Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador exportadores. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador exportadores. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 8 de março de 2019

‘Brazil first’

No Itamaraty, ideia é ‘desligar o botão automático’ e rever tradição e multilateralismo

Enquanto o presidente Jair Bolsonaro distrai o digníssimo público com uma barbaridade por dia, o mercado só quer saber da reforma da Previdência e o mundo, os investidores, os exportadores e os importadores perguntam qual é a política externa brasileira. Aliás, se há uma. Se há, pode ser resumida assim: “Brazil first”.
É, obviamente, um plágio do slogan de Donald Trump nos Estados Unidos: “America first”. A questão, levantada por ex-presidentes, ex-chanceleres e diplomatas da ativa é se é “Brazil first” ou se vai acabar sendo “Brazil after America”. Além de causar perplexidade de novo ontem, ao dizer que “liberdade e democracia só existem quando as Forças Armadas assim o querem”, Bolsonaro enumerou os seus aliados no governo e incluiu aí “aqueles que querem aproximação com países que têm ideologia semelhante à nossa (Brasil)”.
Mais do que uma manifestação de ojeriza a Cuba e Venezuela, [aversão justa e necessária e que deveria ser coroada com o rompimento de relações diplomáticas com as duas ditaduras - que vantagem tem para o Brasil manter relações diplomáticas com Cuba e Venezuela? e com mais uma dúzia de países que nada acrescentam.] foi uma referência à aliança com os EUA e com Trump, pedra fundamental da política externa da “nova era”. Há consenso quanto a aprofundar as relações com a maior potência mundial, tradicional parceira brasileira.

A dúvida é sobre a calibragem. Alinhamento automático? Brasil caudatário dos EUA? Tudo isso vai ficar mais claro no encontro de Bolsonaro com Trump, dia 19. Além da gorda pauta bilateral de negócios, cooperação e facilitação de trânsito de pessoas e produtos, os dois terão muito a conversar sobre temas globais e regionais e interesses estratégicos de EUA e Brasil, como Venezuela e China. Setores do Itamaraty lembram que Bolsonaro deixou muito claro na campanha eleitoral o que pensava, o que significava e o que pretendia. Logo, o eleitorado chancelou uma forte guinada ideológica no poder e isso, evidentemente, tem reflexo direto no Itamaraty. Na montagem do gabinete, na distribuição das peças no tabuleiro e na própria política externa.
A equipe do chanceler rechaça “caça às bruxas” e diz que os movimentos são naturais. Mudou o governo, muda o Itamaraty. Quanto à política externa, a intenção é “quebrar a inércia”. Ou seja: rever conceitos, práticas e hábitos que vêm de décadas, de governo após governo, como se fossem cláusulas pétreas. “É desligar o botão automático”, resumiu um dos artífices das mudanças, sempre enfatizando que tudo está sendo suave, sem solavancos. Uma das “verdades absolutas” é justamente que o multilateralismo tem de se sobrepor a tudo. “Por quê?”, pergunta ele. Decisões de organismos internacionais são boas quando são boas para o Brasil. Não são quando não convêm ao País. Simples assim. Quer dizer... mais ou menos simples, porque a ONU tem seus problemas, mas é fonte de estabilidade internacional, e a OMC, útil nas guerras comerciais, é fundamental para países médios como o Brasil. E vai por aí afora.
Quanto aos temas mais bombásticos da campanha, eles trariam enorme prejuízo ao Brasil e foram estacionando no caminho para o poder: embaixada em Jerusalém, retirada do Acordo do Clima, cacetadas na China. Parecem bem distantes. Após reduzir a estrutura do Itamaraty – “escolher pessoas para cargos, não cargos para pessoas”, diz Araújo –, há sérias dificuldades para fechar postos no exterior criados pelo ex-chanceler Celso Amorim como forma de atrair votos para uma vaga no Conselho de Segurança da ONU. Criar é fácil, fechar é que são elas. É o oposto do “soft power”, é como dizer aos países: “Vocês não têm a menor importância”.
E a exoneração do embaixador Paulo Roberto de Almeida por críticas ao chanceler? Resposta: não é nenhuma novidade, que o digam os embaixadores Moscardo, Bustani e Samuel Pinheiro Guimarães no governo FHC. Turma é turma.
 
Eliane Cantanhêde - O Estado de S. Paulo
 
 
 

segunda-feira, 30 de março de 2015

Economia desacelera no desgoverno Dilma - desemprego, inflação e recessão aceleram

Commodities e energia pressionam, e IGP-M vai a 0,98% em março -

O IGP-M acelerou em março. O índice, muito usado na correção de contratos, foi a 0,98% (3,16% em 12 meses) com a recuperação dos preços do minério, da soja e do milho e nova aceleração no preço da tarifa de energia. Em fevereiro, a variação havia sido de 0,27%.

O grupo das Matérias-Primas Brutas registrou aumento de 2,02%, após a retração de 1,32% em fevereiro. Soja (8,3%), minério de ferro (1,19%) e milho (3,75%) foram exemplos de produtos que deixaram o campo negativo e passaram a subir de preço entre fevereiro e março. A alta mais contundente, o leitor deve ter notado, foi na tarifa residencial de energia elétrica. Pelo levantamento da FGV, o aumento médio no mês foi de 16,84%. Veio da eletricidade a principal contribuição para o Índice de Preços ao Consumidor  parte da composição do IGP-M  acelerar em março, para 1,42%.   

Reação da balança comercial pode demorar a acontecer

Armando Monteiro, o ministro do Desenvolvimento, em entrevista ao GLOBO, tratou como oportunidade a alta do dólar que, na visão dele, veio para ficar. Em geral, um cenário assim anima os exportadores, mas os resultados podem demorar a aparecer.

O real desvalorizado traz vantagens ao exportador; seu produto fica mais competitivo e ele passa a ganhar mais por cada dólar exportado. Mas com a cotação instável como temos visto, o empresário prefere esperar que o câmbio se estabilize antes de fechar os contratos, uma maneira de evitar perdas caso a cotação suba mais.

Outro padrão é que, sabendo da situação mais confortável dos exportadores, os importadores passam a pedir descontos no preço do produto.

Continuar lendo........................... Blog Míriam Leitão