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terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Racismo reverso - Revista Oeste

Rodrigo Constantino

Parece inegável que a ideologia woke está criando vitimização de um lado e preconceito do outro, ao dividir todos entre oprimidos e opressores

 

 Ilustração: Shutterstock

A “diversidade, equidade e inclusão” (DEI) tem estado no centro das discussões entre vários grupos, desde políticos até ativistas sociais. Recentemente, o assunto ganhou maior destaque, pois os bilionários agora entraram no debate.

Elon Musk, o CEO da Tesla, recorreu à sua plataforma de mídia social X, antigo Twitter, em 3 de janeiro para condenar a DEI depois que o bilionário Bill Ackman escreveu um ensaio dizendo que a prática poderia levar ao “racismo” contra os brancos. “DEI é apenas mais uma palavra para racismo”, escreveu Musk. “Que vergonha para quem usa”, acrescentou.

A postagem causou polêmica e gerou críticas do empresário bilionário Mark Cuban, que respondeu afirmando em uma postagem no X que o DEI é bom para os negócios: “Você pode não concordar, mas considero um dado adquirido que existem pessoas de várias raças, etnias, orientações… que são regularmente excluídas da contratação”. Cuban continuou: “Ao ampliar nossa busca de contratação para incluí-los, podemos encontrar pessoas mais qualificadas. A perda de empresas com fobia de DEI é meu ganho”.

Quem está certo nesse debate? Acredito que Elon Musk e Bill Ackman estejam mais perto da verdade do que Mark Cuban e toda a patota woke. Ninguém precisa negar a existência do racismo, por exemplo, para concordar que cotas raciais podem, muitas vezes, fomentar o mal que pretende erradicar, ao segregar a população com base na “raça” e reforçar justamente o conceito que desejava combater.  
Creio que o mesmo acontece com a DEI.
Podemos aceitar a premissa: departamentos de RH, ainda que de forma inconsciente, priorizam certas características na hora de contratar alguém, e grupos minoritários acabam prejudicados. 
Mesmo partindo dessa premissa, não há qualquer prova de que uma política como a DEI vai aliviar o quadro. 
Parece inegável que a ideologia woke está criando vitimização de um lado e preconceito do outro. 
Ao dividir todos entre oprimidos e opressores, tal como faziam os marxistas, essa mentalidade acaba fomentando o “racismo reverso”.  
Afinal, os brancos (e judeus) são sempre “opressores”.
 
O simples fato de que a turma woke tenta sempre negar a existência do racismo reverso mostra como ela é perigosa
Para essa turma, odiar brancos não é racismo, pois os brancos… são terríveis mesmo! 
Há uma justificativa inspirada em Marcuse para ser intolerante com os “fascistas”, e, ao definir como fascista um grupo com base na “raça”, claro que isso vai gerar racismo. 
Basta ver os excessos de um movimento como o Black Lives Matter para ilustrar o perigo.
 
O grande problema que vejo na DEI está já em sua premissa: a diversidade com base na “raça”, ou no “gênero”, enquanto a verdadeira diversidade relevante para os negócios está em aspectos culturais, perfis individuais, características que independem dessa divisão forçada. 
Ao criar grupos identitários e assumir que essa é a divisão importante, a ideologia woke já segrega com base num preconceito. 
O óbvio precisa ser lembrado: há negros honestos e negros desonestos, assim como há mulheres competentes e mulheres incompetentes, e por aí vai. Indivíduos importam, mas, para a ideologia woke por trás da DEI, não.
 
A palavra-chave no capitalismo, e crucial para seu sucesso, é meritocracia. É por substituir a meritocracia que a DEI é tão criticada por Elon Musk e outros. Quando se assume que o próprio sucesso é prova de uma estrutura racista das “elites brancas”, então o único resultado possível será o “racismo reverso”, o “ódio do bem”, a revolta permitida contra essa “raça”
E isso vai sempre ignorar a enorme quantidade de minorias bem-sucedidas, especialmente na América livre, assim como homens brancos em situação crítica. A conta não fecha.
Ilustração: Shutterstock
A DEI, na prática, acaba sendo então um instrumento para certas pessoas pegarem atalhos para o sucesso. 
Quando a própria meritocracia passa a ser vista como mecanismo das elites brancas, quando até a matemática é analisada por uma ótica ideológica, quando cada tentativa de mensurar objetivamente a contribuição individual ao coletivo é tratada com desconfiança, então só resta mesmo uma seleção artificial com base no conceito identitário.
 
Só haverá “justiça”, por esse raciocínio, se o resultado for mais… equitativo. E isso dentro da visão preconcebida da ideologia woke
Se não houver um número maior de negros ou trans numa empresa, isso já seria prova de racismo como causa desse resultado desigual. 
Claro que quem conclui isso olhando as grandes empresas do S&P não faz o mesmo tipo de inferência acerca da quantidade de brancos na NBA ou na NFL. Ali pode haver desigualdade, pois é “do bem”.

A SpaceX criou foguete que anda de ré e é responsável por cerca de 90% de todos os lançamentos comerciais ao espaço.
Alguém acha mesmo que Musk precisa de lições sobre quem contratar para suas empresas?
 
Não há nada mais inclusivo do que o livre mercado. Qualquer um pode dele participar, seja como consumidor, seja como trabalhador ou empreendedor. Só no capitalismo há mobilidade social. 
E tudo isso sempre com base na meritocracia
A falácia de Mark Cuban se torna evidente para quem entende o mecanismo do mercado: se realmente há preconceito na seleção de empregados, e as empresas deixam de fora minorias só por isso, então ele teria mesmo ganhos por não ser preconceituoso e contratar essas minorias com mesma produtividade e ignoradas pelos concorrentes
Mas, se fosse esse o caso, ele não precisaria de políticas DEI: bastaria ele seguir de forma imparcial o conceito de meritocracia e pronto.
 
Elon Musk criou empresas de enorme sucesso em diferentes áreas. 
A Tesla desbancou todas as demais montadoras automotivas estabelecidas. 
A SpaceX criou foguete que anda de ré e é responsável por cerca de 90% de todos os lançamentos comerciais ao espaço. Alguém acha mesmo que Musk precisa de lições sobre quem contratar para suas empresas? 
Alguém se sentiria mais seguro se uma empresa aérea, em vez de contratar os melhores pilotos possíveis, passasse a levar em conta a DEI e enchesse o cockpit de gente trans, em nome da suposta equidade?

Leia também “Barroso para presidente!”

 

Rodrigo Constantino, colunista - Revista Oeste

 


quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Bezos: o que fazer quando se ganha 320 milhões de dólares por dia? - Blog Mundialista - VEJA

Vilma Gryzinski

Dar uma pausa ou “buscar novos desafios” são as opções dos aposentados comuns; certamente não a do homem mais rico do mundo

Jeff Bezos não vai parar. Mas só de ter anunciado, aos 57 anos, que não será mais o executivo máximo da Amazon já foi suficiente para embasbacar o mundo dos mortais comuns e até impressionar o rarefeito universo dos que entendem o que é ter 185 bilhões de dólares.

Tudo passa: com a Amazon no auge por causa da pandemia, Bezos está pronto para deixar a linha avançada de comando - J. Merritt/Getty Images

Os seres humanos são naturalmente impressionados com grandes fortunas e saber que existe um sujeito que ganha 222 mil dólares por minutos, 13 milhões por hora e 321 milhões por dia – numa conta aproximada, visto que os números mudam constantemente – provoca uma mistura de fascínio e repúdio. É bom ou ruim ter tanto dinheiro?

Como Bezos construiu sua fortuna prodigiosa por esforço próprio, desde que deixou um emprego bom no mercado financeiro em 1995, mudou para Seattle e começou a vender livros físicos – pela internet, da garagem de sua nova casa, ele pode ser visto como o mais perfeito exemplo das recompensas com que o sistema capitalista abençoa os inventivos e arrojados gênios que descobrem um negócio como numa existiu antes.

E mais um, e outro, e aquele ali também – todos os múltiplos ramos em que se desdobrou, desde os “armazéns” na nuvem, que reproduzem os os armazéns reais da “maior loja do mundo”, até a aventura espacial da Blue Origin.  Além de continuar como presidente executivo do conselho da Amazon, Bezos disse que vai se concentrar mais no negócio das viagens espaciais, exatamente o ramo em que está experimentando a estranha sensação de ser superado por um concorrente, a SpaceX de Elon Musk, também arrancando para, conforme o dia, disputar o título de homem mais rico do mundo.

Musk, mais do que Bezos, fala muito mais sobre a missão de salvar a raça humana avançando para a colonização do espaço, já dando por perdido o nosso lindo planeta. Bezos joga com as cartas coladas na camisa. A Blue Origin existe desde o ano 2000 e só mais recentemente saiu um pouco do ambiente de segredo com que desenvolvia suas atividades. Bezos tem uma visão de longo prazo das viagens espaciais, como se estivesse construindo a base de uma pirâmide ou o esqueleto de uma catedral que só as futuras gerações fruirão.

Tem mais dinheiro, mas talvez menos poder, do que os Medici em Florença ou os papas em Roma. A exploração espacial é o apogeu do mecenato, a explosão renascentista ou a Capela
Sistina dos bilionários que querem imprimir sua marca na história.
Ser um pioneiro das viagens espaciais tem certamente mais força histórica do que ser o dono da “loja de tudo”, mesmo que se trate de um supermercador que mudou a forma de consumo. Nem todo o dinheiro que tem protegeu Bezos do escândalo e da baixaria com que seu caso extraconjugal com Lauren Sanchez foi tratadomensagens melosas, fotos íntimas, divórcio caríssimo.

Já passou. Os 38 bilhões de dólares que a ex-mulher ganhou já foram amplamente superados. Donald Trump, que virou seu inimigo por causa do tratamento implacável que lhe foi reservado por um de seus brinquedinhos prediletos, o Washington Post, perdeu a reeleição. A nova sede da Amazon já tem um projeto pronto, um estranho edifício helicoidal em Virginia. A pandemia foi boa para a Amazon, por motivos óbvios. Com todo mundo trancado em casa, as compras online ferveram. A receita do gigante passou de 1 bilhão de dólares em 2020. Por dia. O total foi de 386 bilhões.

Bezos não tem a aura de Steve Jobs, a modéstia estudada de Bill Gates, a ebulição narcisista de Elon Musk, o bom-mocismo de Mark Zuckerberg. Como todos eles, é amado e odiado. Atrai antipatias da esquerda, como é natural quando se trata de um dos maiores capitalistas de todos os tempos e um que arranca o couro do pessoal – e são mais de um milhão de empregados – , e se enfrentou com a direita trumpista.

O amazônico bilionário, que escolheu o nome do nosso rio porque soava “diferente e exótico”, também carrega a marca do monopólio, a mesma dos outros do mundo high tech; dos métodos implacáveis de esmagar os que ousam fazer concorrência e dos recursos maquiavélicos para nos tirar informações e ainda agradecer à doce voz de Alexa. Talvez esteja acima do bem e do mal. Talvez não tenha que provar mais nada, mesmo para  um filho abandonado pelo pai ainda bebê e adotado pelo padrasto, o imigrante cubano Miguel Bezos. 

Talvez tenha que se cobrar cada vez mais.  Hoje existem cinco pessoas com fortunas acima de 100 bilhões de dólares: Bezos; Gates; Zuckerberg; Bernard Arnault, do conglomerado francês de luxo e varejo, e Musk. Qual deles será lembrado daqui a cem ou duzentos anos? Não será como dono de armazém, ainda que o maior da história, que Jeff Bezos estará lá. No prazo mais curto, ele deverá se transformar no primeiro trilionário logo mais, em 2026, se a Amazon continuar a crescer 34% por ano.

Vilma Gryzinski, jornalista - Blog Mundialista - VEJA


segunda-feira, 18 de maio de 2020

Elon Musk: um gênio que se tornou o ícone do negacionismo da Covid-19 - VEJA - Economia

O empresário se transformou num norte para líderes populistas que menosprezam os riscos do novo coronavírus 

Não são poucos os que consideram Elon Musk um dos grandes talentos de sua geração. O empresário e filantropo de 48 anos, nascido na África do Sul, vê constantemente o seu nome ser associado ao de gênios incontestes como Thomas Edison, Henry Ford, Howard Hughes e Steve Jobs. A mente inventiva do mito por trás da criação de projetos que mudaram — e mudam — hábitos de consumo como PayPal, Tesla, SpaceX e Solar City, no entanto, contrasta com sua faceta mais polêmica.
Conhecido por não ter papas na língua, Musk tem sido um dos principais negacionistas dos efeitos do novo coronavírus, posicionando-se, desta vez, ao lado de figuras contestadas pela comunidade científica comDonald Trump, Jair Bolsonaro e Nicolás Maduro. Neste domingo 17, o empresário usou sua conta no Twitter, onde carrega uma legião de 34 milhões de seguidores, para fazer um breve comentário: “Escolha a pílula vermelha”. A alusão ao filme Matrix não é por acaso. Ele quer dizer, com isso, que as pessoas devem encarar a complexa — e, por vezes, polêmica — verdade por detrás de um mundo de aparências. Em outras palavras, ele deseja que a população aceite a sua controversa opinião sobre a doença. A publicação foi endossada por Melania Trump, a primeira-dama dos EUA, e diversos apoiadores do governo americano.

A lista de polêmicas do empresário acerca da enfermidade, que já ocasionou mais de 315 mil mortes no mundo, parece não ter fim. Em 6 de março, o visionário Musk tempestuou ao declarar no Twitter que o pânico causado pelo coronavírus é “estúpido”. Pouco depois, ele tentou se redimir. Entre o fim de março e o começo de abril, prometeu doar milhares de ventiladores pulmonares para diversos estados do território americano. Cumpriu com a palavra em partes. Cerca de 400 equipamentos, lacrados com o logo da Tesla, foram entregues ao estado de Nova York. 

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Recentemente, Musk desafiou as autoridades do estado da Califórnia ao afirmar que iria reabrir, ainda que sem autorização, a fábrica da montadora Tesla localizada na cidade de Fremont, na Califórnia, obrigando trabalhadores que estavam em licença, por conta das medidas de isolamento social, a voltarem ao trabalho. Depois de ameaçar deixar a Califórnia e levar suas fábricas a estados como Texas ou Nevada, a montadora recebeu um e-mail do governo do estado com a autorização para o retorno das atividades de algumas de suas operações. Mas Musk, não satisfeito, decidiu retomar as atividades de fábricas que não constavam na lista de permissões, como a do condado de Alameda. 
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O bilionário dono da Tesla também faz parte de um grupo perigoso de defensores da hidroxicloroquina, medicamento usado para o tratamento da malária, para mitigar os impactos do coronavírus. No início de março, Musk usou sua rede social para relembrar que, em 2000, foi diagnosticado com a malária e, depois de complicações respiratórias, foi salvo pelo fármaco. “Teria morrido se não fosse pela cloroquina. Não significa que funcionará contra o Covid-19, mas é melhor do que nada”, disse, em uma publicação no Twitter.

Recentemente, nomeou seu filho recém-nascido de X Æ A-12. Polêmicas não faltam para o homem que tem um patrimônio colossal estimado em 36,1 bilhões de dólares e que pretende transformar o emprego da energia renovável e as viagens à lua e à Marte em algo corriqueiro para os seres humanos.

Em VEJA - Economia - MATÉRIA COMPLETA