o século passado, mas que se acentuou no inicio deste século quando a esquerda, o PT, passaram a governar os estados daquela região. O mentiroso nato, patogênico,  destas eleições é o petista Lula,  e Bolsonaro não quer essa pecha, por ser, merecidamente, de propriedade única e exclusiva do Lula.] 

Lula venceu em nove dos dez estados com maior taxa de analfabetismo. Vocês sabem quais são os estados? No nosso Nordeste. Esses estados estão sendo há 20 anos administrados pelo PT. Onde a esquerda entra leva o analfabetismo, leva a falta de cultura, leva o desemprego, leva a falta de esperança acusou Bolsonaro.

O ex-presidente terminou o primeiro turno com cerca de 13 milhões de votos a mais do que Bolsonaro no Nordeste — 67% a 26,8%. A campanha de Bolsonaro acredita que, apesar da diferença, há espaço para crescer na região. Lula, porém, trabalha para ampliar a rejeição ao adversário naqueles estados, intensificando ataques, como fez ontem. 

(...)

A estratégia bolsonarista no Nordeste passa pela captação do eleitorado feminino e evangélico local. Se entre as mulheres Bolsonaro enfrenta forte rejeição, junto aos religiosos, ele lidera. Nesta quinta-feira, João Roma ciceroneou a ex-ministra e senadora eleita Damares Alves (Republicanos), assim como a deputada federal reeleita Bia Kicis (PL), ambas do Distrito Federal, numa reunião com mulheres conservadoras em Vitória da Conquista (BA). A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, também deverá se empenhar na empreitada.

— Vamos atrás das pessoas que estão desinformadas. Vou coordenar essa ação no Nordeste junto com Damares e a primeira-dama. Vamos atrás de deputados, prefeitos, lideranças. Vamos falar com todo mundo — afirmou Bia Kicis.

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Bolsonaro pediu até a aliados que não disputarão o segundo turno para manter seus comitês abertos com o objetivo de facilitar a distribuição do material gráfico do presidente. As ações vão mirar prioritariamente as capitais em que ele venceu em 2018, na disputa contra Fernando Haddad (PT) — Recife, João Pessoa, Fortaleza e Natal. Há a previsão de que haja uma rodada de atos nessas cidades neste fim de semana, possivelmente com a presença do próprio candidato à reeleição ou de Michelle.

Dois dados animam a campanha. Nos cálculos dos bolsonaristas, cerca de 30% dos evangélicos ainda não decidiram em quem votar. O trabalho no Nordeste pode conquistar parte desses brasileiros, na avaliação dos aliados do presidente. Eles também apostam que aumentará a abstenção, tradicionalmente maior no segundo turno, o que tende a prejudicar o candidato que está na frente, no caso, Lula. 

Em O Globo - MATÉRIA COMPLETA