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sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Inflação oficial fecha 2018 em 3,75% [abaixo do centro da meta]

Índice cumpriu meta central do governo, que era de 4,5%. IPCA de dezembro foi de 0,15%, menor taxa para o mês desde 1994

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou 2018 em 3,75%. O índice é usado como inflação oficial pelo governo e foi divulgado nesta sexta-feira, 11, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A inflação ficou dentro da meta estabelecida para o ano, que era de 4,5% com percentual de variação de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Em 2017, o índice havia fechado em 2,95%.

[em que pese as muitas críticas feitas ao ex-presidente Temer, merecidas em sua maioria, temos que reconhecer que apesar das acusações e denúncias levianas feitas pelo Janot e de uma greve de caminhoneiros, Temer e sua equipe tiveram competência para reduzir a inflação, reduzir o desemprego e entregar ao Bolsonaro um Brasil bem melhor do que o recebido.

Vale destacar que, estranhamente, as duas denúncias feitas pelo ex-procurador-geral e uma outra apresentada pela atual procuradora-geral que estavam paradas - a pretexto de só ser possível o andamento após Temer se tornar ex-presidente - continuam paradas.
Será falta de sustentação? ou alguma outra razão.]

O que mais impactou a inflação de 2018 foram os grupos de alimentos e bebidas,  com 4,04% de alta, habitação (4,72%) e transportes (4,19%).  Segundo o IBGE, os alimentos tiveram maior peso este ano por conta de queda da safra e pega greve dos caminhoneiros, no fim de maio. “Alimentação e Bebidas teve o maior impacto no ano por ter um grande peso nas despesas das famílias. O que mais influenciou nessa alta foi o grupo dos alimentos para consumo dentro de casa. Dentro dele o que influenciou foi o tomate, com variação de 71,76% e as frutas, com 14,10%”, disse Fernando Gonçalves, gerente da pesquisa.

No caso dos outros setores, pesou a alta da energia elétrica (8,7%) e a gasolina (7,24%).  Em dezembro, o IPCA registrou inflação de 0,15%, taxa maior que a de novembro, que teve deflação de 0,21%. Porém, esse é o melhor resultado do mês desde 1994.
Em dezembro de 2017, o indicador havia registrado inflação de 0,44%.
O IPCA indicador monitora o comportamento mensal dos preços para famílias com renda de entre um salário mínimo (954 reais em 2018) e 40 salários mínimos (38.160 reais) por mês. O IBGE atribui pesos diferentes para cada item, segundo a importância que tem no orçamento dos brasileiros. 

Revista VEJA

sexta-feira, 29 de junho de 2018

Goooooool... é dos planos de saúde!



No apagar das luzes do governo Temer, ANS editou normas que podem dobrar o gasto mensal dos segurados

Enquanto a plateia se distrai com a Copa do Mundo, os planos de saúde gritam gol. Os empresários do setor não foram à Rússia, mas receberam uma bola açucarada da ANS. No apagar das luzes do governo Temer, a agência editou normas que podem dobrar o gasto mensal dos segurados.  As mudanças foram publicadas ontem no “Diário Oficial”. Com a canetada, os planos ganharam aval para tomar mais dinheiro dos clientes. Quem ficar doente poderá ser obrigado a pagar 40% do valor dos procedimentos médicos. Além da mensalidade e dos remédios, é claro.
 “Essas regras são tão abusivas que dá vontade de chorar”, desabafa Ligia Bahia, professora da UFRJ e doutora em Saúde Pública pela Fiocruz. “A agência reguladora deveria garantir que quem está doente seja atendido. O que estão fazendo é o contrário, e sem base legal”, afirma.

A ANS alega que protegeu os segurados ao estabelecer que a regra não valerá para tratamentos crônicos, como quimioterapia e hemodiálise. É uma meia verdade. Um doente com câncer não pagará a mais pela químio, mas poderá ser sobretaxado a cada vez que precisar de exames, fisioterapia ou apoio nutricional.  O mês da Copa tem sido lucrativo para os planos de saúde. No dia 5, o Senado aprovou a indicação de Rogério Scarabel Barbosa para o cargo de diretor da ANS. Ele era advogado de seguradoras antes de ganhar uma vaga na agência que deveria fiscalizá-las. O senador Randolfe Rodrigues comparou a nomeação à escolha de uma raposa para cuidar do galinheiro. [hora desse senador, que sempre tem se destacado pelo nulidade de seu mandato - sem um único projeto de lei, de sua autoria, ter sido aprovado; o que não é surpresa, já que não apresentou nenhum que sequer mereça o nome - começar a usar seu mandato de senador para combater a absurda decisão da ANS (o Brasil já não tem Saúde Pública e agora com a transformação da ANS em "raposa para tomar conta do galinheiro" vão acabar com os planos de saúde) revogando as normas absurdas baixadas pela agência, a demissão do recém empossado diretor e restabelecer um equilíbrio entre as necessidades dos filiados aos planos e as necessidades dos mesmos.]

Na semana seguinte, a mesma ANS autorizou um reajuste de 10% nos planos individuais, uma goleada sobre a inflação oficial de 2,76%. O aumento chegou a ser barrado na Justiça. [Mas] O desembargador Neilton dos Santos cassou a liminar na última sexta-feira, dia de Brasil x Costa Rica.  Em 2017, deputados ligados aos planos de saúde tentaram mudar a legislação para aumentar os lucros das empresas. As entidades de defesa do consumidor reagiram, e a proposta não chegou a ser votada. 

Com o pacote de ontem, o governo encontrou um atalho para presentear as seguradoras sem depender da Câmara. Por mais que o lobby dos planos seja forte, os parlamentares ainda precisam do voto dos pacientes para se reeleger. Não é o caso do presidente da República.
  
Bernardo Mello Franco - O Globo