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domingo, 2 de maio de 2021

Aliados de Mandetta serão arma de bolsonaristas contra ex-ministro na CPI - VEJA

Por Laryssa Borges  

Senadores querem escarafunchar contratos fechados na gestão do ex-ministro da Saúde por dois ex-deputados em busca de desvios de recursos

[Mandetta não será o primeiro, e nem o último, adversário do nosso presidente a ser abatido politicamente  pelos inimigos do presidente. O capitão dita as regras, os inimigos é que, estupidamente - tem estupidez maior do que ser inimigo do presidente Bolsonaro? - pensam que estão comandando alguma coisa.]

Na próxima terça-feira, 4, o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta abrirá a temporada de depoimentos na recém-criada CPI da Pandemia. Dele senadores querem saber, por exemplo, como foi pressionado a endossar a prescrição de cloroquina para pacientes com Covid e que explicações tem a dar sobre as orientações gerais do governo, poucas semanas após a chegada do vírus ao Brasil, de que brasileiros com suspeita de infecção não deveriam procurar hospitais se não apresentassem falta de ar. Para os quatros senadores que, na CPI, compõem a tropa de choque do governo Bolsonaro, porém, o escrutínio sobre Mandetta será de outra natureza.

Sem alarde, senadores governistas dentro e fora da comissão de inquérito estão preparando requerimentos para que seja possível esmiuçar os contratos e licitações celebrados nos cerca de 15 meses da gestão do ex-ministro na Saúde em busca de desvios de recursos. Mesmo antes da pandemia, auxiliares do presidente Bolsonaro sempre suspeitaram que dois aliados de Mandetta, os ex-deputados Abelardo Lupion e José Carlos Aleluia, seriam a chave para tentar desmoralizar o ex-aliado e destruir as pretensões eleitorais do ex-ministro.

Conforme revelou VEJA, um grupo integrado por espiões da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e militares do Exército procuraram, em meados do ano passado, supostas provas de irregularidades no Ministério da Saúde. Os alvos da investigação também eram Lupion e Aleluia, amigos de Mandetta, e responsáveis por centralizar, mesmo que informalmente, grandes compras da pasta. Com poder para quebrar sigilos fiscais, bancários e telefônicos e acessar documentos confidenciais, parlamentares querem escarafunchar qualquer documento que tenha tido as digitais dos dois ex-deputados. Pré-candidato à Presidência da República, Mandetta alocou ambos na Saúde, um como assessor especial e outro como responsável pela área de contratos.

Procurado, o ex-ministro disse a VEJA que não iria comentar a ofensiva de bolsonaristas na CPI. “Que a CPI sirva para preparar o país para enfrentamentos futuros”. afirmou, o ex-ministro. 

VEJA - Política


segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Segurança de Bolsonaro terá esquema inédito



Chefe do GSI pediu estudo após governo identificar novas ameaças; plano é adotar algumas medidas usadas por presidentes dos EUA

O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Sérgio Etchegoyen, encomendou à sua equipe um estudo para reforçar a segurança de Jair Bolsonaro e sua família a partir da posse do novo presidente, em 1.º de janeiro. O motivo do pedido, além do atentado sofrido na campanha, são as frequentes ameaças identificadas pela inteligência do governo. 

Etchegoyen não fala em números ou estratégias por questões de segurança, mas já avisou que “obviamente” haverá um rigor muito maior no controle a tudo que tem a ver com o presidente eleito. “O esquema que está sendo preparado para receber um presidente que já sofreu um atentado será muito diferente e muito mais severo do que qualquer outro titular do Planalto já viu ou teve”, afirmou o general ao Estado.

Bolsonaro teve sua segurança reforçada pela Polícia Federal durante a campanha, após ser vítima de uma facada no dia 6 de setembro, em Juiz de Fora (MG). Segundo informações da área de inteligência, as ameaças continuaram mesmo após a eleição. “O GSI não comenta detalhes de sua responsabilidade com a segurança presidencial, mas confirma que existem ameaças que efetivamente preocupam”, disse o ministro. 

A segurança de Bolsonaro após a posse será chefiada pelo general Luiz Fernando Estorilho Baganha. Ele assumirá o cargo no lugar do general Nilton Moreno, que hoje está à frente da montagem da estrutura de proteção ao presidente eleito. Durante a campanha, o candidato foi avisado que corria risco. Aliados, inclusive, citaram as ameaças como justificativa para que Bolsonaro não participasse dos debates eleitorais na reta final. Anunciado como futuro ministro da Defesa, o general da reserva Augusto Heleno chegou a divulgar um vídeo na véspera da eleição com o alerta para uma “real ameaça de atentado terrorista” contra Bolsonaro, articulada por uma “organização criminosa”. 

Na semana passada, com Bolsonaro já eleito, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e a PF se reuniram para discutir o novo esquema reforçado que irá vigorar durante o governo de transição. Atualmente, uma equipe de 55 homens da PF se revezam na proteção ao presidente eleito. A informação é de que as ameaças partiram de diferentes fontes, inclusive de facções criminosas como PCC e Comando Vermelho e, segundo o Estado apurou, existem escutas telefônicas das ameaças que estão sendo investigadas.
A ideia é adotar no Brasil algumas das medidas usadas para proteger os presidentes norte-americanos, em que os cuidados com segurança chegam a níveis máximos
As tradicionais entrevistas nas quais o presidente fica rodeado por repórteres, por exemplo – chamadas de quebra-queixo no jargão jornalístico –, devem acabar. Os preparativos de viagens e contato com o público também serão repensados. 

Conforme antecipou o Estado, a equipe de Bolsonaro estuda, ainda, abandonar o tradicional desfile em carro aberto na cerimônia de posse. O veículo que costuma ser utilizado no percurso pela Esplanada dos Ministérios é um Rolls-Royce que o Brasil recebeu de presente do governo britânico, em 1953. Em entrevista à Rede Vida, nesta quinta-feira, 1.º, o presidente eleito afirmou que vai seguir “rigorosamente” as recomendações da área de inteligência na posse.  

Troca na guarda
A PF ficará com Bolsonaro até 31 de dezembro. A equipe do GSI, formada em parte por militares do Exército, será reforçada para assumir a função na virada do ano. Caso haja alguma solicitação, há a possibilidade de que a “passagem de bastão” seja antecipada. Mais de 800 pessoas trabalham neste setor. A segurança será ampliada não só pelas ameaças, mas também pela quantidade de pessoas a serem protegidas. Bolsonaro é casado e tem cinco filhos. Todos têm direito à segurança da Presidência.
Além disso, serão montados escritórios no Rio de Janeiro para dar infraestrutura à família tanto de Bolsonaro quanto do seu vice, general Hamilton Mourão, que têm casa na capital fluminense. 

O Estado de S. Paulo


 

domingo, 18 de fevereiro de 2018

As ações decorrentes da intervenção no Rio ainda estão sendo planejadas e o MPE e a DH já quer comprometer as Forças Armadas e a isenção da Justiça Militar



Investigação que envolve militares do Exército não anda no Estado do Rio

MP e Polícia Civil não conseguem ouvir soldados que estavam em ação com sete mortos


 Os mortos foram encontrados na Estrada das Palmeiras, no Complexo do Salgueiro - Guilherme Pinto / Agência O Globo


As tropas federais chegam às ruas do Rio munidas da certeza de que, se produzirem baixas no confronto com o inimigo, não serão submetidas à Justiça comum. Promulgada em outubro do ano passado pelo presidente Michel Temer, a Lei 13.491 assegura que os delitos “dolosos contra a vida e cometidos por militares das Forças Armadas contra civil serão da competência da Justiça Militar da União’’ quando praticados no contexto de atividade de operação de paz de garantia da lei e da ordem (GLO), como é o caso da intervenção no estado.

CML DIZ QUE JÁ EXISTE IPM
Esta exceção garantida pela nova lei preocupa os promotores estaduais. Eles temem a repetição do impasse criado entre o Exército e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) na investigação da chacina do Salgueiro, como ficou conhecido o caso da morte de sete pessoas, em novembro do ano passado, durante um baile funk no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo. Embora os principais suspeitos sejam os 17 soldados do Exército que participaram da operação, até hoje o Comando Militar do Leste (CML) não atendeu à solicitação do MP de apresentá-los para depor. [não atendeu e não deve atender; a ação que diante da resistência à ação policial dos participantes do baile funk ocorreu em novembro/2017e a legislação vigente desde outubro/2017, determina que a competência é da Justiça Militar e, por óbvio, do Ministério Público Militar.]

O CML, que comanda a intervenção no Rio, alega que já existe um Inquérito Policial-Militar (IPM) instaurado para apurar o fato, com o acompanhamento de um promotor militar. Do caso, sabe-se apenas que três agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), tropa de elite da Polícia Civil, acusaram militares do Exército, que os apoiavam na operação, de terem feito os disparos. Entre vítimas, havia dois motoristas de Uber, o funcionário de uma peixaria e um estudante desempregado. Os mortos foram encontrados na Estrada das Palmeiras, no Complexo do Salgueiro. Na ocasião, o CML e a Polícia Civil, em nota, confirmaram a operação conjunta e afirmaram que houve “resistência armada” por parte de traficantes, sendo que, ao fim, foram apreendidos um fuzil, sete pistolas, cinco carregadores, munição,
 
Sem a certeza da autoria, a Delegacia de Homicídios de Niterói abriu um inquérito parar investigar as sete mortes. Outra investigação foi iniciada pelo Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública do Ministério Público (Gaesp), mas ambas esbarram no silêncio do Exército. Um dos promotores responsáveis informou que o MP chegou a propor que apenas uma parte do grupo de 17 suspeitos fosse ouvida em local reservado, mas, mesmo assim, não recebeu resposta. [se espera, por óbvio que os membros do Ministério Público conheçam as leis, e tal conhecimento inclui conhecer a Lei nº 13.491.
São atitudes deste tipo que comprometem a eficácia da meia intervenção decretada pelo presidente Temer. Ainda está na fase de planejamento e o Ministério Público já quer interferir ilegalmente. ]
Diante do impasse, os promotores agora aguardam que os colegas do Ministério Público Militar encaminhem cópias dos depoimentos prestados pelos soldados no inquérito militar. Se nada acontecer, a alternativa será fazer um apelo direto ao comandante militar do Leste, general Braga Netto, nomeado interventor pelo presidente Michel Temer. Outra possibilidade é solicitar à Justiça Militar o compartilhamento de provas. [o exato cumprimento das leis, que sujeita as Forças Armadas e também o Ministério Público de qualquer ente federativo e instância, impede que os membros do MPM atendam a descabida exigência do MP estadual.
E o general Braga Netto, também obrigado a cumprir e fazer cumprir as leis não pode ignorar a legislação citada.]

DE MÃOS ATADAS
A Delegacia de Homicídios e o Ministério Público estadual dependem das informações do Exército para decidir como proceder: se continuam as investigações atrás de autores civis, ou se declinam a competência para a Justiça Militar, uma vez comprovado o envolvimento dos soldados. O problema é que o caso está em aberto. Por força da nova lei, outras ações que corriam na Justiça comum já estão sendo encaminhadas para a Justiça Militar. [os fatos ocorreram durante operação militar, realizada por tropas federais, no estrito cumprimento do DEVER LEGAL - operação de GLO - e Lei vigente determina que apuração dos fatos é de competência da Justiça MIlitar.
O mínimo de bom senso, dispensando até mesmo conhecimento jurídico, deixa claro que as investigações preliminares devem ser realizadas mediante IPM e que a conclusão deste, após avalizada pelo MPM e Justiça MIlitar, determinará se os fatos devem continuar na esfera da Justiça Militar ou se processar o devido encaminhamento para a Polícia Civil e Ministério Público estadual.
O MP estadual pretender interferir em investigação que é da competência da Justiça Militar é um absurdo e evidente desrespeito à nova lei.
Se conclui que o MP entende que cabe a ele definir quem é competente para investigar.]
 
A falta de informações sobre o plano de segurança a ser executado pelas forças federais durante a intervenção no Rio também preocupa os promotores. Se existe, não foi compartilhado pelo governo fluminense com os demais representantes das instituições que fazem parte do Comitê Especial de Segurança Integrada (Cesi). Na última reunião do colegiado, no dia 7, no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), o máximo que se tinha era a minuta de um plano apresentada pelo general Carlos Alberto dos Santos Cruz, da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), revelou uma das autoridades presentes. [a intervenção decretada no dia 16, torna incabível a ação desses comitês e centros que nada resolveram.
Agora cabe ao interventor legalmente nomeado cumprir a missão recebida ou solicitar ao presidente da República - a quem está diretamente subordinado enquanto interventor - os meios necessários ao cumprimento da missão.] 
 
Na proposta, Santos Cruz apontava alguns pontos prioritários, como o enfrentamento da corrupção, do roubo de cargas, do tráfico de armas e das falhas no sistema prisional fluminense. Na reunião do comitê, ficou acertado que cada instituição presente, como as polícias Federal e Rodoviária Federal, além dos Ministérios Públicos e outras instituições, prepararia um anexo com as suas propostas, mas a intervenção federal foi decretada antes que isso acontecesse.

 O Globo