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sábado, 19 de novembro de 2016

Brasília: chove, chove e o furto de água continua = Reservatório do Descoberto atinge menor índice da história da crise hídrica



Ontem, chegou a 19,46%. Ministério Público propõe à Caesb que seja oferecido um bônus para quem economizar água

[O Ministério Público precisa acabar com o hábito de jogar para a plateia - nessa de propor bônus exagerou, o que força a redução de consumo é tarifa progressiva, com a vantagem doo uso dos recursos resultantes para melhorar o sistema de distribuição de água em Brasília, o que inclui redução de perdas devido vazamentos.
Redução de consumo se obtém sobretaxando o desperdício. É sem sentido dar opção de um bônus insignificante para quem economizar. 

ATENÇÃO Ministério Público: é preciso investigar como essa turma de político ladrão que existe em Brasília - cujo percentual no DF ultrapassa os 90% - está conseguindo furtar água da Barragem do Descoberto. Parece que sobre a barragem a chuva é de baixo para cima, quanto mais chove, mais vazio o reservatório fica.

As desculpas são as mais diversas e mesmo assim o estoque está se esgotando:
- primeiro era a terra que estava muito seca e absorvia a água;
- segundo  o lençol freático que estava baixo e consumia toda a água;
- outra explicação foi que as chuvas  só ocorriam em pontos isolados - o que motivou projeto de um deputado  distrital para a construção de um outdoor gigante sobre a barragem do Rio Descoberto informando que aquele local era 'ponto isolado'.

O fato é que chove me todo o DF, o consumo foi reduzido em quase 10%, o solo está  encharcado e o nível da barragem continua caindo - sendo notório que a maior parte dos políticos rouba até pirulito de criança, alguma forma de furtar água foi encontrada e o furto resultante tem que ser investigado, coibido e punido.]

As chuvas dos últimos dias não têm sido suficientes para recuperar o volume do Rio Descoberto, principal reservatório que abastece o Distrito Federal. Ontem, o índice chegou a 19,46% — o menor da história da crise hídrica na capital. Já a barragem de Santa Maria atingiu 40,60%. Apesar das quedas constantes, a Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) manteve a posição de que o racionamento ainda não será implementado. 

 Técnicos avaliam três fatores para executar o plano: o ritmo de queda dos reservatórios, as previsões de chuva e o nível de consumo de água pela população. Para evitar o corte programado, o consumo consciente tem sido estimulado a cada dia. O Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) encaminhou uma sugestão para não só penalizar quem não economiza, mas premiar aqueles que gastam menos.

A sugestão da Promotoria de Defesa do Ambiente e do Patrimônio Cultural (Prodema) é que os consumidores sejam incentivados a diminuir o uso de água com um bônus de desconto. As opções poderiam ser tanto a isenção do pagamento da tarifa de contingênciaque entrou em vigor em 25 de outubro e autoriza a cobrança de taxa extra de 40% para quem usa mais de 10 mil litros de água por mês —, quanto a antecipação do benefício de 20%, válido desde 2009. [propor isenção da tarifa de contingência é algo sem lógica e que indica leigo dando palpite. Vejamos: Se a tarifa de contingência só se aplica em quem ultrapassa determinado nível de consumo - só é possível não ultrapassar aquele nível quando se economiza -  o prêmio [bônus] aos que economizam ocorre automaticamente.] A Lei Distrital nº 4.341 já prevê o desconto para quem reduz o consumo, mas ele só vem no mês da redução do ano seguinte.


A ideia é da titular da 3ª Prodema, Marta Eliana de Oliveira, que encaminhou as opções ontem à Caesb. Ela lembrou que, em São Paulo, a Sabesp adotou um bônus para quem economiza. “Em Brasília, existe a lei distrital que oferece desconto de 20% para quem economiza água, mas ele só é creditado um ano depois. É um bônus em situação de normalidade e não previsto para fazer frente a uma situação de crise hídrica, que precisa de ações imediatas e efetivas”, considerou.

Em 15 dias, a Caesb deverá apresentar respostas sobre as recomendações da promotora. Além disso, em cinco dias ela pediu que o órgão fundamente a decisão de não dar início ao racionamento e compartilhe com a Adasa. “Sabemos dos riscos calculados e que o racionamento é uma medida extrema, que onera a população, e, se for possível evitar, melhor. Mas, por outro lado, não estamos vendo mudança no cenário”, avaliou. Marta Eliana recomendou, ainda, a necessidade de mais campanhas de economia de uso de água.


Fonte: Correio Braziliense

 

 

sábado, 12 de novembro de 2016

Governo espera que chuvas dos próximos dias recomponham os reservatórios

A Adasa descarta interrupção do fornecimento de água

Apesar da queda contínua do nível do reservatório do Descoberto, o racionamento continua descartado no Distrito Federal. Ontem, o volume útil da barragem amanheceu com 19,88% e, na última medição, às 15h30, caiu para 19,55%. A Agência Reguladora de Águas e Saneamento do DF (Adasa) e a Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb) concordam que o corte no fornecimento é uma medida drástica desnecessária no momento.

A agência e a empresa estatal responsáveis pela gestão e pelo fornecimento de água para a capital federal asseguram que a decisão de adiar o corte regular no abastecimento tem bases sólidas, a partir do monitoramento de um conjunto de fatores: redução do consumo pela população, aumento das chuvas, previsão de precipitações intensas nas próximas semanas e queda no ritmo de redução dos reservatórios — continua a cair, mas em índices menores.


Apesar de contar com fatores que não podem controlar — o tempo e a boa vontade da população em poupar água — os dirigentes da Caesb e da Adasa estão otimistas. “Se continuar assim, cada um fazendo o seu papel (governo e sociedade) e se chover o esperado, nem teremos racionamento”, acredita Paulo Salles, presidente da Adasa.


O presidente da Caesb, Maurício Luduvice, explica que o racionamento é uma operação complexa e só será colocada em prática se necessário. “Entramos no nível dos 20% no começo do período chuvoso. E a previsão meteorológica é boa. Ainda não choveu o suficiente na bacia. Anteontem (quarta-feira), caiu 12,4mm. Ontem (quinta-feira), só 1,5mm. Precisamos de um bom volume de chuva durante vários dias”, explica. Segundo Luduvice, a população tem contribuído com a redução do consumo nas últimas semanas. E, com a chuva se normalizando, a queda do nível do Descoberto será revertida. “A previsão para os próximos dias é de 120mm de precipitações”, aposta Luduvice.


O professor de manejo das bacias hidrográficas da Universidade de Brasília (UnB) Henrique Marinho Leite Chaves explica que o nível do Descoberto continua caindo porque as chuvas foram insuficientes para molhar a terra, penetrar no lençol freático e chegar ao aquífero. Enquanto isso não acontecer, os reservatórios tendem a secar ainda mais. “Há a evaporação natural e o consumo da população. A Caesb não deixou de tirar água para abastecer os moradores”, diz. Na avaliação do pesquisador, uma boa gestão do sistema hídrico de qualquer lugar necessita de informações precisas das precipitações na cabeça das barragens.

“Quanto maior e mais confiável for a rede pluviométrica, mais precisão haverá na estimativa do balanço hídrico”, explica.


De acordo com o presidente da Caesb, a empresa tem se empenhado para oferecer novas alternativas de abastecimento à população. “Retomamos a obra de Corumbá e já investimos mais de R$ 60 milhões. Começamos a construir o sistema Bananal no mês passado. Estamos investindo na troca de tubulações para reduzir as perdas. Fizemos isso nas quadras pares do Lago Norte e, agora, estamos nas ímpares. Estamos trabalhando também no Lago Sul e na Asa Norte”, enumera Luduvice. A Caesb também investe na instalação de válvulas redutoras de pressão, com timer para aumentar a força durante o dia e reduzir no período noturno. “Estamos fazendo o dever de casa. Infelizmente, durante muito tempo, não se investiu assim e, agora, precisamos de um tempo para consolidar as ações”, argumenta.

Agricultura

Os primeiros a sentirem os efeitos da crise hídrica no Distrito Federal foram os agricultores. A Adasa reduziu a quantidade de água para a irrigação das lavouras e alternou a captação. O produtor de milho, soja, feijão e suinocultor Renato Simplício diz que a seca atrasou o plantio em algumas regiões do DF e, com isso, a safrinha — plantio que ocorre entre 15 de dezembro e 15 de janeiro — está comprometida para muitos produtores. “Ainda é cedo para fazer uma avaliação dos prejuízos. Uma coisa é certa, a safrinha está prejudicada. E as chuvas estão esparsas e irregulares. Não está chovendo em todas as regiões. Como a restrição da irrigação continua, a situação está complicada”, atesta. 

Fonte: CB