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segunda-feira, 26 de abril de 2021

Os fora-fila

[ex-um bocado de coisas, inclusive o primeiro ministro demitido por telefone - (e por Lula, o que torna o 'pé na bunda' mais humilhante). 
O criminoso petista que teve condenações anuladas, já naquela  época, achou que não valia a pena aguardar para na fila dos cumprimentos, dizer "você está demitido". = seu tempo venceu, passou.... acabou.
Esse teu artigo é tão sem pé nem cabeça, que torna bem mais real seguir o conselho do 'aspone' do enganês, o que comanda, ou comandava uma tal de 'secretaria de mobilidade urbana', cuja principal característica é oferecer uma mobilidade que não leva a nenhum lugar.
O 'aspone' que parece ainda estar empregado, quando questionado sobre as aglomeração no transporte público do DF, expeliu: 'o povo deve evitar se aglomerar no transporte público'.
O ex agora resolveu criticar o SUS - um dos raros órgãos da 'saúde pública'  que funciona, recebendo frequentes e merecidos elogios.
O ex, agora tão loquaz, omite que foi ministro da Educação e que algumas medidas que adotou, contribuíram em muito para o crescimento das filas. ]
Todos os dias, milhões de brasileiros perdem horas preciosas em filas de ônibus, e reclamam corretamente dos oportunistas fura-fila. Poucos percebem os fora-fila: os que usam carros privados e os que não têm dinheiro nem vale-transporte. Há séculos, muitos brasileiros fazem fila para obter o que precisam, enquanto outros não têm direito nem mesmo de esperar em fila, por falta absoluta de dinheiro; enquanto outros não precisam se submeter a filas porque têm muito dinheiro.  

Por causa das ineficiências econômicas, a palavra “fila” caracteriza o dia a dia dos brasileiros, mas por causa da injustiça social não se percebe os que estão fora das filas, de um lado e outro da escala de rendas. Alguns porque não precisam se submeter a elas, graças a privilégios e dinheiro, outros porque não têm o direito de entrar nelas. No meio, imprensados, os da fila, ignorando os extremos. Nós nos acostumamos a ver com naturalidade os que não precisam e ainda mais os que não conseguem entrar nas filas, por tratá-los como invisíveis. 

[resolvemos transcrever parte deste post e de outro por haver disponibilidade de 'bytes' - aqueles que costumam sobrar e jogamos no lixo.
Assim perguntamos ao senador do perda total, Humberto Costa:, autor da frase: “O objetivo do governo é fazer com que a CPI não avance, mas os fatos são evidentes, gritantes”, diz o senador Humberto Costa (PT-PE). Cabe perguntar: Tal frase foi expelida antes ou depois de ganhar o codinome 'drácula'?. 
O citado era  ministro da Saúde do Lula e se envolveu no escândalo dos 'sanguessugas' - imagine a preferência do ilustre senador, ministro da Saúde envolvido com os 'sanguessugas'.]
Humberto Costa, do PT pernambucano, virou caso de polícia quando era ministro da Saúde de Lula e se envolveu no escândalo dos Sanguessugas, produzido por gente que desviou com voracidade de vampiro verbas destinadas à área da Saúde. Ganhou da Odebrecht o codinome perfeito: Drácula
O colega do 'drácula', pela falta de ideias e originalidade não propiciou que encontrássemos motivos para gastar bytes com o mesmo:
Seu colega Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que teve a ideia de propor a criação da CPI, observa: “O único confronto que nos preocupa é com a pandemia e o vírus. Se o presidente tem consciência que fez a coisa certa não precisa temer”.]

No setor da saúde, nos indignamos com os que tentam furar a fila para tomar vacina, mas não percebemos a injustiça quando furam a fila ao usar dinheiro para o atendimento médico de um pediatra para o filho, de um dentista e de profissionais de todas as outras especialidades que não estão disponíveis no SUS, com a urgência necessária. Apesar do nome, o sistema nacional de saúde não é único: de um lado, tem o SUS com suas filas; e, do outro, o SEP - Sistema Exclusivo de Saúde - sem fila para os que podem pagar.

 Todos condenamos os fura-fila do SUS para tomar vacina, mas todos aceitamos que se fure a fila nas demais especialidades médicas, inclusive cirurgias, por meio do uso do dinheiro. Em alguns casos, há reclamação quando a fila se organiza por um pequeno papel numerado, mas não se protesta quando, perto dali, o atendimento é imediato, porque no lugar do papel com o número da fila usa-se papel moeda. Aceita-se furar fila graças ao dinheiro. Nem se considera como fura fila. São os fora-fila, aceitos por convenção de que o dinheiro pode comprar saúde. 

Na moradia, alguns entram na fila do programa Minha Casa Minha Vida; outros não precisam, compram diretamente a casa que desejam e podem; outros também não entram na fila, porque não têm as mínimas condições de financiamento. O mesmo vale para a educação. Em função do coronavírus, o Brasil descobriu que algumas boas escolas, em geral pagas e caras, com ensino remoto, computadores e internet em casa, permitem que alguns cheguem ao ENEM com mais possibilidade de aprovação do que outros. Apesar de que a aprovação é conquistada pelo mérito do concorrente, os aprovados se beneficiaram da exclusão de muitos concorrentes ao longo da educação de base.  

A desigualdade na qualidade da escola desiguala o preparo entre os candidatos, como uma forma de empurrar alguns para fora e outros para a frente da fila. De certa forma, alguns furaram a fila para ingresso na universidade, por pagarem uma boa escola ainda na educação de base. E não há reclamação porque os fora da fila são invisíveis, porque não concluíram o ensino médio, ou concluíram um ensino médio sem qualidade que não lhes deu condição sequer de sonhar fazer o ENEM. 

Tanto quanto os que não podem pagar o transporte público não entram na fila do ônibus, os analfabetos (12 milhões de brasileiros) não entram na fila do ENEM para ingresso na universidade.  Foram excluídos da formação, por falta de oportunidade para desenvolver o talento no momento oportuno da educação de base, e, por isso, ficam impedidos de disputar, por mérito, uma vaga na universidade. 

Ninguém fura fila para chegar à seleção brasileira de futebol, porque todos tiveram a mesma chance. A seleção é pelo mérito, graças ao fato de que a bola é redonda para todos, independentemente da renda. Temos a preocupação de assegurar os mesmos direitos para obter vacina, não o mesmo direito para a qualidade e a urgência no atendimento de saúde e de educação, independentemente da renda e do endereço da pessoa. Nem ao menos consideramos que há injustiça em furar fila usando dinheiro para ter acesso à educação e à saúde de qualidade. É como se fosse normal furar fila por se ter muito dinheiro e normal ficar fora da fila por falta total de dinheiro. No meio, ficam os que, por pouco dinheiro, ficam na fila e se indignam com os que tentam desrespeitar a ordem, sem atentar para os fora da fila nos carros, ou os fora da fila caminhando. Os primeiros aceitamos pelas leis do mercado, os outros tornamos invisíveis. 

Cristovam Buarque, [ex, abrange coisas inúteis e também sem utilidade que o ex foi ou tentou ser.] professor Emérito da Universidade de Brasília


segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Confinamento social provoca epidemia dentro da epidemia - VOZES - Gazeta do Povo

JR Guzzo

Trata-se de algo que já ficou evidente há muito tempo, mas estudos recentes estão insistindo, cada vez mais, na multiplicação, na variedade e no agravamento dos problemas mentais causados pelo tratamento que os governos e as autoridades médicas estão dando para a Covid. 
É como se houvesse uma epidemia dentro da epidemia.

Agravar diariamente o pânico da população, com a repetição maciça de advertências, alarmes e ameaças sobre o risco fatal que todos estariam correndo, sem exceção, é um fator-chave para a propagação de distúrbios psicológicos. E forçar as pessoas a ficar “em casa”, suspender seus relacionamentos e dificultar ao extremo as possibilidades de uma vida normal é uma fórmula altamente eficaz para garantir o desequilíbrio nervoso de uma parte importante da população – a começar pelas crianças.

Queriam o quê? É óbvio, pelo senso comum mais elementar, que limitar ao extremo a liberdade física dos seres humanos provoca consequências graves na sua estrutura; homens e mulheres, muito simplesmente, não foram feitos para ficar presos, seja em casa, seja na penitenciária, seja em qualquer outro lugar. É contra a natureza viver em isolamento. Da mesma forma, não é possível impedir as pessoas de irem ao bar, à papelaria ou ao barbeiro – e mais um milhão de coisas, da academia de ginástica ao parque público – e esperar que fique tudo bem. Não fica, porque não pode ficar.

Os militantes do “distanciamento social” por tempo indeterminado dizem todos os dias que a população, dos 2 anos de idade até os 100, deve se limitar, como dever cívico, moral e “científico”, a não se envolver em nenhuma atividade que não seja “essencial”. Qualquer zé mané vive repetindo esse mantra – governadores, prefeitos, promotores públicos, juízes de direito, guardas municipais e toda essa multidão de “cientistas” que os governos penduraram à sua volta. Qual a autoridade ou o conhecimento que cada um deles tem para definir o que é “essencial”?

As principais vítimas do fanatismo no trato da Covid têm sido as crianças. Todos os sábios descritos acima decidiram, para o bem comum, trancar as crianças numa prisão; 
há um ano não podem ir à escola, não podem brincar, não podem chegar perto de outras crianças (nem de adultos), não podem ir ao playground, não podem ir a festinhas, não podem botar o pé na rua, não podem fazer nada. São ameaçadas o tempo todo: “você vai matar o seu avô se não ficar quieto.” Para eles, a vida tem de se resumir à tela do joguinho, ao “ensino remoto” e ao delivery. Como alguém pode esperar que um negócio desses vá dar certo?
Esses campos de concentração domiciliares criados pelos “gestores” da epidemia, por seus médicos e por tudo aquilo que apresentam como seus conselheiros técnicos, não atingem por igual a todas as crianças. 
O estrago maior está sendo feito da classe média para cima; os pobres já têm o seu próprio inferno permanente, sem necessidade de qualquer Covid, e para eles o “distanciamento social” não vale. Nunca valeu: para começo de conversa, seus pais não podem ficar “em casa”, como querem os doutores com suas máscaras “fashion” e suas ameaças, pois precisam trabalhar todo o dia para garantir o “essencial” da turma que manda.
O preço do confinamento está sendo cobrado, além da devastação econômica, da perda de empregos e de outras desgraças, numa infecção alarmante de casos de estresse, ansiedade, medo, apatia, agressividade, neurastenia, paranoia, egocentrismo e todo o resto da extensa coleção de males que preocupam a psiquiatria. Os líderes e crentes da quarentena alegam que tudo isso é um mal necessário, que deve ser aceito para “salvar vidas”. É falso. O confinamento radical não impediu que o Brasil chegasse às 250 mil mortes desde o início da epidemia; é um remédio inútil e responsável pelos piores tipos de efeito colateral.[os contadores de cadáveres entre um lote do número de mortos, narração de leitos de UTI com mais de 100% de ocupação (salvo um acesso de estupidez paranoica, a interpretação única para tal percentual é que mais de 100% de ocupação em leitos de UTI significa que alguns leitos tem duas pessoas, ou uma pessoa e um pedaço da outra) e especialistas em nada,   esganiçados,  expelindo frases do tipo tem que manter o isolamento social - e o apresentador (a) andando de um lado para o outro fiscalizando se o especialista em nada está sendo convincente - não estando será isolado e um mais teatral será chamado. 
Tem um dos apresentadores = contador de cadáveres = arauto do pessimismo - que faz uma expressão compungida, quando informa que é preciso vacinar e diz tristemente: para vacinar precisa de vacinas.
Ganha um bônus extra o arauto que durante o desfile dos números de contagiados e mortos, consegue soltar uma insinuação de  "o Bolsonaro é o culpado". ]
 
JR Guzzo, jornalista - GAZETA DO POVO