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segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Por que a escola se tornou um grande foco da esquerda?

“A civilização brasileira, como a personagem de Machado de Assis, chama-se veleidade, sombra coada entre sombras, ser e não ser, ir e não ir, a indefinição das formas e da vontade criadora” –  Raymundo Faoro.

[alguns pontos sobre a imunda, maldita e nojenta ideologia de gênero.]


Tudo indica que nossa veleidade se acentuou neste quase admirável mundo novo Ocidental, no qual o ser humano se desestabiliza, se angustia e se perde nas dúvidas.  Prevalece a ditadura da esquerda, não a do proletariado porque essa não vingou, mas do politicamente correto através do qual ser tachado de intolerante, preconceituoso, conservador, estigmatiza quem ousa ostentar tais características.  Não é possível relembrar em um pequeno artigo as teorias de Marx e Engels, passando por Lenin e Stalin até chegar à Antonio Gramsci e Louis Althusser que enfatizaram a importância das superestruturas. 
Porém, há um pensamento comum entre eles que está sendo utilizado atualmente.
Marx e Engels enfatizarem a importância fundamental do que chamaram de infraestrutura (base econômica, modos de produção).  Também pregaram o fim da propriedade burguesa, da liberdade e da individualidade burguesas, da família burguesa, da moral e da religião burguesas, que são as superestruturas, para que estas se harmonizassem com a infraestrutura.

Gramsci distinguiu na superestrutura a sociedade política” e a “sociedade civil”, sendo que esta última se assenta na persuasão e diz respeito à ideologia em todos seus aspectos (religião, filosofia, direito, ciência, arte, cultura, etc.) e às instituições que as criam e difundem (escolas, igrejas, meios de comunicação). Como a sociedade civil, na visão do pensador é “primitiva e gelatinosa”, a revolução socialista pode se limitar ao essencial: apropriar-se do aparelho coercitivo do Estado e em seguida desenvolver uma verdadeira sociedade civil em harmonia com a infraestrutura.

Observe-se que Louis Althusser voltou ao tema e apresentou o problema da autonomia relativa das superestruturas, que chamou de aparelhos ideológicos do Estado (A.I.E), como o religioso (Igreja), o educacional (escolas, universidades), o familiar, o jurídico, os partidos políticos, o sindical, a mídia, o cultural (teatro, belas artes, literatura). Destaca-se, segundo Althusser, a escola, que tem posição privilegiada por inculcar a ideologia dominante desde a infância. Donde se conclui, que será fundamental que o Aparelho repressivo do Estado domine completamente os Aparelhos ideológicos.

O que acontece hoje mostra que a esquerda não desapareceu sob o fracasso soviético ou debaixo dos escombros do Muro de Berlim. Revive através de táticas mais sutis, baseadas na superestrutura e a escola se torna o grande foco através do qual se pode despersonalizar a delicada mente em evolução de crianças e jovens através do ensino da permissividade, da amoralidade, da dúvida sobre o sexo.  Afrouxam-se, assim, normas sociais consensuais e intuições da consciência são neutralizadas para que não mais se distinga entre o certo e o errado. Abole-se diferenças entre os sexos e decreta-se que não existem mais meninos e meninas. Isso é ensinado em escolas “moderninhas” em obediência a diretrizes do MEC.


Imagine-se as futuras gerações que poderão advir desse processo, despersonalizadas, problemáticas, cheias de dúvidas, sem parâmetros morais em que possam se amparar. Entusiasmados, os sub-humanos servirão ao Estado totalitário comunista com fervor e sujeição. Será algo que nem Marx em toda sua imaginação poderia conceber.   Especialmente, se a tecnologia e a ciência, que avançam com grande rapidez, forem apropriadas pelo partido único ou dominante, ou melhor, pela nomenclatura. Alguns dirão que incursionei na ficção científica. Será? Especialmente durante o governo petista foi concreto e não ficcional o incessante trabalho feito nas escolas junto às crianças e jovens no tocante a chamada ideologia de gênero. Nisso se notabilizou o então ministro da Educação, o petista Fernando Haddad.

Nas universidades se acentuou a doutrinação de esquerda, feita não por “intelectuais orgânicos” oriundos do proletariado como profetizou Gramsci, mas por professores da classe média convertidos ao petismo ou docentes oportunistas que se intitulam petistas para obter os privilégios e regalias que só são dados aos companheiros.  No tocante a destruição da família composta por mãe, pai e filhos, impressiona a doutrinação homossexual feita através de novelas, revistas e jornais. Destaca-se a TV com sua poderosa influência sobre comportamentos, costumes e valores, que antes eram transmitidos pela família e pela religião, instituições que aos poucos vão perdendo a capacidade educativa e de influência.

E eis que surge uma especial “arte” com seu apelo à zoofilia, à pedofilia, à homossexualidade.

Nesse tempo de dúvidas, algo também se desenvolve sobre o que se denomina de esquerda e de direita. Permanece a dicotomia do “nós contra eles”, mas à luta de classes difícil de ser levada à efeito, foi substituída pela luta racial (negros contra brancos), pela luta de “gêneros(heterossexuais contra homossexuais) e outras esquisitices, mantendo assim a chama do ódio entre os contendores.  Ser de esquerda, como reza o politicamente correto, é ser intrinsecamente bom, a favor do aborto, contra os Estados Unidos, defensor de ditaduras venezuelana como a cubana, a venezuelana, etc. e ser amoral.

A direita é classificada sempre de radical, fascista, intolerante, preconceituosa, conservadora, atrasada.   Mas nem a esquerda nem a direita como são taxadas, existem. Quando pessoas se revoltam contra a manipulação mental de seus filhos ou da dita arte, não são de direita, mas expressam seus valores morais e religiosos.
No momento a esquerda brasileira conta [contava]com a volta de Lula da Silva para se consolidar. O futuro dirá se queremos ser escravos de nós mesmos.

Maria Lúcia Victor Barbosa, socióloga





terça-feira, 23 de outubro de 2018

Deixem o povo votar em paz

A esquerda apela para o tapetão usando uma notícia de jornal e insinua que os mais de 49 milhões de eleitores de Bolsonaro foram manipulados pelo WhatsApp

José Nêumanne (publicado no Blog do Nêumanne)

Há três anos, o Partido dos Trabalhadores (PT) recorria à votação popular que escolhera Dilma Rousseff e Michel Temer para evitar a punição da primeira e a ascensão do segundo por descumprimento da lei, exigindo provas cabais dos crimes, desqualificando delações premiadas e fazendo pouco do Judiciário. Agora, seu candidato, o ventríloquo Lula encarnado no boneco Fernando Haddad, quer anular mais de 49 milhões de votos do adversário, Jair Bolsonaro, do PSL, com base numa notícia de jornal, sem nenhuma comprovação factual, de prováveis riscos que correriam as instituições após sua eventual posse. Seria um golpe se não fosse só mero delírio, talvez tremens: coisa de bêbado que conversa   com poste, conforme a piada do capitão reformado e deputado de direita.

Vamos aos fatos. Em 2014, Dilma Rousseff e Michel Temer foram eleitos sob o peso do maior “disparo” de futricas (termo do português vulgar para definir a expressão, definida por Donald Trump e adotada pela esquerda colonizada como bandeira, fake news). Antônio Palocci, coordenador da campanha da primeira eleição do poste Dilma em 2010, contou em delação premiada que esta, por ele coordenada, custou R$ 600 milhões e a segunda, de 2014, R$ 800 milhões. Total: R$ 1 bilhão 400 milhões em propinas. Neste dinheirão não estão computados os milhões em dinheiro vivo empregados para corromper o candidato e chefe da então soi-disant oposição, Aécio Neves (PSDB-MG), segundo foi delatado por executivos de duas grandes empresas beneficiadas pelo populismo petista: a empreiteira Odebrecht e o grupo que se tornou o maior produtor e vendedor de proteína animal do mundo sob os auspícios do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o J&F. E parte não desprezível do montante denunciado financiou a sórdida campanha feita contra Marina Silva, da Rede Sustentabilidade, acusada de cúmplice de banqueiros em assaltos à mesa do trabalhador brasileiro.

O PSDB, então já sócio da continuação do governo petista sob o vice do PMDB guindado ao poder pelo impeachment, Michel Temer, acusou os adversários de fraude. Na metade do mandato da chapa vencedora, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sob Gilmar Mendes, absolveu-a. Conforme o atento relator do processo, ministro Herman Benjamin, não por falta, mas, na certa, “por excesso de provas”. Para alívio dos tucanos, que compartilharam do governo Temer, mas depois tentaram livrar-se do peso de sua impopularidade, o vice que virou chefe ainda tem mais dois meses e meio de mandato a cumprir até entregar o bastão na corrida de obstáculos ao vencedor do segundo turno da eleição, em 1.º de janeiro de 2019.

Durante todo este processo eleitoral a Nação convive com a ameaça do PT de que “eleição sem Lula é fraude”. Mas como o ex-aliado Cid Gomes, senador eleito pelo PDT no Ceará, avisou aos berros aos militantes aliados: “Lula está preso, babaca!”. Ainda assim, o TSE foi conivente com a divulgação de várias rodadas de pesquisa eleitoral que colocavam o preso condenado por furto e lavagem de dinheiro na liderança da preferência popular. Pregou no deserto quem, como o autor destas linhas, avisava que as pesquisas falseavam a verdade, porque o desapreço, para usar um termo módico, da população pelo taumaturgo de Caetés já superava, e muito, a devoção dos asseclas tornados devotos em capelinhas erigidas no mundo para culto dos grupos remanescentes do que restou da esquerda mundial.

No meio do processo, a indignação majoritária contra os 13 anos e meio de desgovernos de Lula e de seu poste sem luz Dilma descobriu a lanterna no fim do túnel no único candidato que atendia aos pré-requisitos básicos para a mudança: o capitão reformado e deputado federal Jair Bolsonaro. Afinal, só ele tinha chance de disputar o trono presidencial contra o PT, suas viúvas e seus aliados públicos ou secretos. Era também o único que não tinha motivos para se queixar de perseguição dos policiais retos, promotores probos e juízes honestos da primeira e da segunda instâncias responsáveis pela devassa e pelo julgamento do maior escândalo de corrupção da História: o mensalão, que continuaria como petrolão. E, last but not least (por último, mas não por menos, ou menas, como prefere fletir o padim Lula), o Quixote disponível para atacar o predomínio das bandeiras com as quais a esquerda conta agora para esconder o fiasco monumental da “luta de classes” de Marx e Engels, Lenin e Stalin: escola com partido, ideologia de gêneros e ecologia contra economia, entre outras.

Desde 2013, as manifestações espetaculares nas ruas, com a bandeira vermelha trocada pelo pavilhão verde-amarelo nos protestos contra “tudo o que está aí”, sinalizavam nessa direção, resultando no verão de 2018 com a moda do “não reeleja ninguém”. Mas os chefões partidários, ciosos da necessidade de garantir a própria impunidade com o foro de prerrogativa de função e outros privilégios, cercaram o forte da resistência com os escudos e armaduras de sempre: voto cativo da miríade da promiscuidade dos 35 partidos de aluguel autorizados pela tolerante “Justiça Eleitoral” (conforme ficou provado na Operação Lava Jato, quase todos), financiamento público bilionário de suas campanhas e o adiamento, se Deus permitir, para sempre da cláusula de barreiras para pôr fim à farra.

Com a aceitação pelo TSE da farsa do candidato oficial cobrindo a cara com a máscara do presidiário, então, o eleitorado em geral concluiu que a opção não seria entre pobres e ricos, direita e esquerda, democratas e nostálgicos da ditadura, mas, sim, entre o capitão e o ladrão. E ela passou a ser entendida e estendida a todos que não querem mais viver sob o jugo do PT, acostumados a Fla x Flu, rinhas de galo e queda de braço.

O PT e Lula foram escorraçados em vários Estados do segundo turno e só não o foram no primeiro da presidencial mercê de ajudas de Ciro Gomes, que queria ser terceira via e teve de se contentar com o terceiro lugar, e de Geraldo Alckmin, que quis encarnar a democracia, mas foi só um anestesista incapaz de ressuscitar a velha política, ao exumá-la. Os outros não tiveram sequer votos suficientes para povoar este parágrafo.

Outra evidência está aí à mão e me envergonho de ser o primeiro a chamar a atenção, de tão lógica que é. Convido os que tremiam de pavor quando viam Lula liderando as pesquisas enquanto o TSE não lhe dava o merecido pontapé no traseiro a me responderem a duas questões. Primeira: se o candidato real do PT disputaria na condição de favorito, por que Fernando Haddad aposentou a máscara de barba que adotou para conquistar os votos dos súditos dele? Segunda: será mera coincidência a rejeição ao candidato fake do PT ter ficado um ponto dentro do terreno da inviabilidade (51,4% na pesquisa CNT-MDA), à medida que cresce o conhecimento do eleitor de sua conexão com o que realmente disputa?

Diante do abismo, Haddad/Lula apelou para duas asas coladas no escolhido com cera, como Ícaro. A primeira é a sombra da ditadura. A eleição virou disputa entre a maioria de eleitores fascistas, neofascistas ou até nazistas contra democratas, representados por signatários de manifestos da “boa causa” e defensores de políticos e burocratas acusados de crime de colarinho-branco. O professor de Ciências Políticas da Universidade Federal de Pernambuco Jorge Zaverucha escreveu sensato artigo no Globo, no sábado, intitulado Histeria, reduzindo essa teoria a pó com dados da História, e não da ficção populista da tigrada. Resumo-o numa sentença simples e lógica: “Bolsonaro sabe que, em caso de golpe, pode perder o emprego, pois um general da ativa tomaria as rédeas do poder”.

Agora o PT apela para o tapetão a partir de uma notícia de jornal dando conta de que os mais de 49 milhões de eleitores no primeiro turno foram levados a esse “desatino” pelo disparo de WhatsApps financiado por caixa 2 de empresas engajadas no antipetismo, que ameaça tomar o poder pelo voto. Em sua coluna diária na Folha de S.Paulo, Hélio Schwartsman escreveu no sábado 20 o seguinte: “Mentiras, rumores e boatos sempre assombraram eleições. A novidade agora é que, com as redes sociais, eles circulam com muito mais rapidez e atingem muito mais gente. Em algumas circunstâncias, quando a disputa é apertada e a corrente de desinformação surge nos últimos instantes, fake news podem definir o resultado do pleito. Não devemos, porém, atribuir poderes mágicos à manipulação eleitoral”.

Mistificação e desespero. Ora, ora, deixem o povo votar em paz!

Blog do Nêumanne

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

China comunista, Brasil vermelho

“Os chineses compraram a África e estão tentando comprar o Brasil” – disse, em 2010, Antonio Delfim Neto, raposa velha que já foi e já fez de tudo por essas bandas (inclusive assessorar Lula, o Chacal). 

Hoje, passados quase oito anos da denúncia premonitória do ex-titular de algumas pastas ministeriais (entre elas, as da Fazenda, da Agricultura e do Planejamento), a China – sempre fazendo “negócios da China” – não só comprou e ocupou boa parte do território nacional, como fincou suas garras nos mais diversos setores da nossa economia, a destacar, além de hidrelétrica e refinaria, empresas automotivas e de transportes pesados, de mineração, siderurgia, gás, petróleo, construção civil e até bancos afinados com o mais refinado capitalismo de Estado, mil vezes mais deletério do que o moribundo capitalismo selvagem.
(Antigamente se falava do “imperialismo ianque”, mas reina silêncio absoluto em torno da nociva invasão chinesa que, agora, para inocular a peçonha comunista, usa a retórica do globalismo).

A coisa chegou a tal ponto que o próprio diretor-geral da FAO,  agência da famigerada ONU para Alimentação e Agricultura, chamou a atenção do mundo para o avanço do neocolonialismo chinês no território africano – neocolonialismo tido pelos nativos como “predatório, odioso e animalesco”.  Os africanos protestam contra o que chamam de “mercantilismo de palitinhos”, caracterizado como pura e simples pilhagem dos seus recursos e commodities, em geral lastreada por contratos obscuros modelados pelos chineses.

Só para exemplificar o modus operandi dos asiáticos na África: tornou-se célebre o caso de uma mina de carvão na Zâmbia em que, devido a manifestação de protesto contra  baixas condições de segurança e de salários, dezenas de trabalhadores foram dispersos a bala pelos gerentes chineses – o que gerou comoção nacional e o repúdio da população.
Por sua vez, numa outra vertente, a militarista, autoridades do Quênia, esbulhados pelos asiáticos na construção de uma ponte, asseguram que o governo chinês negocia com qualquer regime, inclusive os repressivos, fornecendo jatos, veículos militares e armas para países belicistas como Zimbabwe, Sudão e outros que tais. “Em alguns casos, a China opera” – dizem os líderes africanos – “sem escrúpulos morais ou limites éticos”. No ramo do agronegócio, para plantar soja, milho e outras cositas, os chineses já compraram, desde o alerta do Delfim, terras em profusão no oeste baiano e num extenso conjunto de áreas do cerrado do Maranhão, do Piauí e do Tocantins conhecido pela sigla “Mapito”.

Recentemente, o próprio Michel Temer viajou à Pequim (cidade mais poluída do mundo) para oferecer a Eletrobrás e outras empresas, provavelmente a preço de banana, tal como fez FHC com a Vale do Rio Doce. Qual é o problema? – questionarão esquerdistas e progressistas de toda ordem. Precisamos sair da crise e dinheiro novo é sempre bem vindo, sobretudo neste quadro de insolvência em que o País se desmancha. Concordo, pois sou a favor da redução do Estado e, quando à frente da pasta da Cultura no escorraçado governo Collor, lutei dia e noite para fechar a corrupta Embrafilme e dezenas de fundações parasitárias a serviço da subversão na área cultural.

Mas o problema é que, por trás dos homens de negócios chineses, com seus “investimentos estratégicos”, se escamoteia a fúria expansionista de um regime comunista de linha marxista-leninista, consagrada pela recente elevação de Xi Jinping ao trono do império chinês, em tudo semelhante à exercida pelo ditador (pedófilo) Mao Tse Tung, o “Grande Timoneiro”, que atingiu a apoteose na era da sangrenta Revolução Cultural (quando expurgou e mandou fuzilar  cerca de um milhão de professores, estudantes, intelectuais e artistas considerados dissidentes).

Embora apontado como secretário-geral por 2.300 delegados presentes no XIX Congresso do PCC, em outubro, Xi Jinping, seguindo o dogma do “centralismo democrático” soviético, já comanda a cúpula do Politburo chinês (composto por 18 vassalos) com mão de ferro, apelando para o total controle da sociedade pela prática da espionagem, da censura, da brutalidade do Estado policial e, no plano externo, da inevitável escalada armamentista para implantação de uma “nova ordem mundial”.
Na agenda de Xi, como é notório, gays, lésbicas, muçulmanos, ecologistas, religiosos, internautas e suas redes sociais continuarão sendo caçados com porretes, prisões e penas de morte. Dissidentes e ativistas, por sua vez, continuarão sendo empurrados, aos milhares, para campos de trabalhos forçados e de reeducação política e ideológica, exatamente como fizeram Lenin e Stalin.

O mais curioso em tudo isso é que, no Brasil, o pessoal dos “direitos humanos”, legiões de gays, lésbicas, ambientalistas, movimentos sociais e a mídia amestrada permaneçam de bico calado, deixando pra lá o drama de um bilhão e trezentos milhões de chineses – 600 milhões dos quais sobrevivendo, esquecidos e abandonados, na sombria miséria do meio rural.

Quanto a mim, penso que poucos políticos brasileiros possam se antepor ao neocolonialismo chinês em marcha e estimular, na alma da sociedade, a criação de uma agenda de resistência comprometida com desenvolvimento sem coação e sem medo de assegurar as liberdades fundamentais que dão substância ao indivíduo.
Aponto Bolsonaro como um deles.
Até.

Ipojuca Pontes, cineasta, jornalista, e autor de livros como ‘A Era Lula‘, ‘Cultura e Desenvolvimento‘ e ‘Politicamente Corretíssimos’, é um dos mais antigos colunistas do Mídia Sem Máscara. Também é conferencista e foi secretário Nacional da Cultura.