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sexta-feira, 7 de junho de 2019

Uma mulher pode viajar para Paris com tudo pago para transar?



[Neymar Junior ou o escândalo cai cai]



Mulher pode mandar fotos íntimas por whatsapp para seduzir um homem, se oferecendo também em textos? Pode, claro, embora seja um risco. Pode viajar para Paris com tudo pago para transar? Evidente que sim! Por que não aceitar uma gentileza, ainda mais quando ela deve R$ 30 mil nas contas pessoais e o outro é multimilionário?

Pode ir para a cama com ele sem levar uma camisinha? Não pode. 

Uma mulher não tem o direito de transferir para um homem o ônus da gravidez ou de uma doença sexual (e vice-versa). Não tem farmácia ou mercado no Brasil, no aeroporto, em Paris? 
A modelo/atriz/fã achou que mulher não tem responsabilidade na prevenção? 
É sempre o macho que precisa evitar? Ambos são responsáveis. O homem também precisa se proteger, em vez de depois culpar a mulher por uma gravidez indesejada. [ela foi responsável; apesar de não ter a camisinha cobrou do cai cai a proteção.
Somos favoráveis que o homem, inclusive no interesse de sua própria saúde leve seu estoque de preservativos - além de adotar  outras precauções.] Estamos falando, no caso, de um pai e de uma mãe, de dois adultos, ninguém ali é garoto ou garota. 


Ela disse “não, quero parar”, é a sua versão. Tem esse direito? Claro que sim. "Não" é "não". Qualquer um, mulher ou homem, pode se arrepender no meio de uma transa. Ele continuou “o ato”? Se ele continuou apesar de ouvir não, é estupro. Ela tinha sinais de palmadas e arranhões nos glúteos. Você não conhece nenhuma mulher que goste e peça? Ah, mas ela não gostou e pediu que ele parasse. Ele não parou, estava bêbado e violento? Aí, é agressão. O ex-advogado achou que ela deveria cortar as unhas antes de denunciar o jogador.


O que faz uma mulher estuprada? Vai a uma delegacia fazer exame de corpo de delito. Mas ela estava em Paris, numa situação de vulnerabilidade, não sabe falar francês. Então tá. Decide vingar-se. Continua o jogo de sedução, pede um presente dele para o filho e, no dia seguinte, arma um celular no banheiro, o recebe sensual e de salto alto, trocam palavras carinhosas. E, do nada, ela começa a bater nele, com fúria, aos tapas. Talvez esperando que ele reaja com violência e tudo seja registrado em filme, porque até ali só o bumbum estava vermelho. E grita: “Você me agrediu. Me deixou aqui sozinha”. 


Aí não entendo. Neymar deixou Najila sozinha num hotel de nível em Paris. Que falta de cavalheirismo. Então, Najila, depois do “ato” ou da “agressão juntamente com estupro”, queria sair na night com seu estuprador. Quem sabe um jantar à luz de velas e um vinho, com direito a selfies românticos para postar? E depois, dormir de conchinha? Foi atrás do ídolo e encontrou um pipoqueiro. Quem esse Neymar pensa que é? 


O que temos de concreto até agora? Najila procurou Neymar nas redes, ele a convidou para encontrá-lo em Paris, pagou tudo e cometeu um crime virtual, expondo as fotos dela em seu Instagram, ao perceber que ela jogaria tudo no ventilador. Temos uma entrevista dela para a televisão, muito calma, e nenhum depoimento oficial, porque ela ignorou convocações da polícia e não compareceu à delegacia para depor. Temos versões contraditórias de advogados, um após o outro a abandonam. Temos um laudo particular gástrico, de estresse emocional, e hematomas nos glúteos. E um outro laudo oficial mais recente que aponta um dedo machucado. Temos o ar pungente de Neymar, dizendo-se inocente e vítima de uma armadilha. Temos um vídeo incompleto do segundo encontro, só um minuto dos sete, estranho. Ninguém pode ainda dizer se houve ou não estupro. Se você acreditar nela, houve, e ela é vítima. Se acreditar nele, não houve, e ele é vítima. 


Uma moça famosa disse em vídeo no youtube que Neymar “é estuprador até prova em contrário”. Por enquanto, ela cometeu crime de calúnia. Na Justiça, todos são inocentes até prova em contrário. Também seria crime de difamação afirmar que Najila armou tudo para extorquir, provocou agressões para filmar e denunciar, ou até que tentou engravidar. Não se pode condenar antes do fim da investigação. Pelo histórico dele com soco em torcedor, Neymar é descontrolado. Pelos tapas dela e comportamento de alto risco, Najila é descontrolada. Deu uma facada no peito do ex-marido numa briga em 2014, segundo boletim de ocorrência. Alegou revide a agressão.


É tanta violência no Brasil e no mundo contra a mulher, de abusos a assassinatos, que agora todas nós viramos santas e vítimas? Nenhuma curte sexo selvagem. Nenhuma dá o golpe da barriga por querer casar, explorar ou chantagear. Nenhuma trai. Nenhuma assedia. Nenhuma é agressiva. Nenhuma usa o homem num ato sexual. São todas “santas até prova em contrário”. Tipo Chapéuzinho Vermelho na toca do Lobo Mau.  


Não dá, gente. Isso seria depor contra mulheres adultas, autônomas, independentes. Você, mulher, já se sentiu usada numa relação sexual ou amorosa? Provavelmente sim. Eu já me senti, fiquei com raiva, mas achei que eu também tinha responsabilidade. Você, homem, já se sentiu usado e manipulado numa relação sexual ou amorosa? Provavelmente sim. Temos ligamentos rompidos, reputações arranhadas. Mas...quem é educado não agride nem chantageia nem se expõe ou exibe o outro nas redes. E quem é esperto deixa as transgressões eróticas no terreno da fantasia ou é bem discreto. Nem sempre consegue. Mas aí já estaríamos falando de pessoas razoavelmente normais. Najila & Neymar - esse é um caso sinistro.



quinta-feira, 5 de abril de 2018

Lula será preso, mas Lava Jato ainda corre risco


Em sessão que se arrastou por quase 11 horas e terminou no início da madrugada desta quinta-feira, o Supremo Tribunal Federal empurrou Lula para a porta da cela.


Por 6 votos a 5, o pedido do ex-presidente para não ser preso foi negado. Nos próximos dias, o condenado ilustre será passado na tranca por ordem de Sergio Moro. Mas o fato histórico não eliminou o risco de a Suprema Corte atravessar no caminho da Lava Jato uma decisão tóxica, modificando a jurisprudência que autorizou a prisão de condenados na segunda instância. Quer dizer: não se sabe até quando Lula ficará atrás das grades. E os corruptos continuam enxergando no Supremo uma janela de oportunidades.
 
Visto de longe, filtrado pelas lentes da TV Justiça, o Supremo é um lugar de aparência incompreensível. No seu plenário, os homens vestem panos negros que se parecem com saias. E não se dão ao trabalho nem de puxar as próprias cadeiras. Há um grupo de servidores remunerados para acomodar-lhes o assento sob os glúteos. Observado de perto, porém, o Supremo dos dias atuais se parece muito com um armazém de quinta instância. Em 2009, decidiu afixar um cartaz na parede: “Não prendemos na segunda instância”. Em 2016, sob administração seminova, optou por colocar uma folhinha tapando o “não. Dos 11 atendentes que ficam atrás do balcão, cinco discordaram da novidade.
 – Via Nani.

Desde então, o que deveria ser uma nova jurisprudência do armazém tornou-se uma toga justa. Uma ala se recusa a fornecer habeas corpus à clientela condenada no segundo grau. Outra banda deixa escorregar a folhinha que encobre o “não”. E fornece de tudo aos encrencados —de refresco a alvarás de soltura. Os adeptos da política de celas vazias mandam soltar por convicção pessoal (Celso de Mello e Marco Aurélio Mello) ou por afinidade (Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Dias Toffoli). Para azar do PT, há entre os dois grupos uma magistrada de mostruário: Rosa Weber. Embora discorde da prisão em segunda instância, Rosa se nega a soltar os presos. Rosa aderiu à tranca por deferência à decisão majoritária e para colocar ordem no armazém. Foi graças ao voto de Rosa que Lula se tornou um quase-presidiário. 

Paradoxalmente, é o voto da mesma Rosa que pode devolver a liberdade a Lula e a outros corruptos com o selo da segunda instância —gente como Eduardo Cunha, por exemplo. Por quê? Ao manifestar sua posição, a ministra deixou claro que negou o habeas corpus a Lula em respeito à jurisprudência aprovada pelo colegiado em 2016. Porém…

Porém, Rosa deixou em aberto a hipótese de rediscutir a regra da prisão quando chegarem ao plenário do armazém as duas ações que questionam a constitucionalidade do encarceramento antes de esgotadas todas as possibilidades de recurso nas quatro instâncias do Judiciário, incluindo o STJ e o STF. Relator dessas ações, Marco Aurélio Mello ficou inconformado. Ele acha que Cármen Lúcia, a presidente da birosca, fez uma gambiarra escancarada ao pautar a apreciação do habeas corpus de Lula na frente do julgamento das ações que tratam genericamente da prisão em segunda instância. Disse que a manobra produziu uma vitória da forma sobre o mérito.

A atmosfera de armazém vai se radicalizar. Marco Aurélio declarou que continuará ignorando a folhinha que recobre o “não”. Gilmar Mendes, que votara a favor da execução abreviada das penas em 2016 e deu meia-volta, declarou que também continuará soltando presos quando achar que é o caso. Vai crescer a pressão para que Cármen Lúcia paute o julgamento das ações relatadas por Marco Aurélio. Algo que ela se recusa a fazer. O diabo é que a partir de setembro a birosca estará sob nova administração. Será alçado à poltrona de presidente o ministro Dias Toffoli, um defensor da tese segundo a qual as prisões deveriam ser executadas não na segunda, mas na terceira instância (STJ). Ali, com bons advogados, um criminoso endinheirado pode retardar a cana por uma década. Com sorte, obtém a prescrição dos crimes.

Na hipótese de Cármen Lúcia resistir às pressões por mais seis meses, Toffoli não hesitará em pautar o julgamento das ações anti-prisão nos primeiros dias de sua presidência, em setembro. Assim, a menos que Rosa mude de opinião até lá, o Brasil vai continuar sob o risco de ter de atrasar o relógio para retornar a um passado pré-Lava Jato. Uma época em que os escândalos não davam em nada. Um tempo em que o brasileiro estava acostumado a viver no vácuo moral. Um período em que a investigação completa e a punição certa de qualquer crime de corrupção era uma coisa até meio, digamos, antinatural. O ministro Luís Roberto Barroso definiu esse pretérito que ainda não passou como ''paraíso de corruptos.''

Blog do Josias de Souza