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quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Dilma quebra mais um recorde negativo - enquanto essa mulher continuar presidente do Brasil, cada dia será pior que o anterior

Dólar fecha a R$ 3,49 com incerteza política e expectativa de alta de juros nos EUA

Moeda americana renova alta em mais de 12 anos

Com os temores em relação ao equilíbrio das contas públicas e o conturbado cenário político no Brasil fizeram o dólar comercial registrar o quinto dia consecutivo de alta. A moeda americana fechou o pregão cotada a R$ 3,488 na compra e a R$ 3,490 na venda, alta de 0,72% ante o real. Esse valor não era atingido no fechamento desde 11 de março de 2003. Na máxima do pregão, a divisa chegou a R$ 3,50, patamar que não era registrado desde os R$ 3,509 do dia 12 de março de 2003. Já a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) registrou alta de 0,46%, aos 50.287 pontos.

Na avaliação de analistas, essa pressão sobre o câmbio deve continuar no curto prazo, já que não há expectativa de solução para o atrito político entre governo e Congresso Nacional. Esse ambiente conturbado pode fazer com que as medidas do ajuste fiscal não sejam aprovadas, comprometendo o controle das contas públicas, item avaliado pelas agências de classificação de risco. Além disso, é esperado para esse ano o aumento da taxa de juros por parte do Federal Reserve (Fed, o BC americano), o que deve retirar recursos de países emergentes, ou seja, mais um fator para a alta das cotações das moedas.  No curto prazo a questão da política interna vai continuar pressionando a moeda. E tem a expectativa de que a Moody’s nos próximos dias anuncie o rebaixamento da nota brasileira e mantenha a perspectiva negativa. Esse é um fator que mexe com o mercado — afirmou Luciano Rostagno, estrategista chefe do Mizuho Bank.

Se for rebaixada pela Moody’s, o Brasil mantém o grau de investimento, mas assim como na Standard & Poor’s, cresce o risco de perda do grau de investimento, já que estará apenas uma nota acima do nível especulativo e com a perspectiva (viés) negativa.

O dólar até iniciou os negócios em queda, mas o cenário interno acabou contribuindo para a reversão da tendência. João Medeiros, diretor da Pionner Corretora de Câmbio, lembrou que a avaliação das contas da presidente Dilma Rousseff pelo Congresso Nacional, em manobra feita pelo presidente da casa, Eduardo Cunha (PMDB-SP), aumentou a preocupação de investidores e analistas, porque mostra o desgaste na relação entre os dois poderes - Cunha teve o seu nome citado na operação Lava Jato. — Há um temor em relação à aprovação das contas da presidente Dilma Rousseff, agora que o Congresso Nacional vai analisar todas as contas desde o período de Itamar Franco. O cenário político está bem conturbado e pressiona o dólar — disse.

SAÍDA DE DÓLARES
O Banco Central anunciou ainda que o fluxo cambial ficou negativo em US$ 3,9 bilhões em julho. Já a posição vendida dos bancos, que é quando essas instituições apostam que a cotação vai subir, passou de US$ 17,5 bilhões em junho para R$ 21,7 bilhões no mês passado.

No mercado futuro, o dólar no contrato com vencimento em setembro está sendo negociado a R$ 3,519, após atingir R$ 3,529 pela manhã. Nos contratos que vencem em junho do ano que vem, a moeda bateu nos R$ 3,80. Para esse ano, analistas esperam que o dólar possa chegar até a R$ 3,70.

Além disso, há a expectativa de aumento de juros nos Estados Unidos ainda em 2015. No exterior, o "dollar index" tinha leve queda de 0,03% no momento do encerramento dos negócios no Brasil. Esse indicador é medido pela Bloomberg e leva em conta o comportamento do dólar em relação a uma cesta de dez moedas. O indicador até chegou a cair após dados do Automatic Data Processing (ADP) mostrarem que foram criados 185 mil vagas nos Estados Unidos em julho, abaixo da expectativa de analistas (em torno de 215 mil) e uma queda em relação ao número de junho (237 mil). No entanto, um outra pesquisa, sobre o setor de serviços, mostrou uma melhora no nível de emprego do setor. A retomada do mercado de trabalho é vista como fator importante para que o Fed decida elevar os juros.

VALE DEIXA BOLSA EM TERRENO POSITIVO
O desempenho das ações da Vale sustentou a Bolsa em terreno positivo nesta quarta-feira, mesmo após os papéis da Petrobras terem perdido força. As preferenciais (PNs, sem direito a voto) da mineradora subiram 3,91% e as ordinárias (ONs, com direito a voto) avançaram 5,02%, seguindo a melhora do preço do minério de ferro na China. Já as ações da estatal, que subiram forte pela manhã, fecharam em queda. As PNs recuaram 1,66%, cotadas a R$ 10,01, e as ONs tiveram variação negativa de 1,08%, a R$ 10,99.

Ainda entre as ações mais negociadas, os papéis do Itaú Unibanco tiveram leve queda de 0,17% e os do Bradesco recuaram 0,30%. No caso do Banco do Brasil, as ações subiram 1,16%.  A Petrobras abriu em forte alta, mas o petróleo perdeu força no mercado internacional e as ações da estatal acompanharam esse movimento. Já os bancos são penalizados pela expectativa de rebaixamento da nota do Brasil — avaliou Ari Santos, gerente de renda variável da corretora H.Commcor, lembrando que essas instituições, pela exposição que possuem ao crédito doméstico, costumam acompanhar a nota de risco (rating) soberana.

No mercado externo, os principais índices de ações operaram em alta. Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones fechou praticamente estável, com leve variação negativa de 0,03%, enquanto o S&P 500 teve alta de 0,31%. Já na Europa, o DAX, de Frankfurt, fechou em alta de 1,57% e o CAC 40, da Bolsa de Paris, avançou 1,65%. O FTSE 100, de Londres, registrou variação positiva de 0,98%.

Fonte: O Globo