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terça-feira, 5 de julho de 2016

O golpe, o golpe, o golpe


O verdadeiro golpista foi o PT, esse partido que nos desmanchou

Dilma e o PT continuam a bradar que está em curso um golpe contra eles. Vão berrar isso na Olimpíada, vão continuar até 2018, quando esperam eleger o Lula. Mas creio que esse demagogo narcisista encontrará seu destino antes disso.

É espantoso ver o ardor com que a “barbie” de esquerda Gleisi Hoffmann e o Lindbergh Farias, bem conhecido em Nova Iguaçu, defendem Dilma. Por que será? Para mostrar força, já que ambos são investigados na Lava-Jato? E o José Eduardo Cardozo? Ele parece estar lutando pela própria vida. Sua fidelidade canina é emocionante. Que será que ele quer? Algum sonho de poder ou é só amor?

Todos se aferram à tecnicalidade das chamadas “pedaladas fiscais”, questionando-as, periciando-as, como se esse detalhe fosse a única razão para o impedimento. Sem dúvida, foram o irrefutável crime contábil de seu governo. Mas, não só as malandragens da administração são crimes; também foram espantosos os desastres econômicos e políticos que essas práticas provocaram. Foi golpe sim quando deram as pedaladas, desrespeitando a Lei de Responsabilidade Fiscal, para fingir que as contas estavam sob controle. Mais do que aumentar o endividamento, o governo recorreu a manobras para fechar as contas públicas. A chamada contabilidade criativa incluiu, por exemplo, repasses do Tesouro ao BNDES, que não aparecem como aumento de dívida.

O verdadeiro golpista foi o PT, esse partido que nos desmanchou. O golpe começou desde o governo Lula, que abriu para o PT e aliados as portas para o presidencialismo de corrupção.  Suas ações foram tão incoerentes, tão irracionais, que explicações políticas ou econômicas não bastam. Para entender a cabeça desses elementos, temos de recorrer à psiquiatria. O diagnóstico é um sarapatel feito de estupidez ideológica, falso amor ao povo, bolivarianismo, oportunismo e a deliciosa descoberta da facilidade de roubar num país tão permissivo com os ladrões.

Foram muitos os golpes que Dilma e sua turma cometeram. Foi golpe quando mentiram espetacularmente na campanha eleitoral dizendo que o país estava bem, quando desde 2014 já rondava a falência. A presidente assumiu o segundo mandato já sabendo que dificilmente poderia cumprir as promessas de campanha. Foi golpe quando, em decorrência da transgressão da Lei de Responsabilidade Fiscal, os gastos públicos disfarçados provocaram o desemprego de mais de 12 milhões de trabalhadores, com a inflação subindo para mais de 10% O endividamento do setor público disparou no governo Dilma. Em 2014, o setor público gastou R$ 32,5 bilhões a mais do que arrecadou com tributos — o equivalente a 0,63% do Produto Interno Bruto (PIB), o primeiro déficit desde 2002. A dívida pública líquida subiu pela primeira vez desde 2009, de 33,6% do PIB em 2013, para 70% agora. Sua herança maldita faz a dívida pública crescer quase dois bilhões por dia.

Foi um golpe quando permitiram que nosso rombo fiscal chegasse a R$ 170 bilhões. Foi um golpe sim quando Dilma comprou a refinaria de Pasadena por 1 bilhão e meio de dólares, 300 vezes o preço original de 43 milhões. É assustador ouvir de Dilma que ela não sabia de nada (nunca sabem nada) e que o caolhinho Cerveró a teria enrolado.

Isso já poderia ser motivo para impedimento: ou ela fez vista grossa para as roubalheiras da Petrobras (“oh... malfeitos toleráveis para a ‘revolução’ petista...”) ou por incompetência e negligência criminosa mesmo, ao não examinar direito, como “presidenta” do Conselho de Administração, a caríssima compra de uma refinaria lata velha. Só isso, já era motivo. Aliás, o Cerveró reagiu às explicações de Dilma: “Ela sabia de tudo... ela mentiu e me sacaneou”. A chanchada está cada vez mais vulgar.
Foi imenso o crime da destruição de nosso maior orgulho, a Petrobras, que virou um ferro velho endividado, vendendo ativos. Foi golpe. E vêm aí mais coisas horrendas na Eletrobrás do Lobão, nos fundos de pensão, nas empresas públicas. São golpes de morte. Foi um golpe o aparelhamento do Estado pelos petistas. Foi golpe nomear mais de 50 mil elementos para lotear o governo.
Os gargalos na infraestrutura brasileira foram ignorados, e encareceram os custos da indústria. Foi golpe o atraso em obras de infraestrutura do Programa de Aceleração do Crescimento (PACo) e também a demora nas licitações de ferrovias, rodovias e portos. Foi golpe também financiar portos e pontes na Venezuela e em Cuba. Mantega foi um “golpe”, denunciado por todos os economistas sérios do mundo. Dilma abandonou de vez o chamado “tripé macroeconômico” de FHC em favor de uma “nova matriz” que quebrou tudo. Não demitiram Mantega porque seria admitir um fracasso, inadmissível para uma velha comuna.
Foi golpe o termo de posse que Dilma enviou para Lula em segredo, para livrá-lo da Justiça comum.
Golpes pouco lembrados são os gigantescos gastos para fazer propaganda. Uma prática vexaminosa sempre foi o dinheiro que se gastou em propaganda dos órgãos públicos para enganar a população sobre fracassos inconfessáveis. Só em 2014, Dilma gastou mais de 2 bilhões e meio em propaganda. Em 2015, dois bilhões e trezentos. Total: seis bilhões de reais para engambelar a opinião pública em dois anos. E mais: desde o início do governo do PT foram gastos mais de 16 bilhões de reais em publicidade. Não é um golpe?
E o pior golpe é o inconcebível desrespeito às instituições do país. Dilma acusa o Supremo Tribunal, a Procuradoria Geral, o Congresso, milhões de pessoas nas ruas, de tramarem o golpe contra ela.
E mais ainda: É um golpe feio a arrogante “presidenta” pedir sanções contra o Brasil a países
É um golpe feio a arrogante “presidenta” pedir sanções contra o Brasil a países vagabundos da Unasul bolivariana... A presidenta do Brasil fala mal do Brasil no mundo todo. Pode?
Isso poderia até ser o caso de infração à lei de Segurança Nacional. Lei 7.170/83.

Fonte: Arnaldo Jabor - O Globo

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Cerveró diz que Dilma sabia de propina de Pasadena para petistas - Delator diz que contrato do Planalto pagou despesa de campanha de Dilma

Acordo de delação prevê que Cerveró deixe a prisão e devolva mais de R$ 17 milhões

Em delação premiada, o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró afirmou que a presidente afastada Dilma Rousseff não só tinha conhecimento de todos os detalhes sobre a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, como também deveria saber que políticos do PT recebiam propina da Petrobras. O relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Teori Zavascki, tornou a delação pública nesta quinta-feira. Os depoimentos estavam guardados até ontem em caráter sigiloso e abastecem vários inquéritos que tramitam no tribunal sobre a Lava-Jato.

O acordo de delação prevê que Cerveró deixe a prisão no próximo dia 24 e devolva mais de R$ 17 milhões aos cofres públicos em razão dos crimes cuja autoria assumiu durante as investigações da Operação Lava Jato. “Dilma Rousseff tinha todas as informações sobre a Refinaria de Pasadena”, disse o depoente. A delação também atesta “que Dilma Rousseff acompanhava de perto os assuntos referentes à Petrobras; que Dilma Rousseff, inclusive, tinha uma sala na sede da Petrobras no Rio de Janeiro; que Dilma Rousseff frequentava constantemente a Petrobras, usando essa sala, no Rio de Janeiro; Que Dilma Rousseff conhecia com detalhes os negócios da Petrobras”, diz o depoimento, prestado em 7 de dezembro de 2015.

No entanto, Cerveró pondera que não teve conhecimento de nenhum pedido de propina feito por Dilma. “Que o declarante supõe que Dilma Rousseff sabia que políticos do Partido dos Trabalhadores recebiam propina oriunda da Petrobras; que, no entanto, o declarante nunca tratou diretamente com Dilma Rousseff sobre o repasse de propina, seja para ela, seja para políticos, seja para o Partido dos Trabalhadores. Que o declarante não tem conhecimento de que Dilma Rousseff tenha solicitado, na Petrobras, recursos para ela, para políticos ou para o Partido dos Trabalhadores”, diz a delação.

No depoimento, Cerveró diz que entre março de 2005 e março de 2006 o projeto de aquisição da refinaria passou pela análise das áreas técnicas da Petrobras até ser aprovado pelo Conselho de Administração, que era presidido por Dilma que, na época, também era ministra de Minas e Energia. O depoente contou que o processo de aprovação foi feito às pressas, de forma pouco usual.

Cerveró também disse ao Ministério Público Federal “que não corresponde à realidade a afirmativa de Dilma Rousseff de que somente aprovou a aquisição porque não sabia dessas cláusulas”, referindo-se às condições da compra da refinaria. O ex-diretor ponderou que não sabe de nenhuma irregularidade no processo de aquisição de Pasadena. Em julho de 2014, o Tribunal de Contas da União (TCU) concluiu que a compra da refinaria de Pasadena causou um prejuízo de US$ 792,3 milhões à Petrobras. Cerveró discorda da avaliação do tribunal.

O depoente também afirmou que recebeu propina no valor de US$ 1,5 milhão. Parte desse dinheiro teria sido repassada ao ex-senador Delcídio Amaral (sem partido-MS). A delação também conta que Delcídio pressionou Cerveró o outro ex-diretor da Petrobras, Renato Duque, para receber propina para financiar sua campanha para o governo de Mato Grosso do Sul. Em troca da participação em obras de Pasadena, a UTC teria concordado em repassar R$ 4 milhões a Delcídio. O depoente supõe que Dilma sabia disso. “Que Delcídio do Amaral conversava diariamente com Dilma Rousseff, porque estava em campanha para o governo do estado do Mato Grosso do Sul, que isso faz o declarante crer que Dilma Rousseff sabia do adiantamento de propina a Delcídio do Amaral pela UTC”, diz o depoimento.

Em outro trecho da delação, um depoimento prestado em 19 de novembro do ano passado, Cerveró relatou um encontro entre o ex-senador Delcídio Amaral e a presidente afastada Dilma Rousseff. Ele ficou sabendo disso por meio de Edson Ribeiro, que já foi seu advogado. Nesse encontro, Dilma teria dito a Delcídio que ela cuidaria dos meninos, ou seja, do próprio Cerveró e de Renato Duque, ex-diretor de serviços da Petrobras.

Segundo Cerveró, Edson Ribeiro contou que Delcídio "havia lhe dito que tinha tido uma reunião com a Presidente da República, Dilma Rousseff, e ela dissera ao Senador que não se preocupasse porque ela 'cuidada dos meninos', referindo-se ao declarante (Cerveró) e Renato Duque".


Delcídio e Ribeiro acabaram presos no novembro do ano passado após uma gravação feita por Bernardo Cerveró, filho de Nestor Cerveró, mostrar os dois tentando comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras. Na ocasião também foram presos Diogo Ferreira, que era assessor de Delcídio, e o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual.

O caso é citado no depoimento de Cerveró. Segundo ele, seu filho lhe disse que Delcídio e Edson Ribeiro "estavam oferecendo todo o apoio ao declarante (Cerveró), com a condição de que Delcídio do Amaral e o Banco BTG Pactual não fossem envolvidos pelo declarante nos casos". Além disso, "na visão do declarante, o que eles queriam é que ele figurasse numa posição análoga à de Marcos Valério no mensalão, suportando a prisão por alguns anos em troca de ajuda financeira e eventuais auxílios políticos para melhorar sua situação".

Lobista disse que soube do uso do contrato em conversa com o governador de Minas

O lobista Benedito Oliveira Neto, o Bené, afirmou, a partir de um acordo de delação premiada, que Giles Azevedo, um dos mais próximos assessores da presidente afastada Dilma Rousseff, usou um contrato da Secretaria de Comunicação da Presidência no valor de R$ 44,7 milhões para pagar dívidas de campanha eleitoral da presidente com a agência Pepper. Segundo Oliveira, o contrato foi firmado entre a Secretaria de Comunicação e agência Click, que teria sociedade com a Pepper. Esta é a primeira vez que surge uma denúncia sobre desvio de dinheiro do Palácio do Planalto para a campanha da presidente.
 
As informações sobre a delação premiada de Oliveira foram divulgadas pela revista Época e confirmadas ao GLOBO por uma fonte que conhece o caso de perto. Na delação, o lobista disse que soube do uso do contrato da Secretaria de Comunicação para quitar dívidas de campanha a partir de uma conversa com o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT). Pelas investigações da Polícia Federal, Oliveira seria um operador do Pimentel. Ele teria atuado para arrecadar dinheiro para campanha e intermediar pagamento de propina ao governador. 
 Oliveira falou sobre o contrato da Secretaria de Comunicação dentro das investigações da Operação Acrônimo. A partir de agora, a Polícia Federal deverá abrir um novo inquérito específico para apurar a veracidade das acusações. A delação do lobista já foi homologada pelo ministro Herman Benjamin, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Oliveira está preso. Em razão do acordo de delação, deverá ser autorizado a acompanhar o restante das investigações em prisão domiciliar nos próximos meses. Ex-chefe de gabinete de Dilma, Giles foi um dos coordenadores da campanha da presidente.

Fonte: O Globo
 
 

terça-feira, 3 de maio de 2016

Janot denuncia Lula ao Supremo e ex-presidente pode virar réu - ‘Organização criminosa jamais poderia ter funcionado’ sem o ex-presidente, diz o procurador-geral.

‘Organização criminosa jamais poderia ter funcionado’ sem o ex-presidente, diz o procurador-geral. 

Inquérito investiga uma trama para comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró 

Janot denuncia Lula ao STF por tentativa de compra de silêncio de Cerveró

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no inquérito que investiga uma trama para comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.
 
Primeiro, foram denunciados no mesmo inquérito o senador Delcídio Amaral (sem partido-MS), o ex-chefe de gabinete dele Diogo Ferreira, o advogado Edson Ribeiro e o banqueiro André Esteves. Depois, houve um aditamento da denúncia, no qual foram incluídos Lula, o pecuarista José Carlos Bumlai e o filho dele, Maurício Bumlai. Em nota, o Instituto Lula negou a participação do ex-presidente e classificou a denúncia do PGR como "antecipaçao de juízo" (leia a íntegra abaixo). A defesa de André Esteves reiterou que ele não cometeu nenhuma irregularidade.
 
Em outro pedido feito ao STF para incluir Lula no inquérito principal da Lava-Jato, Janot informou sobre o aditamento da denúncia: “Se constatou que Luiz Inácio Lula da Silva, José Carlos Bumlai e Maurício Bumlai atuaram na compra do silêncio de Nestor Cerveró para proteger outros interesses, além daqueles inerentes a Delcídio e André Esteves, dando ensejo ao aditamento da denúncia anteriormente oferecida”.

No documento, o procurador afirmou que, além da delação de Delcídio, há “diversos outros elementos” comprovando a participação de Lula na empreitada – entre eles, o agendamento de uma reunião entre Lula e Delcídio no Instituto Lula em data próxima às negociações sobre a delação premiada de Cerveró.

O ministro Teori Zavascki, relator da Lava-Jato no STF, analisará a denúncia. Ele vai elaborar um voto e apresentar à Segunda Turma do tribunal, composto por cinco integrantes. Se o colegiado aceitar a denúncia, Lula e os outros investigados serão transformados em réus. Não há data prevista para essa análise acontecer.

ACORDO PARA EVITAR DELAÇÃO E ROTA DE FUGA PELO PARAGUAI
O senador Delcídio Amaral foi preso no dia 25 novembro de 2015 após ter sido flagrado negociando pagamento de propina à família e ao advogado de Nestor Cerveró em troca de ele não assinar acordo de delação premiada. O senador aparece, junto com o advogado Edson Ribeiro e o banqueiro André Esteves, em duas gravações feitas pelo filho de Cerveró, o ator Bernardo Cerveró. Segundo delação do senador, divulgada pela Isto É, Lula foi o mandante dos pagamentos para comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras, com o objetivo de que o ex-diretor da Petrobras protegesse o pecuarista José Carlos Bumlai nos depoimentos. Na ocasião, o Instituto Lula repudiou as acusações e negou a participação do ex-presidente em irregularidades

Nas reuniões com o advogado de Cerveró, Delcídio prometeu que conseguiria um habeas corpus no STF para libertar seu cliente. Ele disse que conversou com os ministros Dias Toffoli e com Teori Zavascki e prometeu conversar também com Edson Fachin. Disse também que convenceria Michel Temer e Renan Calheiros a interceder por Cerveró perante Gilmar Mendes. Também nas reuniões gravadas por Bernardo, Delcídio ajudou a montar a rota de uma eventual fuga de Cerveró, caso ele conseguisse habeas corpus. A ideia era mandá-lo para a Espanha, porque ele tem cidadania espanhola. A rota seria pelo Paraguai, que, segundo o senador, seria mais segura.


Ainda segundo as gravações, o banqueiro André Esteves teria pago R$ 50 mil ao filho de Nestor Cerveró, em troca de seu pai não mencionar seu nome em delação premiada. Prometeu ainda pagar R$ 4 milhões ao advogado de Cerveró e também mesada de R$ 50 mil a outros integrantes da família Cerveró em troca do silêncio.

JANOT PEDE INCLUSÃO DE LULA EM OUTRO INQUÉRITO
Janot também pediu a inclusão Lula e outros 30 nomes no inquérito principal da Lava-Jato, incluindo petistas próximos à Presidência, como Jaques Wagner (chefe de gabinete da Presidência da República), Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e Edinho Silva (Comunicação Social). O requerimento de Janot também traz nomes da cúpula do PMDB, incluindo o presidente do Senado, Renan Calheiros, o banqueiro André Esteves e o pecuarista José Carlos Bumlai. Se o pedido de Janot for aceito, o inquérito passará a investigar 69 pessoas.

O principal inquérito da Lava-Jato já contava com 39 investigados – entre eles, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). A principal suspeita é de que as pessoas formavam uma quadrilha para desviar recursos da Petrobras. Há também suspeita de lavagem de dinheiro e corrupção passiva. “Pelo panorama dos elementos probatórios colhidos até aqui e descritos ao longo dessa manifestação, essa organização criminosa jamais poderia ter funcionado por tantos anos e de uma forma tão ampla e agressiva no âmbito do governo federal sem que o ex-presidente Lula dela participasse, afirmou o procurador-geral.

Leia a íntegra da nota do Instituto Lula:
"A peça apresentada pelo Procurador-Geral da República indica apenas suposições e hipóteses sem qualquer valor de prova. Trata-se de uma antecipação de juízo, ofensiva e inaceitável, com base unicamente na palavra de um criminoso.
O ex-presidente Lula não participou nem direta nem indiretamente de qualquer dos fatos investigados na Operação Lavajato.
Nos últimos anos, Lula é alvo de verdadeira devassa. Suas atividades, palestras, viagens, contas bancarias, absolutamente tudo foi investigado, e nada foi encontrado de ilegal ou irregular.

Lula sempre colaborou com as autoridades no esclarecimento da verdade, inclusive prestando esclarecimentos à Procuradoria-Geral da República.
O ex-presidente Lula não deve e não teme investigações.
Assessoria de Imprensa do Instituto Lula"

Fonte: O Globo
 

terça-feira, 15 de março de 2016

Janot, hora de provar que você é independente de Dilma, não tem nada preso com ela - abra o inquérito e investigue a soberana, ou renuncie

PGR vai decidir se pede abertura de inquérito contra Dilma

Denúncias contra Temer, Lula e Aécio devem ser alvos de investigações

- A partir da delação premiada do senador Delcídio Amaral (sem partido-MS), a Procuradoria-Geral da República deverá decidir nos próximos dias se pede ao Supremo Tribunal Federal (STF) abertura de inquérito para investigar a conduta da presidente Dilma Rousseff (PT) na nomeação do ministro Marcelo Navarro para uma vaga no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A Procuradoria-Geral também deve pedir ao STF a investigação de denúncias contra o vice-presidente Michel Temer (PMDB) e um dos principais líderes da oposição, o senador Aécio Neves (PSDB-MG). Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que já é alvo da força-tarefa da Lava-Jato, deve ser investigado pelas denúncias de Delcídio. 
 O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deverá ainda pedir abertura de inquérito para investigar o ministro da Educação Aloizio Mercadante (PT) por suposta tentativa de obstrução das investigações da Operação Lava-Jato. O grupo de trabalho, que está à frente das investigações da Lava-Jato na Procuradoria-Geral, deverá chamar para depor o lobista Marcos Valério Fernandes de Souza, o que pode resultar na reabertura do mensalão, o processo que levou à prisão a antiga cúpula do PT. Valério será chamado para explicar se recebeu dinheiro do PT a mando do ex-presidente Lula para não denunciar líderes do partido durante o processo do mensalão.

As medidas a serem adotadas estão sendo analisadas pelo Grupo de Trabalho da Procuradoria-Geral da República. O trabalho deve ser finalizado depois do retorno de Janot, que está em viagem à França e à Suíça para tratar de assuntos relacionados à Lava-Jato. Para investigadores do caso, a delação de Delcídio desnuda uma parte importante da estrutura da corrupção na política brasileira. As revelações do senador ajudariam a montar o quadro geral sobre os desvios de dinheiro público que vem sendo traçado desde o início da Lava-Jato há dois anos. Os desvios estariam incorporados às práticas políticas.
— Chegou-se a um consenso : política se faz assim (com desvios) — afirma uma das autoridades da Lava-Jato.

Num dos depoimentos da delação premiada, Delcídio acusou a presidente Dilma de nomear o ministro Marcelo Navarro com a missão de soltar executivos Marcelo Odebrecht, da Odebrecht, Otávio Azevedo, da Andrade Gutierrez, dois dos principais executivos acusados de envolvimento com a corrupção na Petrobras. O senador falou sobre uma conversa que teria tido com a presidente sobre o assunto nos jardins do Palácio da Alvorada, mas não ofereceu provas para amparar a acusação. Caberá agora aos procuradores analisar se as informações disponíveis são suficientes para sustentar um pedido de investigação sobre a presidente.

Para um dos investigadores, é certo que a indicação do ministro precisa ser devidamente esclarecida. Depois de nomeado para o STJ, votou em favor de habeas corpus para Marcelo Odebrecht e Otávio Azevedo. Quando as decisões se tornaram alvos de críticas o ministro deixou de atuar no caso. A Procuradoria-Geral entende também que é necessário investigar a conduta do vice-presidente Michel Temer na indicação de João Augusto Henriques para a diretoria Internacional da Petrobras. Vetado para o cargo por problemas no Tribunal de Contas da União, Henriques abriu caminho para a nomeação de Jorge Zelada.

Hoje Zelada é acusado de chefiar um dos esquemas de desvios de dinheiro da Petrobras para o PMDB da Câmara. O grupo da Câmara, segundo Delcídio, seria liderado por Temer e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A indicação de João Henriques e, logo depois, Jorge Zelada teria sido barganhada pelo apoio de parte do PMDB à aprovação da CPMF na Câmara. A proposta acabou sendo derrubada no Senado. Para a Procuradoria-Geral, o caso Temer deve ser investigado no inquérito 3989, a investigação sobre a estrutura política da corrupção na Petrobras relacionada ao PT, PP e PMDB.

A Procuradoria-Geral deverá incluir o nome do ex-presidente Lula também na investigação do inquérito principal sobre as fraudes na Petrobras. Num dos depoimentos, Delcídio acusou Lula de participar de uma manobra para comprar o silêncio de Marcos Valério durante o processo do mensalão. Valério teria cobrado R$ 220 milhões para se manter calado. O senador teria levado o caso a Lula. O ex-presidente teria, então, autorizado o senador a procurar Paulo Okamoto, um de seus assessores. Os ex-ministros Antônio Palocci (Fazenda) e Márcio Thomaz Bastos (Justiça), já falecidos, também teriam entrado no circuito para completar a operação.

O senador disse não saber se os valores pedidos por Valério foram pagos integralmente. Os procuradores vão, a partir de agora, chamar Valério para depor. Eles querem saber se o lobista confirma se vendeu o silêncio. Para os investigadores, se tiver informação relevante e quiser colaborar, Valério teria as portas abertas para também fazer acordo de delação premiada. Neste caso, ele poderia até pleitear redução da pena a que foi condenado no mensalão, quase 40 anos de prisão. Eventual acordo dependeria de aval do STF.

A Procuradoria-Geral também examina a possibilidade de incluir o ex-presidente na denúncia já formulada contra Delcídio e o banqueiro André Esteves, entre outros, por tentativa de obstrução das investigações da Lava-Jato. Delcídio confessou participação na trama para manipular a delação do ex-diretor de Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, mas disse que assim o fez para atender a um pedido de Lula. O ex-presidente estaria preocupado com a delação de Cerveró, que poderia atingir o empresário e amigo José Carlos Bumlai, também acusado de fraudes contra a Petrobras. Delcídio relatou conversa em que teria tratado do assunto com Lula. Os procuradores estão analisando as informações para saber se os indícios já são suficientes para ampliar a denúncia a apresentada ao STF.


A Procuradoria-Geral também deverá pedir abertura de inquérito para investigar suposta tentativa de Aécio Neves de obstruir as investigações sobre as origens do mensalão pela CPI dos Correios. Segundo Delcídio, Aécio pediu para a CPI prorrogar o prazo de entrega de documentos do Banco Rural. Mais tarde o senador descobriu a manobra tinha como objetivo dar tempo ao Banco Rural de maquiar dados comprometedores contra Aécio, então governador de Minas Gerais. Delcídio também acusou Aécio de receber propina de empresas acusadas de desviar dinheiro de Furnas.

Para os investigadores, as informações já são suficientes para sustentar abertura de inquérito sobre Aécio, especialmente para apurar a suposta maquiagem do Banco Rural. Esta seria uma segunda frente de investigação que poder resultar na reabertura das investigações do mensalão. Desta vez para apurar as origens do esquema. Os investigadores têm dúvidas, no entanto, se as informações de Delcídio poderão levar a abertura de um segundo inquérito sobre pagamentos de propinas em Furnas.

Numa outra frente, está praticamente certo que a Procuradoria-Geral pedirá abertura de inquérito para apurar sobre suposta tentativa de Mercadante de impedir a delação de Delcídio. Para os investigadores, se tivessem tomado conhecimento da conversa em que Mercadante oferece ajuda a Delcídio antes o início da delação do senador, o ministro poderia ter sido alvo de um pedido de prisão preventiva. Numa conversa com José Eduardo Marzagão, assessor de Delcídio, Mercadante se coloca a disposição para ajudar o senador que, naquele momento, estava preso.

Fonte: O Globo

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

AVALANCHE DE MELADO

Nos noticiários as TVs  apresentam amenidades, acidentes, notícias do exterior, poucas notas políticas. Tudo repetido à exaustão. O Brasil de férias quase não toma conhecimento dos recorrentes assaltos à coisa pública, que vão sendo descortinados por delatores loucos para salvar a pele. Eles vendaram a alma ao “diabo” do PT e agora estão pagando com juros e correção monetária.
Enquanto isto o melado com o qual o PT se lambuzou continua a percorrer distâncias e vai envolvendo figuras do alto escalão governamental. Parece a lama sinistra que se abateu sobre o distrito de Mariana soterrando tudo, matando gente, invadindo lonjuras, contaminando rios, confiscando o azul dos mares. Foi a maior catástrofe ambiental já havida no País, assim como a avalanche de melado da corrupção da era PT não tem comparação com as roubalheiras do passado, tal seu grau de institucionalização e volume.
Interessante é que o autor da frase, “o PT se lambuzou”, ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, agora se encontra lambuzado, sendo que outros ministros comeram também bastante do melado. Pelo menos é o que se lê no O Estado de S. Paulo, de 8 de janeiro de 2016:
“Lava Jato – Além de Jaques Wagner, Edinho Silva (Comunicação) e Henrique Alves (Turismo) são citados em diálogos do empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, condenado a 16 anos de prisão”.
Também é mencionado no respectivo jornal o atual presidente da Petrobras, Aldemir Bendine. Ao mesmo tempo, o notório Cerveró, ex-diretor da Petrobras, menciona Jaques Wagner em algumas grossas, como diria Lula da Silva, maracutaias. Nada acontece com o presidente de fato, que depôs pela quarta vez na Polícia Federal sobre uma generosa medida provisória que beneficiou um de seus filhos. E enquanto seus outrora “amigos íntimos”, aqueles que privaram de sua intimidade, que festejaram juntos em magníficos banquetes, que se divertiram com Brahma em suntuosas viagens estão vendo o sol nascer quadrado, “o pobre operário” segue indiferente à desdita dos companheiros de partido e “das zelites”. Não sei se esse traço de personalidade é próprio da humanidade como um todo ou mais acentuado em certos indivíduos sem caráter. [Uma coisa é certa: o Lula logo passará a condição de denunciado, será processado e preso - pode demorar um pouco, mas é questão de tempo.
E não será surpresa se entre os crimes pelos quais será processo e julgado envolver assassinatos.]
Em todo caso, o espertíssimo ex-presidente da República, grande beneficiado da locupletação geral não sabe de nada, não viu nada e, se duvidar, não conhece nenhum imbecil que caiu na esparrela, conforme taxou o senador petista e ora detento, Delcídio Amaral. [lembre-se que a sorte de Lula começa a sumir; ao tempo em que ele chamava Delcídio de imbecil, o filhinho de Lula, o tal Luís Cláudio Lula da Silva, mostrava ao mundo todo, que é bem mais imbecil, burro e estúpido do que o Delcidio: afinal o pupilo de Lula é tão imbecil que entregou material colhido na internet, como fosse resultado de consultoria prestada pela sua empresa,  LFT,  para a indústria automobilística na compra de medidas provisórias
O filho do Lula é tão burro, tão imbecil, tão idiota, tão sem noção que além de simular que sua empresa (sem funcionários e tendo como objetivo MARKETING ESPORTIVO) prestou consultoria especializada em automóveis, apresentou como resultado dos trabalhos - pelos quais recebeu a bagatela de R$ 2,5 MI - material colhido na internet.]
Lula da Silva foge dos “imbecis” como o diabo da cruz. Eles podem contaminar seu projeto de poder. Afogá-lo no pote de melado. No momento vislumbra-se apenas um fiozinho de melado a lhe escorrer pela barba. Foi posto por Cerveró que o mencionou quase que de passagem, a lembrar de que até a sorte acaba um dia nesse mundo de finitudes. Nada, porém, de previsões açodadas porque Brahma ou Boi até agora escapou. Ele conta com proteções internas e possivelmente externas, como as do Foro de São Paulo.
Há de se convir que o PT ainda detém força suficiente para evitar males piores. Exemplo disto foi o anteparo do STF que evitou por duas vezes o impeachment de Rousseff, com evidente e indevida intromissão no Legislativo. Ela ficará por mais três anos sem nenhuma condição de governabilidade, fazendo discursos que são peças de propaganda enganosa a se desmanchar na primeira ida das donas de casa ao supermercado. Enquanto isso o País afundará cada vez mais na recessão e na sua insignificância de potência regional sul-americana, a ser suplantada pela Argentina sob a presidência de Mauricio Macri.
Seguem-se outros exemplos do poder petista, como aqueles que tentam torpedear a extraordinária e inédita Operação Lava-Jato. É o caso do chamado desmonte da PF através do corte de R$ 133 milhões no seu orçamento. Foi votado no Congresso, mas tem evidente dedo do Executivo. Outro exemplo foi o da medida provisória assinada por Rousseff, que altera as bases da Lei Anticorrupção. Desse modo, se aprovada no Congresso empresas corruptas poderão fazer acordos de leniência com a CGU sem precisar colaborar com as investigações nem prestar contas ao TCU. Também poderão fechar contratos com o governo e receber verbas públicas. Não faltam também investidas do ministério da Justiça contra o competente e ilibado juiz Sérgio Moro.
Sem dúvida, o PT resiste diante do mar de melado que o submerge. Seu grande teste, porém, será nas eleições municipais desse ano. Se o povo achar que são lícitas as doçuras corruptas do poder, enquanto amarga a inflação, o desemprego, a inadimplência, ótimo para os petistas. Se não Lula terá, em 2018, que pensar em outro plano B. [com o impeachment de Dilma e estrondosa derrota que será imposta ao PT em 2018, Lula terá mais com que se ocupar: tentar influir na escolha de quem será seu companheiro de cela.]
No passado escolheu José Dirceu, depois Antonio Palocci e deu no que deu. Agora Jaques Wagner era (ou é?) o plano B, mas comeu muito melado. Dilma, a “faxineira”, vai mantê-lo no cargo? Certamente, mas nem tomando banho de ervas e sal grosso, Jaques Wagner, codinome compositor, se livrará do melado.
Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.
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terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Collor afirma influir nas nomeações para cargos da BR com aval de Dilma



Cerveró relata, em depoimento, que ouviu informação do senador em 2013
Delator: Collor disse ter influência sobre cargos da BR com aval de Dilma
Em um de seus depoimentos de delação premiada, o ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró afirmou que ouviu do senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL), durante uma reunião na “Casa da Dinda” em 2013, que a presidente Dilma Rousseff teria lhe colocado à disposição a presidência e todas as diretorias da BR Distribuidora

Cerveró foi diretor financeiro da BR entre 2008 e 2014. “Que Fernando Collor de Mello disse que havia falado com a presidente da República, Dilma Rousseff, a qual teria dito que estavam à disposição de Fernando Collor de Mello a presidência e todas as diretorias da BR Distribuidora”, registra trecho de depoimento prestado por Cerveró no dia 7 de dezembro de 2015.

O ex-diretor disse que, naquela ocasião, agradeceu “ironicamente” ao senador por ter mantido seu cargo na BR. Contou ainda que depois Pedro Paulo Leoni Ramos, ex-ministro de Collor, afirmou que o senador ficou “chateado” com a ironia. “Que o declarante ironicamente agradeceu a Fernando Collor de Mello por ter sido mantido no cargo de Diretor Financeiro e de Serviços da BR Distribuidora; que Pedro Paulo Leoni Ramos depois disse ao declarante que Fernando Collor de Mello havia ficado chateado com a ironia do declarante, uma vez que pareceu que o declarante estava duvidando de que Fernando Collor de Mello havia falado com Dilma Rousseff; que nessa ocasião o declarante percebeu que Fernando Collor de Mello realmente tinha o controle da BR Distribuidora”,  registra outro trecho do depoimento. Cerveró afirmou aos investigadores que entendeu ter sido mantido no cargo para não atrapalhar os negócios de Collor e Pedro Paulo, “principalmente a base de distribuição de combustíveis de Rondonópolis (MT) e o armazém de produtos químicos de Macaé (RJ)”.

O ex-diretor da Petrobras disse ainda que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva o indicou para a Diretoria Financeira e de Serviços da BR Distribuidora, subsidiária da petroleira, em 2008. Cerveró teria sido politicamente indicado pelo “reconhecimento" de sua ajuda na contratação da Schahin para operar um navio-sonda.

Fonte: O Globo