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quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

A defesa do Estado Islâmico é uma prova de coerência: a condutora da política externa da canalhice jamais desperdiçou alguma chance de envergonhar o Brasil



Instituída no governo Lula, a política externa da canalhice foi encampada com muita animação por Dilma Rousseff. Ao longo de oito anos, o padrinho sempre escolheu o lado errado. Nesta terça-feira, ao baixar em Nova York, a afilhada confirmou que nunca perde alguma chance de envergonhar o país que presta. Ao comentar a ofensiva militar americana contra o Estado Islâmico, Dilma solidarizou-se com a turma da caverna e garantiu que, embora não pareça, até decepadores de cabeças aceitam convites para um diálogo civilizado. “Lamento enormemente os ataques na Síria”, recitou em dilmês primitivo. “Nos últimos tempos, todos os últimos conflitos que se armaram tiveram uma consequência: perda de vidas humanas dos dois lados”.

O choro de Dilma depende da nacionalidade do morto. Ela não derramou uma única e escassa lágrima pelas incontáveis vítimas do bando de fanáticos. Não deu um pio sobre a decapitação  ─ em ritos repulsivos filmados pelos carrascos e transformados em programas de TV ─ de dois jornalistas e um agente humanitário. Não emitiu nenhum sinal de desconforto com os massacres intermináveis, os estupros selvagens, a rotina da tortura, a pena de morte por heresia aplicada a quem não se subordina aos dogmas da seita. A presidente só “lamenta enormemente” a perda de aliados na guerra irremediavelmente perdida que move desde a juventude contra o imperialismo ianque.

Erguido durante a entrevista coletiva convocada pela doutora em nada, o monumento ao cinismo foi implodido por uma nota subscrita por Ban Ki-Moon, secretário-geral da Organização das Nações Unidas. Além de endossar os bombardeios americanos, Ki-Moon lembrou que os devotos da barbárie só serão contidos por mais operações militares semelhantes às executadas pelos Estados Unidos. Sem ter lido o documento, Dilma avisou que o besteirol seria reprisado em seu discurso na ONU. Caso cumpra a promessa, todos os presentes entenderão por que um representante do governo de Israel, inconformado com o ostensivo apoio do governo lulopetista ao Hamas, qualificou o país de “anão diplomático”

Entre o governo constitucional paraguaio e o presidente deposto Fernando Lugo, Dilma escolheu o reprodutor de batina. Também se juntou aos patifes da vizinhança na conspiração que afastou do Mercosul o Paraguai e permitiu a entrada da Venezuela chavista, fez todas as vontades do bolívar-de-hospício que virou passarinho, arranjou até um estoque de papel higiênico para adiar o naufrágio de Nicolás Maduro, curvou-se aos caprichos do lhama-de-franja que reina na Bolívia, presenteou a ditadura cubana com o superporto que o Brasil não tem e transformou a Granja do Torto em residência de verão de Raúl Castro. Fora o resto.

O apoio enviesado ao Estado Islâmico é também uma prova de coerência. Só poderia agir assim quem fez há pelo menos 12 anos a opção preferencial pela infâmia.

Fonte: Blog do Augusto Nunes

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Compra de Pasadena pela Petrobras: uma falcatrua



Ao se começar a desvendar o esquema de corrupção na Petrobras, caiu por terra a defesa desse negócio
Frente às informações sobre a estranha compra de uma refinaria em Pasadena, no Texas, pela Petrobras, cujo preço final ultrapassou o bilhão de dólares, bem mais que o antigo dono pagara para adquiri-la, o comportamento da direção da estatal foi o clássico: negar e garantir que o negócio havia sido um sucesso.

Até que a própria presidente Dilma, na fase de esquentamento para a campanha eleitoral — e talvez por isso — respondeu, por escrito, a perguntas do jornal “O Estado de S. Paulo” sobre Pasadena, e resolveu ser clara: como presidente do Conselho de Administração da estatal, antes de eleger-se em 2010, ela e demais conselheiros aprovaram a operação com base num parecer “técnica e juridicamente falho”, redigido pela diretoria Internacional da empresa. Interessados em fazer com que aquele caso fosse esquecido, como alguns diretores que estavam na Petrobras à época e políticos padrinhos de altos funcionários da estatal, não puderam mais controlar o assunto. O gênio escapou da garrafa.

Por meio de duas CPIs e em comissões ordinárias, o Congresso passou a ouvir esses dirigentes e a atual presidente, Graça Foster. Apesar de todo o controle que a base aliada exerce na Câmara e no Senado, sempre escapam informações elucidativas. Graça Foster, por exemplo, revelou que a estatal já havia contabilizado em balanço uma perda patrimonial de meio bilhão de dólares causada pelo passo mal dado com essa refinaria. Demoliam-se argumentos como o de que as oscilações do mercado internacional justificariam tudo. Afinal, uma grande perda já havia sido contabilizada.  Avolumaram-se, então, as suspeitas sobre o papel do então diretor Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, na compra de Pasadena, ele o responsável pelo documento “técnica e juridicamente falho” A confirmação de que Pasadena foi uma das gazuas usadas pelo maior esquema de corrupção de que se tem notícia na vida pública brasileira para saquear cofres públicos veio da Operação Lava-Jato, conduzida pela Polícia Federal, Ministério Público e Justiça Federal do Paraná. 

A investigação de um bilionário sistema de lavagem de dinheiro gerenciado pelo doleiro Alberto Youssef — ele já aparecera no escândalo da remessa ilegal de dinheiro pelo Banestado, no mensalão e num caso de pagamento de propinas de empreiteiras a políticos — revelou enorme conexão entre empreiteiras, altos funcionários da Petrobras e políticos, principalmente do PT, do PMDB e do PP. Preso, depois de Youssef, e, como este, depoente no processo sob o regime de delação, um companheiro de diretoria de Cerveró, Paulo Roberto Costa, da área de Abastecimento, afirmou que recebeu US$ 1,5 milhão apenas para “não atrapalhar” a compra da refinaria — apelidada por técnicos da estatal de “ruivinha”, por ter muitos equipamentos enferrujados.

Já se tem certeza de que aquele negócio foi mais uma das falcatruas do esquema montado na estatal a partir do aparelhamento lulopetista da empresa. Mas ainda é preciso detalhar esta história e processar os responsáveis.

Fonte: Editorial – O Globo