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quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

CRIMINALIDADE - "O terror durou uma hora", diz jovem estuprada por seis no Ibirapuera



Moradora de Moema, bairro de classe média alta da capital, e filha de pais advogados, a jovem de 18 anos que sofreu estupro coletivo no Parque do Ibirapuera no último domingo (17) tem dores por todo o corpo, mas o pior de tudo, diz ela, é lembrar das cenas de terror que viveu por cerca de uma hora. “Está difícil até sair de casa. Só quero que tudo isso passe logo. Quero esquecer o que vivi”, afirmou, em entrevista exclusiva a VEJA SÃO PAULO.

Na tarde de quarta (20), a reportagem encontrou a garota e sua mãe no Shopping Ibirapuera. Três dias após o ataque brutal que sofreu no principal parque da cidade, a jovem se mostrou bastante abatida e chorou durante a entrevista. Também apresentava sinais de mal-estar provocados pela medicação pesada que vem tomando para prevenir doenças sexualmente transmissíveis. O tratamento, ministrado pelo Hospital Pérola Byington, referência no atendimento a mulheres vítimas de violência sexual, dura 28 dias.
 Parque do Ibirapuera à noite (Foto: Veja São Paulo)

A estudante, que espera o resultado do vestibular de direito em uma renomada instituição paulistana, contou detalhes do ataque e lamentou o tratamento que recebeu na delegacia ao denunciar o crime. “Eu me senti em um ambiente muito machista. Eles usavam um tom inquisidor: ‘Ah, então você fez isso”; “Você foi até lá?”; “Você estava com ele’. Sempre com olhar de reprovação”, diz a garota. “Não sou essa promíscua que estão dizendo.”

A jovem afirmou ainda que bebeu demais naquele dia e que o rapaz de 19 anos com quem estava antes de ser atacada se aproveitou de seu estado de embriaguez. “Fui ao parque para uma comemoração com um grupo de amigas, acabei bebendo demais e ele se aproveitou de mim, da minha fragilidade, ainda que sem violência”, contou. Ela foi estuprada nas proximidades do Portão 7, que dá acesso à Avenida República do Líbano. O rapaz com que estava fugiu no momento em que os abusadores chegaram. Ele levou o celular da vítima. Na segunda pela manhãfoi detido junto a outros três rapazes. Ouvido pela polícia, foi liberado ainda naquele dia.

Confira abaixo o depoimento da jovem a VEJA SÃO PAULO:
Cheguei ao parque por volta das 16h. Fui até a marquise me encontrar com um grupo de amigas para uma comemoração. Tomei um susto quando vi aquela quantidade de pessoas [ela afirma que só no dia seguinte soube que se tratava de um rolezinho organizado pelas redes sociais]. Por causa daquela ‘muvuca’, decidimos fazer nosso piquenique mais afastado. Sentamos no gramado próximo ao MAM [Museu de Arte Moderna] e por ali ficamos. O pessoal trouxe bastante bebida. Cerveja e vinho, principalmente. Bebemos e não vimos o tempo passar. Até que em um momento, um rapaz se aproximou puxando papo. Era bem simpático. Usava alargadores nas orelhas. Era branco, magro e alto.

Conversamos sobre vários assuntos, de política à educação. E continuamos bebendo. O pessoal com quem eu estava foi se dispersando e, no fim, ficamos só ele e eu. O parque, naquele momento, continuava bem cheio. Era por volta das 19h30, estava escurecendo e eu queria ir embora. Até porque já estava bem mal por causa da bebida. Ele levantou a mão, abriu e mostrou um punhado de droga. Perguntei o que era e ele disse que se tratava de cocaína. Contou que havia acabado de comprar ali no parque mesmo. Lembro de ter ficada assustada e de não ter usado. No meu depoimento à polícia, perguntaram se havia ocorrido consumo de drogas. Eu disse que sim. Mas eles entenderam que eu havia usado, o que eu não lembro ter acontecido. Estamos aguardando o laudo dos exames que vai mostrar isso [o resultado deve sair em 30 dias].

Falei para ele que precisava ir embora e fomos caminhando juntos, de mãos dadas, até o Portão 6. Ele começou a ir para uma área mais escura e com muitas árvores, próximo do local chamado de ‘bananal’, um lugar que eu só conhecia de nome. Sabe quando tem pavor de um lugar? (o local fica próximo ao Viveiro Manequinho Lopes, onde jovens, tanto héteros quanto homossexuais, fazem sexo).
Continuei dizendo que precisa ir embora. Estava muito mal e zonza. Ele foi me forçando. Foi aí que tudo aconteceu. Ele se aproveitou de mim, da minha fragilidade, ainda que sem violência. Eu me vi no chão quando, de repente, num lapso de tempo, eu já não o via mais ali ao lado. Imediatamente, chegaram três homens na minha frente e acredito que mais outros três atrás de mim. Eles me xingavam de p.., de vadia e vieram para cima. 

Eles me colocaram abraçada contra uma árvore, de costas para eles, seguraram meus braços e me estupraram. Foi uma hora de terror. Eu gritei, pedi ajuda, mas chegou um momento de tanto pavor que a voz nem saia de dentro de mim. Eu só queria que aquilo terminasse logo. Quando eles me soltaram dei por falta das minhas coisas. Os estupradores disseram que o rapaz com quem eu estava antes afirmou que era namorado e levou tudo.

Eu saí correndo, chorando, até encontrar um funcionário do parque, que me ajudou a chegar até em casa. Liguei desesperadamente para minha mãe, que estava num jantar, mas não consegui contar o que aconteceu por telefone. Só pedi para ela chegar logo. Entrei em estado de choque sem abrir a boca. Aos poucos, de forma monossilábica, contei o que aconteceu. Eu me senti envergonhada e culpada. Chegamos ao 27º DP [Campo Belo] por volta das 23h para registrar o boletim de ocorrência. Eu me senti num ambiente muito machista. Eles usavam um tom inquisidor: “Ah, então você fez isso”; “Você foi até lá?”; “Você estava com ele”. Sempre um com um olhar de reprovação. Acho que é por isso que as mulheres vítimas de violência não prestam queixa. 

Estou em choque com tudo isso. Não sou essa menina promíscua que as pessoas estão falando. O meu relato à polícia foi deturpado. Se eu estivesse em sã consciência, jamais teria acontecido isso. Ainda mais porque eu que sempre fui àquela pessoa que tem noção do perigo, sempre me previno muito.
Sou grudada com a minha mãe, mando whatsapp de onde estou, que horas vou chegar [a mãe mostra as conversas num smartphone]. Jamais teria chegado perto desse garoto se tivesse o ar de uma pessoa ruim.
Estou com dores na clavícula, nos braços, e meu joelho está todo dolorido. Fui encaminhada ao Hospital Pérola Byington para exames e tomei uma série de medicações e vacinas preventivas contra doenças sexualmente transmissíveis. O tratamento vai durar por 28 dias. Quero que tudo isso passe logo quero esquecer o que vivi. Está até difícil de sair de casa. 


Resumo: Na madrugada desta segunda (18), uma mulher de 18 anos denunciou um estupro coletivo ocorrido dentro do Parque Ibirapuera. Natural de Jundiaí, a vítima afirma ter sido abordada por seis homens no momento em que se relacionava sexualmente com outro rapaz. Ela diz que foi forçada a fazer sexo com todos do grupo. Enquanto isso, seu acompanhante fugiu levando seus pertences. 

O local do crime relatado na ocorrência do 27º Departamento de Polícia foi o portão 6 do parque, que fica na altura do número 950 da Avenida Quarto Centenário. Segundo o boletim, a vítima foi violentada por cerca de uma hora e trinta minutos. A jovem disse ter feito uso de bebida alcoólica e cocaína e foi enviada ao Projeto Bem Me Quer para procedimentos médicos e psicológicos.

Fonte: VEJA São Paulo


sexta-feira, 17 de julho de 2015

Menor condenado por estupro no Piauí é morto em Centro de Correção



Gleison Vieira da Silva de, 17 anos, foi assassinado pelos outros três comparsas
O menor Gleison Vieira da Silva, de 17 anos, foi assassinado na madrugada desta sexta feira dentro do Centro Educacional Masculino, em Teresina. Ele é um dos quatro jovens infratores condenados na semana passada pelo estupro coletivo de quatro meninas e pela morte de uma delas em Castelo do Piauí. O crime ocorreu no fim de maio. Gleison foi espancado pelos outros três menores condenados com ele, segundo informações iniciais da Polícia Civil. Ele teria sido atacado no alojamento onde os menores começaram a cumprir a internação, em ala separada. O jovem recebeu diversas pancadas na cabeça e ficou com o rosto desfigurado.


Gleison, 17 anos: espancado até a morte em Centro de Recuperação(Polícia Civil de Castelo do Piauí/VEJA)
Uma certeza existe: esse  ‘di menor’ não estuprará mais ninguém  e nem cometerá mais crimes

A transferência dos menores preocupava a direção de casa de correção. Os demais internos costumam rejeitar e até retaliar menores acusados de estupro. Antes, eles estavam apreendidos em outra unidade, o Centro de Internação Provisória (Ceip), onde Gleison chegou a ficar separado dos demais. Ele brigou com um dos comparsas pouco antes do estupro, de acordo com a mãe. Os menores se irritaram com o garoto depois que foi divulgado um vídeo em que ele narra detalhes do crime contra as meninas e delata os demais. Em Teresina, ele dividia o quarto com F.J.C.J., também de 17 anos, I.V.I e B.F.O., ambos de 15.

O ataque começou por volta das 23 horas de quinta-feira. Gleison recebeu golpes na cabeça e teve traumas no crânio e no rosto. O menor chegou a ser socorrido por um educador social e foi retirado com vida de dentro do alojamento, mas não resistiu. Ele morreu ainda dentro do CEM. O corpo não tinha marcas de perfuração, e as autoridades vão investigar se houve estrangulamento ou sufocamento. Depois do assassinato de Gleison, os três foram levados temporariamente de volta para o Ceip, onde ficam totalmente isolados, em apartamentos individuais. "Fomos surpreendidos. Eles confessaram a barbárie à polícia com a crueldade e a frieza de pessoas de alta periculosidade. Eles alegaram ao delegado no momento vingança", diz o diretor de Atendimento Socioeducativo do Piauí, Anderlly Lopes. "Eles tinham problemas mais antigos, como disputa por objetos furtados. Existe uma suposição de que os três estavam tramando contra a vítima, que havia delatado os outros no processo."

Lopes recomendou ao juiz da 2ª Vara da Infância e da Juventude, Antônio Lopes, a transferência dos três menores agressores para unidades no interior do Estado, em Picos ou Parnaíba, porque há risco de serem atacados por outros adolescentes infratores. Quando o grupo chegou ao CEM, os demais menores apreendidos protestaram, batendo contra as grades dos alojamentos. Os quatro adolescentes estavam recolhidos no mesmo local, um alojamento separado dentro da ala destinada a menores que cometeram estupros e crimes graves.

O Centro Educacional Masculino tem capacidade de sessenta internos, mas abriga cerca de oitenta atualmente. O local não tem estrutura para isolamento individual. A casa de correção tem histórico de superlotação e fugas. Ao todo, a ala em que eles cumpriam a internação abrigava treze menores internados, mas sem acesso aos quatro garotos de Castelo do Piauí, segundo o diretor. Eles ficaram em um cômodo com quatro camas de concreto e haviam sido transferidos para a unidade há cerca de 24 horas. "A separação deles era uma necessidade anterior, tivemos essa preocupação. Mas em diálogo com esses adolescentes chegamos à conclusão de que a medida não seria viável, até por segurança deles. Os internos que já estavam na unidade tumultuaram o ambiente na ânsia de fazer vingança e esses adolescentes, com receio de sofrerem represálias, aceitaram ficar agrupados."

Fonte: Revista VEJA

Mentor de estupro coletivo no Piauí é agredido na cadeia



Adão Souza levou um soco de outro preso na Casa de Detenção durante o banho de sol. Ele é mantido em isolamento por causa do risco de ser atacado pelos demais detentos
Acusado pela Polícia Civil e pelo Ministério Público de ser o artífice do estupro coletivo de quatro adolescentes e da morte de uma delas em Castelo do Piauí, o traficante Adão José Silva Souza, de 39 anos, foi agredido nesta quinta-feira na Casa de Detenção Provisória de Altos (PI), onde aguarda julgamento. A agressão ocorreu no mesmo dia em que Gleison Vieira da Silva, um dos menores infratores condenados pelo estupro, morreu após ser espancado pelos comparsas do crime no Centro Educacional Masculino, em Teresina.


 O traficante Adão José Silva Souza, de 39 anos, mentor do crime(Polícia Civil do Piauí/Divulgação)
Outro que logo será executado; um método adequado para punir o que ele fez é sessões de sufocação com saco plástico. Cada sessão sendo precedida de um intervalo para recuperação e mais demorada que a anterior, tornando a morte mais lenta
Adão se desentendeu com outro preso durante o banho de sol e levou um soco. O ferimento foi leve. O gerente da unidade, Leandro Oliveira, disse que foi instaurado um inquérito policial. Souza permanece isolado em uma cela separada na Casa de Detenção. A unidade foi inaugurada em maio e tem capacidade de 142 vagas. Ele recebeu atendimento médico e fez exame de corpo de delito.

O traficante nega participação no estupro, mas foi apontado como mentor pelos quatro menores infratores de 15 a 17 anos que confessaram o crime.

Adão Souza responde por quatro estupros, três tentativas de homicídio, um homicídio qualificado, porte ilegal de arma de fogo, associação criminosa e corrupção de menores. Ele foi denunciado, mas não apresentou defesa ao juiz Leonardo Brasileiro, de Castelo do Piauí. O juiz encaminhou o caso para a Defensoria Pública nesta quinta e aguarda resposta para agendar as primeiras audiências na Justiça.

O Ministério Público estima que ele possa pegar até 151 anos e dez meses de prisão, embora a legislação penal brasileira permita a prisão por no máximo trinta anos. Souza deve ser levado a júri popular ainda neste ano.

Fonte: Revista VEJA