Guerra entre facções é intensa em Santa Catarina, Paraíba e Pernambuco
A rebelião no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus, foi uma
batalha pelo controle do tráfico de cocaína na região, especialmente a
produzida no Peru, considerada hoje mais pura e, por isso mesmo, mais
rentável no mercado internacional, conforme disse ao GLOBO uma
autoridade federal que acompanha o assunto. Segundo esta autoridade, a
guerra pelo controle do narcotráfico é intensa e, se não for contida,
outros banhos de sangue podem se repetir em outros presídios, sobretudo
em Santa Catarina, Paraíba e Pernambuco.
São estados onde ainda existem disputas de força entre as facções.
Sem um grupo hegemônico, a tendência das quadrilhas, baseadas dentro dos
presídios, é partir para confronto aberto com o risco de matança em
larga escala. Este teria sido um dos motivos de recente rebelião em
Roraima, que resultou na morte de 11 presos. São Paulo e Rio de Janeiro,
embora tenham uma numerosa população carcerária, estariam passando ao
largo do problema porque são áreas controladas por antigas facções.
Nas últimas 48 horas, 60 detentos foram mortos em unidades prisionais de Manaus. Cinquenta e seis foram mortos durante a guerra entre facções no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) iniciada no domingo, e encerrada na manhã de segunda-feira. Outros quatro presidiários foram mortos no final da tarde na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), também na capital.
Além da rebelião foram registradas 184 fugas no sistema prisional. No Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), 72 presos fugiram, e no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), 112. Até às 17h de segunda-feira, 40 presos foram recapturados. — A rebelião no Amazonas é mais um capítulo pela disputa do mercado da cocaína. Uma facção local está resistindo à entrada na região da facção que controla os presídios paulistas — disse uma autoridade federal, sob a condição do anonimato.
A Polícia Federal também já identificou há algum tempo o recrudescimento da disputa pelo controle das rotas da cocaína, com ameaça aos estados de fronteira. — Esta situação pode se repetir em outros presídios da Região Norte — alerta um delegado.
O risco é considerado tão evidente que, num almoço com senadores do PSDB, em 17 de outubro passado, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, falou sobre a iminência de uma guerra de facções em presídios da Região Norte, tendo como pano de fundo a disputa pelo controle do tráfico de cocaína. Segundo o ministro, a venda da maconha responde por 80% do volume do comércio de drogas, mas os lucros mais expressivos teriam como origem o tráfico de cocaína. Viria daí o risco dos choques mais violentos entre as quadrilhas.
Autoridades federais apontam também a possibilidade de rebeliões
sangrentas em Santa Catarina, onde dois grupos rivais brigam pelos
lucros de drogas vindas do Paraguai. Em Pernambuco e na Paraíba, os
confrontos seriam em âmbito estadual. A facção que controlaria presídios
pernambucanos teria forte rivalidade com uma quadrilha baseada em
presídios paraibanos. Os grupos já teriam tido confrontos e, com o
passar do tempo, as disputas estariam cada vez mais acirradas.
Nas últimas 48 horas, 60 detentos foram mortos em unidades prisionais de Manaus. Cinquenta e seis foram mortos durante a guerra entre facções no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) iniciada no domingo, e encerrada na manhã de segunda-feira. Outros quatro presidiários foram mortos no final da tarde na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), também na capital.
Além da rebelião foram registradas 184 fugas no sistema prisional. No Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), 72 presos fugiram, e no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), 112. Até às 17h de segunda-feira, 40 presos foram recapturados. — A rebelião no Amazonas é mais um capítulo pela disputa do mercado da cocaína. Uma facção local está resistindo à entrada na região da facção que controla os presídios paulistas — disse uma autoridade federal, sob a condição do anonimato.
A Polícia Federal também já identificou há algum tempo o recrudescimento da disputa pelo controle das rotas da cocaína, com ameaça aos estados de fronteira. — Esta situação pode se repetir em outros presídios da Região Norte — alerta um delegado.
O risco é considerado tão evidente que, num almoço com senadores do PSDB, em 17 de outubro passado, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, falou sobre a iminência de uma guerra de facções em presídios da Região Norte, tendo como pano de fundo a disputa pelo controle do tráfico de cocaína. Segundo o ministro, a venda da maconha responde por 80% do volume do comércio de drogas, mas os lucros mais expressivos teriam como origem o tráfico de cocaína. Viria daí o risco dos choques mais violentos entre as quadrilhas.
Fonte: O Globo
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