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terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Disputa por cocaína deve resultar em novo banho de sangue - FAXINA - em outros presídios

Guerra entre facções é intensa em Santa Catarina, Paraíba e Pernambuco

A rebelião no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus, foi uma batalha pelo controle do tráfico de cocaína na região, especialmente a produzida no Peru, considerada hoje mais pura e, por isso mesmo, mais rentável no mercado internacional, conforme disse ao GLOBO uma autoridade federal que acompanha o assunto. Segundo esta autoridade, a guerra pelo controle do narcotráfico é intensa e, se não for contida, outros banhos de sangue podem se repetir em outros presídios, sobretudo em Santa Catarina, Paraíba e Pernambuco.
 
São estados onde ainda existem disputas de força entre as facções. Sem um grupo hegemônico, a tendência das quadrilhas, baseadas dentro dos presídios, é partir para confronto aberto com o risco de matança em larga escala. Este teria sido um dos motivos de recente rebelião em Roraima, que resultou na morte de 11 presos. São Paulo e Rio de Janeiro, embora tenham uma numerosa população carcerária, estariam passando ao largo do problema porque são áreas controladas por antigas facções.

Nas últimas 48 horas, 60 detentos foram mortos em unidades prisionais de Manaus. Cinquenta e seis foram mortos durante a guerra entre facções no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) iniciada no domingo, e encerrada na manhã de segunda-feira. Outros quatro presidiários foram mortos no final da tarde na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), também na capital. 

Além da rebelião foram registradas 184 fugas no sistema prisional. No Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), 72 presos fugiram, e no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), 112. Até às 17h de segunda-feira, 40 presos foram recapturados.  — A rebelião no Amazonas é mais um capítulo pela disputa do mercado da cocaína. Uma facção local está resistindo à entrada na região da facção que controla os presídios paulistas disse uma autoridade federal, sob a condição do anonimato.

A Polícia Federal também já identificou há algum tempo o recrudescimento da disputa pelo controle das rotas da cocaína, com ameaça aos estados de fronteira. Esta situação pode se repetir em outros presídios da Região Norte — alerta um delegado.

O risco é considerado tão evidente que, num almoço com senadores do PSDB, em 17 de outubro passado, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, falou sobre a iminência de uma guerra de facções em presídios da Região Norte, tendo como pano de fundo a disputa pelo controle do tráfico de cocaína. Segundo o ministro, a venda da maconha responde por 80% do volume do comércio de drogas, mas os lucros mais expressivos teriam como origem o tráfico de cocaína. Viria daí o risco dos choques mais violentos entre as quadrilhas.


Autoridades federais apontam também a possibilidade de rebeliões sangrentas em Santa Catarina, onde dois grupos rivais brigam pelos lucros de drogas vindas do Paraguai. Em Pernambuco e na Paraíba, os confrontos seriam em âmbito estadual. A facção que controlaria presídios pernambucanos teria forte rivalidade com uma quadrilha baseada em presídios paraibanos. Os grupos já teriam tido confrontos e, com o passar do tempo, as disputas estariam cada vez mais acirradas.

Fonte: O Globo
 

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Rebelião em presido em Manaus - guerra entre facção - torna inevitável o uso da força e deixa 60 mortos. Felizmente, podliciais não morreram

Guerra entre facções deixa 60 mortos em presídio de Manaus

Rebelião foi encerrada após 12 horas de duração

O número oficial de mortos na rebelião do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, chega a 60, segundo informações repassadas pelo Secretário de Segurança Pública do Estado do Amazonas (SSP-AM), Sérgio Fontes. A rebelião, iniciada no domingo, foi considerada encerrada após 12 horas pelo Secretário, pouco após a entrada do Batalhão de Choque no presídio. — Nós acabamos de entrar no Compaj. O Choque acabou de entrar e nós estamos fazendo a conferência. Ainda estamos fazendo a conferência dos fugitivos, mas ainda não temos um número consolidado. Vamos ter que recontar todo mundo. Com relação aos mortos, nós acreditamos pela contagem inicial, a não ser que haja algum corpo em algum lugar que a gente não tenha encontrado, que seja em torno de 50 a 60 corpos no máximo, 50 homens assassinados nessa rebelião. Os corpos estão sendo encaminhados para o IML e lá vamos fazer a identificação — declarou Fontes, nesta segunda-feira.
Caminhão do Instituto Médico Legal, em Manaus, para onde familiares de detentos foram - Winnetou Almeida/A Crítica

Esse é o segundo maior massacre em presídios, em número de mortes, na história do Brasil, atrás apenas do ocorrido no Carandiru, em São Paulo, em 1992, quando 111 presos foram mortos. [após a rebelião (faxina geral) no Carandiru não mais ocorreram rebeliões naquele presídio e por um bom tempo em outros.
Não se faz omelete sem quebrar ovos - ditado antigo, mas sempre válido.]
 
A entrada no presídio se deu após negociação. Segundo Fontes, os reféns foram liberados e neste momento o Batalhão de Choque faz a avaliação final. Essa entrada é decorrente da nossa negociação. O governador (José Melo) está acompanhando o passo a passo disso. Os reféns foram liberados agora, às 7h, nós fizemos a contenção do semiaberto e agora pouco entramos no regime fechado — disse.

Para Fontes o estopim da crise foi o narcotráfico: – Os interesses são sempre ligados ao narcotráfico. Infelizmente em outros estados já ocorreu isso. Nós entendemos, o governo do estado do Amazonas e principalmente o governador José Melo, que isso é um problema do governo federal, um problema de todos e não só do Amazonas que implica toda a sociedade. Nós hoje e ontem vivemos mais um capítulo dessa disputa pelo tráfico de substâncias entorpecentes – destacou.

A rebelião, segundo informações preliminares dão conta de uma briga interna entre duas facções. — Foi só um lado que teve mortes. Não houve uma contrapartida da outra facção. Como falei não é uma realidade só nossa, talvez só um número um pouco maior. Ocorreu recentemente rebeliões em outros locais como Rondônia, Roraima, Acre e outros estados do Nordeste. Essa disputa está ocorrendo em nível nacional por isso é preciso uma medida de caráter nacional envolvendo os governos dos estados e o governo federal para que possamos juntos enfrentar essa situação – destacou Fontes.

Até o momento sete agentes penitenciários feitos reféns foram liberados e encaminhados para atendimento no Pronto-Socorro do Hospital Delphina Rinaldi Abdel Aziz, na Zona Norte.

O presidiário e ex-policial Moacir Jorge Pessoa da Costa, o ‘Moa’, que ficou conhecido como sendo um dos delatares do caso ‘Wallace’, que culminou com a prisão do já falecido deputado estadual Wallace Souza, é um dos mortos na rebelião, segundo informações confirmadas pelo Secretário Sergio Fontes. Moa foi preso por envolvimentos com o tráfico de drogas e também por homicídios. Em maio de 2015, Moa foi condenado há 12 anos de prisão pela morte do traficante Cleomir Pereira Bernadino, o Caçula, ocorrida em 2007.

MINISTRO ALERTOU PARA GUERRA DE FACÇÕES
Em outubro de 2016, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, afirmou que guerras entre facções podiam gerar conflitos dentro e fora dos presídios do país.  Moraes defendeu mudanças na Lei de Execuções Penais para agravar penas de crimes graves praticados com violência e tornar mais brandas as penas para delitos sem violência ou grave ameaça. Com a mudança, seria possível desafogar o sistema prisional do país sem necessariamente a criação de mais vagas nos presídios.

Um dia após o alerta do ministro, o Rio de Janeiro começou a transferir presos de São Paulo que estavam detidos no estado, para evitar confrontos depois do fim de uma trégua entre dois grupos, que causou a morte de 18 detentos em presídios de Boa Vista (RR) e Porto Velho (RO).


O secretário de Administração Penitenciária de São Paulo, Lourival Gomes, afirmou na época que “o clima de harmonia que predominava entre as facções dos dois estados acabou”:  — Agora a guerra recomeçou. Então cabe a cada estado, a cada administrador, tomar as suas providências e resolver o seu problema dentro do seu estado. [não pode haver harmonia, paz, entre facções - a sociedade sairá perdendo.
Infelizmente, o ideal, o maravilhoso,  a crua realidade é que as facções devem estar sempre em guerra e com isso matanças ocorrerão o que impedirá que o crime se torne ainda mais forte.
Nada melhor para a sociedade do que uma guerra entre o PCC Primeiro Comando da Capital e o CV -  Comando Vermelho.]
 
PRESÍDIOS FEDERAIS TEM 25 FACÇÕES
Um documento do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), ligado ao Ministério da Justiça, a que O GLOBO teve acesso, mostra que os quatro presídios federais de segurança máxima têm presos associados a 25 diferentes grupos organizados.

Boa parte dos grupos listados no relatório, alguns com apenas um preso no sistema federal, não é necessariamente uma organização criminosa altamente organizada. Muitos podem ser definidos como uma espécie de “coletivos carcerários”, segundo Emanuel Queiroz, coordenador de defesa criminal da Defensoria Pública do Rio de Janeiro. Funcionam como uma forma de os presos reivindicarem direitos sem serem individualizados, nos moldes de um sindicato.

Fonte: O Globo