“Os
chineses compraram a África e estão tentando comprar o Brasil” – disse,
em 2010, Antonio Delfim Neto, raposa velha que já foi e já fez de tudo
por essas bandas (inclusive assessorar Lula, o Chacal).
Hoje, passados quase oito anos da denúncia premonitória do ex-titular
de algumas pastas ministeriais (entre elas, as da Fazenda, da
Agricultura e do Planejamento), a China – sempre fazendo “negócios da
China” – não só comprou e ocupou boa parte do território nacional, como
fincou suas garras nos mais diversos setores da nossa economia, a
destacar, além de hidrelétrica e refinaria, empresas automotivas e de
transportes pesados, de mineração, siderurgia, gás, petróleo, construção
civil e até bancos afinados com o mais refinado capitalismo de Estado,
mil vezes mais deletério do que o moribundo capitalismo selvagem.
(Antigamente se falava do “imperialismo ianque”, mas reina silêncio
absoluto em torno da nociva invasão chinesa que, agora, para inocular a
peçonha comunista, usa a retórica do globalismo).
A coisa chegou a tal ponto que o próprio diretor-geral da FAO,
agência da famigerada ONU para Alimentação e Agricultura, chamou a
atenção do mundo para o avanço do neocolonialismo chinês no território
africano – neocolonialismo tido pelos nativos como “predatório, odioso e
animalesco”. Os africanos protestam contra o que chamam de “mercantilismo de
palitinhos”, caracterizado como pura e simples pilhagem dos seus
recursos e commodities, em geral lastreada por contratos obscuros
modelados pelos chineses.
Só para exemplificar o modus operandi dos asiáticos na
África: tornou-se célebre o caso de uma mina de carvão na Zâmbia em que,
devido a manifestação de protesto contra baixas condições de segurança
e de salários, dezenas de trabalhadores foram dispersos a bala pelos
gerentes chineses – o que gerou comoção nacional e o repúdio da
população.
Por sua vez, numa outra vertente, a militarista, autoridades do
Quênia, esbulhados pelos asiáticos na construção de uma ponte, asseguram
que o governo chinês negocia com qualquer regime, inclusive os
repressivos, fornecendo jatos, veículos militares e armas para países
belicistas como Zimbabwe, Sudão e outros que tais. “Em alguns casos, a
China opera” – dizem os líderes africanos – “sem escrúpulos morais ou
limites éticos”. No ramo do agronegócio, para plantar soja, milho e outras cositas, os
chineses já compraram, desde o alerta do Delfim, terras em profusão no
oeste baiano e num extenso conjunto de áreas do cerrado do Maranhão, do
Piauí e do Tocantins conhecido pela sigla “Mapito”.
Recentemente, o próprio Michel Temer viajou à Pequim (cidade mais
poluída do mundo) para oferecer a Eletrobrás e outras empresas,
provavelmente a preço de banana, tal como fez FHC com a Vale do Rio
Doce. Qual é o problema? – questionarão esquerdistas e progressistas de
toda ordem. Precisamos sair da crise e dinheiro novo é sempre bem vindo,
sobretudo neste quadro de insolvência em que o País se desmancha. Concordo, pois sou a favor da redução do Estado e, quando à frente da
pasta da Cultura no escorraçado governo Collor, lutei dia e noite para
fechar a corrupta Embrafilme e dezenas de fundações parasitárias a
serviço da subversão na área cultural.
Mas o problema é que, por trás dos homens de negócios chineses, com
seus “investimentos estratégicos”, se escamoteia a fúria expansionista
de um regime comunista de linha marxista-leninista, consagrada pela
recente elevação de Xi Jinping ao trono do império chinês, em tudo
semelhante à exercida pelo ditador (pedófilo) Mao Tse Tung, o “Grande
Timoneiro”, que atingiu a apoteose na era da sangrenta Revolução
Cultural (quando expurgou e mandou fuzilar cerca de um milhão de
professores, estudantes, intelectuais e artistas considerados
dissidentes).
Embora apontado como secretário-geral por 2.300 delegados presentes
no XIX Congresso do PCC, em outubro, Xi Jinping, seguindo o dogma do
“centralismo democrático” soviético, já comanda a cúpula do Politburo
chinês (composto por 18 vassalos) com mão de ferro, apelando para o
total controle da sociedade pela prática da espionagem, da censura, da
brutalidade do Estado policial e, no plano externo, da inevitável
escalada armamentista para implantação de uma “nova ordem mundial”.
Na agenda de Xi, como é notório, gays, lésbicas, muçulmanos,
ecologistas, religiosos, internautas e suas redes sociais continuarão
sendo caçados com porretes, prisões e penas de morte. Dissidentes e
ativistas, por sua vez, continuarão sendo empurrados, aos milhares, para
campos de trabalhos forçados e de reeducação política e ideológica,
exatamente como fizeram Lenin e Stalin.
O mais curioso em tudo isso é que, no Brasil, o pessoal dos “direitos
humanos”, legiões de gays, lésbicas, ambientalistas, movimentos sociais
e a mídia amestrada permaneçam de bico calado, deixando pra lá o drama
de um bilhão e trezentos milhões de chineses – 600 milhões dos quais
sobrevivendo, esquecidos e abandonados, na sombria miséria do meio
rural.
Quanto a mim, penso que poucos políticos brasileiros possam se
antepor ao neocolonialismo chinês em marcha e estimular, na alma da
sociedade, a criação de uma agenda de resistência comprometida com
desenvolvimento sem coação e sem medo de assegurar as liberdades
fundamentais que dão substância ao indivíduo.
Aponto Bolsonaro como um deles.
Até.
Ipojuca Pontes, cineasta, jornalista, e autor de livros como ‘A Era Lula‘, ‘Cultura e Desenvolvimento‘ e ‘Politicamente Corretíssimos’, é um dos mais antigos colunistas do Mídia Sem Máscara. Também é conferencista e foi secretário Nacional da Cultura.
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
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quarta-feira, 8 de novembro de 2017
China comunista, Brasil vermelho
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