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sábado, 8 de janeiro de 2022

Ômicron, gripe ou resfriado? Conheça os sintomas mais comuns das três doenças - O Globo

 
Evelin Azevedo
 
Diagnóstico definitivo deve ser feito a partir de testes, iniciando pelo de Covid-19 
 
Diante do comportamento que a Ômicron tem apresentado no mundo, com sintomas menos graves e diferentes da variantes anteriores, é comum ficar em dúvida em relação a sintomas como febre, dor de cabeça, mal estar e coriza. Isso porque as doenças respiratórias, que também incluem resfriado e gripe, costumam apresentar sinais bem parecidos, por afetarem as mesmas regiões do corpo. A diferença é que alguns deles tendem a aparecer com mais frequência ou ter maior intensidade, a depender da doença.

Covid-19:  Anvisa aprova insumo feito pela Fiocruz para produção de vacina 100% nacional

— A Covid-19 e a gripe "derrubam". Já o resfriado só "atrapalha" a rotina — afirma Salmo Raskin, médigo geneticista e diretor do Laboratório Genetika, de Curitiba.

Sintomas da Covid-19 - Ômicron
É e muito provavelmente a causa principal do aumento de infecções no mundo e no Brasil, associada ao relaxamento das medidas de distanciamento por conta das festas de fim de ano. A nova variante costuma provocar sintomas com menor intensidade em comparação com as demais cepas que já se espalharam até então.

O estudo ZOE COVID vem fazendo constantes levantamentos sobre os sintomas que pacientes diagnosticados com a doença costumam relatar.

  • Coriza
  • Dor de cabeça
  • Cansaço
  • Espirros
  • Dor de garganta

Os sintomas costumam ser leves, já que estudos apontam que a Ômicron se reproduz mais rápido nas vias aéreas e poupa o pulmão. Os sintomas melhoram, em média, 5 dias após o início. A febre também pode surgir, mas com menos frequência.

Leia também:  Médicos recomendam que pacientes com sintomas gripais leves não devem procurar hospitais

Sintomas da influenza (gripe) 

A febre pode ser um sintoma diferencial entre a gripe, na qual ela é comum. Diante de um quadro febril, é provável, portanto, que o paciente esteja com gripe, desencadeada pelo vírus influenza. Mas a febre, por si só, não garante o diagnóstico da doença. 

De acordo com o Instituto Butantan responsável por produzir a vacina da gripe usada no Brasil —, os principais sintomas da gripe são:

  • Febre súbita
  • Tosse (geralmente seca)
  • Dor de cabeça
  • Dores musculares e articulares
  • Mal-estar
  • Dor de garganta
  • Coriza

Os sinais da gripe costumam durar de cinco a sete dias, sendo que a tosse pode levar duas semanas ou mais para desaparecer. 

Veja:  Ministério da Saúde prevê iniciar vacinação de crianças entre os dias 14 e 15 de janeiro

Sintomas do resfriado
Tem sintomas mais leves que a gripe, e se parece bem mais com os sinais dados pela Ômicron, por também afetar mais as vias aéreas superiores. Os principais sintomas do resfriado são:
  • Coriza (nariz escorrendo com secreção aquosa e transparente)
  • Nariz entupido
  • Espirros
  • Dor de garganta
  • Febre baixa (mais comum em crianças — adolescentes e adultos não costumam apresentar)

Os sinais costumam durar de três a quatro dias, mas podem se prolongar em fumantes, chegando a até 10 dias. 

 
(...)

Há medidas que ajudam a prevenir as três doenças, como uso de máscaras, higienização recorrente das mãos e distanciamento social. Com os estudos apontando a maior transmissibilidade da Ômicron, especialistas recomendam o uso de máscaras mais filtrantes, como a PFF2 ou N95. Caso não seja possível, a orientação é usar duas máscaras: a cirúrgica por baixo e a de pano por cima, ou usar uma máscara de pano com camada dupla.

 


Em Saúde - O Globo - MATÉRIA COMPLETA

 

terça-feira, 15 de junho de 2021

Coronavírus: dor de cabeça e corrimento nasal são sintomas associados à variante Delta

Relator Calheiros se junte ao 'drácula', ao Omar e àquele senador do AC - o Rodrigues - e responsabilize o presidente Bolsonaro pela variante Delta

Embora os infectados possam não se sentir muito doentes, podem ser contagiosos e colocar outras pessoas em risco

Dor de cabeça, dor de garganta e coriza são agora os sintomas mais comumente relatados por quem tem covid-19 no Reino Unido, onde a variante Delta do novo coronavírus é predominante.  O professor Tim Spector, que dirige o estudo Zoe Covid Symptom, no Reino Unido, diz que essa cepa pode se parecer "mais como um resfriado forte" para os jovens.

Embora os infectados possam não se sentir muito doentes, podem ser contagiosos e colocar outras pessoas em risco. Qualquer pessoa com sintomas de covid-19 é orientada a fazer um teste.

Segundo o NHS, serviço de saúde pública no Reino Unido, os sintomas 
clássicos são:
- tosse;
- febre;
- perda de olfato e paladar .

Mas Spector diz que esses sintomas se tornaram menos comuns, com base nos dados que a equipe do Zoe tem recebido de milhares de pessoas que registraram seus sintomas em um aplicativo. "Desde o início de maio, observamos os principais sintomas, e eles não são os mesmos", diz ele.  A mudança parece estar ligada ao aumento da variante Delta, identificada pela primeira vez na Índia e agora responsável por 90% dos casos de covid no Reino Unido. Os primeiros casos no Brasil foram registrados no final de maio.

A febre permanece bastante comum, mas a perda do olfato não aparece mais entre os dez principais sintomas, diz Spector. "Essa variante parece estar funcionando de maneira um pouco diferente", diz ele.  "As pessoas podem pensar que acabaram de pegar algum tipo de resfriado sazonal e ainda irem a festas. Elas podem espalhar o vírus para outras seis pessoas. Achamos que isso está alimentando grande parte do problema", afirma Spector. "A mensagem aqui é que, se você for jovem, terá sintomas mais leves de qualquer maneira. Pode parecer apenas um forte resfriado ou alguma sensação estranha, mas fique em casa e faça um teste."

No que ficar de olho
Da mesma forma, o estudo React, do Imperial College, de Londres, que contou com mais de 1 milhão de participantes na Inglaterra, apontou que, quando a variante Alpha era dominante, havia uma ampla gama de sintomas adicionais ligados à covid-19. Calafrios, perda de apetite, dor de cabeça e dores musculares foram os problemas mais associados à infecção, ao lado dos sintomas clássicos.

"Esses outros sintomas podem ter outra causa e não são, por si só, um motivo para fazer um teste. Mas se você estiver preocupado com seus sintomas, procure orientação médica", diz a entidade.

Correio Braziliense


sábado, 19 de dezembro de 2020

Os efeitos colaterais mais relatados por voluntários da vacina da Janssen - Diário da Vacina

Vacinas são muito seguras. Pena que sempre conhecemos alguém que espalha barbaridades em fake news sobre imunizantes

18 de dezembro, 14h39: Dias depois de ter voltado da clínica onde me submeti à segunda bateria de testes em busca da vacina anti-Covid, tenho coriza, o nariz coça impiedosamente e a dor de cabeça não para mesmo depois de ter tomado um analgésico. Síndrome gripal, esse gigantesco guarda-chuva de opções de sintomas para deixar qualquer um ressabiado na pandemia. Pego o meu oxímetro, aquele que me fez passar por maus bocados como voluntária. Oxigenação de 99%. Tudo normal. Febre? Não. 35,8ºC.

Como todos os voluntários, serei acompanhada pela equipe de pesquisadores do ensaio por 25 meses. Ainda não sei se desenvolvi os anticorpos contra a Covid-10 após ter recebido, em novembro, uma dose da potencial vacina. O estudo continua na fase de duplo-cego, situação em que nem o voluntário nem o médico sabe quais dos participantes tomou a ampola verdadeira e quem recebeu uma com soro fisiológico. O duplo-cego deve ser aberto muito em breve, em janeiro, já que o laboratório Janssen-Cilag anunciou ter concluído a última fase de testes com voluntários e, na sequência, já vai calcular a eficácia da vacina e entrar com pedido de uso emergencial

(...........)

Diário da Vacina - VEJA - MATÉRIA COMPLETA


domingo, 5 de abril de 2020

A guerra invisível - Nas entrelinhas


“A epidemia atingiu primeiro a classe média alta, disseminada por pessoas que viajaram ao exterior. Com a transmissão comunitária, chegará aos pobres”


Não me saem da cabeça as cenas dos médicos e paramédicos combatendo as epidemias na África
Qual é a semelhança com o novo coronavírus (Covid-19)? 
A febre hemorrágica Ebola é uma doença muito mais grave, com taxa de letalidade que pode chegar até os 90%, enquanto a do coronavírus gravita em torno dos 5%. É uma zoonose cujo reservatório mais provável é o morcego
O vírus foi transmitido para seres humanos a partir de contato com sangue, órgãos ou fluidos corporais de animais infectados, como chimpanzés, gorilas, antílopes e porcos-espinho, na África subsaariana, ocasionando surtos esporádicos.

O novo coronavírus foi identificado pela primeira vez na China, é transmitido pelo ar e pelo contato físico, de forma muito mais rápida, antes mesmo de as pessoas manifestarem os sintomas da doença. Presume-se também que o hospedeiro de origem seja algum espécime de morcego. Os coronavírus humanos mais comuns causam infecções respiratórias de brandas a moderadas, de curta duração. Os sintomas podem envolver coriza, tosse, dor de garganta e febre. O novo coronavírus é mais letal, porque também ataca violentamente as vias respiratórias inferiores, como pneumonia. Esse quadro é mais comum em pessoas com doenças cardiopulmonares, com sistema imunológico comprometido ou em idosos.

A transmissão do Ebola se dá por meio do contato com sangue, tecidos ou fluidos corporais de animais e indivíduos infectados (incluindo cadáveres), ou a partir do contato com superfícies e objetos contaminados. Não há registro na literatura de isolamento do vírus no suor e pelo ar. É possível detectar os infectados com mais facilidade, porque a transmissão não ocorre sem os sintomas: febre, cefaleia, fraqueza, diarreia, vômitos, dor abdominal, inapetência, odinofagia, manifestações hemorrágicas. Por isso, foi possível isolar o Ebola geograficamente e evitar uma pandemia.

Até hoje não existe vacina e nem remédio específico para tratar o Ebola. Os cuidados são de suporte precoce com hidratação e tratamento sintomático, como no coronavírus. O tratamento se restringe ao controle dos sintomas e suporte/estabilização do paciente. Iniciar o tratamento de maneira oportuna aumenta as chances de sobrevivência dos pacientes. Uma vez que a doença foi curada, a pessoa está imune ao Ebola.

Camuflagem
Não se sabe se os pacientes curados do coronavírus estarão imunizados contra uma nova epidemia. Os pesquisadores ainda estudam as formas de transmissão, mas a disseminação de pessoa para pessoa, ou seja, a infecção por gotículas respiratórias ou contato, é uma guerra na qual não se sabe onde o inimigo se esconde, até que a pessoa infectada manifeste a doença. A maioria não tem sintomas aparentes. É como se a força atacante principal fosse formada por soldados com a camuflagem mais perfeita, entrincheirados numa pessoa igual às outras, às vezes um membro da própria família, dentro de sua própria casa.

Gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro; toque ou aperto de mão; objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos são como granadas e tiros. A vida social é um campo minado. Eram inimagináveis as cenas de colapso do sistema de saúde da Itália e da Espanha, com grande número de mortos. Muito menos que grandes potências, como França, Inglaterra, Alemanha e Japão, corram o risco de um Efeito Orloff: eu sou você amanhã. Com todo o seu poder econômico, os Estados Unidos contabilizaram 4,5 mil mortos somente no último sábado. Vejam bem: são países que nem de longe se comparam ao sul do Sudão e ao norte da República Democrática do Congo, na bacia do Rio Ebola.

No Brasil, a epidemia atingiu primeiro a classe média alta, disseminada por pessoas que viajaram ao exterior. Com a transmissão comunitária, agora chegará às parcelas mais pobres da população, exatamente aquelas que, em certas regiões, vivem em condições muito precárias e estão enfrentando mais dificuldades para sobreviver com a política de isolamento social. O número de casos está subnotificado, muitas pessoas estão morrendo com síndrome respiratória aguda sem serem diagnosticadas. Na América Latina, o pior cenário até agora é o do Equador, cujo sistema de saúde entrou em colapso: pessoas morrem sem assistência médica e são incineradas nas ruas, por cidadãos em pânico.

O risco que corremos não é de assistir a cenas iguais às da Italia e da Espanha, muito menos norte-americanas. É de um cenário igual ao do Equador, se a política de isolamento social for revogada pelo presidente Jair Bolsonaro, como ele ameaça, contra a orientação do seu próprio ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Nosso sistema de saúde não tem condições de absorver a rápida elevação do número de casos de coronavírus que isso provocaria. Não foi à toa que a Câmara dos Deputados aprovou a proposta de emenda à Constituição que cria um orçamento paralelo, chamado de “orçamento de guerra”, para destinar recursos exclusivos às medidas de combate ao coronavírus. Estamos dormindo com o inimigo.

Nas Entrelinhas - Luiz Carlos Azedo - Correio Braziliense