Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Parece inegável que a ideologia woke está criando vitimização de um lado e preconceito do outro, ao dividir todos entre oprimidos e opressores
Ilustração: Shutterstock
A “diversidade, equidade e inclusão” (DEI) tem estado no centro das discussões entre vários grupos, desde políticos até ativistas sociais. Recentemente, o assunto ganhou maior destaque, pois os bilionários agora entraram no debate.
Elon Musk, o CEO da Tesla, recorreu à sua plataforma de mídia social X, antigo Twitter, em 3 de janeiro para condenar a DEI depois que o bilionário Bill Ackman escreveu um ensaio dizendo que a prática poderia levar ao “racismo” contra os brancos.“DEI é apenas mais uma palavra para racismo”, escreveu Musk. “Que vergonha para quem usa”, acrescentou.
DEI must DIE.
The point was to end discrimination, not replace it with different discrimination.
A postagem causou polêmica e gerou críticas do empresário bilionário Mark Cuban, que respondeu afirmando em uma postagem no X que o DEI é bom para os negócios: “Você pode não concordar, mas considero um dado adquirido que existem pessoas de várias raças, etnias, orientações… que são regularmente excluídas da contratação”. Cuban continuou: “Ao ampliar nossa busca de contratação para incluí-los, podemos encontrar pessoas mais qualificadas. A perda de empresas com fobia de DEI é meu ganho”.
Quem está certo nesse debate? Acredito que Elon Musk e Bill Ackman estejam mais perto da verdade do que Mark Cuban e toda a patota woke. Ninguém precisa negar a existência do racismo, por exemplo, para concordar que cotas raciais podem, muitas vezes, fomentar o mal que pretende erradicar, ao segregar a população com base na “raça” e reforçar justamente o conceito que desejava combater.
Creio que o mesmo acontece com a DEI.
Podemos aceitar a premissa: departamentos de RH, ainda que de forma inconsciente, priorizam certas características na hora de contratar alguém, e grupos minoritários acabam prejudicados.
Mesmo partindo dessa premissa, não há qualquer prova de que uma política como a DEI vai aliviar o quadro.
Parece inegável que a ideologia wokeestá criando vitimização de um lado e preconceito do outro.
Ao dividir todos entre oprimidos e opressores, tal como faziam os marxistas, essa mentalidade acaba fomentando o “racismo reverso”.
Afinal, os brancos (e judeus) são sempre “opressores”.
O simples fato de que a turma woketenta sempre negar a existência do racismo reverso mostra como ela é perigosa.
Para essa turma, odiar brancos não é racismo, pois os brancos… são terríveis mesmo!
Há uma justificativa inspirada em Marcuse para ser intolerante com os “fascistas”, e, ao definir como fascista um grupo com base na “raça”, claro que isso vai gerar racismo.
Basta ver os excessos de um movimento como o Black Lives Matter para ilustrar o perigo.
O grande problema que vejo na DEI está já em sua premissa: a diversidade com base na “raça”, ou no “gênero”, enquanto a verdadeira diversidade relevante para os negócios está em aspectos culturais, perfis individuais, características que independem dessa divisão forçada.
Ao criar grupos identitários e assumir que essa é a divisão importante, a ideologia woke já segrega com base num preconceito.
O óbvio precisa ser lembrado: há negros honestos e negros desonestos, assim como há mulheres competentes e mulheres incompetentes, e por aí vai. Indivíduos importam, mas, para a ideologia woke por trás da DEI, não.
A palavra-chave no capitalismo, e crucial para seu sucesso, é meritocracia. É por substituir a meritocracia que a DEI é tão criticada por Elon Musk e outros. Quando se assume que o próprio sucesso é prova de uma estrutura racista das “elites brancas”, então o único resultado possível será o “racismo reverso”, o “ódio do bem”, a revolta permitida contra essa “raça”.
E isso vai sempre ignorar a enorme quantidade de minorias bem-sucedidas, especialmente na América livre, assim como homens brancos em situação crítica. A conta não fecha.
A DEI, na prática, acaba sendo então um instrumento para certas pessoas pegarem atalhos para o sucesso.
Quando a própria meritocracia passa a ser vista como mecanismo das elites brancas, quando até a matemática é analisada por uma ótica ideológica, quando cada tentativa de mensurar objetivamente a contribuição individual ao coletivo é tratada com desconfiança, então só resta mesmo uma seleção artificial com base no conceito identitário.
Só haverá “justiça”, por esse raciocínio, se o resultado for mais… equitativo. E isso dentro da visão preconcebida da ideologia woke.
Se não houver um número maior de negros ou trans numa empresa, isso já seria prova de racismo como causa desse resultado desigual.
Claro que quem conclui isso olhando as grandes empresas do S&P não faz o mesmo tipo de inferência acerca da quantidade de brancos na NBA ou na NFL. Ali pode haver desigualdade, pois é “do bem”.
A SpaceX criou foguete que anda de ré e é responsável por cerca de 90% de todos os lançamentos comerciais ao espaço. Alguém acha mesmo que Musk precisa de lições sobre quem contratar para suas empresas?
Não há nada mais inclusivo do que o livre mercado. Qualquer um pode dele participar, seja como consumidor, seja como trabalhador ou empreendedor. Só no capitalismo há mobilidade social.
E tudo isso sempre com base na meritocracia.
A falácia de Mark Cuban se torna evidente para quem entende o mecanismo do mercado: se realmente há preconceito na seleção de empregados, e as empresas deixam de fora minorias só por isso, então ele teria mesmo ganhos por não ser preconceituoso e contratar essas minorias com mesma produtividade e ignoradas pelos concorrentes.
Mas, se fosse esse o caso, ele não precisaria de políticas DEI: bastaria ele seguir de forma imparcial o conceito de meritocracia e pronto.
Elon Musk criou empresas de enorme sucesso em diferentes áreas.
A Tesla desbancou todas as demais montadoras automotivas estabelecidas.
A SpaceX criou foguete que anda de ré e é responsável por cerca de 90% de todos os lançamentos comerciais ao espaço. Alguém acha mesmo que Musk precisa de lições sobre quem contratar para suas empresas?
Alguém se sentiria mais seguro se uma empresa aérea, em vez de contratar os melhores pilotos possíveis, passasse a levar em conta a DEI e enchesse o cockpit de gente trans, em nome da suposta equidade?
Nesta pequena cápsula que é meu gabinete de trabalho, onde quase tudo
está ao alcance da mão, tenho me lembrado de Howard Hughes. Nos anos 60,
encantava-me a pluralidade de seus talentos. Engenheiro, aviador,
industrialista, diretor de cinema, riquíssimo, namorava as mais belas
divas de Hollywood e afastou-se de tudo e de todas, internando-se em sua
própria casa num misto de misantropia, fobia de contaminação e
drogadição.
Encarcerou-se com grades que seus fantasmas impunham.
Renunciou à liberdade que, por décadas, lhe proporcionou uma vida
criativa e, sob muitos aspectos, extraordinária. Diferentemente,
nestes dias, eu e minha mulher, a exemplo de tantos em todo o mundo, nos
tornamos prisioneiros. Não de fobias, mas de invisíveis ameaças reais e
letais. Renunciamos à liberdade um dia antes de essa renúncia nos ser
imposta pelas autoridades locais e nacionais. Ficou entendido, para nós,
o sentido social, apropriadamente social, do esvaziamento das ruas.
Quem não consegue entender o significado do bem comum, tem, agora, uma
boa oportunidade de esclarecimento mediante o desenho dos fatos. É preciso tirar as pernas do vírus. Ele caminha com nossas pernas. Voa com nossas asas metálicas.
Está mudando muitas vidas e não apenas as rotinas dessas vidas a
invulgar experiência de protagonizar um desses filmes cujo script cria
suspense em torno da luta contra a exterminação da humanidade. Reza-se
nas redes sociais(quem diria?), reza-se em família. Lê-se como
raramente sobra tempo para ler. E se tem uma erupção de sentimentos
profundamente humanos proporcionados pelo desencarceramento do tempo.
Entre eles, de um lado,o medo, o egoísmo, a desesperança rumo ao
desespero, a mudança emocional para o reino da fantasia;de outro, a
solidariedade, a compaixão, a esperança, a busca do transcendente e a
necessidade de atribuir sentido a esse novo cotidiano. Em Viena,
no centro da Graben, um monumento domina a paisagem. É a Pestsäule,
coluna comemorativa do fim da peste que atacou a cidade no final do
século XVII. Obra coletiva de diversos escultores e pintores, o
monumento barroco resulta confuso pela pluralidade de mensagens a ver,
sentir e interpretar. Mas é essa característica que impõe, a quem o
contempla, prolongada análise de seus elementos. Vê-se ali a celebração
artística do fim do flagelo, o ódio à peste e o gratificado louvor à
Santíssima Trindade.Nunca pensei que, um dia, aquele monumento fosse ganhar atualidade e se fazer ensinamento na nossa vida. Percival Puggina (75),membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.