O verdadeiro golpista foi o PT, esse partido que nos desmanchou
Dilma e o
PT continuam a bradar que está em curso um golpe contra eles. Vão berrar isso
na Olimpíada, vão continuar até 2018, quando esperam eleger o Lula. Mas creio
que esse demagogo narcisista encontrará seu destino antes disso.
É
espantoso ver o ardor com que a “barbie” de esquerda Gleisi Hoffmann e o
Lindbergh Farias, bem conhecido em Nova Iguaçu, defendem Dilma. Por que será?
Para mostrar força, já que ambos são investigados na Lava-Jato? E o José
Eduardo Cardozo? Ele parece estar lutando pela própria vida. Sua fidelidade
canina é emocionante. Que será que ele quer? Algum sonho de poder ou é só amor?
Todos se
aferram à tecnicalidade das chamadas “pedaladas fiscais”, questionando-as,
periciando-as, como se esse detalhe fosse a única razão para o impedimento. Sem
dúvida, foram o irrefutável crime contábil de seu governo. Mas, não só as
malandragens da administração são crimes; também foram espantosos os desastres
econômicos e políticos que essas práticas provocaram. Foi golpe sim quando
deram as pedaladas, desrespeitando a Lei de Responsabilidade Fiscal, para
fingir que as contas estavam sob controle. Mais do que aumentar o endividamento,
o governo recorreu a manobras para fechar as contas públicas. A chamada
contabilidade criativa incluiu, por exemplo, repasses do Tesouro ao BNDES, que
não aparecem como aumento de dívida.
O
verdadeiro golpista foi o PT, esse partido que nos desmanchou. O golpe começou
desde o governo Lula, que abriu para o PT e aliados as portas para o
presidencialismo de corrupção. Suas
ações foram tão incoerentes, tão irracionais, que explicações políticas ou
econômicas não bastam. Para entender a cabeça desses elementos, temos de
recorrer à psiquiatria. O diagnóstico é um sarapatel feito de estupidez
ideológica, falso amor ao povo, bolivarianismo, oportunismo e a deliciosa
descoberta da facilidade de roubar num país tão permissivo com os ladrões.
Foram
muitos os golpes que Dilma e sua turma cometeram. Foi golpe
quando mentiram espetacularmente na campanha eleitoral dizendo que o país
estava bem, quando desde 2014 já rondava a falência. A presidente assumiu o
segundo mandato já sabendo que dificilmente poderia cumprir as promessas de
campanha. Foi golpe
quando, em decorrência da transgressão da Lei de Responsabilidade Fiscal, os
gastos públicos disfarçados provocaram o desemprego de mais de 12 milhões de
trabalhadores, com a inflação subindo para mais de 10% O endividamento do setor
público disparou no governo Dilma. Em 2014, o setor público gastou R$ 32,5
bilhões a mais do que arrecadou com tributos — o equivalente a 0,63% do Produto
Interno Bruto (PIB), o primeiro déficit desde 2002. A dívida pública líquida
subiu pela primeira vez desde 2009, de 33,6% do PIB em 2013, para 70% agora.
Sua herança maldita faz a dívida pública crescer quase dois bilhões por dia.
Foi um
golpe quando permitiram que nosso rombo fiscal chegasse a R$ 170 bilhões. Foi um
golpe sim quando Dilma comprou a refinaria de Pasadena por 1 bilhão e meio de
dólares, 300 vezes o preço original de 43 milhões. É assustador ouvir de Dilma
que ela não sabia de nada (nunca sabem nada) e que o caolhinho Cerveró a teria
enrolado.
Isso já
poderia ser motivo para impedimento: ou ela fez vista grossa para as
roubalheiras da Petrobras (“oh... malfeitos toleráveis para a ‘revolução’
petista...”) ou por incompetência e negligência criminosa mesmo, ao não
examinar direito, como “presidenta” do Conselho de Administração, a caríssima
compra de uma refinaria lata velha. Só isso, já era motivo. Aliás, o Cerveró
reagiu às explicações de Dilma: “Ela sabia de tudo... ela mentiu e me
sacaneou”. A chanchada está cada vez mais vulgar.
Foi
imenso o crime da destruição de nosso maior orgulho, a Petrobras, que virou um
ferro velho endividado, vendendo ativos. Foi golpe. E vêm aí
mais coisas horrendas na Eletrobrás do Lobão, nos fundos de pensão, nas
empresas públicas. São golpes de morte. Foi um
golpe o aparelhamento do Estado pelos petistas. Foi golpe nomear mais de 50 mil
elementos para lotear o governo.
Os
gargalos na infraestrutura brasileira foram ignorados, e encareceram os custos
da indústria. Foi golpe o atraso em obras de infraestrutura do Programa de
Aceleração do Crescimento (PACo) e também a demora nas licitações de ferrovias,
rodovias e portos. Foi golpe também financiar portos e pontes na Venezuela e em
Cuba. Mantega
foi um “golpe”, denunciado por todos os economistas sérios do mundo. Dilma
abandonou de vez o chamado “tripé macroeconômico” de FHC em favor de uma “nova
matriz” que quebrou tudo. Não demitiram Mantega porque seria admitir um
fracasso, inadmissível para uma velha comuna.
Foi golpe
o termo de posse que Dilma enviou para Lula em segredo, para livrá-lo da
Justiça comum.
Golpes
pouco lembrados são os gigantescos gastos para fazer propaganda. Uma prática
vexaminosa sempre foi o dinheiro que se gastou em propaganda dos órgãos
públicos para enganar a população sobre fracassos inconfessáveis. Só em
2014, Dilma gastou mais de 2 bilhões e meio em propaganda. Em 2015, dois
bilhões e trezentos. Total: seis bilhões de reais para engambelar a opinião
pública em dois anos. E mais: desde o início do governo do PT foram gastos mais
de 16 bilhões de reais em publicidade. Não é um golpe?
E o pior
golpe é o inconcebível desrespeito às instituições do país. Dilma acusa o
Supremo Tribunal, a Procuradoria Geral, o Congresso, milhões de pessoas nas
ruas, de tramarem o golpe contra ela.
E mais
ainda: É um
golpe feio a arrogante “presidenta” pedir sanções contra o Brasil a países
É um
golpe feio a arrogante “presidenta” pedir sanções contra o Brasil a países
vagabundos da Unasul bolivariana... A presidenta do Brasil fala mal do Brasil
no mundo todo. Pode?
Isso
poderia até ser o caso de infração à lei de Segurança Nacional. Lei 7.170/83.
Fonte: Arnaldo Jabor - O Globo