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terça-feira, 11 de agosto de 2015

Dilma mente: a redução será de até 20% na bandeira vermelha = no valor total da conta será inferior 5%

Governo vai reduzir preço da bandeira vermelha da conta de luz em até 20%

A redução vai ser inferior a R$ 1 do valor da bandeira, o que no total da conta é pouco mais que nada.  Reduzir R$ 5 no valor total da conta de luz é menos de 1% para uma conta que só este ano já teve reajuste superior a 50%

Dilma anunciou que redução será possível devido ao desligamento de usinas térmicas na última semana; segundo o ministro de Minas e Energia, redução do preço começa em setembro

A presidente Dilma Rousseff disse ser lastimável o aumento nas contas de luz, mas anunciou que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vai reduzir de 15% a 20% o preço da bandeira tarifária vermelha graças ao desligamento de usinas térmicas na última semana. "Sem sombra de dúvidas, é verdade que as contas de luz aumentaram, o que nós lastimamos. Por causa da falta de energia para sustentar a oferta de luz tivemos que usar as térmicas, pagando bem mais do que se tivéssemos só energia hidrelétrica no nosso sistema", disse Dilma.
Segundo ela, o desligamento de 2.000 megawatts em geração térmica no último sábado possibilitará uma mudança no regime de bandeira vermelha, que hoje cobra nas contas de luz um adicional de R$ 5,50 para cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos. Desde janeiro vigora a bandeira vermelha, a mais cara, em todo o País. 
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) fará uma consulta pública, mas a estimativa é de uma redução de 15% a 20% na bandeira vermelha. Com a regularização do regime hidrológico, teremos cada vez mais boas notícias", completou.
O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse que haverá um desconto na bandeira vermelha em setembro, mas não uma redução para a bandeira amarela porque o País ainda está em seu "período seco". "Ainda não temos a segurança para acionarmos a bandeira amarela. Em outubro e novembro faremos avaliação", disse.

Segundo o ministro, com o desconto que será definido até o dia 28 deste mês, a bandeira vermelha de setembro cairá dos atuais R$ 5,50 por 100 kilowatts-hora (kWh) para R$ 5 ou até R$ 4,50.


Governo anuncia R$ 186 bilhões de investimento em energia elétrica até 2018
O governo federal anunciou a contratação de investimentos de R$ 186 bilhões até 2018 em energia elétrica, considerando empreendimentos já planejados e anunciados anteriormente, sendo R$ 81 bilhões gastos ate aquele ano e R$ 105 bilhões a partir de 2019. Do total, serão R$ 116 bilhões para geração e R$ 70 bilhões para transmissão de energia. Esses investimentos representam um implemento de geração de 25 mil megawatts (MW) a 31,5 mil MW, além de 37,6 mil quilômetros em novas linhas de transmissão. Os investimentos fazem parte do Programa de Investimento em Energia Elétrica (PIEE), lançado nesta terça-feira, 11, pela presidente Dilma Rousseff e pelo ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga.

O ministro Eduardo Braga afirmou que o governo está avançando com cuidado no que diz respeito à questão ambiental para alcançar um programa robusto no setor elétrico. "O Brasil dará respostas que a economia e o povo brasileiro tanto esperam do governo", disse. "Estamos conseguindo superar os desafios que a natureza e as circunstâncias colocaram à nossa frente. Temos assegurado a entrega da energia", completou.


Segundo o ministro, o racionamento de 2001 teve um grande custo para a economia do País. Ele acrescentou que o custo da energia precisa ser compatível com os preços internacionais. "Precisamos de um setor cada vez mais robusto, com fontes limpas e custos compatíveis", completou.
O programa é um combinado dos investimentos já anunciados pelo setor elétrico para os próximos anos. Segundo o ministro o PIEE tem o objetivo de mostrar que o planejamento de longo prazo do setor elétrico é "vitorioso" e terá continuidade.

De acordo com vídeo institucional apresentado no início da cerimônia, o objetivo do programa é manter a matriz energética limpa e a custos declinantes, para que os custos da eletricidade 2018 cheguem a patamares compatíveis com o mercado internacional.

Braga destacou um dos desafios do programa é ter mais fontes renováveis de energia na matriz brasileira. "Vamos avançar para promover a competitividade necessária para nossos produtos", afirmou.

Entre as hidrelétricas a serem contratadas até 2018, o governo voltou a citar a Usina de São Luiz Tapajós, com capacidade de 8.040 megawatts (MW), que ano após ano não consegue entrar nos leilões do setor. "Estamos em fase final de licenciamento para o leilão dessa usina até o fim do ano", frisou. Outra usina listada na região Norte, no mesmo rio, é a usina de Jatobá, com capacidade de 2.328 MW. Já a região Sul, conta com cinco usinas pequenas: Ercilândia (87 MW), Foz Piquiri (93 MW), Paranhos (67 MW), Telêmaco Borba (118 MW) e Apertados (139 MW).

 Fonte: Agência Estado

 

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Brasil, campeão de apagões no mês de dezembro

Apagões dobraram no país em dezembro, segundo levantamento do governo

Volume total de carga foi de 26.443 Megawatts, contra 24.909 MW registrados em 2013

Os apagões no sistema elétrico brasileiro avançaram 6,2% no ano passado, chegando a um volume total de carga de 26.443 Megawatts (MW), contra 24.909 MW registrados em 2013. Em número de interrupções no fornecimento, o avanço foi de quase 10%, subindo de 71 para 78. O levantamento do Ministério de Minas e Energia leva em conta apenas cortes de carga acima de 100 MW e que durem mais do que dez minutos. Os dados se tornaram públicos na tarde desta quinta-feira, quando o Ministério divulgou a edição de dezembro do boletim mensal de monitoramento do setor elétrico. Em dezembro, a carga interrompida no sistema elétrico brasileiro foi de 2.438 MW, praticamente dobrando o índice de novembro, de 1.252 MW.
Linhas de transmissão de energia elétrica - Dado Galdieri

O volume de energia que não foi entregue em dezembro só não superou o índice de janeiro do ano passado, de 3.488 MW. Em dezembro de 2013, a carga que foi interrompida foi de apenas 1.135 MW, menos da metade do registrado no mês passado. Ainda de acordo com o boletim, até o mês de novembro, as regiões Sul, Centro-Oeste, Nordeste e Norte, já haviam superado a meta horas sem luz em todo ano de 2014, definida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). 

Pelo dado nacional, para todo ano passado, havia como limite a interrupção média de 14,47 horas sem luz. Até novembro, o índice já estava em 15,84 horas. Já o número de interrupções no fornecimento, porém, permanece bastante abaixo do limite, com uma média anual de 26,91 blecautes e um teto de 35,49. 

O documento divulgado pelo MME registrou que “durante o mês de dezembro observou-se um amplo predomínio de anomalias negativas de chuva sobre a maior parte do Brasil, com algumas exceções”. Com o uso mais intenso das usinas termelétricas, porém, foi possível elevar o volume de energia armazenada (equivalente à água nos reservatórios das hidrelétricas) em todo o país, exceto na região Sul.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Usinas nucleares a melhor opção às hidrelétricas

O país precisa de um grande parque térmico para substituir hidrelétricas nos períodos secos, e o melhor custo-benefício é a geração nuclear

Com as mudanças climáticas, o Brasil já não pode ter sua matriz elétrica inteiramente apoiada em usinas hidrelétricas, como era no passado. Além de o regime de chuvas se mostrar irregular, o país já não constrói hidrelétricas com reservatórios que acumulem água para uso em anos seguintes. Ou seja, as novas usinas funcionam a fio d’água, utilizando a vazão natural dos rios.

Reservatórios que acumulam água são rejeitados pelas autoridades do licenciamento ambiental porque, dependendo da topografia da região, formam-se lagos em grande extensões de terra. No caso da Amazônia, a argumentação é que os lagos seriam enormes.

Descartados os reservatórios de acumulação de água, outras fontes de geração de energia elétrica se tornam necessárias. O Brasil tem estimulado, corretamente, investimentos nas chamadas fontes renováveis, com aproveitamento de biomassa, dos ventos e agora também a de origem solar. No entanto, todas essas fontes são intermitentes, funcionando algumas horas por dia ou em certas épocas do ano. São complementares às hidrelétricas, e não substitutas.

Para substituir eventualmente o que deixa de ser gerado nas hidrelétricas o país precisa de um relevante parque termelétrico. Mantê-lo, mesmo que seja apenas como reserva, não custa pouco. É preciso então avaliar o custo-benefício das opções térmicas. Assentar esse parque no gás ou em óleos derivados de petróleo é um risco, pois são combustíveis que o Brasil ainda importa muito e não tem qualquer controle sobre os preços. 

O carvão aparece como alternativa, em face das jazidas existentes no Sul do país, mas tendo como lado negativo o impacto ambiental e um custo mais elevado. O óleo e o gás também poluem.
 
Desprezada, por uma equivocada pressão de ambientalistas no passado (e que tende a se atenuar diante da falta de melhor opção), a energia nuclear é de fato a que proporciona melhor custo-benefício para o parque térmico. Por isso, o próprio Japão, onde o último terremoto seguido de tsunami levou ao desligamento de reatores, já começa a recolocar alguns em funcionamento. 

O Brasil tem a matéria-prima em abundância (urânio) e o domínio de todo o ciclo tecnológico de produção dos elementos combustíveis dos reatores. Constrói sua terceira usina em Angra dos Reis, provavelmente a última no bojo do acordo com a Alemanha. Novas tecnologias, mais econômicas e mais seguras, estão disponíveis em consequência da retomada de investimentos em usinas nucleares por parte dos Estados Unidos e da Inglaterra, entre outros. 

Constava do planejamento do setor energético a construção de um conjunto de quatro usinas, com capacidade de geração de 4 mil megawatts, em uma área na região Nordeste. Por questão política, e não econômica, tais usinas deixaram de constar do planejamento. Está mais do que na hora de reincluí-las no futuro da matriz elétrica.

Deu no O Globo - Editorial