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quinta-feira, 18 de março de 2021

Colchicina funciona contra a Covid-19? O que sabemos até agora - VEJA

Saúde - Medicina 

Depois de cloroquina, ivermectina e tantos outros, é a vez da colchicina, anti-inflamatório usado no tratamento de gota, despontar como nova esperança contra o coronavírus. Uma nova pesquisa mostra benefícios discretos como tratamento precoce, enquanto outra traz notícias promissoras para casos graves. Mas ambas levantam dúvidas.

Vamos começar com um trabalho brasileiro que se concentrou nos quadros mais severos de Covid-19. Conduzido na Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto, ele é do tipo randomizado, controlado e duplo-cego, considerado o mais confiável para esse tipo de análise. Após dar colchicina para parte dos 72 voluntários hospitalizados com casos moderados ou graves da doença, os cientistas notaram que a colchicina reduziu o tempo de internação. “No nosso trabalho, há indícios de que ela funciona para quem apresenta uma inflamação sistêmica”, explica o reumatologista Renê Oliveira, coordenador da pesquisa, cujos achados preliminares haviam sido divulgados sem revisão em agosto.

Agora os dados foram submetidos ao escrutínio de outros especialistas e publicados no periódico científico Rheumatic & Musculoskeletal Diseases (RMD Open). “A finalização do estudo permite afirmar que, além da alta mais rápida, observamos uma diminuição da proteína C-reativa, um marcador de inflamação sistêmica”, afirma Oliveira. 
O grupo que tomou o fármaco foi dispensado do hospital, em média, três dias mais cedo
Ele também deixou de usar oxigênio três dias antes do grupo controle, que recebeu o tratamento padrão. 
Por outro lado, o próprio artigo informa que ainda não dá pra saber se essa droga reduz a mortalidade. “Os resultados sugerem que a colchicina contribui em casos de pessoas já internadas”, defende Oliveira.

Seu principal mecanismo de ação seria auxiliar no combate à tempestade inflamatória, típica das evoluções mais graves da doença.“O estudo é bem feito, mas tem uma limitação, que é o número pequeno de pessoas avaliadas”, comenta a pneumologista Letícia Kawano-Dourado, do painel da Organização Mundial da Saúde (OMS) que elabora diretrizes de tratamentos para a Covid-19. Ou seja, investigações maiores e criteriosas precisam confirmar o papel do medicamento nos internados.[o animador é que há dúvidas sobre a validade do fármaco como curativo, mas não ocorreram eventos negativos.] 


Chloé Pinheiro - Saúde/Medicina  - VEJA


sábado, 19 de dezembro de 2020

Os efeitos colaterais mais relatados por voluntários da vacina da Janssen - Diário da Vacina

Vacinas são muito seguras. Pena que sempre conhecemos alguém que espalha barbaridades em fake news sobre imunizantes

18 de dezembro, 14h39: Dias depois de ter voltado da clínica onde me submeti à segunda bateria de testes em busca da vacina anti-Covid, tenho coriza, o nariz coça impiedosamente e a dor de cabeça não para mesmo depois de ter tomado um analgésico. Síndrome gripal, esse gigantesco guarda-chuva de opções de sintomas para deixar qualquer um ressabiado na pandemia. Pego o meu oxímetro, aquele que me fez passar por maus bocados como voluntária. Oxigenação de 99%. Tudo normal. Febre? Não. 35,8ºC.

Como todos os voluntários, serei acompanhada pela equipe de pesquisadores do ensaio por 25 meses. Ainda não sei se desenvolvi os anticorpos contra a Covid-10 após ter recebido, em novembro, uma dose da potencial vacina. O estudo continua na fase de duplo-cego, situação em que nem o voluntário nem o médico sabe quais dos participantes tomou a ampola verdadeira e quem recebeu uma com soro fisiológico. O duplo-cego deve ser aberto muito em breve, em janeiro, já que o laboratório Janssen-Cilag anunciou ter concluído a última fase de testes com voluntários e, na sequência, já vai calcular a eficácia da vacina e entrar com pedido de uso emergencial

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Diário da Vacina - VEJA - MATÉRIA COMPLETA