Para o jornalista, "estamos entre as maiores economias do mundo, produtores espetaculares do combustível mais nobre, o alimento que energiza pessoas. E nosso potencial é maior ainda em energia limpa, minerais, água potável e terra"
Ao abrir a Assembleia Geral da ONU, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
falou contra o conflito na Ucrânia e criticou os membros permanentes do
Conselho de Segurança, que têm poder de veto e fazem guerras. O Brasil
quer ser membro permanente — já que também foi nação vitoriosa na II
Guerra.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que falou depois, concordou com Lula, pregando a necessidade de mais vozes no Conselho de Segurança. [mais vozes, para falar bobagens? Biden, emite com folga, as falas negativas que o petista que preside o Brasil expeliria se o Brasil se tornasse membro permanente do CS-ONU.] Hoje os presidentes Lula e Biden se encontram, em Nova York. Foi uma presença forte do Brasil, diante de representantes dos 193 países membros das Nações Unidas. É desejo do Brasil ter um protagonismo mais significativo nas questões mundiais. Mas teria o país um poder nacional para sustentar uma posição maior, mais decisiva?
Além disso, nossa tentativa de liderança mistura o estilo de clientelismo usado dentro do país com política de boa vizinhança de oferecer créditos de um banco estatal nacional, como se ele fosse uma agência internacional de desenvolvimento. É a projeção do fisiologismo interno para atrair países na ilusão de liderança regional.
Como a Índia
A Índia, que tem a maior população do mundo, desde sua independência em 1947 tem mantido neutralidade, com a qual cruzou a Guerra Fria.
No econômico, estamos entre as maiores economias do mundo, produtores espetaculares do combustível mais nobre, o alimento que energiza pessoas. E nosso potencial é maior ainda em energia limpa, minerais, água potável e terra para produzir alimento, que pode ainda ser multiplicada, a despeito da ideologia anti-agro.
Mas nosso poder militar é fraco, em disparidade com a riqueza que precisa ser defendida.
E nosso poder social é medíocre, com ensino em geral precário e formação política e de cidadania não compatíveis com o primeiro dos fatores de riqueza: a natureza.