Decisão impede o andamento de inquéritos baseados em compartilhamentos de dados bancários sem autorização judicial
outra medida necessária é que o órgão de imprensa que divulgue material obtido de forma criminosa, seja punido no mínimo pela prática do crime de receptação.
quem se beneficia de material obtido mediante invasão telemática ou similar está recebendo, usando, tendo lucro com material produto de furto, da mesma forma quem se beneficia de vazamento de dados que só podem ser divulgados mediante prévia autorização judicial.]
A decisão, tomada no curso de um Recurso Extraordinário que corre em segredo de Justiça vale em todo o país para qualquer pessoa investigada na mesma situação do parlamentar fluminense.O senador, filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro, é alvo de um procedimento de investigação criminal aberto pela promotoria estadual no ano passado, com base em relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que apontam movimentações atípicas do ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz.
Suspeito de ser o operador do esquema conhecido como “rachadinha”, Queiroz trabalhou no gabinete de Flávio na Alerj de 2007 a 2018. Ao longo de 2016, o ex-assessor movimentou 1,2 milhão de reais em sua conta bancária, com uma série de saques e depósitos fracionados considerados atípicos pelo Coaf.
Flávio e Queiroz tiveram seus sigilos bancário e fiscal determinados pela Justiça. Reportagem de VEJA mostrou que ao solicitar a medida, o MPRJ apontou indícios de que o Flávio Bolsonaro tenha utilizado a compra e venda de imóveis no Rio de Janeiro para lavar dinheiro. Segundo os promotores, entre 2010 e 2017, o então deputado estadual lucrou 3,089 milhões de reais em transações imobiliárias em que há “suspeitas de subfaturamento nas compras e superfaturamento nas vendas”. No período, ele investiu 9,425 milhões de reais na compra de dezenove imóveis, entre salas e apartamentos. Faturou mais no mercado imobiliário do que como deputado.
Nas hostes bolsonaristas, a suspensão das investigações que atingem Flávio é considerada uma vitória do advogado Frederick Wassef, que assumiu o caso recentemente. Em fevereiro, o ministro Marco Aurélio, também do STF, havia rejeitado uma reclamação do senador para bloquear as apurações do MPRJ.
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